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pista7 : Família e infância

Delaware ,EUA
20 / 9/ 2023. 22:00 PM sexta .

Mais um dia com a cara enterrada nos arquivos, não tivemos um minuto de paz, depois de umas horas tive que liberar Mikael já que ele tinha o que fazer nas outras divisões, afinal ele é um estagiário, já Spencer é mais organizado e tem menos trabalho então ele tem ficado comigo a maior parte do tempo.

Nós três formamos um bom grupo, nossa amizade evoluiu muito, estamos muito próximos e tenho um carinho forte por eles, não do tipo amoroso claro, sim do tipo famíliar.

Não sei a quanto tempo estamos aqui, até Spencer bater a própria cabeça na mesa.

— Não tem jeito, esse foi o último arquivo, eu li todos, cada caso de sequestro e desaparecimento nós últimos 40 anos , sei tudo de cor, os nomes e datas rodam na minha cabeça, e NADA nem de perto parece com o caso Albuerre, ou o culpado nunca tinha sequestrado ninguém antes disso ou se sequestrou não foi nem perto daqui.

Ele levanta e anda até o sofá se jogando e batendo a cabeça no encosto

— Aii- ele resmunga

— Isso pelo menos já é alguma coisa! doeu?  - tento anima-lo mais começo a rir

— E no que isso ajuda?  - ele iguinora a pergunta é alisa a parte de traz da cabeça .

— Ainda não sei, mas quando descobrir sei que será útil !

— Você não perde as esperanças né ?

— Meu trabalho está em jogo aqui. E eu sei que mais cedo ou mais tarde algo vai aparecer, tenho um pressentimento.

Ele concorda e continuamos, estou tentando anima-lo mais a verdade é que não acham novas provas as esperanças estão começam a ruir , sei que faz só 9 dias que estamos nisso mais não ter nada concreto é muito frustante .

— GENTE ! - Mikael entra na sala gritando

— Mike ? - eu e Spencer respondemos em unison , estávamos nos acostumando , ele era sempre muito feliz , meio cansativo , mais era bom pra manter o ânimo positivo.

Ele só mudava um pouco ao ver as fotos da irmã ou quando falávamos de sua família, ele ficava mais ... Distante, ainda sim ele forçava um sorriso, e isso sim me surpreendia, podia não parecer por fora, mais esse pequeno gesto me fazia perceber o quanto ele era forte.

— Vocês dois são tão ranzinzas que podiam ser gêmeos! - ele diz e se deita no sofá do lado de Spencer

— Somos ótimos irmãos , você que parece o adotado - Spencer brinca com ele bagunçando os cabelos loiro mel o fazendo soltar um resmungo e se sentar

— Sabe que já é tacidade? Vamos sair, vocês precisam respirar um pouco, dar uma volta pela cidade, sei lá.

Olho pra ele com um pouco de dúvida , levanto uma sobrancelha enquanto analiso prós e contras

— Vocês tão me assustando. - não entendo do que ele está falando até olhar para Spencer e ver que ele está com a mesma cara.

— Temos muito o que fazer, não achamos nada ainda ...

— Vai Aly! Não quero ir pra casa ainda ... - a última parte sai baixa e meio tímida .

— Mais meia hora - Spencer tenta- depois saímos

— Já vi que não vão pra casa, que tal um jantar, vamos, vai ser rápido!

— Vamos ... - me dou por vencida

—  30 minutos ! - Spence faz cara de cachorro que caiu da mudança

Me levanto e pego minha bolsa no gancho logo atrás de sua cabeça , deixando que ela "sem querer " bata na cabeça de Spencer

— Levanta! Vamos.

Saio da sala antes dos dois mais consigo ouvir a reclamação.

— Ela não tem coração - ouso as risadas

— Nem um pouco. - digo rindo e eles percebem que eu estava ouvindo

Caminhamos em meio a brincadeiras até o estacionamento , a delegacia estava vazia me fazendo pensar que horas eram.

— Vamos no meu carro, depois eu volto pra cá pra vocês pegarem os seus . - Spencer segue até seu carro

— Tudo bem .

Entro no banco do carona e mikael vai em direção a porta de traz, Spencer liga o carro e consigo ver o horário no painel do rádio digital .

— Já passa das 22, onde vamos encontrar um lugar aberto?

— Tem um bar restaurante a umas quadras daqui - Spencer fala - podemos ir pra lá

— O menino gênio sabe onde tem um bar?

— Primeiro eu não bebo caso queira saber, segundo memória fotográfica, sei o que tem em cada rua dessa cidade e terceiro - ele faz uma pausa pensando bem nas palavras- bêbados são o pior tipo de preconceituoso , é bom saber como evita-los

— Então tá, vamos para lá .

Enquanto ele dirige eu olho pela janela, a sensação de déjà vi é persistente sempre que eu ando pela cidade, como Spencer disse deve estar no meu subconsciente.

Passamos na frente de uma creche , sei que é uma creche pelos desenhos infantis mal feitos nós muros , ouso vozes de crianças , finas e fofas , mais sei que estão só dentro da minha cabeça

" Vem , eu vou ser sua amiga ! "
" Corre , vamos "

Ouso risadas também como se as crianças estivessem brincando e a buzina de um carro

" Mamãe chegou , vem !"

Pisco os olhos rapidamente tentando ou esquecer ou lembrar de algo concreto, uma imagem, um rosto, qualquer coisa.

Não consigo

Não sei quanto tempo fiquei perdida em meus pensamentos até chegarmos.

Entramos no bar e sentamos em uma mesa alta com amendoins no meio.

—E então vão pedir o que ?

— Quero um Martini  - digo olhando o cardápio.

— Eu quero um cosmopolitan

— Isso é o que ? - pergunto pra ele

— É uma bebida de mulherzinha 1 dose de vodka, 1 limão ,50ml suco de cranberry , 1 dose de licor de laranja e
Gelo - Spencer responde mais rápido que mikael

— Isso nem tem Álcool direito !

— Eu nunca tomei nada mais forte! O máximo que eu tomei foi uma pina colada !

Aperto suas bochechas

— É muito bebê . - ele fica emburrado e rimos

— Pensei que íamos jantar - Spencer fala

— Então traz também a maior porção de batata frita da casa.

— e suco de Cranberries ! - Spencer pede

— Então era sério , você não bebe mesmo ?

— Alguém precisa levar vocês pra casa!

Logo as bebidas chegaram, meu copo era pequeno e redondo em um tom terroso, o de Spencer era vermelho escarlate transparente, já o de Mikael era vermelho sangue e parecia mais denso, o garçom se confundiu e trouxe a pinã colada também essa vinha em um copo alto com um guarda chuva  e cheia de frufru.

— para a senhorita! - o garçom colocou a pinã colada na minha frente e piscou para mim

Vejo Spencer segurar a risada, o garçom parece não entender, ele não é o mesmo que anotou nosso pedido.

Spencer se estica e pega o copo da minha frente e coloca na frente de Mikael, esse por sua vez está com as bochechas da cor da bebida de spencer

— Para a senhorita - ele imita o garçom e Mikael ameaça bater nele, sorrio com a infantilidade deles.

Logo o garçom sai constrangido, e observo por um tempo

— Ele não é feio ...- Mike comenta

— Nem um pouco - spencer enfatiza olhando para o garçom que está de costas

— Ficou afim ? - o loiro me provoca

— Não vi nada demais, não faz o meu tipo.

— Mas não pode negar que ele é bonitinho - Spencer continua a me tentar

— Não tô procurando ninguém por agora, e ele nem é tão bonito

— É sim! - os meninos respondem juntos

— Você são insuportáveis - rio e eles riem junto- quem sabe depois de uns copos eu não acabo concordando com vocês

Levanto o copo e começo a beber, como umas batatas mais adimito estar mais interessada na bebida e na conversa

Depois de duas ou três doses eu já tinha parado, mas Mikael não, ele tomou pelo menos cinco copos daquela coisa vermelha e mais toda aquela pinã colada , algo me diz que ele não está bem ...

Mesmo com o seu comportamento estranho, nós três continuamos conversando.

Já estava ficando tarde porém então o caso surgiu como o assunto da mesa.

— Fiquei com dó da sua mãe, coitada, já sofreu tanto, imagina, 25 ANOS sem saber - talvez eu também estivesse meio alterada mas isso não importava.

— Sabe quem é o coitado ? - Mike diz em meio a soluços de bêbado , se eu estava mal , ele estava o dobro . - eu ! Nunca nem soube quem era a Angelis ... Mais a vida inteira o fantasma da irmã morta me persegue! Tipo... - ele para e deita a cabeça na mesa em cima dos restos de batata frita- Angelis ia gostar daquilo , isso é a cara dela , sua irmã pode voltar , não mecha no quarto dela ! Meus pais eram fantasmas , só viviam no passado , minha irmã era um fantasma eu cresci em uma casa mal assombrada !

Ele para um pouco e eu deito a cabeça em seu ombro , não so pra passar forças mais também por que minha cabeça pesa muito , no momento tenho zero condições de ler a expressão de Spencer , a quanto tempo eu não bebia ?!

