Capítulo 2 - Alex o rebelde
8 de julho de 2022.
Vex chega na faculdade de Jack, estacionando sua moto, ela sai lentamente.
- Obrigado por me trazer até aqui.
- De nada, não poderia te deixar na mão - Vex se despede da moça.
- Tchau Vini, até amanhã - Jack sorri para ele e se retira do lugar.
- Tchau!
Ligando sua moto, já indo em direção a sua casa. O telefone toca.
Era a mãe dele. - Acho que demorei demais na rua. - pensa e atende. - Oi, mãe, o que aconteceu?
- Oi, você está bem? Onde você está? - o tom da voz de Virgínia demostrava muita preocupação.
- Tô bem, não aconteceu nada, eu só fui levar Jack na facul... - ele é cortado por sua mãe.
- Eu estava morrendo de preocupação. Enfim... A Oficial Li quer falar com todo mundo aqui em casa, e só tá faltando você.
- É algo grave? - Vex fica um pouco eufórico.
- Não sei, ela ainda não falou. Venha logo para cá, só estamos esperando você - ela estava concentrada na ligação, mas Vex conseguia escutar outras pessoas conversando.
- Ok, eu vou para aí agora mãe - Vex fala.
- Ok, tchau. - Virgínia desliga o celular.
Guardando seu celular o rapaz da a partida na moto, em direção a sua casa.
Chegando em casa, Vex estaciona sua moto na garagem.
A casa era gigante e abrigava doze pessoas. Estava localizada em um condomínio chamado cede Nexa. Entrando na casa, ele vê que está tudo apagado e desconfia o que está acontecendo. Ao abrir a porta, ele toma um susto com rojões de festas, fazendo os confetes caírem nele.
Com um grito grupal, Vex é recebido. - SURPRESA!
Ele não esperava isso, pois tinha dito para sua mãe que não queria nenhuma surpresa de aniversário. Mesmo não querendo, ele ficou bem feliz naquele momento.
Todos estavam contagiando alegria enquanto abraçavam o aniversariante. Lá mais a frente na mesa tinha bolo, refrigerante, cerveja, churrasco e um som, só com as músicas que Vex curtia.
Depois de cortar o bolo e ser parabenizado, era a hora dele experimentar o bolo. Comendo seu bolo ele observa ao redor. Rey e Law, estavam conversando e comendo no banco próximo à varanda. Thaiana, Dani e Kate estavam jogando nos celulares. Virgínia, Liz, Cecília, Uedson, Andressa, Gabriela e Raquel estavam conversando sentados em uma mesa.
Ao olha para o lado, ver Juliette sozinha encostada na varanda, olhando para a rua do condomínio, lá era uma área arborizada. Sobre a luz da lua e as estrelas cintilantes deixavam aquela noite perfeita. Mas ela aparentava está triste, dava para ver na cara dela. Então Vex decide ir conversar com ela.
- Oi, porque está sozinha aqui?
Juliette olha para Vex e coloca seu celular na bolsa. - Oi, estou um pouco cabisbaixa mesmo, mas vai passar.
Juliette tinha 21 anos, estava trabalhando de recepcionista e estava na faculdade de modelo, Era um sonho novo dela, estava muito focada nisso. Nesses três anos ela estava em depressão, tinha emagrecido, e mudado a aparência do cabelo por conta da transição capilar. A moça tinha seu cabelo preto ondulado, que agora dava para ver pela raiz, só que tinham algumas partes loiras ainda em seu cabelo. Ela entrou na academia para se comprometer com corpo de modelo e cuidar do emocional para alcançar o seu sonho.
Nesse exato momento ela estava com uma jaqueta rosa, e uma calça de maia fina, rosa choque. Uma camisa branca, sapato fechado e uma maquiagem impecável, mas pelos seus olhos dava para ver que ela não estava nada bem. - Porque você está assim?
- Sabe Aquele dia que perdi meu tio? Eu chorei muito com minha Vó e Rey. Eu ainda não superei, muita coisa aconteceu comigo esse tempo, e quando penso que estou bem, é ilusão. Hoje Rey chorou encima do meu colo relembrando dele... Nesse ano vai se fazer três anos após a morte dele... E ninguém, absolutamente ninguém sabe onde o maldito assassino está, isso é uma injustiça tremenda. - ela para pra dá uma pausa, e deixa algumas lágrimas cair.
- Não chora, vai acabar com sua obra de arte - Vex se referia a maquiagem dela. Com sua mão, ele limpa o rosto da Juliette.
- Obrigada! - ela dá um sorriso para Vex, e novamente olha para a pista do condomínio.
Vex olha para onde ela estava olhando e fala. - Essa situação é complicada. Eu não entendo sua dor, mas eu estava lá quando aconteceu. Michel era meu pai também, e pensar que não tive um laço tão forte quanto o de vocês me dói no peito. Juliette, você não está sozinha. Estamos todos aqui, somos família agora - com sua voz calma, ele tenta acalmar a moça.
Juliette tira seus braços apoiados no vidro da varanda e olha para Vex em seus olhos. Olhos caramelos e lindos, que reluzia na luz da noite. Depois de alguns segundos, ela abraça-o e fala. - Obrigado por você estar aqui! Você não sabe o quanto é importante para a gente! - ela aperta Vex um tempinho. O abraço estava tão apertado e bom, que Vex a levanta. E devagar ele coloca Juliette no chão, fazendo ela sair dos seus braços. - Sabe o motivo de eu estar aqui? - ela continua.
- Por conta do Michel?
- Não. Por conta de eu não sentir parte da família de verdade. Você tem sua mãe, Raquel tem a mãe dela, Law e as meninas têm pai e mãe, e eu só tenho Cecília e Rey de família... Eu não tenho pai nem mãe. Queria saber mais sobre eles... Minha vó disse que o nome do meu pai era Alex - ela desabafa.
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Michel volta da escola e entra em casa, mas ver sua mãe discutindo com Alex.
Alex era um menino muito arrogante, rebelde e egoísta. Ninguém aguentava ele por perto por conta da chatice dele. Ele tinha 20 anos, e era 2 anos mais velho que Michel. Era moreno com cabelo preto, olhos negros, alto e forte. Na época tinha engravidado uma menina do seu bairro, e nesse momento estava brigando com sua mãe.
- Mãe, eu sei o que estou fazendo! Vou mostrar quando chegar com muito dinheiro e esfregar na sua cara, mostrar que tudo o que vocês falaram de mim estava errado! - ele grita e sai de casa, empurrando Michel para sair da frente da porta.
- Alex! Volte aqui! - Cecília fala alterada, andando atrás dele.
- Mãe? O que aconteceu? - Michel chega próximo da sua mãe.
- Esse cabeça dura faz filho e não tem condições para criá-los, eu abri os olhos dele, mas ele não entende - ela vai à cozinha e senta em uma cadeira, fazendo seu filho ir atrás. - Eu sinto dó da Juliette, ser filha de um pai desnaturado desse! Não quero nem ver o que vai acontecer com ela, pois a mãe da pobre é uma desnaturada também. Que Deus proteja ela - Cecília fala com a mão na cabeça.
A dona morava com seus dois filhos e marido. Paolo era o nome do seu amado.
- Não sei como você aguenta ele, se eu fosse você, mandava ele partir daqui - Michel fala chegando perto dela para consola-la.
- E Juliette? Não posso fazer isso Michel. Pois, amo ele como amo você também.
- Ok - Michel para de insistir nisso, já que não ia dar em nada. - Vou subir para tomar banho, depois eu desço para comer - deixando Cecília sozinha na cozinha, ele sobe ficando indignado com seu irmão. Odiava como ele tratava a mãe deles. Mas não era pra tanto, Alex só andava com gente errada na cidade, era óbvio que não seria gente boa quando crescesse.
Ao chegar no seu quarto, ver a televisão ligada. Lá estava passando uma reportagem de uma pessoa morta por não receber um coração em algum hospital próximo dali, e tinha uma menina chorando bastante na reportagem. O nome da menina era Roseane, estava acompanhada por uma pessoa. - Meu Deus, só passa miséria na televisão - ele desliga a televisão e vai se arrumar para descer.
Ao descer, ele ver Cecília chorar na cozinha. Ele já sabia que era por conta do Alex.
Alex e Michel não tinha uma boa relação, até mesmo quando era novos eles brigavam por brinquedos. Michel nunca gostou das atitudes do irmão, mas mesmo não gostando das atitudes eles se gostavam também, pois eles eram irmãos e cresceram juntos. Foi aí que ele decide ter uma conversa séria com seu irmão, para acabar de uma vez por todas esse caos estalado na casa deles.
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