Capítulo Oito
Felippe Garcia
Já faziam alguns dias que a amiga da minha irmã ganhou alta. Atualmente ela está na casa da minha mão para dá uma controlada no doce,por insistência de Lena, Ela disse que era melhor por ela morar sozinha às vezes não come coisas saudáveis. eu concordei por causa da saúde do bebê. Bebê eu não devia pensar tanto assim nele, talvez ele não seja meu filho e isso me assombra demais.
Dois anos atrás eu estava em um relacionamento sério com Marine, Eu a amava tanto que chegava a doer. Estávamos planejando casar, porém com a sua carreira de modelo ela não demonstra interesse no que eu queria. Até que naquele ano ela me falou que estava grávida. eu amei a noticia meu sonho sempre foi ser pai e construir minha família, mas esse não era os planos dela. Na segunda semana em que ela me falou isso eu estava de plantão, me lembro bem disso, foi um dia tão corrido que eu estava sobrecarregado, estava na minha sala quando uma enfermeira me falou que a minha mulher tinha dado entrada no hospital com um grande sangramento, logo me desesperei pois estava tendo um aborto. Naquele momento meu mundo desabou. Eu fui atrás e a socorri, mas o que eu mais temia tinha acontecido. Não foi apenas um aborto que acontece com várias mulheres foi um aborto proposital. Marine matou nosso filho. Desde lá não queria mais ser o mesmo, queria me excluir desse mundo. Então foco em meu trabalho, nada de relacionamento apenas curto.
Por isso estou fugindo disso para minha infelicidade hoje tenho folga o dia inteiro e amanhã volto para Nova York. Olho o relógio na parede e são exatamente 4:30 da manhã. Recolho minhas coisas e vou para minha antiga casa. Senti tanta saudade dessa cidade, minha infância foi basicamente construída aqui, me lembro de cada pedaço desse lugar. Guardo o carro na garagem e subo em direção ao meu antigo quarto. A casa esta um silencio tão bom, mas não é pra menos ainda esta de madrugada. Chego no meu quarto e respiro fundo minha mãe colocou a menina para dormir aqui. Deduzo ao ver minha cama desarrumada e uma mala ao canto perto da porta do banheiro. Agora durmo em pé só pode.Respiro fundo e coloco minha mochila no Closet e pego uma calça de moletom e vou até o banheiro, abro a porta e vejo a mesma debruçada no vaso vomitando. Ela me olho de rabo de olho e continua seu ato. Fico imóvel sem saber o que fazer, Terminando de botar tudo para fora ela respira fundo e fecha a privada e encosta sua testa na tampa.
-Você está bem? - Até que enfim algo sai da minha boca.Ela não responde apenas balança a cabeça em negação- O que você está sentindo? Eu posso te ajudar Isabelly- Sinto um amargo possuir minha boca ao dizer seu nome.
-Eu estou tonta, não consigo me levantar -Ela levanta a cabeça e encostou suas costas na parede. Observo e vejo que seu rosto está pálido.
-Posso te ajudar?- coloco minha calça em cima da pia e vou em sua direção devagar, ela me olha e concorda.Seguro em sua mão e a ajudo. Seu cheiro é marcante e ao mesmo tempo doce nunca senti antes. Coloco seu braço ao redo da minha cintura e a abraço levando-a até a minha cama, a ajudo a senta e olho para seu rosto. Ela me olha e da um sorriso de lado.
-Obrigada Felippe!- sinto um arrepio ao ouvir meu nome sair da sua voz.
-Por nada - Sorrio de lado e vou em direção ao banheiro novamente- Não sei se você sabe, mas aqui é meu quarto e eu só tomo banho nesse banheiro- Pego minha calça e chego na porta e lanço meu olhar para a mesma que agora está deitada e enrolada na minha coberta.-Vou tomar um banho e já desço para a sala- Ela concorda abaixando a cabeça.
Fecho a porta e suspirou, ainda bem que minha mãe colocou aromatizante aqui, se não o cheiro não estaria muito agradável, tiro minha roupa e vou em direção ao box, passando pela privada dou descarga. Ligo o chuveiro e aproveito o banho para dar uma relaxada.
Querendo ou não preciso ter essa conversa com ela. Algo me diz que aquele bebê e meu filho. Termino meu banho me seco e coloco minha calça. Saio do quarto e vejo Isabelly chorando na cama.
-Não adianta chorar agora- Digo e vou até meu closet pegar uma blusa, Hoje estava um dia mais frio.
-Não adianta chorar? - Ela disse séria - Eu trabalho para conseguir estudar! Eu já estou sobre aviso pelas 3 faltas que eu levei só nessa semana. Estou quase sendo demitida por não conseguir servir um simples café pois me deixa enjoada. Quase vomitei em um cliente. Minha mãe acha que eu vou me formar que eu serei um exemplo para a família. mas não eu estou esperando um bebê que chegará em menos de sete meses, que eu não tenho condições de manter...E você vem me dizer para não chorar? - Ela nunca falava mas quando abriu a boca.
-Isabelly, eu sou homem do mesmo jeito que eu fiz eu vou cuidar, porque esse bebê é meu filho, e tem meu sangue dentro de você então querendo ou não agora eu faço parte da sua vida assim como você faz parte da minha- Olhei em seus olhos. - É claro que eu não queria que fosse assim, mas já aconteceu...
-Agora é seu filho! Não é você mesmo que disse que não iria assumir o que talvez não era seu? Eu já vou avisando meu filho não é um objeto para você querer ou não descartar - Ela se levanta da cama e vem para perto de mim- Eu não preciso da sua ajuda, Eu vivo muito bem sozinha e vou continuar vivendo- Rolei meus olhos.
-Sua gravidez e de risco,você tem problema na pressão e sem contar no seu caso sério com açúcar, então eu como médico vou acompanhar essa gravidez e como pai vou cuidar dos dois, arrume suas coisas você vai comigo para Nova York.
-Não! você não pode querer mandar em mim assim- Ela bate em meu peito- Eu não vou com você por que eu tenho minha vida aqui, e vou continuar levando ela do jeito que está.
-Você não tem capacidade emocional para levar isso tudo nas costas Isabelly, Um pequeno deslize você acaba com a vida que está dentro de você por orgulho e isso seria uma burrice. - Chego mais perto dela- E eu não vou deixar isso acontecer novamente.
-NÃO ME CHAMA DE BURRA- Ela grita chorando.
-Não grita, tá todo mundo dormindo menina- tentou acalmá-la - E lembre se do bebê você não pode se estressar assim. - Ela suspira fundo e senta na cama.
-Quando você vai ir para Nova York?- diz limpando o rosto.
-Amanhã de manhã - acena com a cabeça e me olha.
- Eu vou com você por causa do meu filho. - Concordo com a cabeça e pegou um edredom no armário e vou em direção a porta.
-Boa noite - não escuto resposta, dou ombros e vou para sala , hoje irei dormir no sofá mesmo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro