Onde Habita O Amor?
E assim ele escreve:
Poderoso, sublime, verdadeiro e conquistador...
Amor, que seja pouco, mas arrebatador!
Venha de mim, para todos eles...
Inclusive ela!
Sabe quem é ele?
Apenas um...
Poeta de palavra,
Sem ponto,
De parágrafos panorâmicos,
De porta, portanto portal,
Para um plano pintado de preto,
Onde pendem palafitas,
Pomposas, por sobre a penumbra
Do pavio da paixão,
Presa no pequeno porão,
Perdido...
E as sombras sussurram,
Sonhos sem rumo,
Somente...
Há ventos, velozes
De verdades venenosas,
Voláteis e vorazes
Simplesmente sem voz!
Carrega as cordas e as cicatrizes
Capítulo por capítulo,
Conforme compõe cada célula
Cada característica deste coração...
Almeja alcançar a alma,
Ainda que arda a ansiedade,
Da ala assombrada onde assobiava...
Em tua mente, consequentemente,
Aparentemente, sem finalmente...
Falhou, fechou, falsificou
Desistiu, deixou, doou
Removeu, resenhou, ressoou
Tão triste, tão tarde, tempo...
Banal, baixo e talvez belo...
O ontem, ondulado,
Elaborado errado e eventual
Marcou, machucou, molhou,
De leves e luminosas lágrimas
A poesia do tal poeta...
Sendo ele louco, sem razão...
Perguntou:
"Onde está, aquele que excita,
Que vem e que fica,
Que inspira,
Meus contos de paixão, horror e tragédia?
Aquele que me fazia enxergar além do que sou...
Aquele que me trouxe ela?
Onde habita o amor?"
2016.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro