21
Pov Ludmilla
Amarro fortemente a parte de baixo do meu biquíni, enquanto sinto o olhar sútil de Brunna sobre meu corpo. Acabo retribuindo um sorrio e a mesma desvia o olhar.
Philipe corria animadamente pela casa com seus dois carrinhos na mão. Ele realmente era uma criança, a cópia de Neymar com a personalidade de Brunna.
Aproveito o momento de distração da criança e caminho até sua mãe, que agora estava encarando o céu intensamente azul.
- Não irá colocar seu biquíni, Brunna ? - pergunto.
- Não sei, não posso pegar muito sol, pro causa das gravações. - fala voltando seu olhar para mim.
- Ah para vai, vamos curtir só um pouquinho. - peço enquanto a puxo para perto de mim - Não irá atrapalhar suas gravações, eu prometo.
- Da última vez que você me prometeu algo, você não cumpriu, Ludmilla. - ela fala enquanto rodeia meu pescoço com seus braços levemente malhados.
- Mas eu posso ser considerada a última romântica desse mundo. - brinco - Olha para onde eu te trouxe, para cumprir minha promessa.
- Até agora você não fez isso. - ela sorri com a língua entre os dentes.
- Temos até o fim do dia, ainda são dez da manhã. Não se preocupe! - gargalho me afastando enquanto ela nega com a cabeça.
- Porque você está fazendo isso comigo, hein ? - pergunta enquanto leva uma de suas mãos até os olhos, para poder me observar melhor, devido ao sol.
- Eu não estou fazendo nada, te juro. - falo séria - Acho melhor irmos para praia, veste logo seu biquíni, quero nadar.
Vejo ela rapidamente sumir de minha visão após falar algo para seu filho que rapidamente para de correr me encarando com um olhar de desculpas.
Caminho em sua direção e o pego no colo, voltando para perto do pequeno lago.
- Você sabia que eles tem nome, João? - o olho.
- Igual a humanus? - pergunta de forma engraçada.
- Igual humanos! - concordo - Aquele verde é o Fred, o azul é o Kekel, o preto é o Digo, o vermelho é o Guto e o laranja chama Bey.
- Gostei dos nomes. - ele sorri de forma fofo - Mamãe sempre conta que foi papai que escolheu meu nome.
- E é um nome muito bonito. - sorrio para ele - Você sabia que antes de você nascer, seu pai me contava que o sonho dele era ter um filho e que fosse parecido com ele ?
- Vovó fala que sou igual meu papai, aí a mamãe fica brava.
Sorrio com a fala do menino. Brunna embora não pareça ser muito presente na vida dele, tem cara de ser aquelas mães extremamente surradas de ciúmes.
- E então, vamos ? - escuto sua voz e me viro para olha-la.
A mais baixa usava um biquíni na cor azul marinho, tinha uns pequenos detalhes em sua cordinha de amarrar. Seus cabelos estava presos em um coque frouxo e alguns fios cobriam a lateral de seu rosto. Em suas mãos estavam seu celular e um vidro de protetor solar e já em seus pés apenas uma sandália havaianas na cor branca.
- Ludmilla, vamos ? - ela refaz sua pergunta.
- Hum, vamos. - concordo - Eu vou apenas pegar meu óculos escuro.
Assim faço rapidamente e saio de casa apenas fechando o portão da entrada principal.
Como minha casa não era distante da praia, apenas atravessamos e já podíamos sentir nossos pés tocando a areia extremamente quente.
- Filho, vem no meu colo. A tia Lud já deve estar cansada. - ela fala com o menino que rapidamente estende seus braços para ela o pegar e assim ela faz.
- Aquele lado dali tem mais sombra, poderíamos ficar lá. - sugiro e ela apenas me segue.
- Vamos comprar água de coco ? - o menino pergunta curioso.
- Sim, pequeno. Mas primeiro temos que alugar uma cadeira pra gente sentar. - Brunna fala.
A praia estava movimentada apenas por alguns banhistas e por alguns homens que levavam seu cachorro para passear.
Devido por conta própria ir até o quiosque e pegar três cadeiras para a gente. As monto e coloco no chão.
- Agora eu posso ir brincar? - o menino pergunta tímido.
- Pode, filho. Mas você já sabe das regras né? Nada de ir para longe de mim e nada de conversar com estranhos. Não saia da minha visão.
- Eu sei, mamãe.
O menino rapidamente corre em direção de uma pequena nascente de água que havia perto de nós e se mostra mostrando seus pequenos dentinhos durante um sorriso.
- Ele é muito lindo. - elogio.
- Puxou a mãe dele. - ela me olha convencida.
- Você sabe que ele é a cara do pai. - ela revira os olhos - Você pensa em ter mais filhos ?
- Hum, não. - ela volta seu olhar para o mar - Se eu tiver, não vai ser nesse momento. Só daqui talvez uns dez anos.
- Entendi. - abro a pequena latinha de refrigerante que comprei no quiosque - Vocês planejaram ele ?
- Estou me sentindo em um podcast maternal - ela gargalha - Eu e o Neymar planejavamos nosso futuro, assim como qualquer casal de jovens. Mas acaba que alguns dos nossos planos vieram antes do esperado, como um filho.
- E você se adaptou rápido a ideia ?
- Não! - ela me olha novamente - Eu estava no auge da minha carreira, iria ser a personagem principal de um filme. Me lembro que eu quis de toda a forma reverter a situação, mas não tinha o que fazer.
- Sempre foi o sonho do Ney, ser pai. - comento.
- E o meu ser mãe, mas não naquele momento. Acho que eu consegui lidar com tudo pelo apoio que tive dele e da minha mãe. Eles estiveram comigo os nove meses, e estão até hoje. - ela sorri.
- E porque vocês terminaram ? - pergunto curiosa.
- Porque eu era imatura e não queria uma vida de comprometida naquela época, ainda mais com um filho. Então preferi priorizar minha vida naquele momento. E bom, Neymar não estava diferente, ele tinha acabado de assinar seu contrato com o Barcelona. Então apenas vimos que era a melhor decisão.
- Gostei de saber da sua história. - me encosto na cadeira.
- Mas e você ? Não tem nada pra falar ?
- Ah, eu não sou mãe e a última mulher que namorei me traiu. - falo simples.
- A loira que me derrubou no dia da festa em sua casa ? - pergunta.
- Não, aquela era uma mulher que eu estava ficando, que também quebrou minha confiança. - reviro os olhos - Nunca fui de me envolver muito tempo com uma pessoa só, depois do meu chifre.
- Entendi. É doloroso conviver com a insegurança de poder ser traída ou trocada a qualquer momento. - ela fala reflexiva.
- Já viveu ? - pergunto a oferecendo o refrigerante.
- Não, mas já tive personagens que foram. - ela da um gole na bebida - Querendo ou não eu tenho que fazer doer em mim pra interpretar.
- E você nunca se perdeu em um personagem ou adquiriu a personalidade dele ? - a encaro esperando sua resposta.
- Temos acompanhante psicológico para que isso não aconteça. - responde - E você, nunca esqueceu a letra de uma música e teve que deixar o público cantar sozinho ?
- Quase sempre, quando a idade chega é inevitável. - Gargalhamos.
.
.
.
.
.
.
Para compensar o atraso de ontem!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro