Pov Ludmilla

Finalmente pousamos no aeroporto de São Paulo, Marcos e minha mãe que estavam sentados a minha frente dormiam tranquilos e atrás de mim, Renato e Patty riam escandalosamente de algo que passava no pequeno tablet.

Assim que a aeromoça nos deu o aviso que poderíamos sair do avião, acordamos quem estava dormindo e logo descemos a escada, deparando com um pequeno público que estava sendo contido pelo segurança do aeroporto.

Caminho até eles, tiro algumas fotos e dou alguns autógrafos, mas rapidamente sou direcionada até o carro que estava nos esperando para levar até o hotel em que ficaríamos hospedados durante esses dias.

- Eu estou faminto. - Marcos passa a mão pela barriga - Parece até que não comi nada durante o dia todo.

- Ninguém manda ter um buraco negro dentro desse estômago. - Renatinho zoa meu irmão, me fazendo rir.

- Antes um buraco negro no estômago do que no ânus. - Marcos fala fazendo minha mãe arregalar os olhos.

- Pra você tá falando é porque viu. - Patty fala se recuperando de uma risada.

- Credo gente, me poupe desse detalhe horrível. - Luanne finge vomitar.

- Vocês são uma piada. - sorrio - Quando não estão falando de pênis, falam de ânus.

- Não temos culpa se você gosta de vagina. - Renatinho fala me olhando.

- E agora é de uma específica. - Marcos sorri - Da Brunna.

- Pelo amor de Deus, parem com esse assunto de órgãos genitais. - Luanne reclama novamente.

- Foi o Marcos que começou. - justifico.

Em menos de vinte minutos estávamos estacionando enfrente o hotel cinco estrelas, localizado ao centro da capital.

Minha mãe desceu na frente juntamente com Luanne enquanto eu e o restante esperava o motorista nos devolver o troco da corrida.

Quando adentramos o hotel, percebemos alguns olharem em nossa direção. Apenas caminhamos até o elevador e indicamos para onde iríamos, que seria o segundo andar do prédio.

- Como eu sei que vocês gostam de dormir juntos, fiz a reserva só de três quartos. Vocês se dividem entre eles. - minha mãe diz assim que o elevador abre as portas.

- Eu fico com o Marcos. - me apresso em falar - Renato fica com a Patty e Luane com você.

- Tudo bem, aqui estão as chaves. - me entrega - Pode descansar até às oito horas da noite, depois iremos para o lugar do show. Você pode se arrumar por lá.

- Obrigada, mãe. - a abraço - Até daqui a pouco.

Cada um adentrou o seu devido quarto para descansar e se recuperar para o show que duraria quase a madrugada toda.

Me joguei sobre uma das camas de solteiro que estava no quarto e escutei Marcos sorri com a cena, e logo em seguida fazer o mesmo.

Retirei meu celular do bolso e procurei pelo contato da Brunna, para lhe avisar que eu já havia chegado e que era para ela ficar despreocupada.

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"Oi, meu bem. Eu cheguei fazem alguns minutos, já estou no hotel apenas esperando para dar a hora de ir para o evento! Saudades, Bru ❤️"

Envio a mensagem e deslizo a tela procurando pelo Instagram, onde entro e faço um pequeno stories avisando aos fãs que eu tinha chegado e que eram pra ficar despreocupados.

Vejo alguns vídeos que amigos haviam postado, inclusive de Neymar que chegou no Brasil hoje e estava brincando com Brunna e Philipe.

Eu gostava de ver eles juntos, realmente são uma família, mas saber que no fundo eu poderia perder algo que eu nem tinha para outro alguém me incomodava.

- Irmã, você escutou eu falando com você? - Marcos chama minha atenção e só então eu o olho.

- Hum, desculpa. Pode falar novamente? - pergunto.

- Eu perguntei se você quer algo para comer, irei no restaurante buscar algo para mim. - repete.

- Ah sim. - concordo com a cabeça - Pode me trazer algum salgado e um refrigerante.

- Tá bom. Qualquer coisa, grita a nossa mãe. Ela está no quarto ao lado. - fala antes de fechar a porta.

Meu celular vibra e eu o pego novamente para ver se era alguma mensagem e me deparo com Brunna me respondendo.

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"Oi, minha linda. Que bom que você chegou bem! Descansa bastante e faz um ótimo show! Também estou com saudades ❤️ volta logo."

Reajo a mensagem com um simples coração e saio do aplicativo voltando para o Instagram, onde continuo vendo as postagens de pessoas que eu sigo e algumas que me marcaram.

Tento responder o máximo de pessoas possível mas sou interrompida por Marcos que entra no quarto com dois salgados em uma mão e duas latas de coca cola na outra.

- Irmã, quase que não encontrei. - ele se senta na cama - O restaurante já estava fechado, tive que ir na outra esquina procurar por algo.

- É bom que faz uma caminhada. - sorrio pegando o salgado de sua mão - Eu amo coxinha.

- Era a última que tinha. O moço disse que foi feita hoje de manhã, mas como estava quentinha acabei trazendo. - explica.

Dou de ombros e como o salgado enquanto escuto ele contar uma fofoca que escutou que um de nossos amigos havia feito.

Conversamos por algum tempo mas ele rapidamente diz que está cansado e se despede dizendo que irá dormir até o show.

Decido fazer o mesmo que ele, por mais que eu fique alguns minutos relutando para dormir, acabo me dando por vencida e descansando.