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De ponta cabeça

Receber aquele livro me deixou muito intrigada! Quem seria então meu admirador secreto?

Era óbvio e improvável ao mesmo tempo. Se não era Fábio, tinha que ser Eduardo! Mas... Será?

A semana passou de um salto. O inverno já estava indo embora, e o vale se enchia de flores e aromas novamente. Cacau estava feliz pela proximidade das férias de fim de ano, e eu, ansiosa para vê-la. Mas a dúvida ainda pairava no ar!

Será que foi mesmo Eduardo? E se foi, por quê?
Eu tinha vontade de perguntar, de questionar, mas ele não dava abertura; estava sempre distante e perdido em si mesmo! Isso me deixava ainda mais confusa. Se ele nem olha direito pra mim, por que me mandaria um presente?

"Não dá mais pra esperar. Hoje eu pergunto. Não passa de hoje." Pensei, enquanto saíamos da escola. Fui pra casa, troquei de roupa (pelo menos umas dez vezes), e comecei a ensaiar mentalmente o meu discurso!
Quando finalmente o espelho me sorriu, respirei fundo, e parti pro ataque!

Quanto mais perto eu ficava do restaurante, mais forte meu coração batia. Pela primeira vez em meses havia feito todo o percurso sem admirar as flores e a beleza do caminho de pedras. Aquele cenário de conto de fadas se tornou um mero detalhe.

"Pronto; agora é só atravessar a rua. O restaurante está logo ali."

Mas minhas pernas petrificaram. Desaprendi a andar no pior momento possível. Toda aquela preparação, escolha de figurino, palavras selecionadas para impressionar... tudo isso pra nada; mas, mesmo diante do impulso de andar para trás, busquei força na necessidade de descobrir a verdade.

Cheguei ao outro lado da rua meio sem saber como, e dei de cara com Eduardo logo na entrada do restaurante.

  - Opa, vai tirar o pai da forca? - perguntou ele em tom irônico, me segurando para evitar que nos chocássemos. - Vai mais devagar! - concluiu, rindo.

  - Me desculpe. - respondi, tentando encontrar palavras para explicar minha afobação. - Não sei o que me deu! - concluí, na falta de uma desculpa melhor. - Você tem cinco minutinhos? Preciso te perguntar uma coisa.

  - Tenho sim. - Disse ele, caminhando em direção ao pátio lateral do restaurante.

Durante aquele curto trajeto minha mente arquitetou mil formas de fazer a pergunta. Uma tentativa desesperada de não parecer desesperada!

  - Então, - disse ele, olhando para mim - qual é a pergunta?

  - Foi você quem me mandou o livro de fotografias? - Disparei. Minha intenção não era perguntar assim, mas as palavras simplesmente saíram, descontroladas.

  - Livro? - Perguntou, tentando fingir não saber do que se tratava.

  - Sim. O livro de fotografias que eu queria foi entregue pelo correio na minha casa essa semana, mas não tinha remetente, nem bilhete.

  - Você deveria fazer essa pergunta ao seu namorado! - Disse ele, sem olhar pra mim.

  - Você acha que eu já não fiz isso? - Rebati, ficando nervosa. - Ele disse que não tinha sido ele, e eu não falei desse livro para mais ninguém. Na verdade esse ano foi tão confuso que eu tinha me esquecido dele.

  - Sendo assim não é tão importante descobrir quem foi o trouxa que gastou dinheiro com um livro que você nem se importa mais. - resmungou.

  - Não disse que não me importo. Para de distorcer o que eu digo.

  - Tanto faz. - respondeu ele, dando de ombros.

  - Quer parar com isso! - Gritei, perdendo completamente a paciência.

  - Parar com o quê? - Respondeu, tentando soar indiferente.

  - De agir feito criança. - explodi. - Eu te fiz uma pergunta simples, que requer uma resposta simples. Você enviou, ou não, o livro?

  - E se tiver enviado?

  - Pelo amor de Deus, uma resposta objetiva te mataria? Eu só preciso saber. - pedi.

  - Que diferença faz? Se fui eu ou não? É só um livro! Não sei porque faz tanta questão de descobrir quem enviou, apenas aceite o presente!

Pela primeira vez a esperança não seria a última a morrer! Não sabia mais o que dizer, ou pensar; mas tinha prometido a mim mesmo que não sairia dali sem uma resposta, então criei coragem e falei o que sentia.

  - Quando descobri que o livro poderia ter vindo de você, um sentimento novo sirgiu. Você sempre foi uma incógnita; sempre tão misterioso, e carente ao mesmo tempo... Há muito tempo penso em você, mas nunca tive um sinal sequer que me dissesse para tentar me aproximar. É muito importante para mim saber o que se passa com você, e o que há entre nós. - Disse, pausadamente, sentindo a gravidade me puxar para o chão, como se a dúvida pesasse toneladas.

Enquanto eu o olhava, esperando uma resposta, tentando ler seu rosto, cada expressão, ele apenas encarava os próprios pés como se nunca os tivesse visto. Depois de uma longa pausa ele pareceu chegar a uma conclusão.

  - Não tenho nada a te dizer. - disse ele quase num sussurro - Não há nada entre nós. Você tem seu namorado, e eu... bem, eu não pretendo me envolver. Desculpe se te fiz entender algo diferente da realidade. Eu... preciso voltar ao trabalho agora.

Enquanto ele caminhava de  volta para dentro do restaurante, eu fiquei parada olhando. Senti como se tivesse levado um tapa, um soco, uma surra, sei lá. Me sentia amassada, arrasada. Nesse momento o teletransporte seria de muita ajuda. Não sabia como passar por ele novamente. Estava decepcionada e envergonhada demais para encará-lo.

Na ânsia de descobrir uma forma de sair dali sem que ele me visse, notei que havia uma trilha nos fundos do restaurante. A trilha ia em direção à uma pequena floresta nos aredores de uma montanha. De repente aquela trilha levasse a uma rua por onde eu pudesse voltar para casa sem ter que passar pelo restaurante. Eu não tinha ideia de que rua seria essa, mas qualquer ideia me parecia melhor do que a de ter que ver Eduardo novamente.

A trilha era bem aberta no começo, quase sem árvores em volta, e fazia uma curva fechada para a lateral do restaurante. Não vi problema em seguir por ela. Seria bom para pensar. O movimento sutil das folhas das árvores me acalmava e ajudava a organizar meus pensamentos.

"Como pude ser tão ingênua? Como pude pensar que ele gostaria de mim?! O que Fábio vai pensar se descobrir meus sentimentos por Eduardo? Ele é tão bom pra mim, não merece ser tratado dessa maneira!"

O turbilhão de pensamentos me invadiu como um furacão. As lágrimas vieram sem que eu as pudesse controlar. Caminhei cegamente até que as lágrimas cessaram, e eu pude me dar conta de que já estava caminhando há horas, e estava fora da trilha.

Quando olhei em volta só via a mata fechada. Não conseguia ver prédios, casas, o restaurante, ou a trilha. Estava perdida.

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