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Floresta desencantada

A luz do dia já ia sumindo, e eu ainda não tinha descoberto onde estava. Lembrei que poderia tentar ligar para alguém. Não estaria tão longe a ponto de não ter mais sinal. Procurei nos bolsos, mas não encontrei. Devo ter deixado o celular em casa.

"Como posso ter saído sem celular? Eu não vou nem ao banheiro sem celular. Eduardo está mesmo me deixando louca!"

Já estava escurecendo, logo não daria mais para enxergar nada em volta. Precisava encontrar um lugar para passar a noite. O desespero começou a tomar conta do meu corpo. Não era como estar perdida numa super floresta, mas passar a noite no meio do mato não é bem como acampar. Eu estava ficando com fome, e os roscos do meu estômago se misturavam ao som dos trovões que surgiram de repente. Pra piorar, só faltava chover!

Na falta de lugar melhor me recostei no tronco de árvore mais confortável que encontrei. Meu corpo tremia levemente. Uma mistura de frio e medo começavam a percorrer meu corpo. Mas, mesmo diante disso tudo, eu não conseguia parar de pensar nas palavras de Eduardo. Não fazia sentido. Não podia fazer! Pode parecer masoquismo, mas, não posso ter entendido tão errado assim!

Pensei nisso até pegar no sono.

Acordei assustada depois de sentir algo caindo na minha cabeça. Olhei para o alto e me dei conta de que a árvore se balançava violentamente, derrubando pequenos frutos. O vento forte era sinal de que não demoraria a chover. E de fato não demorou. Logo em seguida a chuva desabou. Pingos grossos atingiam meu rosto como  se fossem pedras. Em pouco tempo eu tava encharcada. Uma cama d'água se formou sob mim, fazendo aumentar o frio. O barulho de galhos se rompendo, o clarão dos relâmpagos, e a chuva forte transformaram a pequena floresta em um cenário de terror perfeito. Comecei então a pensar na minha mãe. Ela devia estar louca com o meu sumiço. Gostaria de estar com ela agora. Ela diria coisas para me confortar, faria chocolate quente, e me diria que Eduardo era um idiota por não me querer!

O dia amanheceu, mas o sol permaneceu escondido por trás das densas nuvens. O tempo estava mudando. Dias chuvosos estavam chegando. Dias que deixavam a cidade linda. Uma luz especial, e aquele cheiro de terra molhada que eu tanto amo. Porém, agora, tudo que eu queria era estar em casa!

A chuva tinha diminuído, e eu sabia que tinha que me levantar e tentar sair dali antes que voltasse a chover forte, então reuni minhas forças e me levantei, lutando contra o frio, o cansaço e a dor. Caminhei em ritmo lento, mas constante, até que avistei ao longe o restaurante onde Fábio me levou no nosso primeiro encontro. Tentei me situar para caminhar em direção à estrada que corria paralela às árvores. Após o que eu imaginei ser uma hora de caminhada, finalmente encontrei a estrada. Como restaurante estava mais perto do que a cidade, decidi caminhar até ele para pedir ajuda e ligar para minha mãe.

De repente ouço a voz de Fábio. Ele estava vindo de carro, lentamente, olhando para as árvores à minha procura.

  - Luana?! - gritou ele quando me viu - Graças a Deus eu te encontrei, meu amor! - disse ele, e me abraçou. - Você está bem?

  - Estou sim! - respondi, batendo o queixo. - Só estou com muito frio e com fome!

  - Claro! - exclamou enquanto tirava o casaco e colocava em mim. - Vem. Vou te levar para casa. Lá conversamos melhor!

E lá estava novamente o príncipe encantado, em seu cavalo branco, sempre pronto à me salvar! Ele era tão bom pra mim, que eu me sentia mal por não amá-lo. Era torturante não conseguir corresponder à tanto amor e dedicação. Não era justo com ele!
O cansaço era tão grande, e estava tão quentinho dentro do carro, que eu acabei adormecendo. Fui delicadamente despertada por Fábio quando estava na porta de casa. Fui recebida por mamãe em meio à pranto, abraços e palavras emboladas de agradecimento!

Finalmente eu estava em casa. Não conseguia responder à nenhuma pergunta. Só pensava em tomar um banho, comer, e me afundar na cama pra sempre!

Mas... obviamente teria que explicar o acontecido.

Mamãe e Fábio ainda me deram uma colher de chá, me deixando dormir um pouco antes de conversarmos. Quando acordei, vi que havia alguém no quarto, e meu coração deu um salto quando eu vi quem era: Cacau!

  - Até que enfim! Onde você tava com a cabeça, Luana? - dizia ela, enquanto vinha me abraçar.

Aquela presença tão inesperada era tudo o que eu precisava! O Abraço me fez desabar. Precisava muito desabafar.

  - O que está havendo? - Perguntou minha amiga, enquanto me afagava.

  - Eduardo. Eu me declarei. - respondi entre soluços.

  - O zangado mau encarado que te tratava super mal? - disse ela parecendo perplexa.

  - Mas... e o seu príncipe encantado? Achei que estivesse apaixonada.

  - Eu queria estar. Queria muito! Ele é tão bom pra mim! - expliquei - Mas não consigo ignorar o que sinto por Eduardo.
  - Eu não acredito nisso! E também não acredito que você tenha escondido isso de mim todo esse tempo! - disse ela, em tom de reprovação.

  - Me desculpe. - foi tudo o que consegui dizer.

  - Poxa Luana, por que você guardou isso todo esse tempo? Eu poderia ter tentado ajudar de alguma forma. Somos irmãs ou não?

  - Eu tive medo de te contar. - admiti - Não sabia o que você iria achar de mim depois de saber que ainda gosto do Eduardo mesmo estando com Fábio. Eu me sinto péssima por enganar Fábio dessa forma.

  - Eu jamais te julgaria, Luana! Eu amo você. E isso não é o fim do mundo! - disse ela, com todo carinho - Agora, me conta como você foi parar no meio da floresta, Indiana Jones!


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