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Pov Ludmilla

Após eu dar todas as direções do endereço de minha casa, que ficava no máximo a quarentena minutos de sua casa, ela estaciona o carro enfrente ao portão branco que estava totalmente fechado.

Saio do banco do passageiro e fecho a porta do carro, de forma delicada. Enquanto Brunna retira os cintos de segurança da cadeirinha do Philipe, eu retiro as chaves do meu bolso e abro o portão, já escutando os latidos do meu cachorro.

O pequeno sorri carinhosamente quando vê o cachorro e eu peço para que Brunna solte a mão dele, para ele poder brincar. Com um pouco de receio, ela pede para ele se comportar e só então solta sua mão, para ele poder ir até o cachorro que estava com a língua para fora.

- Eu quero que você sinta-se em casa, tá bom ? - falo a ela após fechar o portão atrás de nós - Não precisa ter nenhuma vergonha, todos gostam de você. No máximo você vai escutar alguma piadinha sobre nós.

- Hum, tudo bem. - ela sorri simples.

- Vem, acho que todos estão na área de lazer, fazendo churrasco. Hoje é aniversário da minha avó. - comento enquanto andamos pela grama sintética.

- Ludmilla, você tinha me dito que era apenas um almoço e pra piorar, disse que eu poderia vir de qualquer forma. - ela me olha brava - Você mentiu.

- Não, Bru. - suspiro - Não é uma festa, minha vó não gosta dessas coisas. Mas queríamos comemorar e fizemos só um simples churrasco. Você vai ver que vão estar todos de qualquer forma, você que veio arrumada.

Demos mais uns passos e tivemos a visão da área de lazer completa. Marcos vestia apenas uma bermuda jeans e tentava falhamente virar a carne na churrasqueira. Minha mãe estava assentada em uma espreguiçadeira e usava um biquíni estampado e seus inseparáveis óculos escuros. Na piscina estavam Luanne, Renatinho e Patrícia, competindo quem nadava melhor. Minha vó era a única que estava totalmente vestida, com um vestido branco e cantava enfrente a televisão.

Sinto a tensão de Brunna diminuir, já que ela segura minha mão com menas força e um pequeno sorriso preenchia seu rosto, me fazendo ficar aliviada, já sabendo que a atriz não brigaria comigo, se ela estivesse "mal vestida".

Marcos é o primeiro a nos ver e acena com a mão livre, minha mãe rapidamente se levanta e caminha em nossa direção com um enorme sozinho nos lábios, automaticamente Brunna aperta minha mão, novamente.

- Minhas queridas, eu estava começando a ficar preocupada com vocês. - minha mãe fala - Ludmilla não me enviou nenhuma mensagem.

- Eu te avisei que eu ia dormir por lá mãe e voltaria no horário de almoço. - me separo de Brunna para poder a abraçar.

- Brunna, você está linda. - minha mãe a abraça - Eu estou até envergonhada pela roupa que eu estou usando.

- Mãe, você acredita que ela queria brigar comigo, dizendo que eu a deixei vim mal arrumada, só porque é aniversário da vó ?! - sinto o olhar mortal de Brunna em minha direção.

- Nós não nos importamos com isso, minha querida. - minha mãe se apressa em falar.

- Hum, obrigada. - Brunna sorri tímida - Mas a senhora também está linda, adorei a estampa do biquíni.

- Ah que isso! - minha mãe sorri - Você não trouxe seu pequeno ? Pedi a Ludmilla para convidar vocês dois!

- Eu trouxe sim, mas ele ficou lá brincando com o cachorro de vocês, daqui a pouco ele vem até nós. - Brunna comenta enquanto olha para trás tentando procurar ele.

- Não precisa se preocupar, Bru. A casa é toda fechada e o Calleb não morde. - a tranquilizo - Daqui a pouco Marcos vai até ele, já que ama crianças.

- Tudo bem. - ela diz simples.

- Venha, vamos cumprimentar minha avó, estou morrendo de saudades dela. - seguro a mão de Brunna, para que ela me cumprimente.

Caminhamos a beira da piscina, até chegar a minha vó que ainda cantava uma música do cantor Belo enquanto o vídeo clipe era reproduzido pela televisão, que estava no suporte.

- Vó, nós chegamos! - chamo sua atenção e ela rapidamente se vira em minha direção e me abraça de forma apertada.

- Quanta saudades, minha neta! - ela sorri.

- Eu também estava vó! - sorrio - Feliz aniversário pra senhora, obrigada por ter cuidado tão bem de mim e por ter me dado o melhor amor do mundo!

- Ah Ludmilla, não me faça chorar. - ela enxuga as lágrimas que caiam em seu rosto - Eu faria tudo de novo por você.

- Eu trouxe a Brunna para passar esse dia conosco. - puxo a mais baixa para perto de mim - Espero que não tenha problema.

- Não tem problema algum. - minha avó se apressa para falar - Você está bem, minha querida ?

- Estou sim, Dona... - Brunna parece se esforçar para lembrar o nome da minha vó e eu rapidamente a lembro.

- Vilma! - digo.

- Isso. - ela sorri tímida - Estou bem, dona Vilma! E a senhora ?

- Estou ótima, só me falta um namorado.

- Vó, não começa com isso de novo! A senhora está ótima sozinha. - falo.

- Ela não está errada, a vida foi feita para viver. - Brunna sorri - Feliz aniversário para a senhora, como eu não sabia que era seu aniversário, porque a sua neta fez questão de só me contar isso quando chegamos aqui, eu não comprei nenhum presente. Mas pode ter certeza que comprarei e pedirei Ludmilla para lhe entregar.

- Não tem nenhum problema, minha flor. - minha vó a abraça - O maior presente é a sua presença, sou sua fã.

- Vó, finge costume. - brinco - Você vai assustar a Brunna e ela nunca mais vai querer voltar aqui.

- Para com isso, Ludmilla. - Brunna me repreende.

- Vem, vamos cumprimentar agora os meus amigos. - toco sua cintura - Não sei se você conhece eles, porque no dia da festa, você só ficou com a Marina.

- Hum, verdade. Só conheço de vista. - comenta.

- Esse feio aqui. - aponto - É o Renato, mais conhecido como Renatinho.

- Prazer, Renatinho. - Brunna acena delicadamente e Renato retribui.

- Essa aqui é a Patrícia Cristina, também minha amiga. - mostro - Mas pode chamar ela de Patty Cris.

- Pode ser só Patty. - a morena se apressa para falar.

- Prazer Patty. - Brunna sorri.

- Bom e essa daqui você já conhece, é a minha irmã mais chata, chamada Luanne. - vejo ela revirar os olhos e tentar jogar água em mim.

- Oi, Luanne. - Brunna diz simples.

- Oi, Brunna. - Luanne sorri.

Depois de conversar um pouco com cada um, sentamos na espreguiçadeira e Philipe veio acompanhado de Marcos que o segurava firmemente no colo com medo que ele caísse.

Como Brunna me disse que não iria beber, optei apenas por tomar uma cerveja, para não ficar tão embriagada e dar uma perda total dos sentidos.



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É isso.




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