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Mudanças

Na caminhonete, o estômago de Julian revirou ao antecipar o que poderia acontecer quando chegasse em casa e visse a família depois de tanto tempo. No rádio, a campanha da mãe passava a cada intervalo e trocou aquele falatório por uma música reggae antes que sua ansiedade piorasse.

Fez uma lista mental de tudo o que precisava pegar: documentos, roupas e acessórios. Então pensou em Maddy. Havia mandado mensagem para ela há alguns dias, perguntando se estava bem, e ela tinha respondido com poucas palavras. Será que havia pedido demissão como tinha dito que faria? Esperava que sim, mas ao mesmo tempo preocupava-se com o sustento dela. Ela era a mãe que desejava ter tido, por isso pensar nela passando trabalho o deixava angustiado.

Estacionou na rua atrás da casa ao perceber vários carros da imprensa estacionados na frente. Com sorte, nenhum deles o veria entrando pelos fundos. Falou com o porteiro, que deixou-o entrar após falar com Susan. Sentiu-se aliviado ao saber que sua presença ali não havia sido proibida. Ainda.

Quando entrou na casa, ouviu falas altas, pessoas caminhando de um lado para o outro, slogans da campanha política, telefones tocando, TV ligada... Parecia um circo. Julian fez uma careta e olhou de um lado para o outro, em busca de um rosto familiar.

Encontrou os gêmeos no sofá mexendo cada um em um tablet, compenetrados em seja lá o que estivessem lendo. Apostava que os dois estavam radiantes com aquela exposição toda. O que os dois mais queriam era um trabalho fácil que não exigisse muito deles. Serem filhos da prefeita da cidade garantiria todos os privilégios na palma de suas mãos.

Caminhou até o escritório da mãe. Alguns rostos viraram em sua direção e ouviu sussurros de reconhecimento, mas ignorou-os, sentindo um calafrio subir por sua espinha. Há alguns dias havia lido nas redes sociais que alguns repórteres e jornalistas perguntaram onde estava o filho mais velho dos Caprani, mas o boato que corria era que todas as perguntas sobre si estavam sendo abafadas. Não conseguia imaginar a resposta da mãe. Ou melhor, conseguia imaginá-la com um semblante inabalável dizendo: "Julian não mora conosco e leva uma vida diferente da nossa."

No escritório da casa, encontrou a mãe falando ao telefone.

— Sim, George, estarei lá. Preparei um discurso para o evento, não se preocupe. Nos vemos amanhã.

Ela desligou com um suspiro de cansaço e virou-se, dando de cara com Julian. Ao invés de surpresa por ver o filho depois de tanto tempo, seu semblante demonstrou irritação.

— O que está fazendo aqui?

Julian sorriu, incrédulo.

— Olá para você também, mãe.

— Não tenho tempo para isso, Julian.

— Nunca teve tempo para mim.

Ela revirou os olhos e Julian sentiu-se patético por ter falado aquela frase sem pensar, automaticamente.

— E você continua chorando por isso? Já é adulto, resolva seus problemas e não me traga mais deles.

Problemas que você criou, Julian comentou mentalmente.

— Vim buscar minhas coisas.

— Arranjou um lugar para ficar?

— Honestamente, você não se importa, então não sei por que eu responderia.

— Pode pegar suas coisas e sair pelos fundos.

Ao falar aquilo, Susan pareceu lembrar-se de algo que fez seus olhos se arregalarem.

— Alguém viu você entrando?

Ela aproximou-se da janela e puxou a cortina, espiando pelo vidro as vans de jornalistas e repórteres. Incrédulo com aquela reação e sentindo um gosto amargo na boca de decepção, Julian respondeu:

— Não, entrei pelos fundos.

— Não fale com a imprensa.

— O que vai falar para eles sobre mim? Que eu morri? — Julian revirou os olhos e cruzou os braços, reparando que o escritório havia sido reformado recentemente.

— Que você não está interessado em política.

Decidindo provocá-la, Julian acrescentou:

— Espero que eles não descubram sobre nenhum dos meus hobbies.

Ela olhou-o com pavor e aproximou-se rapidamente, o olhar fixado no seu. Era o semblante de uma mulher determinada a não perder nada para conseguir o que mais desejava.

— Eu trabalhei a minha vida inteira para sustentar essa casa. Eu, mais do que o seu pai, que sempre teve tudo muito facilmente, mereço tudo isso. Não estrague isso para mim, Julian.

— Eu não farei nada, mas não controlo a imprensa.

— O que você quer? Dinheiro?

Julian balançou a cabeça e suspirou, cansado daquela conversa.

— Quero pegar minhas coisas e ir embora.

Saber que a mãe pensava que queria dinheiro era incompreensível. Depois de tudo o que havia passado ali, ainda desejava alguma coisa deles? No momento queria distância.

— Fique à vontade, mas espero que não volte mais aqui sem avisar.

Na verdade espera que eu não volte nunca mais, Julian acrescentou mentalmente. Assentiu e, sem dizer mais nenhuma palavra, virou as costas em direção ao antigo quarto. Sentia-se um robô, andando automaticamente e reagindo da mesma forma. Olhou para o cômodo onde havia vivido praticamente a vida inteira e sentiu um aperto no peito ao não ver mais a sua personalidade ali. Ao invés da cama, dos quadros de surfista, fotos de garotas de biquíni e o violão, encontrou caixas cheias de papéis empilhadas nos cantos.

Julian abriu uma porta dos armários e pegou uma bolsa de tecido dali, começando a colocar algumas roupas e papéis dentro dela, sem vontade nenhuma de perder tempo organizando alguma coisa naquela casa onde não era bem-vindo. Parecia mentira saber que a casa onde tinha passado a infância era o mesmo lugar onde não suportava mais estar.

Uma aproximação repentina fez Julian se virar e dar de cara com o pai.

O senador Harrison olhou para o filho com surpresa, sem saber reagir, como se fossem dois estranhos.

— Julian, o que faz aqui?

Ninguém ali estava interessado em cumprimentá-lo, pelo jeito.

— Vim buscar minhas coisas.

— Poderia ter avisado.

— Sei, para ficarem de olho nos repórteres.

— Não, porque poderíamos ter saído para tomar café da manhã.

O surfista engoliu em seco, sentindo-se envergonhado por pensar tão mal do pai. Ele era tão reprimido quanto Julian, por causa da esposa que tinha, mas também sentia-se culpado por todas as coisas que haviam acontecido desde o nascimento dos gêmeos. Ele tentava dar o seu melhor, Julian sabia. Tentava não culpá-lo tanto quanto a mãe, mas o silêncio e a inabilidade de defendê-lo lhe irritavam.

— Podemos sair outro dia.

— Certo, marcamos para outro dia então.

Ficaram num silêncio esquisito incompatível com pai e filho. Julian então lembrou-se de Maddy e perguntou:

— Maddy foi embora?

— Ela pediu para sair. Disse que sem você aqui estava ficando deprimida.

O coração de Julian acelerou com aquela revelação e a vontade de chorar o pegou de surpresa, por isso reprimiu-a. A irritação crescia em seu interior. Fechou as mãos ao lado do corpo e, com cansaço e raiva, perguntou:

— Por que você apenas aceita tudo isso?

Harrison respirou fundo, como se estivesse cansado, entrou no quarto, fechou a porta e encostou-se nela.

— É justo que eu passe por isso, Julian. Sua mãe precisou aturar a minha eleição, agora é a vez dela.

— Não entendo sua lógica, pai.

— Há coisas que só entenderá quando virar pai, Julian.

— Há coisas que eu não desejo entender.

Com mais irritação ainda, colocou tudo o que podia na mochila, pegou todos os documentos necessários e virou-se para o pai. Tinha coisas entaladas na garganta para perguntar e não sabia quando veria Harrison novamente. Com aquela vida caótica que estava levando, duvidava muito que teriam tempo para sequer pensar em si. Era a parte esquecida da família, a parte que eles preferiam ignorar. Até quando, não sabia.

— Você pode fazer algo para mudar as coisas.

Era humilhante precisar falar aquilo. Sentia-se como uma criança carente que desejava saber por que a mãe não lhe dava carinho.

— Julian, deixe as coisas como estão. Está na hora de você viver a sua vida.

Julian bufou de frustração. De mãos atadas, sentiu-se inútil e patético. O pai nunca fora capaz de discutir com a mãe, sempre escolhendo o silêncio ao invés de uma briga apenas por discordar dela. E os irmãos não ligavam para nada além do superficial.

Com a mochila nas costas e sem olhar para o pai, saiu do quarto sabendo que não adiantava desejar que os pais fossem diferentes, teria de aprender a viver com a distância, com a falta da sua família. Pensou em Archie e sentiu-se inspirado. Ele só tinha a mãe e havia vivido por muitos anos sem a presença dela em sua vida. E Archie havia tido uma infância com menos privilégios, havia batalhado muito para crescer e conquistar suas coisas. Deveria falar para ele qualquer dia sobre o quanto o admirava. Nunca havia pensado fora da bolha na qual vivia antes de sair de casa e antes de conhecer Archie. 

Passou pelos irmãos, ainda no iPad, ouviu a mãe rindo com alguém, viu pessoas indo para lá e para cá falando ao telefone, slogans ecoaram à sua volta e saiu pelos fundos. Maddy não estava mais ali, não havia o que fazer ali sem ela. Era ela a sua figura materna, a pessoa que cuidou de si com carinho e paciência. Era a ela que devia satisfações. Quando era criança não entendia por que a mãe nunca estava perto, mas gostava de passar o tempo com a adorada babá. Com o tempo começou a desejar menos que a mãe estivesse mais presente, porque sabia que era inútil fazê-lo. Quando Susan estava por perto era um show de irritações e impaciências. 

Quando criança aos poucos foi aceitando que o que os colegas tinham das suas mães carinho, amor, cuidado, coisas que não teria da sua, mas tinha Maddy. E sentia falta dela.

Entrou na caminhonete e sabia para onde ir. Não para ver Maddy, mas para um lugar onde poderia pensar e refletir com calma. Um lugar que o acalmava como nenhum outro.

__________

Nicolas releu o email diversas vezes, pensando no quanto sua vida mudaria caso aceitasse aquela proposta. Trabalhar em um hospital veterinário na cidade grande com opção de ter um consultório privado, com um salário muito bom, num bairro nobre da cidade? Mudar-se da fazenda não era seu maior desejo, afinal, gostava de cuidar do lugar, dos bichos e da proximidade com os pais... Mas ao mesmo tempo precisava ser independente, queria uma vida mais afastada, queria crescer emocionalmente e profissionalmente. Queria ser capaz de se virar sozinho.

Havia a situação com Leonard e Julian. Situação, por falta de uma melhor palavra, porque não haviam conversado sobre o que tinham. Mesmo assim, se aceitasse aquela proposta, a vida dos três teria de mudar. Julian e Leonard teriam de sair da fazenda e voltar para a cidade. 

O único detalhe era que Julian não tinha para onde ir.

Pensou em como o surfista reagiria e esboçou um sorrisinho enquanto dirigia pelo trânsito lento. Ele fingiria não ligar, aceitaria sem problemas, mas Nicolas enxergaria através daquelas reações tranquilas. No fundo, sabia que Julian tinha situações difíceis com as quais lidar e gostaria que ele se abrisse mais, revelando seus problemas para que pudesse ajudá-lo.

Não compreendia direito o que sentia pelo surfista, mas era uma ligação intensa que fazia seu corpo inteiro esquentar quando o via envergonhado. E gostava de provocá-lo para que ficasse daquele jeito. Julian ainda tinha vergonha de pedir e fazer várias coisas, afinal, era seu primeiro relacionamento com um homem. Dois homens. Nicolas riu baixinho. 

Sentia-se estranhamente orgulhoso por ser a pessoa a fazê-lo ficar vermelho e tímido, logo ele, o cara engraçado do grupo de amigos, que sentia-se confortável fazendo os outros rirem.

Também tinha aquele Marc... Ao lembrar-se dele, Nicolas franziu o cenho. Muitos haviam dito que era parecido com ele, mas discordava. Enquanto ele era fechado e ranzinza, Nicolas era aberto e extrovertido.

E Leonard... Gostava do seu falatório incessante, das piadas que fazia, da sua inteligência, mas... Havia algo mais intenso em Julian. O surfista atiçava sua curiosidade. Queria conhecê-lo mais, mas não sabia como fazê-lo. Ele parecia ter erguido uma barreira em torno de si, uma barreira que ele decorava com suas piadas e fingindo se uma pessoa tranquila.

Não estava acostumado a ter aquele tipo de relacionamento. Ficar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo sim, mas morar na mesma casa que duas pessoas com quem se relacionava? Era novo e já parecia prestes a acabar.

Ao chegar na fazenda, ponderou sobre como contaria aquilo para os pais também. Eles ficariam felizes, mas também preocupados. Estavam acostumados com o filho sempre presente, com a irmã também. Teriam de contratar alguém para cuidar dos animais. Tantas mudanças... Será que estava pronto para elas?

Saiu do carro e foi recepcionado por Amêndoa, a labradora que era o xodó da família. Passou a mão em seu pelo, sorriu ao cumprimentá-la e entrou em casa. Encontrou Leonard sentado no sofá, assistindo TV. Ele parecia cansado.

— Boa noite.

— Boa noite, até que enfim você chegou em casa! Não sei onde Julian se meteu. Passei o dia no escritório, estou cansado.

Tantas informações em tão pouco tempo... Nicolas riu e aproximou-se, vendo que ele assistia um programa de Drag Queens.

— Ele não me disse aonde ia hoje.

— Você pode mandar mensagem para ele. Aposto que ele ia adorar.

Notou o tom amargo na voz do asiático e sentou-se nos pés do sofá, puxando as pernas dele para seu colo.

— Está com ciúmes?

— Não, já me acostumei com a visível tensão entre vocês dois.

— Mas nós três também somos bons juntos, arqueou as sobrancelhas.

— Nicolas, Leonard fechou os olhos por alguns segundos, desligou a TV e sentou-se ao seu lado. Eu estou sobrando aqui e não estou triste por isso. Bem, talvez um pouco, mas a questão é que vocês tem algo diferente. Às vezes eu olho e me pergunto o que estou fazendo aqui.

Nicolas respirou fundo. Discussões de relacionamento não eram o seu forte. Relacionamentos não eram o seu forte. Por isso preferia não tê-los. Havia uma vozinha em sua cabeça que sempre resmungava que deveria acabar com tudo aquilo antes que alguém se machucasse.

— Sei que você é bastante aberto, que não gosta de rótulos, que prefere continuar com isso que temos ao invés de pensar sobre, mas acho melhor para todos se eu me afastar. Não quero me machucar, Nicolas, gosto muito de você e do Julian. Julian é um ótimo amigo e uma ótima companhia, não quero magoá-lo também. Saí de um relacionamento recentemente, no início foi ótimo ter vocês dois por perto, mas agora penso no futuro. Não acho que temos futuro, nós três, por mais que eu ame transar com vocês.

Nicolas deu uma risada e encostou-se no sofá. Sob a luz da sala o semblante do asiático estava sério, bem diferente do habitual dele. Sentiria falta das risadas, dos diálogos sagazes dele... Mas não era de seu feito implorar para alguém ficar.

— Leonard, gosto de ter você aqui.

Ficou em silêncio, pensando no que dizer e Leonard riu baixinho, segurando sua mão no colo.

— Não é à toa que comparam você com o Marc.

— O que quer dizer? Estreitou os olhos.

— Que também é difícil para você se abrir e falar sobre seus sentimentos.

— Eu respeito a sua decisão. Não queria que você se sentisse deixado de lado, Julian também gosta muito de você.

Havia chegado com uma notícia para dar, mas com aquela novidade não sabia se fazia sentido falar sobre ela. 

Leonard deveria ter pensado sobre aquilo desde a noite anterior, desde quando transaram, talvez? Talvez ele tenha notado algo entre Julian e Nicolas que apenas alguém de fora perceberia. Era súbito, mas poderiam ser indagações de tempos que só agora tinha coragem para falar.

— Continuarei sendo amigo de vocês. Mesmo que você não ache, acredito que Julian pode te ensinar alguma coisa sobre o amor.

— Amor?

Arqueou as sobrancelhas e fez uma careta com aquela palavra tão intensa. Amar... Será que já havia amado alguém na vida? Ou será que aquela palavra e o que ela significava o atormentavam por ser desconhecida?

— O tempo vai te mostrar, Nicolas. Um dia você vai querer ter alguém do seu lado. Acho que vocês esquecem que eu sou mais velho.

— Você tem 30 anos, não é um ancião.

— Mas tenho uma sabedoria inigualável! Leonard brincou.

— Pode ficar aqui o quanto quiser. Na verdade eu...

Respirou fundo e decidiu contar sobre a novidade.

— Eu recebi uma proposta de emprego na cidade. Acho que irei me mudar.

O rosto de Leonard iluminou-se de alegria.

— Que legal! Estou tão feliz por você! É algo bom, não é?

Logo o semblante de Leonard murchou, certamente ao lembrar de Julian e na situação em que ele estava. Por isso, Nícolas comentou:

— Não sei como ele vai reagir. Não sei o que fazer.

— Ele pode morar comigo enquanto isso, Nicolas. Mas seja um bom amigo para ele, ele já está passando por muitas coisas com aquela família estranha dele.

Nicolas suspirou e espreguiçou-se no sofá.

—Ele não conversa comigo sobre isso.

—Você também não pergunta, querido, Leonard retrucou.

—Eu não sei perguntar, não sei se ele quer conversar sobre eles. Acho que o Julian é muito sozinho e finge não ser, Nícolas suspirou.

—Talvez ele não ache que os problemas dele são relevantes.

—Mas deveriam ser, afinal, eles afetam os sentimentos dele.

—Que bonitinho você falando de sentimentos, Leonard comentou, rindo.

—Eu não sou uma porta que nem certos amigos de vocês.

—Você que se cuide com o Marc, ele é o melhor amigo do Julian e, pode não parecer, mas ele sabe defender quem ele gosta.

—E você acha que eu vou magoá-lo por acaso?

—Você não tem só a cara de cafajeste, Nícolas, Leonard disse com as sobrancelhas arqueadas.

Ficaram um tempo em silêncio absorvendo a conversa. Nícolas pensou inúmeras vezes em como contaria a novidade para Julian, mas não conseguiu planejar nada. Não era uma novidade boa para o surfista, achava. Era difícil ler o que ele queria e ao mesmo tempo tinha medo que ele quisesse um relacionamento sério. Não sabia se podia dar aquilo a ele. Ou talvez aquela fosse uma maneira de Nícolas se proteger, indo para longe?

— Vou mandar uma mensagem para ele, Nícolas disse. Sentirei falta dos seus chás e das suas ervas.

— E eu dos salames que você faz.

— Sempre posso levar um para você.

— Eu adoraria comer o seu salame.

Ambos caíram em uma risada longa que, quando acabou, deixou-os pensativos. Tudo mudaria e nada voltaria a ser como os dias alegres que passaram ali, os três naquela fazenda. Estavam gratos por terem tido tempo para se conhecerem e convivido juntos. Não sentiam-se tristes, apenas nostálgicos. 

Era como se a vida adulta estivesse empurrando-os para mudarem, para escolherem, para se mexerem. 

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Obrigada a quem leu até aqui ♥ 

Lembrando que comentários são importantes e uma estrelinha também, por favor!

Fiz update no site de Hematomas, quem quiser me deixar um recadinho lá, sempre olho: 

https://sites.google.com/view/hematomas/p%C3%A1gina-inicial

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