Capítulo 12 - Parte I
O destino parecia brincar com Shuri quando o assunto era deixá-la nas nuvens, assim como, as carícias do soldado a faziam perder os sentidos. Bucky tinha tanta destreza que a levava às alturas a cada minuto que passava. Seu toque marcava a pele dela como se tivesse conquistando a alma que um dia já lhe tinha pertencido. Ela não recuou, pois seu corpo estava ébrio com a liberdade que ele tomava.
Dedilhando em seu ser, ela gemeu penetrantemente ao chegar no clímax. Bucky beijou sua testa com ternura enquanto a rainha respirava com dificuldade pela intensidade de emoções. Ao se afastar, Shuri desceu da mesa e pulou em cima dele, procurando com pressa seus lábios quentes e úmidos. Por que parar ali?, perguntou-se ela. A atitude o fez segurá-la pelo braço, evitando que ambos caíssem. Com um sorriso divertido no rosto, ele sussurrou em seu ouvido:
- Não pensei que me quisesse tanto assim - confessou ele.
Shuri passou a mão pelo tórax dele até chegar ao cós da calça. Ele sentiu a respiração diminuir a frequência ao passo que suas unhas dançavam pela pele e tecido. Antes que ela o segurasse pela sua dureza, Bucky a interrompeu por um súbito momento de contradição. Querê-la era um fato que estranhamente pareceu incerto, fazendo-o se questionar se deveria prosseguir.
Por que uma voz lhe dizia que ele não a merecia?
Decerto, ele não veio de uma família real como ela. Brooklyn era um lugar simples onde, em seu tempo, viviam pessoas de classe média baixa. Uma comparação um tanto absurda que Bucky nunca tinha dado importância até agora. Por que repentinamente a diferença entre eles havia se tornado algo relevante para impedir algo? Desejar possuí-la e satisfazê-la não era o suficiente?
A voz em sua mente continuou em negação, fazendo com ele colasse a testa na dela para dar um fim naquilo. Bucky precisava parar por mais que fosse de encontro a tudo o que mais desejava naquele segundo. Por anos, fora resetado como uma máquina, obedecendo ordens de quem quer que estivesse no poder. Então, o que mais queria era ceder para que a voz parasse de martelar em sua mente como a dona de seu corpo. Ciente de que Shuri não iria gostar do que iria dizer, ele beijou seu pulso.
- Vamos parar por aqui.
Estupefata, ela rebateu:
- Foi algo que eu disse? - Ao pensar que seria a única razão para ele agir assim.
Bucky suspirou, contando até dez em sua mente em busca de organizar o caos que reinava em si.
- Tenha uma boa noite, rainha.
Quando ele partiu, deixando-a sozinha na biblioteca, Shuri vociferou em completo furor. Aquele não era o momento deles? Ela estava tão pronta que cada membro de seu corpo ainda sentia a nostalgia dos toques dele. Bucky não pode mudar de ideia assim, pensou ela, aflita. Qualquer desculpa para sustar era inaceitável, em especial vindo dele que continuamente flertava com ela. O fato dele ter evitado a discussão fugindo, fez com que Shuri pensasse infinitas teorias.
Ela precisava de uma explicação e, mais do que isso, precisava dele.
Não vai ficar por isso, James Buchanan Barnes, respondeu para si.
As passadas dela seguiram para as escadas em direção a área oeste do palácio. Os corredores permaneciam com a quietação do início da noite. Bem diferente do coração da rainha que palpitava com as passadas descalçadas que se aproximavam do quarto de Bucky. Ao chegar lá, nem pensou em bater na porta, pois suas emoções a fizeram invadir o quarto que tinha apenas a luz do abajur ao lado da cama acessa.
Mesmo com a escuridão, ela conseguiu vê-lo sentado na ponta da cama com a cabeça apoiada pelo braço. Bucky não se moveu, mas Shuri escutou um suspiro cansado vindo dele. Significava que desistira dela? Precisando descobrir o que havia acontecido, aproximou-se dele.
- Por que está aqui, Shuri? - Indagou sem encará-la.
