51 : Sombras de Abandono
Em um jardim de ilusões, onde flores deveriam brotar,
Uma mãe e uma filha dançam ao vento frio do inverno.
Que entre risos e sorrisos, escondem-se sombras
Que silenciosamente roubam a inocência plena.
A mãe, eternamente jovem, vive o presente,
Sem ver o futuro que sua filha constrói
Seus passos são dançantes, seus olhos brilham,
Mas a responsabilidade foge de seu olhar.
A filha, uma ave em crescimento, busca voar,
Mas suas asas se tornaram quebradas pela chamada, negligência.
Chama que se apaga aos poucos, com sua voz já abafada,
Pela música alta que a mãe prefere em dias e dias de festas
Olhos que deveriam brilhar como estrelas,
Se apagam sob a sombra do medo.
Sorrisos que deveriam florir como rosas,
Murcham sob o peso da insegurança.
A menina cresce, mas feridas não cicatrizam.
Marcas invisíveis, mas profundas, restam.
Ela procura respostas, um refúgio,
Um ombro para chorar, para se curar.
Mas a mãe, perdida em seu mundo,
Não vê a dor que sua filha esconde.
Deixou uma herança de incerteza,
E uma filha com um coração ferido de lembramças.
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