— Sem contar como eram super protetores , ligavam pra escola de hora em hora , só pra ter certeza que eu estava lá , nada de sair ou ir na casa de amigos , eles tinham pânico se eu sumisse mais de alguns minutos - ele ri se lembrando de algo - eu tinha uns 12 anos a primeira vez que fugi, sabe todo pre adolescente hora ou outra foge , esbarrei em um cara e ele passou minutos me encarando até falar que eu me parecia com Angelis , as fotos dela sempre estiveram espalhadas por toda cidade , era impossível fugir dela ! Ele me deixou em casa e sumiu , minha mãe abriu a porta e seu rosto - ele acaricia o próprio rosto - como ela chorava ... Prometi que nunca mais ia fazer ela chorar ... E aqui estou eu ... Tenho tanto medo disso não dar em nada , não posso mais ver ela chorar, ela chorava a noite toda , e meu pai só vagava por aí , tão ... Perdido ...

— Para de reclamar! - digo levantando a cabeça - você tinha mãe ! E saúde ! Eu fiquei dos 5 - fiz o sinal com a minha mão - até os 12 - tentei fazer o doze mais faltaram dedos e eu fiquei confusa - de cama , doente de mais pra fazer qualquer coisa , e o pior como meu pai morria de medo de repetir os erros da mãe dele,  ela tinha doença de münchausen ... - demorei um pouco com o nome da doença sinceramente nem lembro se pronunciei certo .

— O que que é isso ? - Mikael me olha confuso e vejo que tem batata frita no seu cabelo, não me dou o trabalho de tirar.

— É uma síndrome, um tipo de abuso infantil, em que um dos pais, geralmente a mãe, simula sinais e sintomas na criança, com a intenção de chamar atenção pra si. Como consequência, a vítima é submetida a repetidas internações e exposição a exames e tratamentos potencialmente perigosos e desnecessários, gerando sequelas psicológicas e físicas, podendo levar a morte e ...  - Spencer fala rápido como se lesse um livro

— Você é é um dicionário cara ! - Mikael interrompe ele fascinado.

— Isso ! Por isso ele odiava hospitais, e medicamentos , ele só me tratava em casa, com chás e ervas , eu nem sei direito o que eu tinha , ele também não sabe, podia ser só uma depressão severa , ver a mãe morrer não é pra qualquer um ... - respiro fundo -  só sei que não tinha forças , vomitava muito e tinha muita febre, sem motivos, eu nunca via outro rosto e nunca saia do quarto , estava sempre cansada de mais pra brincar mesmo que as vezes eu me sentisse tão  ...  então eu lia...  Eu só ... Lia .

— Vocês dois reclamam de mais , pelo menos TINHAM alguem lá com vocês, meus pais tinha uma exigência, a perfeição. Só isso, aulas de piano, matemática avançada, música clássica, tudo que vocês podem imaginar dês de que eu me entendo por gente .

Olhamos pra ele atentamente, mesmo não estando bêbado ele também precisava desabafar, ele solta o ar, um ar que parecia estar guardado a muito tempo.

— Logo que me destaquei e descobriram a memória fotográfica me enviaram pro colégio interno para meninos com alto QI, mesmo entre as crianças mais Inteligentes eu ainda era o melhor, afinal é ler ou ouvir uma vez e decorar, e quando mais novo era ainda mais rápido bastava olhar, nunca precisei estudar pra nada!
Eles tinha inveja, o colégio só tinha as melhores mentes, eram todos tão competitivos, eu só queria ser uma criança normal, ter amigos, mais ali, ninguém era amigo de ninguém. - vejo ele respirar fundo, mikael tenta se levantar pra dar um abraço nele mais o mesmo desvia e continua como se não fosse nada.

— Eu via eles o que? - ele diz se referindo aos seus pais -  Duas vezes a cada 6 meses? Nem em datas comemorativas eles vinham me buscar , mais toda nota 1000 que eu tirava eles mandavam um cartão postal escrito " ótimo " ou " parabéns" nada mais que uma ou duas palavras, uma vez não respondi nada na prova pra que eles fossem chamados na escola, o jeito que me olharam, me dá calafrios até hoje, acho que nunca apanhei tanto, então parei de tentar chamar a atenção deles. Me mantive distante e logo eles morreram. Eu tinha 16 , fui mandado de volta para a cidade já que não tinha mais ninguém  pagar internato  e descobri que era emancipado dês dos 12 , e ninguém nunca tinha me contado, de acordo com o advogado meus pais queriam que eu pudesse me virar sozinho, e pra ajudar  depois algumas pessoas descobriram a outra coisa ... lembro como me encararam no enterro ...

