Lobos e ratos
Existência... Pensamentos... Tormentos...
Seja de amores, seja de dores, o credor lhe cai bem.
De uma ruína, ou selvageria, não se vá ò barbárie.
Oh, barbárie? Oh, perdão errônea ordem.
Vermelho escorre, jorra e empalidece, de erros.
Pele e carne desnutridos, se já não pútridos, de erros.
Mas há fins! Fins e meios, de erros?
Afinal a gula, saciada ou não, nunca deixa o ser.
Cem dias de vitória, sem de derrota
Seria esta a glória, que as perdas ignora?
No entanto ainda há perdas, neste ciclo agora
Onde o mais forte vive, sem pensar na hora.
Cem dias de derrota, sem de vitória
Seria esta a luta, que as perdas ignora?
No entanto ainda há revoltas, neste ciclo agora
Onde o fracasso vive, sem pensar na história.
De lobo em lobo, de rato em rato
Se a fome tem, tem quem serve também.
Mas quem é o rato, se ratos não são ninguém?
No fim esta é a ordem, não o bem.
Das ruínas ao equilíbrio, de falhas e acertos.
Mas qual balança repara os pesos?
É assim que vem, assim vem a ordem!
A ordem daqueles que não a tem.
Mandamentos de quem profere
Palavras dadas, multidões fere.
"Eles não sentem!" Se observa.
E um excelentíssimo parasita se venera.
Então que de lobos os ratos se façam
Pois todos são lobos quando juntos falam.
São os ossos do ofício, onde muitos se calam.
Calam pela sanidade, embora isso já deixaram.
Essa é a lei, o mandamento, a ordem.
Essa é a dor, o sofrimento, a agonia.
Que vermes sacia, pois não há nada disso.
Não há, e se houve, foi tomada.
Mas sim, existe liberdade, para quem pode.
E só podem lobos, que lobos conhecem.
Porque não há rato que discuta com a plebe.
Isso é o poder, dos lobos que o exercem.
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