Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 26 - Learn To The Consequences

Patrícia estacionou bruscamente em frente ao prédio de Ludmilla, dando uma freada tão grande, que o barulho dos pneus ecoou pela rua praticamente vazia. Tive que me segurar no painel do carro para não bater com a cabeça no vidro e se não fosse pela adrenalina ainda correndo viva nas minhas veias, com certeza eu estaria chorando pelo susto.

— Desculpe, Bru. Eu estou muito nervosa e feliz ao mesmo tempo! — ela disse, eufórica. — Anda, vai lá. Eu vou esperar aqui embaixo.

Seu sorriso estava tão grande que eu briguei comigo mesma por ter pensado em dar um esporro nela. Patrícia era minha melhor amiga e estava ali para me ajudar; brigar com ela naquele momento seria o cúmulo da idiotice.

Sorri de volta e abri a porta, saindo do carro. Levantei a barra do vestido e andei rapidamente até o prédio de Ludmilla, vendo os portões automáticos de ferro, trancados. Com a mão trêmula, apertei o botão do interfone e logo o porteiro apareceu. Ele me olhou com uma cara estranha, obviamente pensando o que diabos uma mulher vestida de noiva, estava fazendo ali

— Oi, eu preciso muito, muito, falar com Ludmilla Oliveira. Você pode me anunciar por favor? Meu nome é Brunna.

Ele me analisou mais um pouco e cada segundo pareceram horas. Porque ele estava demorando tanto?

— Me desculpe, mas a Senhora Oliveira não está. Ela saiu tem pouco tempo, faz menos de uma hora, na verdade.

Merda!

— Você sabe para onde ela foi?

— Mesmo se eu soubesse, Senhorita... Seria muito antiético da minha parte dar informações sobre a vida dos moradores. Mas, se a senhorita quiser, eu posso avisar a Senhora Oliveira que você procurou ela. Brunna, não é mesmo?

Ludmilla não estava ali. Ela sabia muito bem que eu iria casar, sabia exatamente a hora em que entraria na Igreja, e, se ela não estava lá para me impedir, só havia um lugar onde ela poderia estar agora.

— Não será preciso. Muito obrigada pela informação.

Ofereci um sorriso simpático para o porteiro e dei meia volta, indo em direção ao carro. Patrícia me olhou de um jeito estranho.

— O que houve? — perguntou, saindo do carro.

— Ludmilla não está em casa.

— Que droga, caramba! Será que ela está com Larissa? Eu posso ligar para ela, se quiser...

— Não será preciso, Paty. Eu sei onde ela está e não vou esperar um segundo a mais para ir atrás dela. — falei, olhando diretamente para ela. — Você pode me emprestar seu carro? Eu... Quero fazer isso sozinha, agora. Consertar o meu erro sozinha.

Ela me olhou com uma expressão hesitante.

— Brunna... Você tem certeza?

— Absoluta. — respondi, assentindo. Andei até ela e a puxei para mim, abraçando-a com força. Sabia que poderia contar sempre com aquela doida, mas totalmente verdadeira. — Eu te amo, Paty. Muito obrigada por tudo, por cada esporro, por cada palavra amiga, por cada conselho. Se estou aqui agora, é porque, em parte, você abriu os meus olhos.

— Não precisa agradecer. — murmurou, me abraçando de volta. — Eu sempre vou estar aqui para tudo. — quando se afastou, ergueu a chave do carro e colocou-a em minha mão. — Vai lá. Eu te desejo toda a sorte do mundo.

— Eu vou precisar mesmo. — murmurei, dando um sorriso triste.

Ela sorriu de volta antes de me abraçar mais uma vez e me empurrar em direção à porta do carro. Entrei em me acomodei no volante, dando mais um aceno para ela, antes de ligar o carro e dar partida.

O sol ainda brilhava, um pouco fraco, mas brilhava, enquanto eu dirigia pelas ruas calmas de Los Angeles, perseguindo a costa. Por sorte, o trânsito era quase nulo e eu pude acelerar o bastante – não como a doida da Patrícia – para chegar a Ludimilla mais depressa. Meu coração dava pulos de ansiedade dentro do peito e minha barriga se contorcia toda a vez que pensava na conversa que teríamos.