- Para terminar o que começamos.
Ela afastou sua mão para sentar-se em seu colo com as pernas de cada lado. Bucky gostou da ousadia dela por mais que sua cabeça parecesse manter os jogos mentais a todo o vapor. Shuri estava de frente para ele, vendo-o naquela situação deplorável que o deixava fragilizado. Embora a quisesse, parecia impossível continuar naquele estado.
- Não podemos continuar - disse ele quando Shuri começou a beijá-lo no pescoço.
- Você já disse isso.
- Estava falando sério.
- O que aconteceu? - Ela o fitou, procurando alguma explicação em seu olhar.
- É minha cabeça idiota querendo ditar o que devo fazer - respondeu com desânimo.
- E ela não me quer? - Shuri franziu o cenho. - Engraçado porque a debaixo parece pensar diferente.
Um sorriso malicioso surgiu no rosto do soldado, acendendo uma chama de esperança.
- É difícil de explicar.
- Não explique, deixe que eu cuido de você.
Ela não esperou que ele continuasse a conversa, então, saiu de seu colo e se posicionou de joelhos entre as pernas dele. Em nenhum momento deixou de olhá-lo, mantendo um contato visual que o deixou curioso. Quando Shuri tirou seu membro da calça, ele ficou mais tenso. Manipulando-o com perícia em suas mãos, Bucky segurou o lençol da cama à medida que o ritmo acelerava.
Na mente do soldado, qualquer pensamento dominante de recuar estava distante, pois ele estava imerso no prazer. Como na biblioteca, Shuri queria deixá-lo tranquilo, satisfazendo-o intensamente. Foi ao tocar sua rigidez com os lábios que Bucky blasfemou baixo, um sinal que a deixou confiante. A mão dele segurava seus cabelos castanhos, porém, sentia a urgência de beijá-la, por isso, indicou para ela parasse.
Shuri ficou sem saber o que ele queria, mas, ao levantar, entendeu que a noite estava só começando. A agilidade do soldado agiu primeiramente nas roupas, livrando-os de cada peça que cobria suas peles quentes. A luz revelou o corpo magro sem curvas, um fora do padrão que deixou Bucky excitado, uma vez que a rainha esbanjava sensualidade. Ela mantinha seus lábios nos dele, juntado cada parte do seu ser vulcanizado.
Em seguida, ele a pegou pelo colo e a pousou no meio da cama, onde divertiu-se em seus mamilos enrijecidos, lambendo-os e roçando seus dedos ao centro. A boca de Bucky não esperou muito, beijando todo caminho até chegar em sua feminilidade. Dessa vez, pulou os passos ao se certificar de que estava pronta para, assim, penetrá-la com seu membro viril. O movimento estava energicamente em um balanço que se tornou natural para Shuri.
A selvageria era tamanha que ela precisou se segurar no dorso da cama, assim como, ele com um sorriso malicioso no rosto. Os gemidos aumentaram e apenas cessaram quando chegaram ao clímax. Entre suspiros que procuravam recuperar o fôlego, Bucky saiu de cima dela, deitando ao seu lado.
Shuri procurou aconchego em seu peito até perder pelo cansaço. Enquanto dormia profundamente, o soldado afagava seus cachos e fazia promessas que não poderia cumprir como um tolo que era. Bucky sabia que tinha entrado em um caminho sem volta ao aceitar o convite da rainha e aquela noite era apenas uma pequena preliminar do que estava por vir.
☼
Já estava claro havia algumas horas quando Bucky sentou na cama de Shuri. Durante à noite, ela mesma o convenceu de trocarem de aposentos, uma vez que sua cama era maior. Mesmo não retrucando, sabia que poderia ser trabalhoso no dia seguinte. Afinal, eram os aposentos reais, ou seja, o mais vigiado da casa. Não que Okoye já não soubesse de algo, de ingênua ela não tinha nada, mas o soldado gostava de ser discreto.
Com a mesma roupa da noite anterior - o que não era muito -, Bucky começou a acariciar o rosto de Shuri na tentativa de acordá-la. Ela estava tão imersa nos sonhos que ele se condenou por ter que fazer aquilo. Insistiu mais uma vez, beijando seu pescoço. O olhar de vitória dele ficou por pouco tempo quando Shuri se mexeu, pois ela disse logo após:
- Mais quinze minutos.
- Okoye está subindo as escadas - ele suspirou, balançando a cabeça. - Preciso ir, princesa. A não ser que queira explicar para a General que andou ocupada em sua primeira manhã como rainha.
Ela não conseguiu esconder o sorriso contente ao lembrar do ocorrido.
- Por que você é um estraga prazeres? - Resmungou ela, escondendo-se entre os lençóis.
- Sou mesmo? - Indagou em um tom divertido. - Ontem, você pareceu estar sentindo bastante prazer.
- Tudo bem - deu-se por vencida ao sentar-se na cama. - Eu vou levantar.
- Nos vemos mais tarde - falou abruptamente, olhando para a janela.
- Como vai sair....
Bucky não espera que Shuri continue, pois se apressa ao sair pela janela. A rainha deu um pula da cama, indo até o local com medo de que ele tivesse se machucado. Era claro que o soldado invernal era forte, mas a preocupação tornou-se real nela. Pela janela, ela não conseguiu vê-lo, um indício de que ele teria escapado com êxito.
A batida na porta fez um alarme no quarto, visto que Shuri ainda estava nua. Precisou voltar para a cama e se enfiar entre os tecidos para disfarçar o fato de que era quase dez da manhã e ela ainda estava ali. Suas roupas, por outro lado, nem davam sinal de que um dia teriam passado por aquele cômodo. Onde foram parar?
- Minha rainha? - Chamou Okoye ao adentrar o quarto.
Em uma voz séria que inventou na hora, Shuri fingiu naturalidade ao respondê-la:
- Bom dia, Okoye.
- Já está acordada ou é uma projeção? - A general a fitou com um olhar sereno que fez Shuri quase gargalhar com a cena.
- Sou eu mesma, bobinha - completou, em um divertimento que só ela entendia. - Jamais iria colocar uma projeção com um cabelo bagunçado desse jeito.
- Claro, claro - Okoye virou o rosto para esconder um riso que Shuri não notou. - Apesar de isso ser uma boa notícia em vê-la pessoalmente, trago-lhe duas péssimas.
- É T'Challa? - Perguntou ela, antes de tudo.
- O estado dele piorou inesperadamente durante as últimas horas - disse ela com pesar. - Os médicos estão fazendo o possível, parece que houve uma infecção interna em um dos ferimentos, além de uma rejeição do transplante de pulmão - a Dora Milaje suspirou. - Wakanda está otimista, mas o quadro não parece bom.
- E-Eu não acredito - Shuri passava as mãos pelos cabelos, inconformada. - Preciso vê-lo.
- Sei o quanto ama seu irmão, mas devo alertá-la da outra situação - advertiu Okoye. - Temos mais uma ameaça feita hoje cedo pelos asanis.
- O que aqueles malditos hereges fizeram?
- É melhor você descer e ver com seus próprios olhos.
A rainha não se demorou em colocar a primeira peça de roupa que encontrou, descendo com Okoye às pressas. O coração apertou, fazendo-a temer pelo que iria encontrar na entrada do palácio. A general foi mais ágil, ultrapassando-a para indicar o caminho. Mas nada importou quando Shuri viu a última mensagem dos asanis.
Em uma caixa, a cabeça de Echibi, líder da tribo do rio, pai de Nakia, estava exposta. Shuri caiu de joelhos e chorou por tamanho horror enquanto suas mãos trêmulas eram seguradas por Okoye. Em um abraço, ambas rezaram para Bast à espera de um milagre.
Espero que tenham gostado! Deixe seu voto e comentário para ajudar no feedback, por favor. Afinal, se está lendo até aqui é porque gostou, certo? Não seja um leitor fantasma (: . Próxima segunda, lanço o próximo capítulo. Confesso que vai valer a pena a espera. Att
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