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So far away

  - Qual é o seu problema? - Disparei a falar. - Você deve ser bipolar, meu filho, não é possível! Uma hora faz curativo em mim, todo cuidadoso; no minuto seguinte tá gritando comigo sem mais nem menos.
Que foi que eu te fiz, dá pra me dizer? - Terminei o meu rompante até sem fôlego.

  - Respira, moça. Vai explodir uma veia assim! - Disse ele, relaxado. - Olha, desculpe o meu jeito, tá. Eu não sou bom com essa coisa de trabalho em dupla.

  - Tá legal. Olha, hoje não dá mais, já está tarde. Amanhã dá pra você vir?

  - Tá marcado! - Disse ele, com uma animação forçada. - Prometo que não vou faltar!
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Esse garoto é maluco, só pode! Certa mesmo tá a Cacau; ele deve ter algum problema. O Fábio pelo menos é normal. Acho que vou mandar um torpedo!

Para: Fábio - 20:43h
Olá. Demorei, mas apareci.
Como você está? Salva meu número aí. Bjs, Luana.

Para: Luana - 20:44h
Achei que tinha esquecido
de mim. Muito bom receber
sua mensagem. Posso te ligar
amanhã?

Para: Fábio - 20:44h
Pode sim! Vou adorar
falar com você! Bjs.

Para: Luana - 20:44h
Até amanhã, então!
Bjs.


Fui dormir meio confusa aquele dia, mas tudo bem; focar no Fábio era o segredo para não me envolver tanto na loucura do Eduardo.

No dia seguinte, após a aula resolvi adiantar um pouco a pesquisa. Caso o Zangado me desse o bolo de novo, eu não estaria atrasada demais para conseguir terminar.
Tinha parado de chover, mas o tempo ainda estava fechado, e a brisa estava fria - era o paraíso para mim! Animada com o clima? Resolvi fazer uns biscoitos amanteigados para o café da tarde; adorava fazer várias formas com os cortadores especiais que mamãe comprou pra mim. O tempo passou, que eu nem notei. De repente, a campainha; Eduardo chegou.

Ele veio com uns livros, e uma caixa de donuts - disse que era um pedido de desculpas pelo mal jeito. Eu o convidei para entrar, e enquanto ele se acomodava eu fui verificar os biscoitos no forno; estavam quase prontos. Coloquei o café pra fazer.

  - Já tomou café da tarde? - Perguntei. - Estou fazendo biscoitos.

  - Hum.. isso explica esse cheirinho! - Respondeu. - Estou realmente faminto!

  - Bom, então vamos tomar um café antes de começar; é impossível pensar com fome!

O clima entre nós estava bem amistoso. Conversamos um pouco, e ele perguntou sobre a minha mania de andar na chuva.. tudo estava indo bem!
Começamos a fazer as pesquisas, e nossas ideias de encaixavam perfeitamente; o trabalho estava ficando excelente. A nota seria boa, e isso estava nos deixando bem animados!

  - Então, Luana, está gostando de morar aqui? - Perguntou ele, enquanto organizava as anotações. - Vejo que já está fazendo amigos.

  - Eu já conhecia a Laura. Brincávamos juntas quando eu vinha visitar minha avó. E ela está me ajudando a conhecer outras pessoas. Está sendo melhor do que eu pensei. - Respondi distraidamente, enquanto sublinhava uns tópicos nas nossas anotações. - Estou começando a gostar desse lugar!

Somos interrompidos pelo bip do meu celular. Era a Cacau mandando mensagem. Rapidamente respondi, e expliquei que estava ocupada, mas falaria com ela assim que terminasse. Eduardo pareceu não se importar com a interrupção.

  - E você, gosta de morar aqui? - Arrisquei perguntar.

  - Não é ruim. Meu pai tem um bom emprego, nós temos uma boa casa, eu tenho meu emprego também. - Respondeu ele, objetivamente. - Não há do reclamar!

  - Você não é de muitos amigos, né?! - Falei. Mas logo me arrependi.

  - Só prefiro andar sozinho. Nada demais. - Disse ele, com um tom tranquilo.

Ainda bem que ele não se irritou com a pergunta.