" Essa criança não vai chorar ? "

" É o enterro dos pais dele , será que ele não tem emoções "

" Me falaram que ele era um desses gênios sem emoção "

"Psicopata "

"Isso mesmo"

" Sem contar que ele ... "

" Sim , ouvi falar disso também "

Essa conversa ainda ronda meus pesadelos , e era verdade , eu não sentia nada ...

— O que sentir por algum que você nunca conheceu ... - mikael termina e vejo que era isso que Spencer ia dizer

— Quer saber - me levanto do baco - nós somos nossa própria família! Eu vou estar com vocês desde que estejam comigo.

— Sei que vocês nunca vão esquecer o que aconteceu , assim como eu - ele diz fazendo uma brincadeirinha com o lance da memória - não dá pra apagar o passado, mais acho que tudo pelo que passamos nos trouxe aqui. Um grupo de detetives completamente desajustados. - percebo que mesmo não sendo essa intenção é a primeira vez que Spencer se refere a mikael como "detetive" .

—Um brinde! A um novo jeito de ver tudo isso - Mikael responde, se recuperando um pouco - agora chega de sentimentos! Garçom outra rodada!

— Mas nem morto ! - Spencer se levanta - sabe que horas são? Vou levar vocês pra casa agora!

— Minha bicicleta tá na delegacia, eu vou lá pegar! - Mikael tenta se levantar e cai, eu como uma boa amiga tenho uma crise de riso que deixa bem claro o quanto estou bêbada .

— Consegue ir até o carro ? - Spencer se dirige a mim.

— Tô mal mas nem tanto! - consigo me levantar e vou pagar a conta , vejo Spencer levantar Mikael do chão que abraça seu pescoço com os pés bambos ainda.

Vamos até o carro, volto atrás por que quero ir deitada, prendemos mikael no sinto no banco da frente, não dá dois minutos e ele tá desmaiado. Como meu kitnet não é longe da delegacia prefiro que Spencer me deixe lá tiro as botas em pé mesmo e me jogo na cama,  vejo que meu celular tem algumas mensagens e ligações perdidas mais com tanto sono não consigo me concentrar .

A noite passa e Quando acordo sinto as consequências do dia anterior, minha cabeça está explodindo e eu mal aguento a claridade do sol, fecho as janelas e caminho até o banheiro .

Ligo o chuveiro , tiro a roupa e me jogo em baixo da água gélida, respiro fundo sentindo as gotas descerem pelo meu corpo pego o xampoo da embalagem lilás e sorrio ao sentir seu cheiro, lavanda, adoro essa essência.

Massageio meus cabelos com cuidado até que o telefone toca, como ele é aprova de água atendo em baixo do chuveiro mesmo.

— Alô ?

— Oi filha ... Desculpa pela discussão outro dia , não posso ficar bravo com a minha menininha .

— Tudo bem pai , já passou . - desligo o chuveiro e enrolo a toalha na cabeça .

— E como vai ? Tentei te ligar e você não atendeu , fiquei preocupado !

— Tô ótimo pai, sai com uns amigos.

— Que bom meu anjo, e como foi? Algum rapaz?

— PAI! Para de querem me casar! - falo em tom de brincadeira e ele ri do outro lado da linha .

— Sinceramente além do brinde eu não lembro de muita coisa - claro que eu lembrava da conversa sobre a nossa infância mais sabia que isso só serviria pra chatear meu pai

— E brindaram a que ?

— Um novo jeito de ver coisas antigas , algo do gênero .

— Que legal filha e ... - ele continuou falando mais parei de ouvir .

Sabe no desenho animado quando aparece uma lâmpada na cabeça do personagem , foi quase isso que aconteceu .

Uma luz , uma ideia que surgiu , finalmente algo que pode me ajudar , ajudar no caso Angelis .

— Presciso desligar! Tive uma ideia pra um caso!

— Tudo bem tchau meu bem - respondo antes dele terminar

— Tchau pai ! - desligo o telefone.

Deixo uma mensagem pra Spence e pra mikael e corro até a delegacia.


✧Notas do autor ✧

Oiiii, sei que demorei pra postar, espero que o cap longo compense (*^3^)/~♡esse cap tá cheio de dicas e coisas importantes pro futuro da história

Eu tô amando os comentários, eu leio todos, só não respondo por que sou MUITO boca aberta e tenho medo de soltar um spoiler sem querer kkkkkkkk

Em fim espero que tenham gostado comentem as teorias de vocês e me digam o que vocês tem achado da história  ( ˘ ³˘)♥

— Sunny

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