Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 9 - Parte II

O quarto de Shuri estava sereno. Nenhuma música alta ou o som de conversas entusiasmadas fazia parte daquele espaço no momento. O comunicador dela estava no silencioso, mesmo sabendo que havia inúmeras mensagens de seus amigos para saber como ela estava. Mas ela apenas queria silêncio, pois precisava pensar.

Thimba iria pagar pelo que havia feito a eles.

Cada gota de sangue wakandiano derramado seria vingado.

A raiva se instalava mais uma vez no coração da princesa com fervor.

Até que alguém bateu na porta.

Okoye fez reverência antes de adentrar o cômodo, fazendo com que Shuri endireitasse a postura. A general já não estava mais com o brilho que costumava ter no rosto. O cansaço e a preocupação também se afloravam com tamanho caos deixado pelos asanis.

- Minha princesa, uma reunião de emergência foi solicitada com todos os líderes das demais tribos - disse ela.

Shuri suspirou do outro lado do quarto.

- Pensei que estivesse descansando, - declarou ela - não deveria estar aqui no seu estado.

A general notou a clara mudança de assunto, hábito que a outra tinha quando queria evitar algo.

- Preciso cumprir com o meu dever, minha princesa - lembrou ela, com orgulho. - Não se preocupe comigo, estou bem.

As feridas de fato estavam praticamente cicatrizadas. As marcas em seu corpo logo passariam, diferente das vidas de suas companheiras.

- Queria poder dizer o mesmo dos que estavam hoje de manhã no palácio - rebateu Shuri, sentindo-se culpada.

- Eles vão pagar por isso no momento certo - apontou Okoye. - Wakanda precisa de sua alteza agora mais do que nunca.

De mim?

Ela quase riu com aquilo. Que tipo de situação Thimba havia criado para deixar o povo de Wakanda nas mãos de Shuri? Talvez não por tanto, entretanto, as respostas para derrotar o líder asani jamais poderiam ser executadas pela princesa. Nakia provavelmente, uma vez que é uma excelente guerreira. Não que Shuri não soubesse lutar - o que, por sinal, foi treinada com o melhor, seu pai -, mas ninguém confiava uma responsabilidade daquelas à ela.

- Minha mãe estará lá? - Perguntou em busca de suporte, como se tivesse prestes a ser jogada aos lobos.

- Não, a Rainha encontra-se reclusa em seus aposentos desde o ataque - explicou a general.

As mãos nervosas de Shuri percorreram seu cabelo, agitadas com o que estava por vir.

- Ao menos você estará comigo?

Então, Okoye viu na princesa algo inédito. Insegurança. Medo. Shuri era tão confiante que vê-la naquele estado era decepcionante. Ela queria negar, dizendo a mais pura verdade, porém, doía ao vê-la se machucar ainda mais.

- O que acha que eles vão querer comigo nessa reunião, Okoye? - Indagou, ciente de que o silêncio da general respondia por si só. - Eu não sou T'Challa, não sei como liderar - precisou confessar quase como uma súplica. - Sinto que vou fazer alguma besteira e decepcionar a todos.

A todos que amo, pensou Shuri.

- É normal sentir medo, minha princesa - Okoye caminhou em direção à ela em passos lentos. - Quem dera poder dizer que sou valente o tempo todo, - ela sorriu, quebrando levemente a seriedade do momento - contudo, tenho meus anseios como qualquer um - ao pegar as mãos de Shuri, ela acrescentou: - E você é Shuri, a princesa mais inteligente de todos os reinos. Já te vi lutando como uma Dora Milaje, ajudando os necessitados como uma missionária e liderando como uma rainha. Confie em você, assim como, nós confiamos.

Shuri ficou chocada com as palavras da general.

- Missionária é um pouco demais, Okoye - brincou ela depois de um silêncio devastador.

Ambas riem, porque nada parece mais natural do que tal em vez de pular para o completo desespero.

- Espero que tenha razão - concluiu a princesa.

A sala do trono que havia sido palco há algumas horas de uma tragédia, agora acolhia líderes das tribos wakandianas. As cores que representavam cada um pareciam menos vivas do que de costume, como se a luz tivesse se perdido em meio ao caos. As cinco tribos - rio, mineração, comerciante, fronteira e jabari - tinham seus líderes sentados em círculo ao centro, enquanto Shuri, revestida em dourado como sua tribo, estava em pé próximo ao trono, pois se recusava a sentar no local que não era seu.

