Capítulo Treze
Hoje e dia 27 para muitos um dia normal mas para mim é um dia de dor, foi nesse exato dia em que Marnie apareceu no hospital passando mal. Foi nesse dia em que eu vi meu filho morto, o que me deixa pior não foi saber que ela teve um aborto, por que hoje em dia isso as vezes acontece, o pior foi saber que ela quem provocou isso. Ela matou nosso filho!
Hoje eu vou levar Isabelly para a primeira consulta do pré natal, aí vocês pensam "nossa você é ginecologista/ obstetra e até hoje não examinou seu filho?" Tempo! a resposta é essa, como eu tive que ir para Toronto ter novas experiências minha vida bagunçou toda, la eu não tinha minha própria sala para poder atender ela então briguei com a equipe toda para conseguirem uma data o mais rápido possível.
-Felippe? Vamos - Sinto que Isabelly chega perto de mim pelo seu perfume. Um cheiro único e exclusivo que só ela tem. Olho para a mesma que está segurando sua bolsa e fodidamente gostosa. Estava com um vestido rodado que a deixava mais sexy ainda, um volume bem pequeno era notável em sua barriga, nem dá para acreditar que meu filho está ali dentro.-Você está bem? ta me olhando de um jeito estranho - Ela olha para sua roupa - Tô suja?
-Não eu só estava pensando em umas coisas - Ela acena com a cabeça não convincente - Vamos então! -Levanto e pego a chave do carro minha carteira e o celular. -Você tem Habilitação?
-Tenho! ganhei quando eu completei 18 anos, Peterson me presenteou - Ela deu ombros e me segue até o elevador.
-Peterson e algum tio seu?
-Não Padrasto- Diz fazendo uma careta - Por mais que ele seja bom comigo sei que ele fingi isso para minha mãe. Ele sempre infernizou minha vida.
-Nossa eu sinto muito por isso - Fico sem o que falar, Cara idiota!.
-Relaxa eu nem ligo - Diz dando ombros, a porta do elevador se abre e vamos até a garagem. o caminho até o consultório foi tranquilo.
Subo até o andar da minha sala e deixo Isabelly na recepção para esperar seu horário.
Vou até o banheiro trocar de roupa e lavo minhas mão.Um homem que desacreditou de tudo, que jurou nunca mais amar uma pessoa mais que a minha própria vida, e isso tudo aconteceu.
balancei minha cabeça tentando sair do transe assim que ouvi os gritos de dor vindo do quarto, coloquei minha mascara e abri a porta vendo Camila deitada na cama implorando que a dor passasse , fui até ela.
-Doutor Garcia, ela já tem dilatação suficiente - assenti aumentando a velocidade do soror ao seu lado.
-Por favor, faz isso parar- Ela gritou segurando a cama com força.
-Camila, vamos começar - sentei em uma cadeira e abaixei ela ficando na altura certa, já vendo a cabeça da criança, as vezes me pergunto porque optei por essa profissão então lembro o amor que sinto pelo sexo feminino- Vamos lá respire fundo... - Ela começou a fazer força para que ele saísse eu podia sentir a dor pelos seus gritos e lágrimas, mas eu sabia que depois que ela pegasse seu bebê pela primeira vez a dor seria esquecida - Vamos Camila, está quase lá...
Então ele se aproximava, seu bebê estava cada segundo mais próximo ao vir ao mundo- A cabeça já saiu - Uma das enfermeiras falava para a ajudar.
um grito agudo e forte ecoou pela sala, peguei o menino que escorregou pelas suas pernas , um choro baixinho saiu pela sua boca ele se contorcia em meus braços - Aqui está seu filho - Camila pegou seu filho já chorando, e um sorriso apareceu em seus lábios ela parecia a mulher mais feliz do mundo.
Em poucos meses será a minha vez, e naquela maca Isabelly dando a luz ao meu filho, eu serei pai, milhares de coisas irão mudar,vou ser responsável por uma vida, vou ser exemplo para uma menina ou talvez um menino.
-Doutor Gracia - olhei para Jeny que sorria - Sua paciente está a sua espera- assenti lavando minhas mãos.