O que eu poderia falar assim que a visse? Que não havia me casado? Não mesmo, isso era óbvio demais. Que estava arrependida e queria muito o seu perdão? Que a amava? Tinha mil e uma opções de como poderia começar, mas decidi que pensar não me ajudaria em nada. Eu tinha apenas que chegar até ela e seguir o que o meu coração ditasse na hora. Ponto final.

O sol já estava começando a se pôr, quando eu finalmente estacionei. O cheiro da maresia me atingiu em cheio assim que saí do carro, enquanto eu olhava pela praia praticamente deserta.

Praticamente, porque uma única pessoa estava sentada próximo ao mar. Jaqueta de couro preta e os cabelos pretos e curtos ao vento. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Um sorriso se abriu em meu rosto, enquanto eu tirava meus sapatos de salto e pisava na areia branca e morna, indo em direção a Ludmilla. Mas o mesmo sorriso morreu quando vi seus ombros tremendo e escutei seu primeiro soluço.

Ludmilla chorava e isso partiu ainda mais meu coração.

"Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser." — falei a frase de Clarice em voz alta.

Ludmilla se virou tão rápido, que pensei que quebraria o pescoço. Seu rosto estava banhado por lágrimas e sua expressão triste me quebrou. Um nó se instalou em minha garganta no momento em que comecei a andar até ela e me ajoelhei a sua frente. Lentamente, levantei minhas mãos e passei dedos por seu rosto, limpando suas lágrimas e deixando que as minhas caíssem abertamente.

— Não chore mais, Ludmilla, por favor... Meu coração não suportar mais ver seu sofrimento.

Ela ofegou e balançou a cabeça, se levantando rapidamente. Eu continuei ajoelhada, olhando para ela, porque... Se fosse preciso beijar os seus pés para ter o seu perdão, eu o faria.

— O que está fazendo aqui? Você não deveria estar se casando? — perguntou secamente, limpando as lágrimas com as costas das mãos.

— Não, eu não deveria. Eu ao menos deveria ter pensado nessa possibilidade. — falei, engolindo em seco. Mesmo com a minha visão turva pelas lágrimas, eu conseguia ver seus olhos tristes e sua expressão feroz. — Ludmilla, eu cometi o maior erro da minha vida neste mesmo lugar. Quando você disse que estava apaixonada por mim eu fui tão imparcial, tão... Fria. E depois desse dia, eu cometi erro atrás de erro e por causa da minha idiotice, viemos parar aqui de novo. Mas agora, estamos totalmente feridas e machucadas...

— Estamos? Não mesmo, Brunna, eu estou. Apenas eu! — ela bateu no peito, fazendo seu grito ondular. — Você nem mesmo tem o direito de estar machucada, porque foi você que fez essa merda toda! Por que não se casou? Porque desistiu de tudo logo agora? Você estava tão certa daquilo.

— Eu não me casei porque eu fui idiota sim, mas não seria tão idiota a ponto de fazer isso com nós duas...

— Como? Brunna... Será que você não raciocina? O que tem dentro da sua cabeça? Você decidiu se casar e agora está falando que não seria idiota a ponto de colocar a aliança no dedo? — ela balançou a cabeça, parecendo incrédula. — Será que não perceber que uma aliança no dedo não faz diferença? Você me deixou para ficar com ele. Você me usou, brincou comigo! E agora que desistiu, veio pegar o seu brinquedo de volta, mas eu não sou assim. Eu não sou o seu brinquedo! Não sou um objeto que você pode usar, deixar de lado e depois voltar para pegar de novo.

Oh meu Deus. Era isso que ela achava que eu pensava dela?

— Ludmilla, pelo amor de Deus, não é nada disso. — falei, me levantando e indo até ela. — Eu não penso nada disso de você, eu jamais quis te tratar como um brinquedo, jamais quis que pensasse assim!

— Ah, é mesmo? Então, me responda apenas uma coisa, Brunna: o que você foi fazer no meu apartamento naquele dia?

— Eu fui até lá para me despedir. Meu único objetivo era dizer a você que eu tinha voltado para Caio... Que eu ia casar com ele. Mas você começou a me tocar, a falar daquele jeito. Eu não resistir, Ludmilla, eu me esqueci de tudo e caí nos seus braços.

