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2. Dança de namorados

O bar me era familiar, eu passei tantas noites rodopiando sobre o chão de madeira escura que perdera as contas. Penso que já havia me sentado em todas as quarenta e poucas mesas redondas para duas pessoas, mas nas quais eram colocadas mais cadeiras conforme as pessoas iam agrupando-se durante a noite.

As mesas contornavam as paredes pintadas com cores escuras, formando duas fileiras mantendo ao centro um enorme vazio convidativo para os dançarinos amadores. E ao lado oposto à porta estava o balcão preto comprido onde garçonetes confeccionavam as melhores bebidas da cidade.

Ao chegarmos, começamos a dançar antes mesmo de procurarmos uma mesa. Não deu para resistir à música que tocava.

Meu namorado me rodopiava pelo salão com maestria entre os outros casais. Combinávamos nossos passos com olhares treinados e estávamos a deixar muitos observadores de queixo caído.

Meus lábios abriam-se em largos sorrisos sinceros enquanto o suor me banhava. A sensação de dançar colada a outro corpo era delicioso, mas no corpo de meu amado era um êxtase.

Recordei de nossa primeira dança, um pagode, ao nos conhecermos. Aquele foi um momento épico. Não queria me gabar, contudo penso que muitos frequentadores ainda comentam impressionados nossos movimentos daquela noite.

Eu estava com Elisa e alguns amigos. Havia dançado com quatro homens diferentes, e não sentia que houvesse valido a pena. Dois eram dançarinos razoáveis, mas tinham a chata mania de falarem como uma gralha ao meio da dança. E os outros dois tinham o pensamento equivocado de que podiam tentar apalpar minha bunda ou se esfregar contra meu corpo. Tive que interromper a dança no meio.

Isso era extremamente insuportável. Homens que não dominam a arte da conquista. Acham que vir apalpando ou dando cantadas esdrúxulas fará uma mulher se derreter por eles.

Estes homens não entendiam que dançar é uma arte, uma lenta e sedutora paquera. Um sentir de cada olhar, cada movimento e de palavras certeiras.

Francisco compreendia tudo isso. Seus olhos castanhos pousaram nos meus quando ele ergueu a mão em convite para eu ser seu par.

Ao pousar a mão em minha cintura, sorriu-me ainda sem perder meus olhos de vista. Com uma pegada firme fez com que nossos corpos se aproximassem.

Ele era sábio, nos mantinha em uma distância adequada. Uma distância que permitia nossos movimentos fluírem sem que parecesse que iríamos nos atravessar, ao mesmo tempo em que era possível sentir o calor um do outro.

Apesar de não ser um profissional, ele deixou claro que conhecia passos e giros elaborados. Nosso nível de dança se assemelhava, e cada nova música queríamos desafiar mais e mais o outro.

Entramos em um ritmo frenético de rodopios e passos cada vez mais complexos, foram quase duas horas de dança. Os olhos famintos uns aos outros, e os corações em um mesmo ritmo.

As poucas palavras de apresentação e conquista foram sussurradas aos ouvidos quando os corpos se aproximavam entre rodopios.

O jogo da sedução se intensificou ao sentarmos-nos à mesa juntamente com minha irmã e dividirmos caipirinhas entre conversas agradáveis até o amanhecer.

Os olhares e sorrisos trocados deixaram claro que desejávamos muito mais do que era permitido naquele lugar público.

Contudo Francisco era paciente, ele conhecia o momento certo para fisgar de vez meu coração ao fazer com que nossos lábios apenas se tocassem quando estivéssemos na calçada diante do nascer do sol a espera de nossos táxis.

Naquele momento, não houve mais necessidade de dois táxis. Finalizamos a noite sobre sua mesa de jantar.

Ele tinha uma pegada firme, como eu já previa por seu modo de dançar. E assim nossos corpos suaram se uniram em uma dança ainda mais frenética do que a em público.

E pelos meses seguintes nossos encontros seguiram esse ritmo. Dançávamos até nossas pernas não aguentarem, para então usarmos nossas últimas forças em um sexo quase selvagem. Como se aquilo dependesse de nossa sobrevivência, um último suspiro de êxtase antes de cairmos em exaustão nus e suados sobre o colchão.

Hoje, enquanto dançávamos meu coração batia mais acelerado do que a música. Contava cada segundo a espera de sua proposta. Será que ele planejara algo romântico, como pagar os músicos para dizerem algo para nós, ou entregar o microfone a ele? Ou algo mais particular, um pedido ao sentarmos-nos à mesa e eu encontrar a aliança dentro da caipirinha?

De súbito ele interrompeu meus devaneios e nossa dança, ao me puxar pela mão até uma mesa onde estavam duas mulheres. Uma era sua conhecida, o que ficou evidente quando ele sorriu largo para ela.

Neste momento algo dentro de mim disparou em alerta. Havia uma sensação estranha, um sentimento de que naquela mesa estava uma criatura que destruiria minha felicidade.


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