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Pov Ludmilla
1 mês depois
Ontem fiz o último show da turnê, em uma cidade do interior de Goiás, onde estou até hoje, aproveitando a calma e a paz que o lugar transmite.
Nesses dias, eu consegui organizar meus pensamentos e demiti meu empresário, colocando minha mãe para exercer o cargo em minha equipe.
Por fim das contas, perdoei Marcos, pois entendi que ele apenas estava tentando puxar minha orelha, por mais que tenha sido de uma forma errada.
Durante toda essa turnê, fiquei com uma ou outra pessoa, mas não era a mesma sensação que eu sentia antes de beijar uma pessoa específica.
Brunna Gonçalves.
Nós trocamos mensagens todos os dias, depois do ocorrido, segundo ela, está na parte final da novela e em algumas semanas iria acontecer o último capítulo.
Perguntei a ela, se queria sair para comemora esse momento, e ela aceitou, me fazendo sorrir satisfeita por ter a oportunidade de sair com a atriz, mais uma vez.
Marquei para quando eu retornasse o Rio de Janeiro, daqui uma semana, já que quero poder aproveitar esses poucos dias de folga.
Os pensamentos deixam de rondar minha mente, assim que os raios fortes de sol, atinge meu rosto, maldita cortina que eu deixei aberta.
Me levando calmamente e sigo até o banheiro, onde tomo um longo banho e escovo meus dentes. Passo os pentes pela lace de cor preta que estou usando e volto para o quarto.
- Pensei que tivesse ido embora sem me avisar. - me assusto com a voz de Marcos, que está sentado em minha cama.
- Porra, viado. - coloco minha mão sobre o peito - Que susto.
- Está devendo alguma coisa ? - ele pergunta me fazendo revirar os olhos - Podemos dar uma volta pela cidade hoje.
- Eu estava planejando passar naquela loja de lace, que vimos quando chegamos aqui. - comento - Estou precisando de uma nova.
- Você não está precisando de uma lace nova. Você quer uma lace nova, são coisas diferentes. - ele se levanta - Se arruma logo pra gente poder ir.
Procuro em minha mala, uma roupa simples para que eu possa vestir, já que aqui está enrolado e está fazendo um pouco de calor.
Opto com um short jeans curto e uma camisa da marca de Marina, que Brunna havia pedido para que a mesma me entregasse.
Calço meus chinelos e saio do quarto da pousada em que estamos ficando. Encontro Marcos fazendo um stories e faço questão de o atrapalhar.
- Caralho, Ludmilla. - ele fala estressado.
- Com a minha aparição, vai causar muito mais visualizações. - dou língua para ele.
- Eu só não te bato, porque não sou covarde. - ele guarda seu celular no bolso.
Como é uma cidade do interior, conseguimos andar calmamente pelas ruas, sem sermos parados ou assediados pelo público.
Em dez minutos, chegamos na loja, onde fiz questão de comprar três laces diferentes, uma delas sendo loira e as outras duas pretas.
- O que vamos fazer agora ? - ele pergunta me ajudando a carregar as bolsas.
- Ainda está cedo para almoçar, poderíamos dar mais uma volta atoa e depois voltar pra pousada. - sugiro e assim fazemos.
- Poderíamos fazer um fervo quando a gente voltar, você não acha ? - ele pergunta.
- Uma boa ideia, mas estou cansada de fazer as coisas lá em casa. - reclamo - Depois somos nós que temos que limpar tudo.
- Você nem tem vergonha né ? - ele me encara - Quem limpa tudo é a nossa mãe e a Net.
- Larga de ser chato. - bato em seu ombro - Você entendeu o que eu quis dizer.
Pov Brunna Gonçalves
Acordo sentindo Philipe pular sobre meu corpo e reclamo da pequena dor que surgiu em minhas costelas.
- Mamãe, tem dia que eu queria voltar pra dentro da sua barriga. - gargalho com sua fala.
- Porque, meu amor ? - abro os olhos com certa dificuldade, por causa dos raios de sol que já adentraram o quarto.
- Por que é quentinho. - ele me olha - E eu era pequenininho.
- Era mesmo. - acaricio seu rosto - Quando você nasceu, a mamãe tinha medo de te pegar.
- E o papai ? - ele pergunta curioso.
- Ele chorou muito no dia, até desmaiou dentro da sala de parto. - conto me recordando do dia.
- E porque vocês não estão juntinhos mais ?
- Você quer saber porque a gente não namora ? - pergunto tentando entender.
- Sim. - era a primeira vez que ele me fazia essa pergunta.
- Porque, filho. - me assento na cama - Eu e seu pai éramos muito jovens, eu tinha que fazer minhas novelas e ele tinha que jogar futebol. E a gente não estava mais nos entendendo como casal, então a gente se separou.
- Eu sinto vontade de ter vocês dois juntinhos o tempo todo. - ele deita sua cabeça em meu peito - É ruim ter o papai longe da gente.
Faço um pequeno carinho em seus cabelos e suspiro procurando alguma resposta para o dar. Depois de longos minutos em silêncio, decido responder.
- A mamãe fica triste de as vezes ter que te deixar o dia todo com a vovó e ir trabalhar. Eu me sinto muito fracassada quando isso acontece. - tento evitar de deixar as lágrimas caírem - Mas mesmo assim, eu te amo de uma forma inexplicável. Da mesma forma é seu pai, também é difícil para ele não poder te abraçar todos os dias, não te colocar pra dormir, mas mesmo assim ele te ama e faria de tudo por você.
- Eu também amo vocês. - ele se levanta para me olhar - Grandão assim. - faz com as mãos.
- Você é um querido. - beijo sua testa.
- Minha vovó disse que quando você namorar, tem que ser uma pessoa que goste de mim, tipo a tia Ludmilla. - pela primeira vez ele fala o nome da cantora corretamente.
- E você gosta da tia Ludmilla? - pergunto curiosa.
- Agora eu gosto, ela me levou na praia e não apertou minha bochecha. - sorri.
- Mas olha, eu não vou namorar ela. A mamãe gosta só de homens. - explico.
- O papai do meu amiguinho não tem namorada. - ele me olha sorrindo com a língua entre os dentes.
- Você está querendo me desencalhar, João Philipe? - faço cosquinhas em seu pescoço e escuto sua risada sapeca.
- Mamãe, pensa comigo. - paro a brincadeira para deixar ele falar - Quando chega o natal, você e a vovó e o papai me dá presente e as vezes a tia Marina também. - ele faz uma pausa - E se você namorar, vai ter mais uma pessoa pra me dar presentes.
- Você é muito esperto, mocinho. - cruzo meus braços - Quem será que você puxou ?
- Você e o papai. - ele me abraça carinhosamente.
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Prometo que a partir de agora tentarei ao máximo focar só nelas.
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