— Então a culpa é minha? Você ter ido parar na minha cama é culpa exclusivamente minha?

— Não! Eu quis transar com você. Ou melhor, eu quis fazer amor com você, porque foi isso que fiz. Por mais que eu tenha te magoado depois, eu quis fazer amor com você. — me aproximei lentamente, mas ela deu dois passos para trás, colocando ainda mais distância entre a gente. A dor em meu peito aumentou. — Eu te amo, Ludmilla e percebi que eu estava sendo insuportavelmente idiota ao fazer tudo aquilo, ao te trocar por Caio, ao nos magoar dessa forma. Por favor, por favor... Me perdoa? Eu sei o quanto você está magoada, eu sei disso, mas eu estou aqui. Eu quero muito ter você de volta, quero muito viver o nosso amor.

Ela me olhou por segundos, minutos ou talvez horas. Não sei. Medir o tempo estava difícil com o seu olhar magoado em cima de mim. As lágrimas ainda continuavam a molhar o meu rosto e logo ela estava chorando também, mas seu choro se misturou a uma risada alta. Uma risada obscura que eu nunca pensei que ouviria dela. Tal qual Caio, Ludmilla começou a rir sem humor, debochando de mim.

— Vá se foder, Brunna. — ela soltou, parando de rir e começando a me encarar com ódio. — Vá.Se.Foder. Você é uma mimada, uma garota que não deve ter passado da adolescência. Não usa nem metade do cérebro para pensar! E ainda quer que eu te perdoe? Para quê? Eu sou só uma atriz pornô, não é mesmo? Mas eu tenho orgulho de mim, porque sei que nunca fiz ninguém sofrer do modo como você me fez. — andou até mim e só parou quando estava cara a cara comigo. Sua raiva e ódio me rasgaram por dentro. — Você perdeu o seu tempo desistindo daquele casamento. Deveria ter casa, porque comigo, você nunca mais conseguirá nada.

Ela me olhou mais uma vez e então, começou a se afastar. Dava passos cada vez mais rápidos para longe de mim e mesmo depois de ter ouvido tudo aquilo, eu comecei a segui-la. Eu não iria desistir por causa de meia dúzia de palavras ditas em uma hora de raiva, no calor do momento. Eu poderia suportar qualquer coisa vinda de Ludmilla, menos a sua ausência. Eu estava disposta a engolir cada palavra dura, cada rejeição, até tê-la novamente.

— Para de andar atrás de mim! — gritou, se virando e me fazendo parar de andar abruptamente. — Cada ligação eu não vou atender, cada mensagem eu vou excluir, cada vez que você for ao meu prédio, eu vou bater com a porta na porra da sua cara, ouviu Brunna? Não ouse me procurar mais, eu não quero você na minha vida, nunca mais, me entendeu?

— Eu não vou desistir de você, Ludmilla! — gritei de volta, limpando minhas lágrimas. — Eu não vou desistir de você, porque você é a mulher que eu amo. A mulher mais incrível que eu já tive a oportunidade de conhecer. Eu te perdi uma vez, desistir de você seria uma burrice tremenda e eu não estou disposta a ser idiota novamente. Eu te amo mais do que tudo na minha vida e ficar sem você não é uma opção para mim. Eu vou fazer com que nós duas superemos essa dor. Fui clara?

Ela ofegou baixinho e piscou duas vezes, me olhando como se eu tivesse duas cabeça. Mas logo se recuperou e voltou a usar a mesma expressão macabra, chegou até a sorrir de lado.

— Você acha que consegue me fazer com que eu te perdoe? — perguntou, usando um tom normal, como se fosse um desafio.

— Sim, eu acho! — confirmei, colocando a mão na cintura.

— Então... Boa sorte, porque vai precisar.

Dito isso, ela se virou e andou em direção à sua moto que estava estacionada a poucos metros de distancia de onde estávamos. Observei-a colocar o capacete, se sentar e ligar amoto, assim como a vi partir, me deixando sozinha naquela praia deserta.

Se ela estivesse em seu estado normal, tenho certeza que jamais me deixaria sozinha ali. Mas era óbvio que ela não estava em seu estado normal, ela estava com raiva de mim e tudo por culpa minha.

Agora eu tinha que aprender com as consequências e tentar consertar todo o meu erro.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro