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Capítulo 4

Andy estava com uma expressão dura à frente de Zuzu e Jamie, Jack, por sua vez, parecia confuso logo atrás. Ele havia escutado cada palavra que o menino havia lhe contado sobre seu passado turbulento, escutou e sentiu o tom de tristeza, a angústia e as sombras que inundavam seu passado. Ele nunca havia se identificado tanto com alguém de uma idade próxima a sua até então e havia algo em seu interior dizendo para fazer algo quanto aquilo - matar dois coelhos numa cajadada só.

Era estranho para ele pensar assim, ia totalmente contra sua parte racional que tanto prezava, mas havia a idéia de não se sentir tão só, a esperança de poder compartilhar um pouco daquilo que se fazia presente nele há tanto tempo que aprendeu a tomar aquilo para si, como uma parte que nascera junto com ele e não algo que foi adicionado.

Ajudar uma pessoa apenas para poder aliviar o peso em seu peito poderia parecer uma coisa horrível para uns, mas para Andy lhe parecia uma troca justa e muito confortável para ambas as partes. Estudar sobre a alquimia antiga lhe ensinou que sempre há uma troca e não seria diferente em vida.

- Jamie, vamos conversar a sós. Voltamos em um minuto, senhora.

A porta foi fechada em um baque conhecido, deixando Zuzu e Jack a encarando com olhares de dúvida e curiosidade. Era certo que o dia estava estranho, mas nada mudava o fato que só poderia piorar, e para Zuzu, tudo o que vinhesse daquele fedelho metido a besta só poderia ser ruim.

Jack pensava de outra maneira, mas não deixava de ser uma visão negativa no fim das contas. Ele estava inseguro, com medo de que seu passado havia espantado a única pessoa que em anos não o olhou com pena, que enfrentou Zuzu e sua proteção, que veio a sua casa e o chamou de amigo. Era fato que ele havia sentido algo que fez passar um frio por sua espinha quando o viu no parque mais cedo, mas uma força mais forte o fez querer ajudar, o fez querer conhecer aquele menino de personalidade forte. Mas agora ele tinha medo de não poder contar isso a ele, contar a necessidade que teve em ajudá-lo e sair como um menino estranho com síndrome de herói, já não bastava seu passado o afastando.

- Quero ajudar ele. - diz Andrew, com os braços cruzados. - Não quero questionamentos quanto a isso, Jamie, você sempre é a pessoa que diz que preciso ajudar os outros e socializar, bom, essa é a oportunidade para você ver isso acontecer.

O homem o observava com um fantasma de um sorriso em seus lábios e um um olhar com um brilho incomum.

- Por que? Só me explique o motivo para ter tal atitude, Sr.Price.

- Porque pela primeira vez sinto que quero a companhia de alguém no meu dia a dia.

Não havia necessidade de Jamie saber de todos os detalhes de seus planos para Cooper, mas suas palavras não deixavam de ser verdadeiras, mas ele aprendera nesses anos que nada melhor do que dizer aos adultos o que eles gostariam de escutar.

O sorriso de Jamie era visível.

A mesa redonda estava novamente cheia, o clima tenso estava novamente ali e não havia intromissão com café ou capuccino para tentar distrair ou mudar de assunto. era óbvio que Zuzu estava a um passo de esganar o primeiro dos dois que abrisse a boca, mas Jack mantinha sua mão sobre seu braço, tentando fazer com que ela se acalmasse.

Jamie pigarreou.

- Andrew e eu conversamos e decidimos que seria de bom tom oferecer ao Sr.Cooper a oportunidade de se manter com uma boa educação e um lar estável nos dias de estudos. É claro que há a necessidade de conversarmos com sua responsável para que ela concorde com isso, mas visando a proposta em questão, achamos muito difícil haver uma recusa.

Zuzu e Jack piscaram diante das palavras que escutaram, não havia nexo algum em uma proposta como aquela para uma criança que acabara de conhecer. O menino tinha seus olhos verdes iluminados mirado em direção a Andy, que o ignorava veementemente, enquanto a mulher estreitava seus olhos em busca de algum sinal de armação vindo dos dois. Em sua mente, ela buscava a conexão com seus guias espirituais, desejando uma resposta, uma sensação que a alertasse de um acontecimento ruim, mas minutos se passaram e nada aconteceu. Talvez sua fé estivesse abalada, pensou ela.

- Isso é verdade? - a voz de Jack soava ingênua. - Vocês vão deixar que eu estude? Vou poder me manter na escola?

- Se sua responsável aceitar, sim. - Jamie sorria com calmaria.

- O que eu posso fazer para agradecer? Posso ajudar no trabalho doméstico! Eu sou muito bom nisso.

- Jackson Cooper! - Zuzu repreendeu.

Mas não adiantaria muito uma repreensão a esta altura, o garoto se encontrava em total estado de euforia. Para uma criança, era normal ter momentos e picos como este, mas não era algo comum naquela casa e aquilo afetava a mulher diretamente em seu coração. Qual teria sido a última vez que Jack sorriu desta maneira? Qual teria sido a última vez em que ele usou um tão agudo para dizer algo? A resposta estava clara em forma de lembrança em sua mente, mas aquilo só fazia com que o peso em seu peito ficasse ainda maior.

- Não há necessidade alguma para fazer algo - Andy se mantinha em tom neutro. -, temos pessoas o suficiente para fazer o trabalho doméstico, tudo que precisa fazer é estudar comigo, como amigos fazem.

Mais uma resposta montada e mais um sorriso cintilante. Aquilo só mostrava como era fácil para ele conseguir o que queria das pessoas, mas havia alguém ali que ainda não havia mordido a isca, e se continuasse assim, seria seu trabalho mais complicado: Zuzu mantinha-se de braços cruzados com uma carranca em expressão. Não daria brechas para que o garoto fizesse o mesmo que fazia com os outros, mesmo que as intenções não fossem de fato ruins.

Hora de agir.

- E se permitir, Sra. Zuzu, gostaria que Jack passasse o fim de semana na minha casa, como um presente de aniversário. Lá nós poderíamos brincar e assistir filmes de heróis... acho que seria algo muito legal para mim e Jack, assim ele também não fica sozinho enquanto a mãe dele está fora.

Jack se levantou de súbito da cadeira e se virou para a avó postiça com o olhar pidão e as mãos junto ao rosto; não precisou de palavras para entender o quanto ele queria e o quanto implorava para que ela permitisse a ida dele para a mansão Price. A mulher massageou as têmporas com força, olhando um olhar homicida para o menino cujo sorriso escondia a satisfação em ver a vitória tão perto.

Xeque-mate.

Zuzu se levantou da cadeira e se serviu de um dedo café frio em um copo americano. Sem respostas dos guias, ela respirou fundo e bebeu o líquido amargo encarando os dois pseudo intruzos.

- Está certo então. Jack pode ir com vocês para se divertir - todos a olharam com um sorriso aparente. -, mas eu irei junto para supervisionar. Acham mesmo que vou largar meu garoto nas mãos de desconhecidos que fazem propostas suspeitas? Não, eu vou junto. E sobre esse papo de estudos, vou enviar uma mensagem para Katherin, assim que ela estiver de volta, poderá falar com ela pessoalmente.

A noite pintava uma paisagem urbana assustadora, devido às decorações fantasmagóricas das casas e calçadas dos caminhos em que passaram. Havia risadas e conversas partindo de todas as partes e dezenas de crianças com sacos e certinhas repleta de doces baratos, que para Andy, resultaria em uma dor de cabeça desnecessária para os pais irresponsáveis daquelas crianças ranhentas.

O quarteirão da mansão Price não estava muito diferente; apesar da falta excessiva de crianças fantasiadas, haviam enfeites nas outras casas - tão extravagantes que poderiam ser cenário para algum filme de Hollywood. A casa de Andy, entretanto, estava sombria em contraste com as outras, quase desaparecendo no céu negro senão fosse pelas poucas luzes acesas na parte interna e no jardim de entrada.

Os olhos brilhantes de Jack iam de um lado para o outro buscando algum enfeite relacionado a data, sempre teve apreço pela data em questão, o fazia lembrar dos tempos em que passou com seu pai e sua mãe, todos fantasiados e sujos com o resto de abóbora. Zuzu estava rígida no banco traseiro entre os meninos, observar a magnitude daquela casa causava arrepios na mulher e ela se perguntava se era algum tipo de aviso.

Não houve cerimônias quando entraram no local. Jamie levou a senhora para o quarto que havia designado para ela, ao lado do quarto de Jack, naturalmente. O loiro deixou a mochila com os pertences sobre a cama e foi arrastado por Andy para um breve tour pelo local, assim como Zuzu, que não deixava de olhar para o menino com desconfiança - algo nele estava a incomodando e seu faro nunca falhou quanto às pessoas.

- Vocês não tem nenhum enfeite de halloween? - Jack perguntou, olhando para os quadros finos espalhados pelo corredor amplo.

- Não comemoro tal ocasião, nenhum dos que moram aqui faz isso, pelo menos não dentro dos terrenos da mansão.

Era estranho para eles escutar uma criança usar um linguajar tão fino, mas levando em conta sua posição e o local onde morava, talvez fosse necessário que fizesse uso de tal. De todo modo, o que mais chamava a atenção de Jack não era isso, afinal, os personagens dos quadrinhos que ele lia passavam por coisas assim e mantinham sua posição social de maneira impecável, ele queria mesmo saber como uma pessoa da idade dele não comemorava a data.

- Por que você não comemora? Halloween é incrível! É o dia onde você pode comer todos os doces que aguentar e pode se fantasiar de qualquer coisa! Não há data mais incrível que essa... talvez o natal, mas só porque você ganha presentes e passa com a família. - neste momento Zuzu o beliscou e a dor lhe fez se lembrar: Andy era órfão. - Ah! eu não... me desculpe...

O menino mais velho olhou para ele e apenas balançou a cabeça com o olhar frio e calmo que sustentava a maior parte do tempo.

- Não há problema, não faço o tipo sentimental e muito menos festivo. Para mim datas como o natal são para girar o capitalismo e tirar alguns dias de folga. - ele bufou. - E o halloween também se encaixa nisso e para proporcionar felicidade aos dentistas pelas cáries que as crianças fanáticas por açúcar adquirem. Me impressiona a irresponsabilidade desses pais, gastam dinheiro em doces para outras crianças e depois mais dinheiro para arrumar os dentes podres das deles.

A sobrancelha de Zuzu arqueou e um sorriso afiado surgiu.

- Finalmente falando algo realista, garoto Price.

Andy não respondeu, apenas imitou a feição da mulher e acenou com a cabeça, seguindo pelos corredores afora, mostrando cada cômodo relevante para seu convidado e seu cão de guarda.

Não levou muitos minutos para que Jamie chamasse Zuzu deixando os dois meninos sozinhos na biblioteca, o lugar preferido de Andy. Era um cômodo enorme, maior que todo o apartamento em que ele compartilhava com sua mãe - algo que não seria muito difícil. Jack estava maravilhado com a quantidade de livros que estava o rodeando, era maior que a biblioteca da escola em que estudava, maior que a biblioteca pública de seu bairro; havia livros de todos os tipos e idiomas que ele poderia imaginar, todas as cores e tipos de capas. Estantes e mais estantes de conhecimento e possíveis aventuras, sua mãe adoraria conhecer o local, pensou ele e uma pontada atingiu-lhe no coração. Aquele estava sendo um dia cheio de lembranças nostálgicas e dolorosas, no fim das contas.

- O que houve? Não gostou do lugar? - Andy perguntou inquieto após ver o brilho do verde intenso sumir das orbes do menino.

O loiro não respondeu de imediato, caminhou até um livro antigo já amarelado pelos anos na estante e o abriu, deixando que o cheiro inundasse suas narinas e o levasse para suas memórias mais profundas.

- Minha mãe ama bibliotecas e livros antigos, sabe? Ela dizia que um leitor vive mil vidas, que poderia viajar o mundo, conhecer eras passadas, lutar em guerras e, acima de tudo, mudar o mundo. - seu sorriso parecia cheio de dor. - Ela ainda gosta de cheirar as páginas de livros velhos, diz que a tranquiliza, a leva para um local do qual ela não queria ter saído. - ele virou-se para Andy. - Não sente falta de seus pais?

Era uma pergunta para a qual ele não estava preparado, sequer imaginava que o menino perguntaria algo do tipo tão cedo, era no mínimo rude.

Jack sustentou o olhar para ele, não conseguiria fugir daquilo, o menino parecia obstinado em querer uma resposta. Muitos sabiam sobre sua história, mas algo tão superficial que fizera parecer que a morte se seus pais não passara de um simples latrocínio.

Seu sangue esquentou.

- Não na maior parte do tempo. - mentiu.

- Sinto muito pela morte deles. - latementou com sinceridade. - Não sei bem o que houve, mas não deve ter sido fácil.

Não, não foi, pensou imediatamente, mas aquilo era uma das coisas que jamais admitiria para qualquer pessoa, inclusive seus psicólogos. Muitas coisas aconteceram depois daquela noite, muitos pensamentos, muitas noites acordado com apenas as sombras do quarto e o uivo do vento como sua companhia - pois ele mesmo afastou Jamie por muito tempo.

- Você não fica com raiva? Não fica enraivecido do cara que fizera isso com seu pai e sua mãe, digo.

Silêncio.

Jack pareceu se perder em si durante alguns minutos antes de piscar algumas vezes e voltar seu olhar para o menino à frente.

- Eu nunca contei isso a ninguém, mas por um momento, quando entendi tudo o que houve sobre meu pai e o que ele fizera minha mãe fazer... eu quis.... quis fazer algo a respeito. Por um único momento eu quis fazer justiça com minhas próprias mãos, mas entendi que aquilo não seria justiça, não. Tirar a vida do homem que tirou a vida de meu pai e acabou com a vida da minha mãe não adiantaria de nada. Quem me garante que há mesmo forças superiores que vão julgá-lo? Só me resta esperar que o prendam e o façam pagar por cada um de seus crimes.

- Isso não adianta em nada, não acha que matar seria melhor? A justiça daqui não funciona, são todos corruptos e imprestaveis. - ele dizia por experiência própria e Jack pareceu entender.

- Matá-lo não traz meu pai de volta, não traz a sanidade e a dignidade da minha mãe de volta... não faz resetar nenhum de seus atos criminosos, Andy. A morte dele não vai ser dolorosa e ele não vai entender cada coisa errada que fez ou, pelo menos, sentir na pele. A solidão, a privação de tudo o que ele mais gosta e almeja seria mais eficaz. Por isso há prisões e tribunais, juízes e todo um sistema, não é? E se ela não funciona agora, se não funcionou para nós - ele apoiou a mão no ombro do menino. -, nada melhor que mudarmos isso nós mesmos. heróis da vida real.

Não havia muito o que dizer, mas todo aquele clima estava começando a incomodar Andy, o fazendo lembrar de coisas que guardava no fundo de sua mente a sete chaves. Apesar de seu interesse ter surgido inteiramente por conta da história e temperamento do garoto, não significaria que o mesmo não o incomodasse em algum momento.

Ele se aproximou de Jack e fez sinal para que fossem para o vitoriano que ocupava o espaço central da biblioteca, sentaram-se um do lado do outro.

- Vamos, me conte sobre o herói que tanto fala e tenho certeza que acharei o livro de que foi baseado.

Era uma boa jogada, ele sabia. Usar a paixão do garoto para distraí-lo colocando um desafio no meio de tudo. A luz voltou a brilhar nos olhos do menino e um sorriso verdadeiro, o mesmo que ele havia visto no parque, voltou para onde deveria estar.

Não demorou muito para Jack começar a contar tudo sobre o homem que vestia um collant e cueca por cima da roupa e gostava de morcegos - o pior de tudo naquela situação, era a semelhança entre ele e o pseudo herói. A maneira que perdera seus pais e toda situação social e criação, chegava a ser ridículo. Por sorte Jack não sabia muitos detalhes sobre sua vida, ou uma histeria desnecessária da parte dele poderia acontecer.

As estrelas estavam brilhando mais forte quando o jovem Price mostrou algumas constelações para Jack através do telescópio, entraram no assunto logo depois que o menino começou a falar sobre os mundos e sobre a construção do universo e a similaridade do real e dos quadrinhos. Ele nunca havia olhado por um telescópio e quando contou para Andy, não teve como não acontecer o inevitável. Todas as reações do menino eram de uma felicidade que Andy desconhecia, mas achou agradável ver como ela percorria o menino e emanava uma energia boa.

O relógio batia dez horas quando Jamie fora buscá-los para o jantar. Ambos estavam famintos, mas com toda aquela conversação, nenhum havia percebido.

A sala de jantar era tão grande quanto o resto dos cômodos, a decoração fina havia algo de acolhedor, talvez fosse o calor do local ou a paleta de cores, mas Jack havia achado ela diferente. A longa mesa estava preenchida em parte por quatro jogos de louça e talheres, a comida estava sobre a mesa e não nos pratos como Andy estava acostumado, ele ergueu a sobrancelha.

- A sra. Zuzu pediu para que a mesa fosse posta desta maneira, e como ela me ajudou a preparar o jantar, imaginei que seria adequado atender ao pedido simples.

Todos se sentaram à mesa e se serviram da comida posta. O jantar foi silencioso, exceto pelo tilintar dos talheres no prato e pelos sons da mastigação. Zuzu parecia ter apreciado a comida de Jamie, assim como ele a dela - algo muito difícil, Jack sabia. A mulher sempre fora muito exigente se tratando de comida, ela o ensinou a cozinhar boa parte das coisas que sabia.

- Estava uma delícia Jamie, Zuzu. - Jack disse ao terminar a refeição.

- Ah, isso porque não viu a sobremesa! - o mordomo disse, alegremente.

Ele se levantou e desapareceu ao atravessar a porta que levava a cozinha, um minuto depois as luzes se apagaram e Zuzu se levantou no momento seguinte, caminhando na escuridão para direção da cozinha. Ele estava assustado, especialmente no momento em que percebeu as mãos trêmulas de Andy afundando nas bordas do estofado da cadeira. Ele se levantou para verificar como o amigo estava, mas fora surpreendido por uma fonte luminosa.

- Parabéns, Jack! - disse Jamie, segurando um pequeno bolo confeitado.

Ele ficou parado alguns momentos olhando para a situação, Zuzu estava logo atrás com os braços cruzados. Seu olhar foi para Andy que parecia tão surpreso quanto ele e quando percebeu o olhar que Jack mandava para ele, forçou um sorriso e controlou o tremor das mãos.

- Parabéns, Cooper.

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