Capítulo 01
Quando as palavras estiverem em italico é porque é uma conversa baixa ou ao fundo ou uma música. Caso seja algo diferente eu os avisarei.
Perdoem se houver algum erro ortográfico, espero que gostem, boa leitura ❤️
- Kim Taehyung.
E lá estava eu diante do meu maior inimigo. Eu o encarava como se fosse um bicho de sete cabeças, faltava pouco pra ele enfim ser finalizado mas minha cabeça não conseguia assimilar como eu daria um fim aquela conta de matemática.
- Continue, quanto é seis vezes nove? Você tem prova em dois dias, como você vai fazer? - Meu professor me perguntava em frente a classe inteira - Use esse cérebro que você tem - Ele me dá um peteleco na testa - Você pelo menos memorizou a tabuada?
[...]
- Vocês devem fazer isso para chegar a esse valor.
- Três; Dois; Um. - Contei enquanto encarava o balde da goteira que tinha na sala de aula por ser um dia chuvoso, acho até que era o único momento em que eu adorava contar, já que logo depois que eu chegasse ao um o sinal tocava e como hoje não seria um dia diferente... - Isso! - O sinal acabou de tocar.
[...]
Como já previsto com esse tempo de chuva eu me encontrava em casa deitado no sofá mexendo no celular e comendo alguns salgadinhos, já tinha desistido de tentar estudar, enquanto a televisão falava sozinha em um programa de jogos de perguntas pras pessoas ganharem dinheiro.
- Pitágoras, a identidade é... - O apresentador perguntou.
- É o Kim Young-Chul. - Eu respondi.
- ... o comediante Kim Young-Chul! - Logo em seguida o apresentador anunciou a resposta.
- Aigoo... isso não adianta. Se você resolvesse os problemas de matemática com essa habilidade, a universidade de Seul já estaria de olho em você. - Minha mãe disse depois de ter dado um fraco tapa nos meus pés e logo se sentou em frente a tv.
- Seu pai também estava tendo os mesmos problemas com a matemática, você tem os genes dele,tudo bem. - Revirei os olhos, como sempre ela continuava a reclamar enquanto mudava de canal.
- Ah, você está sempre vendo esses dramas históricos! Nojento! - Como de costume, mamãe parou em um dorama.
- Já que você se parece comigo, você deveria ser inteligente. Por que você não tenta o vestibular? - Apenas ignoro e continuo focado no meu celular.
- Gostaria de saber o que você consegue fazer pra ganhar a vida sem mim.
- Posso comer bem e viver em paz, então não se preocupe. - A respondo já querendo que ela acabe com essa conversa.
- Você viveria só assistindo TV e com o seu celular. - Ela realmente não vai me deixar em paz com isso.
- Ah! Mãe, você também vive assistindo esses dramas históricos e eu não digo nada. - Me irrito juntando minhas coisas e as guardando no quarto, ainda consigo escutar ela resmungar na sala.
- Aposto que se tivesse nascido no tempo desse drama eu não teria que estudar matemática. - Resmungo enquanto passo pela sala colocando minha jaqueta.
- Ei, aonde você pensa que vai? Você deveria me dizer aonde vai. Você tem mesmo um sonho? - Deixo ela falando sozinha enquanto saio de casa.
[...]
-Cale a boca! Cala a boca! - Canto com toda a força que tem em mim.
-Cale a boca! - Shin Hye-sun , minha melhor amiga, praticamente grita de volta.
- Cale a boca e me escute! - E assim continuamos cantando juntas até a música do karaoke acabar.
E como sempre terminamos em uma loja de conveniência vinte e quatro horas, é como um ritual que criamos pra descontar nossas frustrações.
- Estou ficando louco, porque não há tempo suficiente, mas mesmo que haja mais tempo, não mudará nada. - Divago alto enquanto misturo o meu lamen que acabou de sair do microondas. - A quem me dera eu pudesse desaparecer.
- Seria legal entrar em uma boa universidade na Coréia e perseguir o seu sonho e o meu. - Tiro os olhos da chuva que cai lá fora e a encaro.
- Cala a boca. Ficariam quietos se lhes falasse que estou indo para escola de arte? Claro que não, eles não me deixam em paz. - Hye-sun também sofre essa pressão dos pais. Enfim, bons amigos.
- Ei, e se você não tiver sorte no dia do vestibular, não será o fim? Sua vida vai ser arruinada. - Ela continua dizendo enquanto termina seu lamen. Nada como uma boa motivação, às vezes me pergunto se ela é realmente minha amiga.
- Como pode a vida de alguém depender de apenas um dia? Se eu for para uma universidade qualquer, eu seria contratada na minha próxima vida? Porque nasci assim? Tão inútil... - Nossa como eu ando filosófico nesse tempo.
- Ei! Há um buraco na sua boca? - Pergunto pra senhora inteligente que conseguiu respingar o caldo do lamen no seu uniforme escolar.
- Relaxa se perguntarem eu digo que tive uma hemorragia nasal. - Me responde enquanto solta uma risada com a boca cheia, tão porquinha.
- Porque será que eu nunca tive uma hemorragia? - Escutamos uma buzina e olho para fora.
- Meu pai chegou. Estou indo. - Ela pega sua bolsa e sai se despedindo de mim enquanto seu pai vai ao seu encontro com um guarda chuva a mão para irem até o carro.
Eles se vão e não demora muito para que eu vá também, sigo meu caminho com o meu velho e bom companheiro guarda chuva amarelo na mão já que a chuva acabou, me sentando em um banco que tem na pracinha desse parque infantil.
Encarei meu reflexo em uma poça que ali havia logo em seguida passando a ponta do guarda chuva. Acho que minha cabeça vai explodir.
[...]
- Finalmente, o dia do vestibular da faculdade nacional chegou. Na área da capital, espera-se chuva pesada.
Por enquanto é isso espero que gostem e dêem muito amor a essa fic, não esqueçam de me dizer oque acharam e da estrelinha.
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