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Capítulo Bônus - Sabrina

"And now that I'm without your kisses I'll be needing stitches"
Shawn Mendes, Stitches.

~ Alguns dias antes

Aquele começou como mais um dia normal na vida de Sabrina Lins Medeiros, herdeira e filha única do homem mais poderoso de toda a cidade. Mas isso não a afetava tanto quanto todos pensam, afinal, ela é apenas uma adolescente de 17 anos.
Acordou, pegou o seu celular e foi checar seu horóscopo do dia, afinal, vai que ela tirava a sorte grande?
Apertou o botão do celular, fazendo-o acender e viu que haviam diversas notificações, então, desbloqueou o celular e começou a lê-las. A primeira, falava sobre o pai, que havia partido hoje pela manhã para Brasília, para tratar de assuntos da empresa, a segunda, era apenas tuítes de seus amigos falando besteiras, a terceira era que 31 pessoas haviam curtido a foto dela no Instagram, e outra mais abaixo era um evento: "Balada Hórus - Open bar, dia 14/02. Garotos: $15,00 Garotas: Grátis até 00:30. Chame 5 amigos e ganhei 5 shots de tequila grátis!"

- Finalmente! - disse gritando e surpreendendo a empregada que estava limpando seu banheiro, fazendo-a dar um pulo assustado com o grito da menina - Desculpa Lu, é que finalmente apareceu alguma coisa pra fazer, ficar semanas dentro dessa casa e rondar pelas cafeterias ai de perto não é tão animador quanto sair. - disse a menina dando pulos de alegria e levantando da sua cama.

- Bem, mas não vá se animando muito viu? Seu pai disse-nos para manter você na linha. - disse Luciana, com um pingo de preocupação na voz, afinal, viu a menina crescer desde recém-nascida, era sua babá integral, e cuidava da menina como se fosse uma filha.

Mas a menina já empolgada para a farra da semana que vem aproveitou o bom e limpo céu para sair e tomar um ar. Ela coloca seus all-stars azuis, penteia o cabelo multicolorido, que lembrava-a de um prisma colorido refletindo luz, colocou o colar que sua mãe lhe deu no seu aniversário de 15 anos e seus óculos escuros e saiu do quarto.

Ao fechar a porta atrás de si, sentiu o cheiro de panquecas que vinha do andar de baixo, passou pelo corredor e desceu as escadas que dava para a entrada da casa, a "decepação" apelido carinhoso de Sabrina para onde passavam pessoas cujos nomes eram poderosíssimos, e outros nem tanto. E era com esses que ela se preocupava.

Sabrina se dirigiu à cozinha, a passos animados e rápidos, com os cabelos balançando ao vento que vinha das enormes portas de vidro abertas que levavam ao jardim. Chegando aos balcões brancos, avistou um prato decpanquecas feitos por Marie, a cozinheira da casa dos Lins, que fazia as melhores panquecas que a garota já havia provado na vida, que foram muitas e de diversos países, devemos citar.

- Bom dia Marie! Lindo dia não? - disse a garota, já se sentando na mesa e começando a comer as panquecas.

- Sim, hoje pelo visto uma senhorita acordou inspirada não? - disse a velha senhora que ali trabalhava há anos também, mas que era ainda mais antiga que todas faquela casa, pois já trabalhava para a família do senhor Augusto Lins há anos quando homem ainda era um adolescente cheio de sonhos.

- Sabe como é Dona Mar, a gente tem que superar as coisas alguma hora, não? - diz a menina, abrindo um sorriso.

- Está certa, está certa. Mas antes de sair, lembre-se que seu pai vai chegar na sexta! - diz para menina que leva o prato até a pia e começa a andar em direção a porta do jardim

- Ok, tá anotado! Valeu! - diz ela, correndo para o jardim, seu lugar preferido de todo aquele terreno.

Era no jardim, que há 2 anos atrás, sua mãe passara dias conversando com ela, fazendo brincadeiras, dividindo músicas e sempre sorrindo. Nem parece que haviam 2 anos que ela havia desaparecido. Parece havia mais do que isso, como se fosse uma infinita eternidade. Na época, a polícia cogitou a hipótese de ela simplesmente ter fugido, mas nem a filha nem o marido acreditavam nisso, pois eles eram felizes, e nada motivaria sua mãe a sumir do nada.
Ela não sabia no que acreditar, mas sua mente lhe trazia as memórias importantes que ela precisava para melhorar o seu humor.

A garota se dirigiu ao portão que separava a propriedade da rua do condomínio particular no qual moravam ela e o pai. A memina se dirigiu ao portão, pegou uma chave do bolso da calça jeans e abriu.

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Realmente sair de casa depois de um bom tempo era bom, realmente bom. Depois do tal acontecimento, Sabrina não gostava de sair na rua, pois todos a olhavam ou de canto de olho, como se ela tivesse feito algo errado, algo que ofendesse eles, mas ela não fizera nada, e sabia disso. O problema era deles se eles não aceitavam a diferença que Sabrina era, se eles não a viam como uma pessoa, e sim como um doente, ou algo contagioso, aí sim a ofendia. Afinal, ela gostava de garotas, não havia matado ninguém; isso era demais para mentes quadradas de uma cidade do interior de São Paulo?

Sua mãe sabia, desde pequena. Sabrina um dia, aparecera com uma amiga em casa, ela tinha por volta de 10 anos, e a garota era dois anos mais velha. Elas foram brincar pelo jardim. Sabrina e Elise eram melhores amigas, as duas se conheciam havia anos, desde pequenas brincavam juntas e as mães eram muitos amigas.
Naquele dia, Elise resolveu que gostaria de brincar de pega-pega, e as duas colocaram-se a postos, Sabrina contando e Elise fora correndo se esconder. Ela habia se escondido atrás de vasos grandes de algumas mudas de árvores que a mãe de Sabrina habia encomendado, e quando Sabrina a achou, ela sentou do lado da amiga e as ficaram ali, sentadas e se encarando. Até que Elise fez uma coisa que iria mudar a vida das duas para sempre. Elise beijou Sabrina. E Sabrina gostou do sabor de cereja do brilho labial da amiga, então a beijou denovo. E ali elas descobriram um amor que causaria a ambas dores maiores do que elas poderiam aguentar.
Esse talvez fora o dia mais decisivo da vida de Sabrina, o dia que ela descobriu porque era tão diferente das meninas da sua idade, e o porquê de não achar os meninos atraentes, mas sim as meninas e tudo se tornou claro como água para ela. Mas para a amiga, a vida não seria tão simples.
Depois de anos se escondendo por trás das cortinas, aos 16 anos a garota tomou coragem e contou para os pais que ela gostava de meninas, e eles, conservadores como eram, mandaram a garota para um internato na Inglaterra, e depois de formada, a garota ficou pelos arredores da cidade de Londres, e acabou se apaixonando por uma cantora não muito conhecida nos meios musicais londrinos, e que Sabrina adorara de primeira. Elas a visitavam uma vez por ano, nas férias de Natal, e sempre traziam algum presente para a garota.

Elise fora o primeiro amor de Sabrina, mas mesmo depois de anos de confusões e novos amores, a garota dos cabelos de algodão a considerava uma de suas melhores amigas, pois mesmo em Londres, nunca perderam contato.

Enquanto ia para o parque, a garota pensou no quanto sua vida havia mudado nos últimos anos, afinal, se assumir nunca fora algo fácil para ninguém, principalmente para uma garota do interior e cujos pais estav na mídia quase sempre, mas ela havia vencido seus medos dois anos atrás e sabia que nunca se arrependeria.

Sentou no banco de uma pracinha perto da sua sorveteria favorita e tirou seu iPad companheiro de coreografias da bolsinha que carregava com si, e abriu o vídeo de sua mais nova coreografia dos seus mais adorados coreanos. A música que entrava em seus ouvidos a deixava animada com a idéia de se apresentar daqui algumas semanas para toda a escola, seria sua terceira apresentação apenas no intervalo de algumas semanas! E com esse pensamento, passou a tarde toda ensaiando, e nem viu quando a tarde tornou-se um pôr-do-sol cor de âmbar, apenas quando a pouca luz a atrapalhou que a menina finalmente recolheu seu iPad e guardou-o dentro da mochila.

Ia caminhando de volta para casa, quando ouviu ao longe um homem gritar.

- Ô gostosa, que tal você ir rebolar desse jeito na minha cama? - disse o homem, que estava em um bar ali perto, que começou a gargalhar ao ver a expressão transtornada da menina.

- Seria uma pena se eu não gostasse do que você me tem a oferecer. - retrucou a garota.

E com isso, o velho se levantou de sua cadeira e caminhou trôpego até Sabrina, que não andara um passo desde o momento que o homem gritara. Ele agarrou a garota pelo braço e deu um tapa em seu rosto.

- Nunca mais ouse desrespeitar um homem, garotinha de merda. - ele disse, fazendo a garota gritar e chutar suas partes íntimas.

Enquanto corria para casa, chorava e tremia sentindo o celular vibrar no bolso.

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Ao bater a porta de casa, pegou o telefone que tremia em seu bolso e atendeu.

- Oi meu amor, tudo bem? - disse uma voz delicada do outro lado da linha.

- Sim sim, tudo ótimo. E você? - diz a garota secando as lágrimas e subindo para seu quarto.

- Ótima, posso ir na sua casa? Precisamos comversar sobre uma coisa... - e o descontentamento de Sara a atinge na hora.

- Claro, vem daqui uns dez minutos, tudo bem? Eu preciso tomar um banho, ai te ligo e você vem meu amor. - trancada no banheiro, a garota começa a se despir desesperadamente.

- Tudo bem, até mais tarde Sa. - e Sabrina naquele momento sentiu seu estômago dar um nó ao ouvir o apelido que há tanto tempo não ouvia.

**

Depois de tomar banho e se recompôr, a garota agora estava esperando a namorada em seu quarto, com um pijama de mangas compridas demais para uma noite de verão.

- Toc toc toc, posso entrar? - diz a garota com voz brincalhona do outro lado.

- Ah, claro claro.

E quando a menina abre a porta, Sabrina percebe que algo está diferente em sua namorada. Ela está... radiante?

- Eu não podia te dizer isso por telefone, então eu espero mesmo que você tente ver o meu lado. - diz a menina, no mesmo minuto sentando na cama de Sabrina e a olhando nos olhos com uma expressão séria.

Se a garota já estava aterrorizada antes, agora ela estava a ponto de ter um ataque cardíaco.

- Bem, eu conheci um menino outro dia no trabalho... ele era encantador, charmoso e muito educado, sabe? Você sabe como eu adoro pessoas educadas! Então - e os olhos de Sara brilhavam a cada palavra dita -, nós continuamos conversando por mensagens e alguns dias atrás eu fui com ele em uma sessão de cinema, ver aquele filme que eu estava louca pra ver, lembra? - ora, claro que Sabrina lembrava, ela havia comprado os ingressos para a sessão do dia seguinte - E ele me beijou, Sa. Eu juro que não foi por maldade, mas... eu o beijei de volta. Eu permiti. E há dias meu coração vem doendo por guardar isso de você, por isso eu vim aqui pra dar um ponto final nessa história, eu quero terminar, Sa. - e com isso, as lágrimas que Sabrina havia segurado por tantos minutos sufocantes agora caiam por seu rosto como frenéticos pingos de chuva.

E tudo havia desmoronado para ela ali mesmo.

- Tudo bem, terminamos. Agora vá embora, por favor. - disse Sabrina, olhando para a menina e apontando a porta.

- Sa, por favor, eu ainda quero ser a sua amiga, por favor, não me odeie, eu realmente gosto muito de você, e espero que você não pare de falar comigo e - e Sabrina olhou para a garota com a mágoa tatuada nos olhos, a menina apenas se calou e saiu porta afora.

Sabrina sabia o que tinha de ser feito, então trocou de roupa, colocou sua calça jeans, uma regata de banda, sua jaqueta de couro e passou sua maquiagem. Naquela noite ela ia se perder, iria se afogar em bebidas que retardariam o seu sofrimento, iria sair para talvez nunca mais voltar, e iria curtir como se fosse morrer naquela noite, mesmo isso sendo meias verdades.

Estou alguns minutos atrasada, mas relevem pois consegui postar hoje!!!! *palmas* *fogos* *gritos* Bem, me perdoem por um capítulo meio deprê, mas era necessário para vocês entenderem o que vai vir por aí com a nossa menina Algodão-doce. Espero que tenham gostado ♡ Adoro escrever Por Um Fio, então, espero que adorem ler a história também. Vou indo, antes que me matem por ter feito isso, xoxo.

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