- Em tempos como este só nos resta sermos diretos - disse o velho Echibi da tribo do Rio, logo após todos se acomodarem. - Então, vou começar questionando o que aconteceu com nossa fronteira.

Os olhares seguiram para o líder em azul, M'Kathu, que parecia um pouco distraído até então.

- Elas estavam firmes e consistentes, - declarou, procurando se defender - não houve qualquer sinal de um iminente ataque. Os asanis entraram em Wakanda por outro meio.

- Quer dizer que alguém de dentro os ajudou? - Indagou Shuri, com as sobrancelhas erguidas.

- Não seria a primeira vez - M'Baku disse com sarcasmo, remetendo a vez em que Erik entrou no reino com a ajuda interna.

- Mas não foi o caso - recrutou o líder da fronteira, sabendo que o jabari estava se referindo a ele.

- Como vamos saber? - N'Kampani, líder dos minadores, parecia em receosa. - Essa opção não deve ser descartada.

- Isso é ultrajante, mulher! - M'Kathu tentava controlar seu humor, mas parecia impossível quando todos questionavam sua lealdade. - Não houve...

- A traição pode ter acontecido por qualquer um, esse é o ponto. - Shuri interrompeu o líder, evitando que houvesse um desgaste entre os mais velhos. - Não importa o que aconteceu antes. Nosso problema é outro e, com certeza, bem maior.

Alguns resmungaram, mas a princesa havia tocado um ponto importante.

- Precisamos agir logo. - Disse Hwebo, líder dos comerciantes, que tinha se mantido calado em maior parte do tempo.

- Eles podem voltar a qualquer instante - disse a líder dos mineradores, enfatizando o risco. - Soube que o armamento deles é tão bom quanto o nosso.

- Eu também não iria tão longe - Shuri precisou se mobilizar, pois não vira um potencial bélico que demonstrasse alvoroço.

- Eles derrotaram Dora Milaje e atacaram T'Challa - lembrou o líder jabari. - Isso mostra o quanto eles são fortes.

Os demais precisaram concordar.

- Como está nosso rei? - Perguntou Echibi.

- Ainda desacordado - Shuri lembrou de vê-lo na cama do hospital.

- Precisamos de um líder urgente - N'Kampani bateu as mãos como se estivesse chamando ainda mais a atenção dos outros. - O trono não pode ficar vazio.

A princesa engoliu em seco.

- A Rainha vai... - Minha mãe poderia...

- Desculpe, minha princesa - disse Echibi com sabedoria. - Mas desde a morte do nosso antigo rei, sua mãe tem se afastado das responsabilidades políticas da coroa. Acredito que exista uma opção melhor.

E qual seria?

- Também concordo, apesar de que sua alteza é ainda jovem para assumir o controle de Wakanda. - M'Kathu falou com naturalidade, parecendo ser um assunto debatido anteriormente.

- Não podem estar falando sério em cogitar Shuri - M'Baku estava estupefato com a sugestão.

- Eu também acho - a princesa parecia tão chocada quanto o jabari.

Com um sorriso no rosto, Echibi riu, fazendo M'Baku ficar ainda mais abismado.

- Vi a princesa nascer e sei do que é capaz - apontou o ancião em verde. - Nossos avanços tecnológicos não tem outra responsável a não ser ela mesma. Wakanda vive em uma era moderna graças a sua inteligência.

- Mas isso não significa que era será uma boa líder - protestou M'Baku.

- Ela terá nossa ajuda, assim como, a confiança e apoio do povo - M'Kathu disse, esperançoso.

- Sim, a princesa precisa assumir até que nosso rei retorne. - a líder dos mineradores sorriu, contente com a escolha e sem qualquer arrependimento. - É uma medida urgente e necessária.

- Eu não estou a favor - o jabari insistiu, fitando Shuri que estava estatelada.

- Bom, a maioria tem um voto diferente de você - o líder em azul abriu um sorriso vitorioso.

- Então, o que acha, minha princesa? - N'Kampani olhou para Shuri, como também, os outros, porém, mil coisas passavam na cabeça dela que a impediam de voltar a realidade.

O que eu vou fazer?

Minutos se passaram desde o final da reunião e Shuri continuava estática. Um bebida destilada seria bem-vinda, pensou ela. A única explicação que conseguiu para a sugestão dos líderes de coroarem Shuri como regente foi a existência de uma epidemia que estava dilacerando o povo. Claro que aquilo não estava acontecendo, por outro lado, a ideia dela assumir o lugar do irmão, mesmo que seja temporariamente, era absurda.

Nem nos sonhos mais utópicos da princesa, Shuri se tornava rainha. Céus, ela gostava do glamour e da fama, mas só em pensar na responsabilidade que T'Challa levava em seus ombros, a princesa corria para longe.

Eram quase seis da tarde e o sol estava se pondo. O ambiente ganhava tons em vermelho pela luz que invadia pelas paredes em vidro. O dia estava chegando ao fim, deixando marcas de leão por todo palácio. Tudo fora angustiante o suficiente para que Shuri não tivesse feito uma refeição ou ao menos sentado um pouco. Precisou trocar suas vestimentas com o sangue do irmão antes de ir à reunião, uma vez que não queria passar uma imagem de sofrimento aos líderes.

- Minha princesa, você tem visita - disse Okoye, tirando-a finalmente do devaneio.

Ela suspirou.

- Não quero ver aquele ancião de novo, - disse Shuri, lembrando da insistência de Echibi após a votação - ele já passou a última hora enchendo meu saco.

- Talvez esse tenha outras intenções.

Shuri arqueou a sobrancelha ao ver a general sair da sala com um sorriso maroto no rosto. Foi no segundo seguinte que seu coração entendeu o porquê. Bucky estava com suas vestimentas usuais em vermelho quando passou pela enorme porta de madeira. Em seu rosto, ela via uma preocupação que parecia comum de se deparar naquela manhã. O olhar de pena que não queria que os olhos tivessem dela.

- Bucky? - Disse Shuri, um tanto surpresa.

- Princesa - Bucky fez reverência por hábito, uma vez que estava entre as paredes reais.

- O que está fazendo aqui? - Ela perguntou, esperando uma resposta coerente e justificável.

O soldado pareceu se divertir com a pergunta.

- Eu tinha vindo mais cedo, - confessou ele - porém, disseram que você estava ocupada.

Muitíssimo ocupada.

- Sim, as reuniões têm sido mais longas do que eu esperava - ela cruzou os braços e se acomodou no trono. - Só Bast entende como meu irmão sobrevivia a isso.

- Ele é um excelente líder - legitimou sem curvas.

- Parece que concordamos ao menos nisso - Shuri inevitavelmente sorriu. Sentindo-se responsabilizada pela breve alegria em um momento inoportuno, ela insistiu: - Bom, eu ainda não sei o que faz aqui, soldado.

- Direta ao ponto como sempre - Bucky colocou as mãos para trás, fazendo seu peito em mármore estufar. - Fiquei sabendo da invasão e da atual situação do rei - ele abaixou o olhar brevemente, antes de fitá-la. - Contudo, fiquei sem saber como você estava.

- Podia ter perguntado à Okoye - respondeu ela, na lata.

Em Shuri, a solidão clamava por urgência. Lidar com o americano era uma distração que ela não estava disposta a sacrificar, principalmente sabendo a responsabilidade que iria assumir. Não o via como um remédio para seus problemas e sim uma droga que iria enlouquecê-la.

- Não é tão simples assim - Bucky se sentiu tolo com a rispidez da princesa.

- Para mim, parece - Shuri odiou-se pelas palavras azedas. - Bucky, já conversamos sobre isso antes. Não vai rolar.

Claro, entre eles nada iria acontecer. Ela iria negar quaisquer sentimentos que seu coração gritasse. Dizer aquilo logo iria afugentá-lo para que Shuri conseguisse sua dolorosa solidão.

- Só vim checar se estava bem e se precisava de ajuda, o que parece claro está lidando muito bem sozinha - disse ele, sereno. - Então, vou me retirar.

- Estou mesmo - fortificou ela, eloquente. Ao vê-lo dar meia volta e sair, ela gritou em desespero, sem saber se seguia o coração ou a mente: - Ei, estamos no meio de uma conversa, por que está saindo? Eu ainda estou falando.

Era contraditoriamente atordoante estar na presença de Bucky. Shuri tinha uma previsão de que isso continuaria a acontecer mais e mais. No fundo, a princesa não estava a reclamar. E quem estaria no lugar dela?

Espero que tenham gostado! Deixe seu voto e comentário para ajudar no feedback, por favor. Próxima segunda, lanço o próximo capítulo. Confesso que vai valer a pena a espera. Att

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro