Sofia 🌌💜

Rdg me puxou pra um canto e começou a me beijar, fui no ritmo do beijo tudo perfeitinho, a gente ficou por ali uns 15 minutos só no beijo, ele nem rendeu pra mais e eu também não iria transar com ele, era só uns beijinhos pra matar vontade, que ambos saíram satisfeitos pelo visto.

Voltei pra laje e peguei a vodka, misturando com refrigerante e me sentei sozinha, já que ou a as pessoas dali estavam se beijando, ou conversando entre si. Menos o Fogueta, que me olhou sentando do meu lado com uma latinha de Skol nas mãos e eu sorri.

Fogueta: E aí, como tu tá?

Sofia: Tô bem e você? - Falei amarrando meu cabelo.

Fogueta: Tô suave pô. Tá pegando meu filho né, safada? - Eu sorri sem graça, vendo ele gargalhar.- Como tu aguenta? Menor chatão.

Sofia: Também acho, mas é gato né? - Ele negou com a cabeça.

Fogueta: Influência do pai nessa parte, o resto é da mãe.- Eu sorri, tomando um gole da minha bebida.- Mas só fica ou tem algo sério?

Sofia: A gente ficou tem nem duas semanas direito.- Falei não mencionando hoje.- Enfim, nem tenho pra cabeça de pensar em algo mais, muito menos ele parece ter.

Fogueta: Acho que tu só tá pegando a parte mais chata do garoto, se tu chegar na melhorzinha tu bota até fé nele.- Eu encarei ele, vendo ele sorrir de lado.

Fiquei caladinha olhando pra ele e a gente começou a conversar sobre outras coisas, senti falta do meu melhor amigo que não tinha colocado a cara até agora nem nada. Meu pai sentou do lado do Fogueta e foi conversar com ele, enquanto minha mãe desceu com minhas tias pra dançar me chamou mas eu não tava no clima. Perguntei pro tio Th onde o Paulinho tava e ele disse que tava por aí, beijou minha cabeça e saiu na deixando quietinha ali.

Do nada, a Carla me veio na cabeça. Ela era minha melhor amiga aqui do morro e eu tinha crescido com ela, então a gente sempre tava juntas pra tudo, Natal, ano novo, carnaval, tudo era nós duas juntas. Porém ela tinha morrido em uma invasão, quando eu tinha 16 e ela 15, acho que por isso que eu era muito acostumada a ficar sempre com o Paulo ou com as meninas, Alice e Rute, pra tentar me distrair de lembrar dela.

Como hoje eu tava sem nenhum dos três, tava toda sem graça querendo ir pra casa, porque ela tava me batendo na memória, o que me deixava triste demais.

Encostei a cabeça na parede e fiquei bebendo ali enquanto olhava o movimentando lá em baixo, fiquei sem entender quando vi uma tropa subindo pra laje mas não mudei minha cara, vendo o Bh mas alguns meninos super gatos.

Bh: Coe coroa.- Falou passando por mim e batendo na cabeça do Fogueta, falou com meu pai e eu continuei tranquila ali.

Um dos meninos moreninhos que subiu com ela, sorriu pra mim e eu sorri de lado, vendo ele balançando a cabeça ainda rindo, coisa que eu achei fofo e só sorri mais, igual uma retardada.

Bh: Qual é, tá com essa cara aí por quê? - Puxou minha trança e eu olhei pra ele sem entender, vendo ele sentar do meu lado.

Sofia: Muito sem graça sem as meninas ou o Paulo.- Terminei de tomar minha bebida.

Bh: Paulo tá por aí, vi ele ainda agora ele disse que ia subir.- Eu concordei com a cabeça.

Sofia: Valeu, mas acho que vou pra casa, tô muito boa não.- Me levantei, ajeitando meu short.

Bh: Qual foi, pô? - Me olhou sem entender.

Sofia: Nada, relaxa.- Joguei meu copo no lixo e fui até meu pai, que me olhou.- Vou pra casa, avisa a mãe tá?!

Perigo: Ih, qual foi? - Olhou pro Bh e eu neguei, vendo ele me encarar.

Sofia: Fiquei com saudades da Carla hoje.- Falei baixinho e o tio Th me olhou, já meu pai se levantou, me abraçando.

Paulinho: Aí, minha puta.- Afastei um pouco minha cabeça do peito do meu pai e vi ele me olhando sorrindo, mas desfez quando viu minha cara.- Ih, quem foi?

Perigo: Saudades da Carla.- Beijou minha cabeça.- Quer que eu te leve pra casa?

Paulinho: Deixa comigo, patrão.- Bateu na cabeça dele e meu pai olhou pra ele com deboche, vendo o Paulo me puxar.- Tava resolvendo um caso, por isso não cheguei antes.

Bh: E aí mano, qual a boa? - Falou batendo na mão do Paulo, que sorriu me soltando.

Paulinho: Quer ir pra casa mesmo? - Me olhou.- Bora animar na praia.

- Tá tendo aquelas porra de lual por lá, tem uma galerinha massa.- O menino bonito falou e me olhou.

Na verdade, Paulo e Bh me olharam também. Eu concordei com a cabeça respirando fundo e Paulinho me puxou descendo comigo na frente, fui na moto com ele e a gente chegou numa parte lotada de adolescente por ali. A gente foi e eu me sentei na areia, Bh sentou do meu lado e Paulo foi com os meninos comprar bebida.

Bh: São três horas da manhã já, te lembra de algum de bagulho? - Falou mostrando a hora no celular dele e eu sorri de lado.

Sofia: Desculpa mas eu fiquei carente nesse meio tempo, então só entro no seu quarto se você for passar a noite toda me fazendo cafuné.- Ele fez uma cara feia, rindo.

Bh: Pô, então estragou o resto da minha noite.- Eu fiz bico, logo desfazendo e vendo ele me encarar.- Tava com maior cara de choro lá, qual foi ein?

Sofia: Lembrei de alguém que já não tá mais presente aqui.- Olhei pra minha mão.- Mas já foi né.

Bh: É né, galera nasce e morre do nada pô.- Concordei com a cabeça.

Eu cruzei minhas pernas respirando fundo e ajeitando minha postura, olhei pro Bh que olhava pra alguma coisa e semicerrei os olhos, chamando atenção dele, quando eu sentei mais perto dele.

Bh: As vezes tu tem uns retardo na mente que porra garota, fico até com medo.- Eu sorri.

Sofia: Você poderia me beijar e deixar minha noite mais feliz? - Apoiei meu braço no ombro dele, encarando aquela carinha de chato dele, que aproximou o rosto do meu.

Coloquei a mão no pescoço dele e ele só deixou o braço em cima da minha coxa, enquanto a gente se beijava. Os dois tranquilos, sem pressa alguma e calmos, ele afastou a cabeça e eu dei um selinho nele, me afastando dele.

Ele fez careta olhando pra trás e eu parei no tempo, olhando pra areia e percebendo que eu tava fazendo merda. Eu tava pedindo pra ficar com o garoto em qualquer oportunidade que eu tinha, tava gostando da presença dele e até ficando toda feliz quando a gente ficava.

Bateu um puta frio na barriga minha cara automaticamente fechou, não sei o que bateu na minha mente e eu senti ele me olhando enquanto eu olhava fixamente pra areia pensando em como eu tava me emocionando nas coisas, coisa que não deveria acontecer logo sendo sobre ele.

Os meninos chegaram e eu meio que me afastei do Henrique indo pra mais perto do Paulo e de um dos meninos que eu não conhecia. Não sei se foi delírio ou se o eu vi o Bh me encarando com uma cara de quem não entendeu, virei o rosto e Paulo começou a conversar comigo, distraindo minha mente.