Faye estendia algumas roupas no varal e Christian cortava lenha quando de repente uma pedra foi acertada perto da jovem. O homem olhou ao redor e localizou duas fadas crianças, uma menina e um menino, arremessando mais uma vez, agora em sua direção. Ele agarrou a pedra no ar e se aproximou delas.

− Por que estão fazendo isso? – gritou.

− Ela é uma meia-elfa – uma das fadas respondeu.

− E você é um humano – a outra completou.

− Parem com isso agora! – o homem ralhou com eles. – E não voltem aqui!

Se Faye estivesse sozinha as pequenas fadas fariam no máximo rir de uma bronca vinda dela, mas a ameaça de um humano era diferente. Não sabiam do que ele era capaz e por isso se afastaram.

Christian por sua vez voltou para junto da fada com a intenção de consolá-la.

− Tudo bem – ela disse. – Eu já estou acostumada.

− Não está nada bem! Você deveria se proteger.

− Mas eles estão certos. Eu sou uma mestiça. Sempre fui tratada assim, então devem estar certos.

− Não, não estão. Não acredite neles. Se quiser acreditar em alguém, acredite em sua avó e em Titânia... e em mim. Nunca iremos te tratar mal.

As palavras de Christian abriram um doce sorriso nos lábios da fada. Ela assentiu e os dois voltaram ao trabalho.

Esse incidente mostrou ao homem o que Faye passava todos os dias por ser uma mestiça e cimentou algo em seu coração: ele gostava de Faye e, pelo tempo que ficasse ali, iria protegê-la.

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