  - Sabe, vai ter uma sessão cult no cinema, vai passar "Psicose", do Hitchcock...

E novamente o som do meu celular nos interrompe, mas agora era Fábio me ligando.

  - Já volto. - Falei, me levantando para atender a ligação.

Conversamos por um tempo, e ele me disse o quanto gostou de ter me conhecido, e que queria me ver outra vez. Disse que viria no fim de semana. Ficamos de nos ver!

Quando voltei para a mesa, Eduardo estava concentrado na tarefa, sublinhando e fazendo anotações.

  - Voltei. O que você estava falando mesmo sobre o Hitchcock?

  - Nada. É melhor terminarmos logo aqui, já está ficando tarde. - Respondeu ele, sem olhar para mim.

Os minutos seguintes foram de um silêncio desconfortável. Acho que os dois queriam o fim daquela tortura, então começamos a trabalhar mais rápido.

  - Pronto, acho que acabamos. - Disse ele, parecendo aliviado.

  - É. Acho que sim. Pode deixar que eu digito, eu tenho mais tempo livre. - Concluí secamente. Queria logo que aquele clima estranho acabasse.

  - Tudo bem estão. Se precisar de algo, é só falar. Mas acho que já está tudo aí. - Disse ele se levantando, e pegando sua mochila.

  - É, está tudo aqui. Acho que a nota vai ser boa! - Disse, enquanto o acompanhava até a porta. - Boa noite. a gente se vê amanhã.

  - É... a gente se vê. - Disse ele enquanto saía.

Como pode alguém ser tão frustrante? Num minuto estávamos nos dando bem, e no minuto seguinte ele se distanciou tanto que era impossível alcançar. Preciso falar com a Cacau.

Ela atendeu no primeiro toque.

  - Cacau, como estão as coisas?

  - Tenho novidades. - Diz ela, cantarolando. - Lembra do Mateus?

  - Aquele bonitinho que trabalha na locadora? - Pergunto.

  - Esse mesmo. Ele me chamou pra sair! - Diz, animada, quase gritando. - Estou tão nervosa! Ele é tão lindo!

  - Nervosa? Você? Carolina Lemos, nervosa? - Digo, debochando. - Mas você não é a confiança em pessoa?

  - Quer parar de debochar! - Diz ela, fingindo estar zangada. - Eu queria você aqui. Vem passar o fim de semana comigo!

  - Não posso, Cacau.

  - Por que não? Tá de castigo?

  - Nada disso; mas não é só você que tem um encontro esse fim de semana!

  - O quê? - Tom dramático. - Nãe diga que vai sair com o anão Zangado?

  - Ele não é anão. - Digo, em protesto. - Mas não é com ele que eu vou sair. É com um cara que conheci semana passada. Te falei dele, o Fábio, da escola militar.

  - Ah, sim... O militar lindo que ficou caidinho por você. Aí sim!

  - Haha! Ele não ficou caidinho por mim! Mas tudo bem. Preciso te contar uma coisa sobre o Eduardo.

  - Ai, Ana. Esse cara é estranho demais. Não gosto dessa fixação que você tem por ele.

  - Calma, não é nada disso! - Tento soar casual. - Fizemos um trabalho em dupla. No começo tava tudo normal, a gente estava até se dando bem. Aí do nada ele ficou todo estranho, distante. Eu não consigo entender.

  - Não tem o que entender. Ele já deixou claro que gosta de ser sozinho; melhor respeitar isso. Você tem mania de querer consertar o mundo, mas não se ajuda a quem não quer ser ajudado. - Seu tom era materno; adoro quando ela fala assim.

  - Você tem razão! - Concordei. - Vou deixar isso pra lá, e cuidar da minha vida!

  - Isso mesmo! - Disse ela, feliz por ter conseguido me convencer. - Agora vamos descansar, porque amanhã ainda tem aula! Boa noite, Ana!

  - Boa noite Cacau! Durma com Deus!

  - Você também, Aninha!

Ana é um apelido que só ela usa. Uma forma carinhosa de mostrar ao mundo que nossa amizade é especial. Temos nosso próprio universo, com identidades que só cabem a ele. Ela sempre está certa. Se o estranho no paraíso quer viver sozinho, que seja!

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