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JUANA DAMASCO
Convencer o conselho de não chutar o rabo do Martín há dois anos atrás me deu um certo trabalho, voltei para o cargo abaixo e comecei a treinar as famosas "faz tudo", antes eu era encarregada somente para preparar as submissas, eu sabia tudo sobre elas e claro só eu sabia a verdadeira identidade de cada um deles, todos eram conhecidos por suas siglas, todos são muito bem sucedidos, empresários e até mesmo vereadores, acreditem se quiser. Cada um com o mesmo desejo de dominação, esse desejo que não conseguem controlar e que sempre fala mais alto que o comando do cérebro.
O ocorrido com Martín deixou claro a minha falha, ou a minha "culpa ", já que fui cúmplice da menina. Parece louco mas eu precisava ter mais informações dele, ele era novo aqui e por isso não o conhecia muito mas sentia sempre um afeto que o via. Então quando a sua submissa veio me pedindo informações sobre o mesmo eu não pude negar, violei umas das regras do conselho e sabia qual seria a punição se descobrissem minha participação nisso tudo. Estava ciente da paixão que crescia entre os jovens, mas não imaginava que iria terminar nessa grande obsessão e tudo foi saindo do controle quando começou a perseguição, não contei aonde ele morava e nem mesmo o local de trabalho, só falei o nome completo. Um nome e o caos se fez, fiquei aliviada quando soube da expulsão da garota e mais ainda por ela não ter falado nada sobre mim e ter deixado todos pensar que foi uma pequena "falha", com isso perdi o acesso às informações dos dominadores mas mesmo assim sabia quem era cada um deles. Logo ficou impossível não saber quem era Martín, ele vivia aparecendo na TV ganhando casos e mais casos e dando mídia para sua grande rivalidade com Blanco que também fazia parte do conselho do pub mas não seria eu que ia revelar isso.
Com tudo isso, minha solução foi deixar Ana como meus olhos já que a garota sabia passar despercebida nos lugares como se fosse uma mosca invisível, e claro em troca eu falava tudo o que se fazer na apresentação para agradar os dom mas eu não contava com uma nova estrela aqui e muito menos Ana.
Desde quando encontrei a menina na rua perdida com a amiga ruiva, vi de imediato o seu talento por detrás do medo iminente em seu rosto, a ruivinha não tinha como passar despercebida, sua altura chamava muita atenção e seus cabelos na cor fogo destacava ela mais ainda mas isso não deixava nem um pouco Ana para trás, sua pele escura combinava perfeitamente com seus olhos cor de mel e seus cabelos encaracolados, tudo nela parecia desenhado e foi aí que vi a submissa perfeita para Martín, bom, pelo menos foi o que eu achei. Pensei que assim que o mesmo colocasse os olhos na menina iria querer, mas me enganei, desde quando Ana chegou aqui o par de olhos azuis nunca mais se quer mostrou interesse em alguém, até agora.
O homem em pé observando os demais a aplaudir a mascarada me dizia que ele já estava enfeitiçado igual todos, de novo teremos uma guerra entre o conselho e dessa vez não posso mover um dedo sequer para ajudar.
Estava preparando as meninas para a última fase, a cabine de vidro, Ana e Khali foram minhas prioridades já que a novata nunca tinha feito esse teste antes e era a segunda vez de Ana. Comecei a explicar o que fazer com cada um deles, seus gostos e principalmente seus fetiches.
— Bom, eu espero que cada uma de vocês tenha em mente quem vocês querem conquistar, assim fica mais fácil ensinar exatamente o que vocês tem que fazer. Vamos lá, o da pena verde gosta de sentir mais prazer do que ver alguém com prazer, então foque somente no prazer dele e faça tudo o que ele mandar. O da pena azul é mais pro lado da imaginação, tudo o que ele imaginar de fantasia você vai ter que fazer, se possível já pergunta o que ele quer que você seja, e nunca em hipótese alguma saia do personagem com ele, seja uma policial ou coelhinha imite muito bem e por último temos o da pena vermelha - todas dão um longo suspiro assim que toco na característica da máscara de Martín. — ele e o da pena verde são bem exigentes, mas o da pena vermelha foca mais nos detalhes, nos pequenos detalhes. Ele gosta de ver o seu prazer no olhar e que você demonstre o que está sentindo então não economize nos gemidos de prazer e dor, assim que entrar na cabine com ele pegue a coleira prata cravejada e entrega na sua mão, e não chegue perto da área proibida dele.
— Área proibida? - eu via o misto de medo e confusão no rosto da novata.
— Sua boca, o dom abomina que o beijem sem sua ordem. Meninas tudo o que vocês tem que saber eu disse, agora vocês vão ter que fazer e descobrir na prática.
— Na prática? Não entendi- mais uma pergunta da novata e logo as risadas das meninas preenchem o pequeno camarim.
— O que você não entendeu garota, achou que só iria dançar e a grande cabine de vidro tá ali de enfeite? Acorda, você vai transar com cada um deles.
LIV HERCULANO
Eu me sentia culpada por tudo o que aconteceu com Ana, por essa obsessão dela em ser sempre a melhor e de agradar a todos. Exatamente dois anos que estamos aqui e Ana não para um segundo de treinar para a famosa " seleção sexual", essa ideia de ser submissa não sai da sua cabeça ao contrário de mim que quero ficar o mais longe possível de toda essa prisão de fetiche.
— Você não precisa ficar ai treinado A, já são duas horas da manhã. - sentei ao seu lado na barra de ferro. — eu sei que não me escuta mais desde aquele dia mas... - fui cortada antes mesmo de terminar, Ana tinha essa irritante mania.
— Eu não quero que você toque nesse assunto, e por favor Liv esqueça isso de uma vez por todas, não tem como mudar o passado. - levanta esbravejando.
— Só quero te ajudar, você se afastou de mim tem dois anos Ana, me deixou com meus demônios e se isolou mais ainda no seu mundo, parece que não entende que isso também me afetou.
— Mas fui eu quem apertou o gatilho, eu que matei meu próprio pai e que fugi igual um rato com medo indo para o esgoto, olha pra cá - moveu a cabeça para os lados mostrando o pub— estamos no esgoto, não vê ? Igual ratinhos fugitivos e com medo, sem poder sair pra ver a luz do dia sem ser pega. Só por uma vez olhe ao seu redor e veja a realidade, estamos presas aqui pra sempre.
Fiquei ali sentada por minutos ou talvez horas, na esperança que Ana voltasse e me pedisse desculpas mas isso não aconteceu.
CAMILA SOUZA (KHALI)
A única coisa que eu conseguia ver nitidamente eram os olhos azuis do namorada da vizinha do 212, ele me olhava tão profundamente que parecia me enxergar por dentro também, eu estava em pé com os pulsos amarrados para cima e os antebraços atrapalhando minha visão para os lados, para a minha tortura ele fazia tudo em câmera lenta. Tirou a minha pouca roupa com uma calma inexplicável, e a cada vez que sua mão tocava em meu corpo uma onda elétrica percorria meu corpo até minha parte íntima, os arrepios e espasmos ficaram impossível de controlar a cada toque seu. De costas pra ele a ansiedade me invadia, a sensação de estar a mercê dele me excitava e me dava receio ao mesmo tempo, sem mais delongas senti sua boca descendo por minhas nádegas e a abrindo lentamente, dando espaço pra sua língua me penetrar por inteira. Era a melhor sensação de toda a minha vida, eu estava em outro mundo, um que não fazia questão de sair jamais, sua língua fazia movimentos circulares por todo o meu clítoris e depois descia perfeitamente na minha entrada fazendo um gemido escapar pela minha boca, parecia que a onda elétrica que estava em meu corpo foi toda direcionada para o seu pois no mesmo momento sua língua aumentou o ritmo e eu já me via perto do ápice, meus olhos já estavam se revirando e meu corpo parecia estar em chamas, ele parou assim que os gemidos começaram a sair incontrolavelmente.
— Fiz algo de errado? - tentava controlar a respiração enquanto falava.
— Não se mexa e não fale. - ordenou.
Engoli em seco esperando meu castigo.
Senti o material gelado na entrada do meu cu e automaticamente fechei os olhos na esperança de amenizar meu nervosismo, e sem avisos prévios todo o material gelado estava dentro de mim, dei um grito de espanto e dor.
— Quero você de olhos bem abertos e olhando pra mim. - ele praticamente rugia as palavras para mim.
Mesmo com dificuldade em manter os olhos abertos a cada vez que ele movia o objeto em meu anus, ainda sentindo a ardência dele se abrindo, eu já sentia a minha excitação voltando só de ouvir sua voz e ficar quieta ia se tornando cada vez uma missão impossível quando eu queria mandar ele me chupar inteira de novo.
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