Assim que terminei fui caminhando até meu consultório , Isabelly estava parada na porta assim que me viu ela sorriu de leve, Abri a porta dando espaço para ela entrar , enquanto ela sentava coloquei meu jaleco branco ajeitando meu cabelo..
-Bom Isabelly Rodrigues vinte anos - Olhei para a mesma que me encarava , ela assentiu olhando para a parede. - Você já tomou alguma vez anticoncepcional? - Ela assentiu.
-Eu perdi minha virgindade com 19 anos.- Ainda bem !Não queria ser o primeiro dela nessa circunstância toda.
-Pode colocar o avental e se deitar na maca, tire a roupa toda. -Ela corou de leve e foi até o banheiro.
Começo a organizar minha sala até que eu escuto o barulho da porta, olho para Isabelly que estava com o avental azul seu cabelo preso em um coque desajeitado, toda vez que eu olho para aqueles olhos pretos eu sinto uma explosão dentro de mim, seus traços são simétricos, e aquele corpo, oooh aquele corpo me deixa louco.
-Pode deitar - Isabelly se aproximou deitando na cama, sua visão foi para o teto branco- Coloque as pernas aqui - ela fez rapidamente. Passei a mão em sua barriga sentindo a mesma dura, apertei algumas vezes sem fazer força, coloquei minhas luvas passando o gel nas pontas dos dedos - Isabelly vou senti o colo do seu útero- Ela arregalou seus olhos- Você vai sentir uma pressão, relaxa não fica nervosa - Penetrei ,meu dedo lentamente isabelly era tão apertada que pude sentir o calor passar pelo meu corpo, ela mantinham seus olhos fechados como se aquilo a incomodasse.
-Bom vou precisar fazer outro exame só isso não é certo, você pode colocar sua roupa já- Isabelly levantou voltando ao banheiro. peguei o aparelho ao lado ligando o mesmo, assim que ela saiu fiz sinal para que ela deitasse novamente,entreguei a ela uma manta e pedi para que a mesma levantasse o vestido, passei o gel então isabelly soltou uma gargalhada.
-Isso é gelado - Sorri vendo sua reação.
então o exame começou, eu passava por toda sua barriga assim que o borrão apareceu minhas pernas ficaram bambas ali estava meu filho, nosso filho!
-Está vendo? E tudo isso aqui - isabelly olhou bastante curiosa com tudo- Ele já é um feto, já apresenta olhos, orelhas e a boca, mede cerca de 3,5 cm e meio e pesa 3g, você está com dois meses e 25 dias de gestação quase completando seus 3 meses de gestação - Parei o exame e fiquei olhando isabelly que então chorou- Você está bem?
-Bem feliz -ela então sorri - Meu pingo está tão grandinho - ela limpa sua barriga e me olha - Nosso filho está saudável ne ?
-Sim! Mas isso não significa que você vai ficar comendo besteiras ta - Ela assentiu a cabeça.- Hoje quando eu tiver indo para casa vou comprar mais legumes.
-Você pode comprar chocolate? - Olho a repreendendo - O que? e seu filho que está querendo. Minha boca chegou até a salivar - Ela diz limpando as lágrimas.
-Ta bom! - me dou como vencido - Vou te dá a chave do meu carro para você ir embora, mais tarde vou com Jhonatan - Ela concorda com a cabeça.
Me levanto e arrumo os aparelhos limpando tudo.
-Vou passar umas vitaminas para você tomar - olho para ela que ja está preparada para ir embora. - Toma a chave do meu carro - entrego a mesma e sorrio - Cuidado dirija devagar e por favor não ultrapasse os carros .
-Tá bom mamãe- ela ironiza
- Sabe eu estou tão feliz em saber que o pingo está saudável, Bom eu sei que antes eu não queria aceitar mas eu reparei que quando eu mais precisava de alguém ele estava lá comigo - Vejo seus olhos se enchendo de água- Eu me sinto tão mal por algum dia já ter desejado a morte dele - então ela desaba - Me desculpa por isso eu não queria sabe - Vou até ela e abraço, essa cena seria bem engraçada se não fosse pela situação toda. Seu rosto se repousava em meu peito. Ela estava precisando de alguém e sim esse alguém sou eu.
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