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pista11: Laços


Delaware, EUA
27/09/2023 - Sexta-feira.
12:00 PM

Sorri de lado recebendo a mensagem diária de "bom dia" de Noah, desde que nos conhecemos trocamos mensagens diariamente, ele é fofo e curioso, bem desastrado também, mas me faz rir na maior parte do tempo esses momentos de descontração deixam meus dias mais leves, vemos tantas coisas horríveis aqui que é bom saber que tem algum lá fora que ainda sorri, mesmo assim sinto que ele esconde algo atrás daqueles sorriso lindo, porém não me sinto no direito ou familiarizada o suficiente para lhe cobrar respostas.

Noah sempre pergunta do caso, de como estamos e se eu vi Celeste, percebo que se importa mesmo com a família Albuerre, por isso tenho o respondido cada vez menos e o mas vago possível, por que simplesmente não tenho nada novo, e isso me corrói.

Dias se passaram, dias sem um indício, todos os fios de cabelo dos brinquedos foram para análise, mas a ciência forense é um tanto demorada.

Estamos atrás de câmeras de trânsito e/ou particulares da época para ver se o carro suspeito aparece em alguma, porém pouquíssimas pessoas guardam coisas tão antigas.

Spencer e Mikael foram pra rua perguntar sobre o retrato falado e o carro, porém ninguém identificou nada, nem se quer uma pista.

Estamos chegando em outro beco sem saída, os meninos sabem e eu também sei, e mesmo assim não tenho coragem de dizer para Noah.

É diferente, Spencer não tem ligação pessoal com o caso, Mikael já perdeu as esperanças de encontrar a garota viva, mas para Noah é mais...

Seus olhos brilham de esperança cada vez que nos vemos, ele tem tanta fé no mundo e é tão... radiante, de um jeito diferente, ele parece verdadeiramente inocente e feliz, como se nada o preocupasse, como uma criança que acredita que todas as historias sempre tem um final feliz, uma coisa assim é tão simples porém tão rara.

Por anos meu "ciclo de amigos" era formado por detetives e policiais da delegacia de homicídios, pessoas que já viram o pior que o mundo tem a oferecer, não precisava me preocupar com em poupar o psicológico de ninguém, ninguém ali realmente se preocupava com a vida dos outros fora do trabalho, agora sinto como se caminhasse em ovos o tempo todo.

Ter a oportunidade de "treinar" dois ótimos detetives como Mikael e Spencer é uma chance de ouro, eles tem um ar jovial e determinado mas nesse tempo juntos não os vejo só como pupilos, se tornaram mais do que colegas ou amigos, já os considero Família, então além de pensar no caso constantemente me pego pensando em como o que descobrimos ou deixamos de descobrir pode vir a afeta-los, meu maior medo é esse sentimento atrapalhar meu julgamento e minha percepção.

Quanto a Noah não tenho certeza, ele tem certeza que eu consigo achar algo uma certeza que eu mesma não tenho, só sei que me importo e não quero decepciona-lo, não suportaria ver seus olhos perderem a esperança e luz que ainda resta, mesmo sabendo que será inevitável.

Nunca tinha formado tais laços, nunca fiz questão ate o momento, de uma certa maneira isso me apavoram, preciso ter a mente clara pra resolver esse caso, o trabalho sempre veio antes de qualquer coisa, antes de qualquer pessoa, e eu não posso mudar isso por que não consigo resolver um caso ou por que estou envolvida de mais, coisas essas que eu nuca tive problemas antes e foi isso que me fez chegar onde estou, e agora não posso retornar.

Mesmo assim, mesmo com tudo isso rondando minha cabeça, não evito o sorriso ao responder o maldito "bom dia".

-Tá parecendo uma adolescente sorrindo assim pro celular. - Spencer provoca.

- Nunca, odeio adolescentes - levanto meu olhar para ele.

- Não me entenda mal, só tô curioso. Quem é o novo namorado e quando vai apresentar ele para nós? - ele diz em tom brincalhão, sei que tá me provocando.

- Quando existir um namorado vocês vão ser os primeiros a saber, mas também quero saber de vocês!

- Eu até gosto de alguém... Já cheguei a falar, mas acho que ele não lembra... jura que se eu contar não vão rir?

- Sou eu? Estou honrada! - coloco a mão no peito e me finjo de emocionada.

- Sinto muito te desiludir, mas não te amo assim - ele ri e eu devolvo a risada. - Você é como uma irmã pra mim.

- Depois dessa chorarei no banho! - aproximo a mão do rosto e desço formando o caminho de uma lágrima porém mantenho o sorriso no rosto.

- Você é cruel e sarcástica, a melhor amiga que eu já tive porem deus me livre te namorar, provavelmente te mataria em quanto dorme.

- Nunca recebi elogio melhor, mas você não vai fugir dessa. Fala logo! É a Mia?

- NÃO, por Deus, nunca - ele solta uma risadinha. - Eu não gosto... é difícil explicar, e gosto d.. - e como em um maldito filme de suspense, a porta se abre e Spencer se cala, esperando o loiro adentrar o quarto.

- Estava dizendo? - questiono Spencer, Mikael nós encara.

- Que eu quero saber quem é que anda arrancando esses sorrisos seus! - merda, eu que pensei ter conseguido mudar o foco.

- A Aly sorrindo? Tá se sentindo bem? - Mikael zomba e tenta encostar a mão na minha testa pra medir a temperatura.

- Sai! Eu estava só respondendo as mensagens do Noah, acho o jeitinho dele engraçado.

- Isso é frase de adolescente apaixonada - Spencer pontua.

- Já falei que não gosto de adolescentes e  Não sou eu a apaixonada aqui! - reviro os olhos. - Ele é uma testemunha, preciso conversar com ele caso ele lembre de algo.

Vejo Spencer revirar os olhos e abrir o notebook, ele tecla um pouco porem parece mais interessado na nossa conversa 

- É, mas não posso negar. Ele é fofinho, e isso não te impede de estar apaixonada - Mikael fala batendo no meu ombro, vejo Spencer fechar a cara e encarar o computador com as sobrancelhas franzidas. - Ciúmes da Aly, Spencer?

- Primeiro, eu não tenho ciúmes de ninguém, segundo, acho que estou perto de algo.

- Como assim?

- Se eu descobrir eu te conto, preciso imprimir isso- ele faz uma pausa e levanta com o computador na mão-  e achar esse endereço, mais estou perto... Muito perto.

Spencer pega um pen-drive e transfere os dados do computador, e segue para a biblioteca de arquivos.

Mesmo estranhando a reação, continuo a resolver a papelada sem fim, mesmo só cuidando da divisão de homicídios, não faço ideia de como cinco detetives, dois peritos, um estagiário e quatro recepcionistas dão tantos papéis.

Mikael resmunga e se deita no sofá suspirando, então boceja, suas olheiras parecem estar profundas e tomando um tom mais escuro que o comum.

- Mike tá tudo bem ?

- Tô sim, só cansado, exausto pra dizer o mínimo. Tenho que revezar meu tempo entre aqui e a narcóticos, eles me vêem como um copo de café ambulante mas eu mesmo nem tenho tempo de tomar um café, sem contar que os outros detetives pegam muito no meu pé, me sinto de volta ao ensino médio.

Solto uma risada e balanço a cabeça.

- Posso te arrumar um dia de folga aqui da homicídios, e dar uma bronca neles, aí vai ter um tempo.

- Por favor não, o pessoal daqui implica bem menos comigo, por sua influência claro - ele solta uma risadinha. - Na maior parte do tempo reviram os olhos quando eu passo ou me ignoram, as vezes colocam os pés na minha frente pra me derrubar, no geral só me pedem pra trazer café e organizar a papelada das ocorrências.

- Falar nisso, bem que eu tô com vontade de tomar um café...

- Nem ouse! - ele me interrompe e não seguro a risada.

- E em casa? Como estão as coisas? - pergunto sem nenhum objetivo mas percebi que toquei na ferida.

- Não o consigo mais dormir lá. - me aproximo me sentando na mesa a frente do sofá, observando aqueles olhos brilhantes assumirem uma tonalidade fosca e escura, me arrependo de ter perguntado, mas sei que ele precisa desabafar. - Está perto do aniversário da minha irmã, meus pais estão em um misto de sentimentos, em alguns dias ficam eufóricos, às vezes deprimidos ou com raiva, preciso sempre estar de olho neles.

- Poxa Mike, por que não me contou? Eu poderia te ajudar.

- Sabe o que me mata, eu pesquiso sobre sequestros desde que descobri da existência de Angi, e só tem duas opções, ou vamos achar um cadáver ou mesmo sendo improvável, uma chance em um milhão, uma mulher totalmente traumatizada, quem sabe o que aconteceu com ela, ninguém que esteve tantos anos trancada volta sã... A garotinha que minha mãe espera na beira da escada, a criança com medo de escuro pra quem minha mãe deixa o abajur aceso nunca vai voltar, e eu não quero decepcionar ela, mas...

- É assustador como as coisas que aconteceram há tanto tempo, conseguem ainda ser tão presentes.

- Que?

- Uma coisa que alguém me disse uma vez, o importante é, sua mãe não é burra Mike. Ela só quer um fim, quer descobrir o que houve com a filha dela. Não acredito que qualquer coisa que descobrimos vai a decepcionar, a dúvida é o pior dos males, ela tem essa dúvida a anos, isso consome ela, ela só precisa de um fim, uma solução, e nem que demore mais 20 anos, eu prometo dar isso a ela.

- Você é a melhor amiga que eu poderia ter, obrigado, por tudo.

- É a segunda vez que me dizem isso hoje, estão aumentando meu ego. - me gabo um pouquinho e me ajeito na cadeira. - Não é nada, dorme um pouco.

Ele concordou com a cabeça, e eu bagunço os cabelos cor de mel dele, e o escuto resmungar.

Faltavam cinco relatórios para finalizar o dia, quando Spencer voltou para sala, Mikael levanta assustado pelo barulho alto da porta, ele dá um "bom dia" para Spencer que balança a cabeça parecendo distanciar um pensamento e volta para sua mesa.

- Mike, Aly? - Spencer chama nossa atenção. - Eu tô indo pra casa, vou deixar o computador trabalhar e amanhã cedo entrego o que descobri, querem carona? Lá fora tá chovendo horrores, não é bom ir a pé.

- Vim de carro hoje, por sorte, e preciso terminar isso. - aponto para os últimos relatórios.

- Eu aceito, tô de bicicleta, não quero me molhar.

- Então me ajude a levar esses papéis pro carro, tô muito perto de achar o carro que Noah viu. - ele entrega uns papéis na mão de Mike e pega a bolsa deixando do lado do corpo, e depois pega o resto dos papéis.

- Perto quanto? - questiono curiosa.

- Só tenho suposições, quando tiver algo concreto eu o chamo.

- Mas pra mim ele vai contar né Spencer?

- No seus sonhos garoto do café!

- Malvado. - Mikael põe a mão no peito fingindo estar magoado, e assim ambos saem da sala se provocando.

Permaneço lá pelas próximas 2 ou 3 horas, a verdade seja dita eu perdi a noção do tempo, porém pelo menos terminei os relatórios.

Fecho a sala e pisco os olhos devagar, me sinto exausta, parece que faz séculos que estou nessa delegacia.

Passo pelo corredor e cumprimento Nolan que vai cobrir o turno noturno hoje, o lugar está vazio e poucas luzes estão acesas. A sala de Felície é a única que esbanja vida, todas as luzes estão ligadas e uma música animada soa baixinho, passei devagar a caminho da saída, aceno para o recepcionista da noite, que a propósito é muito mais competente que Mia, quem sabe eu não troco eles de horário um dia.

Chego ao estacionamento externo e mal iluminado da delegacia, procuro na bolsa as chaves do carro. Preciso de uma bolsa nova, essa está pequena para tudo que eu carrego, porém odeio andar de bolsa, odeio mais ainda bolsas espalhafatosas, procuro nos bolsinhos onde só encontro balas e quinquilharias, logo escuto meu celular apitar, pego o aparelho e finalmente acho a chave e a pego com a mesma mão, vejo que a notificação era uma mensagem de Spencer porém não visualizo.

Algo me impede...

Sinto todo meu corpo tenso, o barulho inconfundível de uma respiração paira no ar, compassada e controlada, não estou sozinha, tem alguém atrás de mim, se aproximando a passos curtos e silêncios, ele está tentando ser discreto, isso me apavora mais ainda, mesmo assim consigo ouvir os sapatos estalarem contra as pedras do piso.

Minha mão correu pela lateral do meu corpo até alcançar o frio metal em minha cintura, destravo a arma em um único movimento, que emite um estalo seco quebrando o silêncio, e a deixo pronta para reagir.

Sinto que o ser que antes estava escondido fora do meu campo de visão se aproximar novamente, se esgueirando entre as sombras, logo atrás de mim, perto o bastante para sentir seu calor, sinto um cheiro familiar, forte e predominante, mas não me lembro da onde o conheço.

Mãos grandes tomam meus ombros e me viram, saco rápido o revólver deixando na altura do umbigo da pessoa.

Uma voz grossa e firme sai dos lábios grossos que estão tão próximos do meu ouvido.

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