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                 KAISER___________________________

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   Mais um dia infernal se passa no colégio Nostradamus, e após aulas estressantes e pessoas desagradáveis tudo que quero é voltar ao meu dormitório.

Meu querido e acolhedor dormitório.

  Eu tive a sorte de ter esse cubículo minúsculo e levemente mofado, o quarto 32-B é o único quarto habitado somente por um aluno, por conta de sua localização inacessível em relação ao resto dos dormitórios. Lá, no último corredor do último andar da ala dos dormitórios, nos confins em que ninguém se importa ou se quer sabe a existência dele, e lá que eu durmo e passo a maior parte do meu tempo.

Meu querido e acolhedor dormitório.

  Achei que não conseguiria conviver em um colégio como a Nostradamus, mesmo tendo o melhor ensino da região, o simples fato de ser um colégio interno me fazia desistir da ideia, mas ou era isso ou aturar as reclamações de todos em minha volta questionando o que farei do meu futuro.

Eu não sei, porra. Sou irresponsável por isso? Por simplesmente não saber?

  Eu sei que é meu último ano no colégio, e sei que preciso pensar em meu futuro profissional, sei que decisões precisam ser tomadas...

Só não faço ideia de como fazer isso.

"Tantos clubes..." - encaro os panfletos colados nas paredes dos corredores, tantas opções de clubes que a Nostradamus fornece junto a um curso preparatório. Eu deveria entrar em algum desses e finalmente tomar algum rumo na minha vida.

"Talvez o de informática" - leio o panfleto informativo que tenho em mãos de forma pensativa, se eu fosse lá nesse exato momento poderia fazer meu cadastro antes do entardecer, amanhã mesmo já poderia frequentar o lugar.

"Hm..." - encaro a porta do meu quarto com desânimo, é tão simples apenas girar essa maçaneta e viver minha rotina da madrugada, posso fazer o que sempre faço depois das aulas e ser feliz com ela.

— Vou nada - abro a porta amassando o papel, evitando pensar muito nisso. Não sei a quantidade de pessoas que frequentam o clube de informática, mas sei que Samuel está lá, e isso já é o suficiente para não querer pisar lá.

  Nada contra a ele, pelo contrário. Samuel é o único jovem do colégio que eu realmente suporto, nos conhecemos em um jogo online de qualidade duvidosa, e confesso que foi um espanto saber que ele estudava na Nostradamus, mas isso não mudou nada entre nós.

  Ainda nos falamos apenas em chats e call durante as partidas, nunca conseguiria me sentar ao lado dele no intervalo e conversar sobre qualquer assunto, pelos  números assustadores de amigos que o carioca possui. Ele é sociável demais, esse é o problema.

  Quando se trata de relações sociais pela internet e presencialmente, sei bem qual possui mais facilidade para mim, mas também qual seria mais saudável.

E honestamente, não ligo muito para isso.

"Quero minha cama" - É a única coisa que consigo pensar após um dia tão estressante como esse.

  Deito em minha cama, finalmente me sentindo em casa. Encaro o monitor do meu computador à mesa ao lado, me perguntando se já está na hora de começar a live, acho que se estivesse meu despertador tocaria.

Tenho tempo para tirar um cochilo, eu espero.

•••

— Kaiser...? Kaiser?? Ei, Kaiser! Caralho, Kaiser! - Ao ouvir uma voz inconveniente ecoando pelo meu dormitório, cubro minha cabeça com um travesseiro, tentando abafar o som.

"Mas que porra, é a Mia??" - Finalmente reconhecendo a voz feminina, me desperto rapidamente me levantando da cama as pressas.

  Não que eu tenha medo de uma pentelha aspirante a diretor da faculdade, mas é óbvio que quanto menos problemas eu tiver com a filha do diretor, melhor.

— Hm..? - abro uma fresta da porta, confirmando que a portadora da voz que me chamava era realmente Mia, com sua caderneta em mãos e coleira envolvida em seu braço.

— Lupi, acalme-se! - Com um olhar concentrado em sua caderneta a jovem chama a atenção do animal preso a coleira, encaro o cão por alguns segundos tentando racionar o que ele e sua dona querem a essa hora da noite em meu dormitório.

"Noite?" - Tiro meu celular do bolso, checando o horário. Atrasado para a live, é claro.

— O que foi, Mia? - Pergunto em um tom seco, querendo saber logo o que ela quer comigo.

— Calma, tô confirmando um negócio - Enquanto revisa algo em sua caderneta a menor encara a porta do cômodo, voltando a encarar os papéis. — Que quarto é esse?

— 32-B - Respondo deixando a porta de lado, caminhando em direção ao meu Pc para preparar tudo que preciso para a live o mais rápido possível. — Por que a pergunta? - Questiono em um tom alto para que a Mia possa me ouvir, a mesma comenta algo com outra voz que surge se aproximando do corredor.

— É aqui mesmo, traga as suas coisas - Me viro confuso para a porta não entendendo com quem ela está falando. Com o Lupi? Não é a primeira vez que essa doida fala com o cão, e quem sou eu para julgar?

Eu falo até sozinho.

— Mia? - Após ligar todos os aparelhos, volto a caminhar para a porta. Em um movimento rápido a fresta se abre, sendo totalmente aberta por Mia.

  Antes que pudesse reclamar de qualquer coisa, noto a presença de outra pessoa ao lado da jovem, acompanhado com duas mochilas e uma...katana?

"Quem caralhos é ele?" - Encaro a figura desconhecida com estranheza, carisma nunca foi uma virtude minha, por isso poupo apresentações ou sorrisos simpáticos. O encaro de cima a baixo, observando o jovem de altura média e ombros largos, bem largos, eu diria. Suas roupas são precisas de acordo com as recomendações da Nostradamus. Bem engravatado e bem arrumado, ele também cheira bem...

— O que tá acontecendo? - Desvio o olhar do jovem asiático, que ao contrário de mim, me encara com um sorriso amigável.

— Já soube do incidente nos dormitórios da área A do colégio, não sabe? - Mia pergunta finalmente tirando o olhar de sua caderneta. — Graças a uma festa misteriosa feita por pessoas misteriosas um curto circuito fodeu toda a energia de lá, os alunos estão sendo transferidos para outros dormitórios por tempo indeterminado.

— Indeterminado...? - Encaro o jovem que finalmente se pronuncia, seu olhar se desvia do meu, encarando Mia com preocupação. — Você tinha me dito que era questão de dias, Mia.

— O zelador é um zelador, não um eletricista - Reclama Mia com rapidez com o jovem, me deixando surpreso pelo comportamento da mesma. — Quer mesmo reclamar de ter um quarto para dormir, Joui Jouki?

"Nossa..." - Permaneço em silêncio encarando os dois jovens, em um suspiro cansado Mia se vira de costas para mim, caminhando em direção a saída. Olho para o jovem à minha frente que dando de ombros adentra no quarto.

— Espera, Mia! - A chamo com certo desespero, não querendo pensar no que a mesma disse.

Isso não está acontecendo, está...?

— Ele vai ficar...aqui? - Pergunto receoso em ouvir a resposta, mesmo já sabendo.

— Os alunos estão sendo distribuídos de forma desigual nos dormitórios, há quartos que possuí três a cinco alunos, Kaiser. Você nunca teve um colega de quarto se quer, não se ache no direito de reclamar de alguma coisa - Reclama Mia com impaciência em passos firmes pelo corredor. — Seja amigável e facilite as coisas para ambos os lados. - De forma direta, ela pede, na verdade senti como se isso fosse uma ordem.

Nunca a vi dessa forma, e confesso que me deu certo medo. Parece o Veríssimo falando com toda essa autoridade.

"Não acredito nisso..." - Volto ao meu quarto, observando o jovem que agora habitará nele durante sabe se lá quanto tempo.

O que eu faço...?

— Então - Limpando a garganta o jovem se pronuncia, enquanto observa o quarto em si. — Aqui é a minha cama, certo? - Ele pergunta apontando para onde eu estava dormindo.

Mesmo sendo um quarto pequeno ele possuí duas cama, como todos os outros. A questão é que em hipótese alguma eu pensei que em algum momento receberia visitas, por isso faço da outra cama o meu lugar de tralhas.

O nome já é auto explicativo.

— Não...na verdade... - Olho para a outra cama, observando a pilha de roupas e livros dos quais a bibliotecária tanto me enche o saco para devolver. Analisando melhor vejo até objetos perdidos que estava a procura a dias...

  Meu carregador perdidos, meias quentinhas que gosto de usar em dias chuvosos, até minha pelúcia está ali.

"Cacete" - Pego o pequeno urso surrado que tenho desde que me conheço por gente, o agarro com força o colocando em cima de minha cadeira gamer. Olho para o monitor me lembrando dos meus compromissos.

E pensar que toda a rotina que tenho mudará repentinamente graças a esse garoto.

"Que saco" - Abro algumas gavetas de minha estante, colocando todas as tralhas que estavam em cima da cama dentro dela. É humanamente impossível caber tudo ali dentro, mas nada que uma força bruta não resolva.

— Essa é a sua cama, Joui. - Afirmo fechando as gavetas, rezando aos céus para que ela não exploda de alguma forma.

— Como sabe o meu nome? - O asiático questiona, ainda observando os arredores do quarto.

— A Mia te chamou assim, é o seu nome, não é? - Mesmo já sabendo, aguardo sua afirmação. O jovem sorri para mim, estendendo sua mão em minha direção.
— Eu me chamo Kaiser, prazer...eu acho.

— Eu sei, Mia te chamou assim também! - Ele afirma apertando a minha mão, não deixando de sorrir para mim. — Seu nome é lindo, Kaiser...

— Obrigada? - Solto sua mão, me sentindo estranho. Nunca recebi um elogio se quer, talvez seja isso o motivo de sentir meu estômago...assim...

Foi estranho, mas não ao ponto de me incomodar, eu acho.

— Esse quarto é bem legal - Joui muda de assunto, colocando suas mochilas sobre a cama, ainda encarando todo o cômodo.
— Pôsteres, LEDs... você tem até um computador de linha! Isso é descoladissímo! - Com empolgação ele observa o lugar, olhando em seguida para mim. — Você é streamer, não é?? - Ele pergunta interessado no assunto.

— Sim... - O respondo baixinho, quase como um murmúrio, olho novamente para o computador me sentando na cadeira.
— Olha, esse quarto meio que também é seu agora então...fica avontade...

— Certo! Nós daremos bem, eu prometo - O jovem afirma me olhando de forma simpática.

— Eu não quero impor regras nem nada assim, mas o prédio B sempre foi calmo e silencioso, gostaria que as coisas continuassem assim... - Explico colocando meus fones de ouvido, focando no monitor que tenho em minha frente. — Pelo menos durante as lives que faço, não faça barulho.

— Não se preocupe, não irei te incomodar! - Ouço a afirmação do jovem, me tranquilizando com ela.

Suspiro fundo tentando pensar em qualquer coisa que não seja Joui Jouki e as sensações que sua presença me trás.

É um desconforto estranho, o novo sempre trás isso, por isso odeio tudo que fuja do meu normal.

  Para sobreviver só preciso fazer o que sempre faço, na hora que sempre faço. Eu acordo, estudo, volto ao meu dormitório, como, durmo e começo tudo novamente. Não é tão interessante quanto eu gostaria, mas não faço questão que nada mude.

Mas algo mudou...há mais um ser nesse cubículo mofado. E honestamente, não sei se isso é bom ou não.









































Eu espero que ele vá embora logo...

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⚠️ Capítulo revisado, porém ainda pode conter erros na escrita ⚠️

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