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Capítulo 3

"Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?..." Salmos 121:1


Com muito custo, custo mesmo, do tipo que valeu 150 reais consegui alguém para ficar com Maitê por miseras  4 horas. Na cidade ninguém quer me ajudar ou ter qualquer tipo de associação comigo. Todos são uns covardes, um bando de falsos. 

Olho para o céu através da janela do ônibus esperando encontrar algo lá, um socorro, um socorro que sei que não vem. Afinal, como poderia vir? Deus tem pessoas muito mais importantes e melhores para socorrer. Mas, caramba, eu só queria que ele me olhasse e me arrancasse desse pesadelo. 

— Ele não o fará.— minha voz sai recheada de desgosto.

— O que disse? — um senhor que claramente ainda não esta por dentro dos fuxicos se atreve a falar comigo. 

— Nada. — fecho os olhos ao me encostar na janela.


Coloco as mãos na cabeça ao  ver que só me restam 1 hora para voltar pra casa e buscar Maitê, e nesse tempo ainda não consegui um misero emprego. Nem mesmo vender balinha na rua me deixam, e olha que tentei.  Ainda com as mãos na cabeça aperto meus cabelos até o ponto de doer, como se a dor fosse me dá algum tipo de clareza.

Não dá. 

Claro, ninguém me daria um emprego nesse lugar. Eu deveria ter imaginado, mas ao invés disso resolvi ter um pouco mais de fé nas pessoas. 

Para quê? para quebrar a cara, claro. 

Uma mulher passa por mim e me olha de rabo de olho e somente nesse olhar vejo tanto julgamento que meu sangue ferve.

—O que é?!— explodo e a mulher apressa o passo me olhando assombrada como se a qualquer momento eu fosse tirar uma arma da bolsa e atirar nela. 

Bem que eu gostaria.

Fecho os olhos com força quando sinto dor ao pensar isso. Em que momento virei essa pessoa tão amargurada?

Me agacho ali mesmo no muro e não me importo se estou recebendo ainda mais olhares de julgamentos ou de pena, apenas me preocupo em me limpar de todo o remorso e amargura para poder voltar pra minha pequena.  Eu nunca a macularia com minha sujeira. Ela não. 

Mesmo sabendo que o cara lá de cima não vai me ouvir, começo a cantarolar baixinho errando a letra em algumas partes, porque nunca fui boa em  memorizar letras de musicas e qualquer outra coisa.  Mas mesmo assim assim me arrisco a cantarolar, porque esse tipo de musica me acalma. 

                                                                  (...)Aquieta minh'alma
                                                                  Faz meu coração ouvir tua voz
                                                                 Me chama pra perto
                                                                Só assim eu não me sinto só porque na verdade eu descobri
                                                               Que tudo o que eu preciso está em ti
                                                              Mas meu coração é teimoso demais pra admitir....


— Meu coração é teimoso demais para admitir. — repito angustiada. 

Levanto-me com uma nova ideia, mas para isso terei que convencer a vizinha  ficar mais um pouco com Maitê. 

— Por favor, Helba, será apenas mais 3 horas. — suplico para a mulher que antes de toda essa confusão quebrava meu galho e ficava com Maitê quando Laura não podia. Elas duas sãos as únicas pessoas que confio para ficar com minha pequena. 

Após dez minutos me humilhando e tirar da carteira—chorando— mais 50 reais, Helba se compromete a ficar com a pequena. 

Ao chegar em São Louis perco uns cinco minutos olhando ao redor sem saber o que fazer, o coração batendo acelerado com um sentimento de confusão e perca em meu peito. Ainda desnorteada pego o celular e busco alguma imobiliária por perto, afinal não posso me da o luxo de pagar um taxi. Já gastei muito com a  velha Helba. 

O mapa me mostra uma  imobiliária a 300 metros e agradeço internamente por não ter que caminhar tanto.

Olho para fachada do local bem desenhada e elegante e me pego orando para que o cara lá de cima  tenha misericórdia de mim. 

— Boa tarde. — cumprimento a recepcionista morena que me olha com simpatia. Quase choro de carência ao receber uma pequena porção de carinho.

— Boa tarde, querida. — engulo em seco me recriminando para refrear a vontade de pedir um abraço como uma pequena criança manhosa. — Em que posso ajudar?

Em somente tudo. 

— Quero oferecer uma casa em Luzia. São dois quartos, uma despensa. Um quintal lindo, quer dizer, não esta tão lindo, porque não tenho tido tempo para cuidar dele. — despejo na mulher que  arregala os olhos com meu falar desenfreado e olhos lacrimejantes. — Mas garanto que a casa é ótima, é bem localizada. Ótimo local para quem tem dinheiro e gosta de investir. Quer dizer, é verdade que a cidade é pequena, mas ela só precisa de um empurrãozinho para crescer e tenho certeza que a empresa AS pode fazer isso. 

Meu coração dói por ter que me desfazer da casa que meus pais tanto lutaram para construir. No entanto, situações extremas, pedem ações ainda mais extremas. 

— Com um discurso tão emocionante assim, eu gostaria muito de ver essa casa. — a voz grossa vem de trás de mim e pulo de susto. Ao me virar me deparo com  um homem negro que me mede com curiosidade, engulo em seco, o coração se enchendo de esperanças ao registrar suas palavras. 

— Claro, claro. Podemos ir agora? — esfrego as mãos ansiosa e ele repara esse ato. Ao subir os olhos para meu rosto, arrepio-me com suspeita. Mas espanto esse sentimento. 

— Senhor quer que eu prepare a sala de reunião para conversarem melhor? — a recepcionista chama sua atenção e agradeço internamente. 

— Não será preciso, acabei de lembrar que não poderei verificar a casa. — minha respiração começa a se acelerar, pavor escorrendo por meus poros e ele parece ver isso, porque dá uma olhada de advertência para a recepcionista quando ela faz menção de falar algo. A mulher se retira do local e não sei como me sinto sobre isso, porque estou ocupada demais pensando em formas de o convencer a comprar minha casa. — Tudo bem? Aline foi buscar um copo de agua, você não me parece muito bem. Vem, sente-se. 

Põe a grande mão em minha lombar e me guia para o sofá musgo. Vou sem reclamar, pois minhas pernas parecem tremulas.

— Por favor, senhor, eu posso enviar fotos e vídeos da casa. 

— Não é assim que funciona, senhorita... — pausa ao me inspecionar com seus olhos castanhos. 

— Marineide. 

— Marineide,  como eu estava dizendo não é assim que funciona. Mas, vejo que está com pressa em vender a casa, normalmente algum corretor meu é mandado para avaliar a casa e então recebo o relatório e a partir da ir começa as negociações, é um processo mais demorado. — olho para minha mãos entrelaçadas em meu colo quando meus olhos se enchem. — Em outros casos que detém pressa, eu mesmo avalio. 

Lucio termina com tom suave e continuo de olhos baixos, se pudesse eu me encolheria em uma bola, pois tamanha é a angustia que me sufoca. 

— O senhor poderia avaliar a minha? — minha voz sai baixa e mesmo sem querer há um quê de esperança. 



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