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Pov Ludmilla
Assim que Brunna deu partida em seu carro, calcei rapidamente meu chinelo e coloquei meu celular sobre o pequeno bolso do short jeans que estou vestindo.
Marcos estava um pouco afastado juntando suas coisas enquanto Luanne tomava calmamente seu suco de uva.
- O que acha da gente ir em uma balada hoje ? - pergunto atraindo a atenção deles.
- Podemos convidar o Renatinho. - Marcos sugere - Tem uma balada nova na Barra da Tijuca.
- Não vou conseguir ir junto dessa vez. Tenho alguns trabalhos da faculdade para terminar. - Luanne comenta.
- Ah Lulu, vamos sim. - Marcos tenta convencer ela - Hoje é quinta feira, nada melhor que dar uma distraída na vida.
- Concordo com ele. - falo - Você já estuda muito, está na hora de se divertir.
Minha irmã mais nova acaba aceitando sair com a gente, fazendo com que eu e Marcos fizéssemos uma dancinha desengonçada comemorando o ocorrido.
Caminhamos de volta para casa e as ruas já estavam mais movimentadas, fazendo com que nós nos apressassemos, na internação de chegar em casa mais rápido.
Quando abri o portão de casa, escutei os gritos de minha mãe enquanto tentava cantar uma de minhas músicas que ainda não foi lançada.
- Que isso, Silvana. - a assusto - Se eu soubesse que teria um show particular, eu nem teria marcado o rolê de hoje a noite.
- Garota, você quase me matou. - ela coloca a mão sobre o peito - E não é show nenhum, só estou animada.
- E eu posso saber o porquê ? - pergunto curiosa.
- Recebi um match no Tinder, ele é um homem lindo. - ela fala sorrindo.
- Mas desde quando a senhora usa esse tipo de aplicativo ? - me assento em uma das cadeiras da mesa.
- Oras, desde quando Marcos me contou que achou um namorado nesse aplicativo, resolvi experimentar e pelo visto é ótimo.
- Só você mesmo, mãe. - sorrio pela sua empolgação.
Marcos e Luanne adentraram a cozinha logo em seguida com uma pequena caixa de som na mão que tocada um funk que foi recém lançado por um colega de trabalho meu.
Nossa mãe rapidamente coloca a mesa, pedindo para que a gente primeiro se alimentasse para depois tomar banho, para não correr o risco de passar mal embaixo da água.
Nos servimos com uma porção de cada comida que estava sobre a mesa e juntos almoçamos entre brincadeiras sobre o Tinder e o suposto namorado que ele havia encontrado.
Vez ou outra minha mente lembrava de Brunna e eu buscava todas as opções possíveis para que ela tenha ficado tão estranha de repente, mas nada vem em minha mente, me fazendo suspirar frustada.
Quando dei a última garfada, inventei uma desculpa qualquer para me retirar e subi em direção ao meu quarto, onde procurei por uma roupa simples e caminhei até o banheiro onde tomei um banho gelado.
Pov Brunna Gonçalves
Abro a porta de casa e adentro o ambiente que estava totalmente iluminado, mas nenhum som se fazia presente, me causando uma pequena satisfação.
Imaginando que minha mãe havia saído com suas amigas, como a mesma me disse que sempre faz em todas as tardes, caminho em direção a cozinha, onde procuro pelo almoço.
- Senhora Brunna, me perdoe. - Andreia se apressa em falar - Não sabia que a senhora iria almoçar em casa hoje.
- Não se preocupe, realmente não era meu plano almoçar em casa. - suspiro enquanto abro a porta da geladeira pegando a jarra de suco - Mas o que tem para mim comer ?
- Eu preparei arroz, feijão, filé de tilápia, batata frita e salada, para que a senhora Mirian e o senhor Philipe almoçasse. Mas caso queira eu posso fazer algo agora.
- Senhor Philipe. - sorrio me assentando - Não precisa fazer nada, pode me servir com a mesma coisa.
Sinto meu celular vibrar e o retiro do bolso, vendo o nome do Neymar Jr, sobre a tela do celular, me fazendo atender rapidamente.
📱
- Fala comigo, Ney. - digo.
- Bru, que saudades. - o escuto dizer - Como você está ?
- Eu estou bem - respondo - E você ?
- Ótimo! - posso o escutar sorrir - E nosso neném ?
- Ele está bem, está na escolinha, consegui levar ele hoje, ficou todo feliz. - comento.
- Ahh que bom, Brunninha. - escuto passos - Eu estava pensando aqui...
- Tenho até medo de saber o que você pensa. - sorrio.
- Não é nada demais. - ele faz uma pausa - Ou talvez seja.
- Para de me deixar curiosa, conta logo.
- Eu recebi uma proposta para jogar novamente no Brasil e como estou com muita saudade de vocês, estou pensando em aceitar.
- Ney, eu não entendo muito de futebol, mas eu não acho que seja o melhor a se fazer. Você está em uma temporada muito boa aí em Paris, não te prejudicaria voltar agora ? - pergunto com receio.
- Brunna, eu já não tenho onde colocar dinheiro, não me importaria com isso. Eu tenho um filho e quero o melhor dele, fora que eu acho injusto deixar você cuidar dele sozinha.
- Quem cuida dele é minha mãe. - digo - Mas pensando por esse lado, será ótimo para ele.
- Tenho até amanhã para decidir, então vou pensar mais um pouco e antes de dar minha resposta, vou te ligar novamente.
- Tudo bem. - digo - Faça o que seu coração mandar, não se sinta pressionado a nada.
- Tá bom, Bru. Obrigado pela sua amizade.
- Estou aqui para o que precisar, não precisa me agradecer. Te amo. - digo.
- Te amo também, até logo. Ligarei para falar com Philipe hoje a noite. Tchazinho.
- Tchau.
📱
Coloco o celular sobre a mesa e vejo Andreia me olhar curiosamente enquanto terminava de preparar meu prato, me fazendo sorrir.
- O que foi hein, Andreia ? - pergunto.
- Nada, senhora. - ela diz rapidamente desviando o olhar.
- Pode falar, você já é quase da família, não precisa disso tudo.
- É que o moço daquele dia do jantar, pareceu interessado na senhora. - ela coloca o prato em minha frente - Mas a senhora nem o respondeu. Ainda sente algo pelo jogador ?
- Não Andreia. - suspiro - Neymar e eu somos só amigos. Eu não tenho nada com o Igor, simplesmente porque ele não consegue fazer as borboletas do meu estômago nascerem.
- Depois que o jogador se foi, a senhora nunca mais trouxe ninguém para cá. - ela comenta limpando suas mãos no pano de prato.
- Eu tenho Philipe e não é qualquer pessoa que aceitaria isso. - comento - Fora que Philipe não aceita qualquer pessoa. Eu cheguei a tentar com o Jhonatan.
- Mas ele foi um caso a parte. - ela sorri e eu a acompanho - A senhora tem que ser feliz.
- Eu sou feliz, Andreia.
- Não senhora, eu quis dizer que a senhora precisa de alguém, formar uma família novamente, viver o amor.
- Eu estava tentando. - sorrio sem graça - Mas percebi hoje eu não sou a melhor pessoa para ela.
- Para ela ? - me olha assustada - Perdão, eu só me surpreendi.
- Tudo bem. - sorrio simples - Mas agora irei almoçar, estou com fome.
A mais velha rapidamente pede licença e caminha para a área externa de casa dando a desculpa de que regaria as flores.
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Eai ?!
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