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poção da verdade



001 - Um surto de inspiração e aqui está essa one shot, espero que vocês gostem, quero ver muuuitos comentários (apoio começarmos um movimento para mais fanfics desse casal, quem quiser escrever, eu até ajudo).








"poção da verdade"

JAMES SIRIUS POTTER DEVERIA COMEÇAR a pensar mais antes de aceitar presentes de fãs, ele sabia disso, todo mundo ao seu redor já havia o alertado, o pessoal do time tinha histórias horríveis envolvendo presentes, mas ele nunca imaginou que alguém lhe daria chocolates cheios de poção da verdade.

Uma poção da verdade muito forte e que não estava passando nem com a poção para anular.

— Isso é muito desconfortável — ele resmungou enquanto Draco Malfoy o examinava — Ninguém merece ter que ficar falando só a verdade, eu tenho segredos que gostaria muito que continuassem sendo segredos.

Draco arqueou a sobrancelha.

— Não deve ter nenhum segredo que arruinaria a sua vida se você contasse.

— Eu sou gay.

A reação de Draco foi menos emocionante do que James achou que seria, o homem apenas o encarou com profundo tédio, sem nem ao menos parecer surpreso com a coisa toda.

— Meu filho também é — ele apenas respondeu, revirando os olhos — e namora aquele pirralho que você chama de irmão, os dois juram que é segredo, mas absolutamente todo mundo já percebeu isso, porque eles não sabem ser discretos. Ninguém da sua família vai se importar com isso.

James fechou os olhos, ele nunca imaginou que teria uma sessão de terapia grátis com Draco Malfoy, o inimigo de infância do seu pai.

Vai ser uma ótima história para contar no próximo natal.

— Essa não é a pior parte — James resmungou, passando as mãos pelo rosto — eu tenho uma queda, quer dizer, não acho que pode ser considerado uma queda e sim uma paixão que parece totalmente impossível de superar, eu tentei várias vezes, mas continuo apaixonado por ele, o que é uma merda total, porque ele é noivo da minha prima e...

A mão de Draco pousou em seu ombro, fazendo com que o garoto ficasse em silêncio.

— Eu realmente não quero saber sobre os seus problemas, ok? — Draco disse, sério — Enfim, não tem nada que eu possa fazer, a poção deve passar em alguns dias, se tudo ocorrer bem.

James franziu a testa, ele não se lembrava da última vez que se sentiu tão ansioso.

— E se as coisas não ocorrem bem?

Draco deu de ombros enquanto se sentava na sua cadeira.

— A poção pode ter um efeito colateral horrível que a gente nem imagina que pode acabar sendo fatal... Ou ela pode durar uma semana. Vamos ter que esperar para ver qual das opções é.

O garoto fez uma careta, não pareciam boas opções.

— Eu ficaria feliz em continuar vivo — murmurou, suspirando — na verdade, se eu descobrir que essa poção vai durar para sempre, vou me matar, é isso.

— De acordo com o estatuto de saúde mental que a sua tia criou ano passado, eu deveria te encaminhar para um terapeuta após ouvir algo assim no meu consultório... Mas eu vou considerar que você só está sendo tão dramático como seu pai.

James levantou da maca e colocou a jaqueta do time, interagir com Draco era sempre estranho.

— Ok, obrigada por ter sido inútil.

Para a surpresa dele, Draco quase sorriu.

— Na próxima vez, use esse seu cérebro e pense duas vezes antes de comer algo que um fã de te deu — ele retrucou, revirando os olhos — Sei que usar o cérebro é uma missão extremamente difícil para um Potter, mas...

— Tchau, Draco!

Ele saiu do consultório e acabou dando de cara com seu irmão parado no corredor. Albus estava encostado na parede, as mãos enfiadas dentro dos bolsos da calça enquanto encarava o teto com uma expressão de tédio.

— O que você está fazendo aqui?

Albus finalmente o encarou, parecendo analisar cada pedaço de James.

— O seu treinador nos enviou uma mensagem avisando que você tinha vindo para cá — ele explicou, franzindo a testa — Eu era o único em casa, daí recebi a mensagem e vim. O que aconteceu?

James realmente queria escolher a opção de não responder ou até, inventar uma mentira, mas quando percebeu, a verdade estava pulando da sua boca.

— Um fã muito fofinho me deu uma caixa de chocolates, eu comi, então descobri que eles tinham uma poção da verdade muito forte que não sai com nada. Draco não tem certeza de quanto tempo isso vai durar, o que é uma merda porque eu simplesmente não consigo calar a porra da minha boca.

Os segundos se passaram em silêncio, então Albus começou a rir, fazendo o rosto de James ficar vermelho.

— Isso é para você aprender a parar de ser idiota.

— Duvido que você vá achar isso engraçado quando eu começar a dizer todos os seus segredos caso alguém me perguntar — James resmungou, revirando os olhos — Aí vamos ver quem vai rir.

Albus arqueou a sobrancelha.

— E que segredo meu você pode saber?

— Eu ouvi você e o Scorpius transando na última vez que posei em casa — ele resmungou, desviando o olhar — Não se preocupa, eu lancei um feitiço para o resto da casa parar de escutar, incluindo eu, porque é muito desconfortável ouvir meu irmãozinho transando...

O rosto de Albus adquiriu um tom forte de vermelho, o garoto tossiu.

— Quer saber? Não é engraçado esse negócio de poção da verdade. Vamos tentar manter você o mais longe possível do resto do mundo.

— Que bom que finalmente concordamos em algo. Vamos para o meu apartamento, você pode colocar um feitiço na porta para ninguém entrar.

JAMES JÁ ESTAVA TRANCADO DENTRO DO próprio apartamento há um dia inteiro quando Albus cansou de ficar ouvindo a personalidade sincera dele e foi embora.

Ficar sozinho naquela situação não era tão ruim e se James fosse sincero, ele admitiria que até que gostava de ficar sozinho, sem ninguém pairando ao seu redor. O treinador tinha o dispensado até o efeito da poção passar - o que era um enorme alívio - então ele não tinha muito o que fazer.

Sair de casa estava fora de questão, então a única opção era ficar afundado no sofá vendo filmes trouxas na TV que tinha ganhado de Natal de um colega de equipe.

Estava tudo indo bem, até que a sua lareira pegou fogo e a última pessoa que ele queria ver naquela situação saiu da rede de Flú.

Os olhos castanhos esverdeados de Teddy focaram imediatamente em James, a expressão no rosto do mais velho era pura preocupação, como se ele tivesse imaginado os piores cenários possíveis envolvendo a saúde do garoto.

— Jamye, você está bem? — ele perguntou, se aproximando rapidamente — Fui até a sede do time te procurando para a gente almoçar e o treinador disse que você estava em casa, se recuperando. Se machucou? Você está bem?

Ele se sentou na beirada do sofá e colocou a mão na testa para conferir se James estava com febre. Teddy sempre foi extremamente protetor com James para o desespero do mais novo, que adorava se meter em confusões e era apaixonado por fazer manobras complicadas e perigosas durante jogos de Quadribol.

— Eu estou bem — James resmungou, se encolhendo dentro dos cobertores como se o cobertor pudesse o proteger do mundo — Foram os malditos bombons!

Teddy franziu a testa e James conteve a vontade de ajeitar alguns fios azuis do cabelo dele que estavam fora do lugar.

— O que tem os bombons?

— Um fã me deu bombons e eu comi, eles estavam cheios de poção da verdade — ele resmungou, fazendo uma careta — Nada do que Draco tentou funcionou, então eu estou em casa até essa maldita poção perder o efeito.

Um suspiro de alívio escapou de Teddy, ele relaxou, se ajeitando no sofá.

— Achei que tinha acontecido algo grave, que você tinha se machucado com aquelas malditas manobras insanas e perigosas que faz no campo.

James não conseguiu conter um sorriso.

— É tão fofo quando você se preocupa comigo desse jeito.

Teddy arqueou a sobrancelha.

— Não é fofo eu quase ter um ataque do coração por causa da preocupação — retrucou, então suspirou — O que eu já falei sobre aceitar presentes de fãs, Jamye? E se tivesse envenenado? Ou com uma poção do amor! É muito perigoso, você precisa tomar mais cuidado.

O mais novo desviou o olhar, sentindo seu rosto corar.

— Eu sei que fui idiota, só que me sinto péssimo de recusar os presentes dos fãs, principalmente crianças! Eles me encaram como se eu fosse um herói, não posso os magoar.

— Aceita o presente e depois quando estiver longe deles, joga fora — Teddy resmungou, cansado — Você precisa levar mais a sério sua própria segurança.

James revirou os olhos.

— Ok! Ok, vou me esforçar.

— Obrigado... Ao menos foi só uma poção da verdade, não é tão ruim.

Uma careta surgiu no rosto de James, ele desviou o olhar.

— Tá sendo uma merda, eu falei na cara do Albus que ouvi ele e Scorpius transando, você deveria ter visto a cara dele, acho que o traumatizei.

Teddy gargalhou, o que fez James sorrir.

— Você o escandalizou. Coitado, os dois ainda acham que a relação deles é segredo — ele murmurou, risonho — James, você é um perigo para a sociedade com essa poção.

James revirou os olhos.

— Um perigo para eu mesmo só se for — resmungou, bufando — Eu queria que meus segredos continuassem secretos, mas com essa poção no meu organismo, simplesmente não consigo parar de falar!

O mais velho suspirou, então o encarou com atenção.

— Não pode ser tão ruim, você é um livro aberto na maior parte do tempo, Jamye.

— Eu finjo ser um livro aberto — James corrigiu, desconfortável — Depois de tanto tempo mentindo, me tornei muito bom nisso.

Uma careta surgiu no rosto de Teddy.

— O que quer dizer?

— Que eu passo boa parte dos meus dias mentindo para todos ao meu redor? Por exemplo, toda a vez que a minha mãe pergunta sobre namoradas eu acabo mentindo ao invés de contar logo que sou gay — pânico se instalou no estômago de James, ele queria desesperadamente parar de falar — Meu último namorado queria que eu o apresentasse para a família, entrei em pânico e terminei com ele.

Teddy respirou fundo, levou alguns segundos para compreender tudo o que James tinha acabado de falar. Uma parte dele se sentiu magoado por James nunca ter o contado algo tão importante quanto aquilo, mas ele podia ver na expressão do garoto como aquilo o deixava nervoso.

— Jamye, ninguém vai te julgar por você ser gay, sabe disso, não é? Olha como foi a reação deles quando Albus se assumiu, ninguém o julgou. Até mesmo Harry, que o Albus vive se desentendendo, aceitou muito bem, até melhorou a relação deles.

James passou a mão pelo rosto.

— Você não vai achar tão legal quando descobrir que sou completamente apaixonado por você desde que tenho quinze anos... Que porra, odeio essa poção, tenta ignorar tudo isso que falei porque não estou preparado para você me odiar e me afastar.

Nos minutos seguintes, James queria se matar com o silêncio agoniante que se instalou na sala. Se não fosse por causa daquela maldita poção, ele nunca admitiria a verdade sobre seus sentimentos para Teddy.

— James, você... — o mais velho piscou, um pouco confuso com a situação — Eu estou com a Vic.

— Você acha que eu não sei disso? Me sinto uma merda toda a vez que tenho que ver vocês dois juntos, saber que sempre vai ser ela e nunca eu parte o meu coração toda a vez.

Teddy levantou do sofá, parecendo desconfortável.

— Eu vou avisar Albus que passei para te ver e mandar ele ficar com você para que não fique sozinho — murmurou, sem o encarar nos olhos — Qualquer coisa que precisar, pode me chamar.

James sabia que havia fodido tudo, então não pensou muito quando levantou e agarrou a nuca de Teddy, o puxando para um beijo. O mais velho foi pego de surpresa no ato, mas quando percebeu, estava retribuindo o beijo.

Beijar James era totalmente diferente de qualquer coisa que Teddy já tinha experimentado. Ele agarrou a cintura de James, sentindo uma necessidade absurda de ter mais do garoto, de sentir mais daquele gosto viciante. Quando o ar faltou, Teddy se afastou bruscamente, recobrando a consciência.

— Eu amo você — James disse, os olhos lacrimejando — Sempre amei e acho que sempre vou amar.

Teddy respirou fundo, se sentindo meio em pânico.

— Eu preciso ir.

Ele foi antes que James pudesse dizer algo.

NO FINAL, A POÇÃO DA VERDADE não durou tanto quanto Draco imaginou e depois de três dias torturantes, o efeito finalmente passou, para o completo alívio de James.

Apesar dele estar se sentindo aliviado pelo efeito ter passado, o estrago já estava feito.

— Você parece péssimo — Albus murmurou enquanto os dois almoçavam juntos — Não deveria estar pulando de alegria pelo efeito da poção finalmente ter passado?

James suspirou, olhando com desânimo para o prato de lasanha que a garçonete havia acabado de entregar.

— O efeito passou, mas eu perdi a amizade do Teddy com isso.

Albus suspirou, ele não tinha ideia do que havia acontecido porque James tinha se recusado a falar sobre e Teddy ignorou todas suas perguntas sobre aquilo, o que apenas serviu para lhe deixar preocupado.

Teddy e James nunca brigavam de verdade, nem conseguiam ficar sem conversar um com o outro por muito tempo. Então Albus estava realmente surpreso pelos dois já estarem há uma semana naquela briga, ele nem ao menos conseguia imaginar o motivo daquilo.

— Eu poderia tentar ajudar se você me explicasse o que aconteceu — Albus murmurou, olhando para a expressão triste do irmão — Pode me contar, não vou julgar você.

Ver o irmão a semana inteira com aquela cara de cachorro chutado estava começando a atacar os nervos do Albus. Ele deveria ser o triste enquanto James era o alegre da relação, a coisa toda de homem triste e choroso não combinava com o mais velho.

— Eu o beijei — James finalmente falou, colocando as mãos no rosto — Me declarei para ele... Então Teddy saiu correndo, foi bem humilhante.

De todas as coisas que Albus imaginou que poderia ser, aquilo nunca se passou pela cabeça dele.

— Você... Porra, você gosta de homens?

James afundou no banco.

— Percebi aos quinze anos, grande revelação adolescente, peguei metade do time de Quadribol da Grifinória até a formatura — ele resmungou, revirando os olhos — Você ficaria impressionado com a lista de pessoas com quem fiquei para tentar esquecer Teddy.

Albus concordou lentamente.

— Ok, uau, é que você sempre pareceu tão hetero e tudo mais — ele arregalou os olhos, percebendo algo — Quer saber? Faz sentido, Salazar, faz muito sentido agora.

— O que faz sentido?

O mais novo suspirou, tentando se recuperar do choque e da surpresa.

— Você seguindo Teddy como um cachorrinho desde sempre, a forma como você sempre dá um jeito de sair quando ele e Vic estão juntos... Entre várias outras coisas.

James revirou os olhos, ele odiava quando as pessoas reparavam demais nas ações dele.

— Que tal a gente focar no que realmente importa? Eu beijei o Teddy e agora ele me odeia.

— Não acho que o Teddy seja capaz de odiar você... Mas vou tentar conversar com ele, se isso fizer você parar de agir como um cachorrinho chutado.

O mais velho desviou o olhar, focando rapidamente no relógio que havia na parede do restaurante.

— Meu horário de almoço acabou, tenho que voltar para o treino, preciso recuperar o tempo que fiquei em casa — James murmurou, levantando — Olha, tenho jogo semana que vem, se quiser, consigo ingressos para você e o Scorpius.

Albus suspirou.

— Pode ser, Scorpius adora ver os jogos.

— Beleza, eu te mando os ingressos, posso até ver para conseguirem ficar no camarote dos familiares. 

ALBUS POTTER PREFERIA NÃO se meter nos problemas dos irmãos, mas com o jeito que James parecia cada vez mais desanimado, um contraste grande com o jeito que ele normalmente agora, ele precisava fazer algo, antes que seu irmão morresse afogada no banho com as próprias lágrimas.

Considerando que Teddy não estava respondendo suas cartas ou as mensagens pelo celular, Albus decidiu o surpreender no horário de almoço do Ministério.

Já que seu pai era chefe dos aurores, Albus conseguiu entrar facilmente no departamento, sem precisar responder perguntas. Ele foi até a sala de Teddy e abriu, encontrando o mais velho sentado atrás da mesa com olheiras enormes atrás do teto e para seu completo horror, o cabelo deve estava um tom normal de castanho ao invés do azul turquesa de sempre, o que significava o quão estressado ele estava.

— Trouxe o almoço!

Teddy o encarou surpreso, então franziu a testa.

— Eu não te convidei para um almoço, Albus — ele murmurou, cansado — O que você está fazendo aqui?

Albus revirou os olhos e fechou a porta da sala, ele caminhou até a mesa do auror e começou a tirar as coisas que tinha comprado de dentro das sacolas.

— Eu sei que você não me convidou ou respondeu as mensagens que te enviei, o que foi muito chato da sua parte. E James não me mandou aqui, antes que você me pergunte isso.

— Eu não ia perguntar se ele tinha te mandado aqui.

Os dois sabiam que aquilo era uma enorme mentira, mas Albus decidiu não comentar aquele detalhe e apenas se sentou na cadeira vazia.

— Você prefere comer primeiro ou eu posso ir direto ao ponto?

Teddy analisou a comida, então olhou para o rosto do garoto, fazendo uma careta ao ver a expressão decidida dele.

— Prefiro que você vá direto ao ponto.

Albus se ajeitou na cadeira, ajeitando a postura para parecer mais sério.

— Eu passei a última semana inteira ouvindo meu irmão choramingando pelos cantos, você tem noção do quão bizarro é ver James desse jeito? Sem dar um único sorriso ou fazer piadas? — ele questionou, sério — Olha, eu sei o que aconteceu entre vocês, ele me contou, então será que você pode só esquecer tudo aquilo e vocês voltarem a serem como eram antes?

Um suspiro cansado escapou dos lábios de Teddy, ele afundou na cadeira.

— Albus, eu não posso simplesmente esquecer a declaração do James ou aquele maldito beijo — Teddy finalmente falou, parecendo exausto — Eu não consigo dormir por causa disso, nunca imaginei que algo assim iria acontecer... Quer dizer, eu sabia que James tinha uma quedinha por mim durante seu último ano em Hogwarts, mas imaginei que tinha passado.

O mais novo fez uma careta.

— Perder você vai deixar o James de coração partido, Teddy.

Para a surpresa de Albus, Teddy levantou bruscamente da cadeira, parecendo agitado e ansioso.

— Albus, você acha que eu não sei que posso acabar quebrando o coração dele? — retrucou, furioso — Vic e eu terminamos há alguns meses, mas a gente decidiu não mencionar isso para ninguém para a gente se recuperar do término sem ninguém nos incomodando, eu passei os últimos meses inteiros me sentindo um merda por reparar demais no James, por querer o toque dele toda a vez que estávamos juntos... Eu sinto algo por ele, já aceitei isso, mas vocês são a minha única família além da minha avó, o que vai acontecer se Harry descobrir sobre James e eu? Ou pior, se a gente ficar juntos e as coisas não terminarem bem?

Albus o encarou incrédulo.

— Nunca imaginei que você seria covarde.

Teddy o encarou sem acreditar no que havia acabado de ouvir.

— Não é ser covarde, Al... Você não entende.

O mais novo levantou de onde estava sentado e encarou Teddy.

— Talvez eu não entenda como você está se sentindo... Mas James gosta de você e para a surpresa geral, você também gosta dele, então porque quebrar os corações de vocês ao invés de ficarem juntos?

— É mais fácil falar do que fazer... Às vezes, precisamos considerar as consequências das nossas ações, sabia?

Ele não se surpreendeu quando Albus foi embora da sala.

Ao ficar sozinho, os pensamentos de Teddy imediatamente voltaram para aquele memória, a sensação dos lábios de James, o gosto...

Merlin, ele estava perdido.

JAMES ESTAVA ENCARANDO UM dos espelhos que havia no vestiário. Ele se sentia um merda com a confusão que tinha acontecido por causa daqueles malditos bombons, entre não conseguir dormir direito ou se concentrar, James não tinha a mínima ideia como o treinador tinha o deixado jogar aquele jogo.

— Preparado para o jogo? — Jessy, um dos seus companheiros de equipe, perguntou — Estou ansiosa para acabar com eles.

— Eu queria umas férias.

Jessy fez uma careta.

— O que andou acontecendo com você? Andou terminando algum relacionamento secreto?

Um suspiro escapou de James.

— Algo assim.

O treinador chamou a atenção do time e após o discurso motivacional de sempre, eles foram para o grande corredor que dava para o campo e assumiram suas posições, quando o apito soou, todos subiram em suas vassouras e levantaram voo, avançando para o campo.

Estar voando em cima da vassoura era a emoção favorita de James, era o único momento em que ele realmente se sentia livre.

O jogo estava indo bem, tão emocionante quanto todos os outros. Quase ele finalmente avisou o pomo e foi na direção dele, as coisas saíram do controle, o outro apanhador bateu, fazendo James ser jogado contra uma das colunas do estádio.

Sua visão escureceu.

TEDDY SÓ CONCORDOU EM IR AO jogo após muita discussão com Albus e Scorpius, que havia decidido se meter naquele problema todo para que seu namorado parasse de se estressar.

Ele já havia aceitado seus sentimentos por James, depois de muita persuasão de Albus, percebeu que era idiota não fazer nada em relação aos seus sentimentos apenas por medo do que poderia acontecer se desse errado. A verdade era que Teddy tinha muito medo de perder as pessoas da sua vida, James foi uma das únicas constâncias que ele teve, alguém para quem sabia que sempre poderia correr se algo desse errado, seu companheiro de crime, a pessoa com quem ele mais se sentia confortável no mundo inteiro.

Então ali estava ele no camarote da família dos jogadores, assistindo o jogo enquanto tentava pensar em como poderia conversar com James após o jogo, quais palavras iria dizer...

Infelizmente um dos maiores medos que Teddy sentia ao ver James jogando Quadribol aconteceu, o mais novo tinha se machucado durante o jogo. Os medibruxos de plantão correram para onde James estava enquanto a organização parava o jogo, o coração de Teddy parecia que ia sair pela boca.

— Ele está bem, não é? — Albus perguntou, meio em pânico — Alguém me diz que ele está bem, por favor.

Teddy não esperou que alguém fosse até ali lhe dar notícias, ele saiu correndo do camarote e atravessou os corredores do estádio, indo até a ala médica para onde haviam levado James. Os seguranças da ala não quiseram o deixar passar, fazendo com que Teddy tivesse que usar o argumento que ele era auror e namorado de James, a última parte não era verdade, mas os seguranças pareceram acreditar e o deixaram passar.

James estava deitado em uma maca, mais pálido do que Teddy já tinha visto, havia vários medibruxos ao redor, impossibilitando que ele conseguisse chegar mais perto.

— Como ele está?

Um dos medibruxos o encarou sério, Teddy sentia o desespero em sua garganta.

— Quem deixou você entrar?

— Ele é meu namorado — Teddy respondeu, chamar James assim parecia certo — Como ele está?

O medibruxo suspirou.

— Ele está bem, quebrou algumas costelas e bateu a cabeça com força, já estamos curando tudo. O Sr. Potter vai precisar de algum descanso e de alguém perto para garantir que ele não vomite, acabei desmaiando ou tendo uma convulsão.

Apesar das palavras do medibruxo, Teddy não conseguiu ficar mais calmo.

— Ok, eu vou ficar com ele, isso não é um problema — murmurou, seus olhos focando no corpo de James — Ele vai ficar bem mesmo?

— Quadribol é um esporte perigoso, dessa vez ele vai sobreviver, mas não podemos garantir a próxima.

Teddy se sentou em uma das poltronas enquanto esperava os medibruxos terminaram o trabalho, quando eles finalmente foram embora - após encherem Teddy de recomendações - ele se aproximou de James, fazendo carinho no rosto desacordado do mesmo.

— Seu idiota, você ainda vai me matar do coração — sussurrou, acariciando a bochecha dele.

QUANDO JAMES ACORDOU, PERCEBEU que estava em casa, na cama confortável do seu apartamento, enrolado com suas cobertas favoritas. Ele demorou alguns minutos para entender o que havia acontecido, então se levantou lentamente, suspirando aliviado quando não sentiu nenhuma dor forte demais.

O cheiro de café chamou a sua atenção, fazendo com que James saísse do quarto e fosse para a cozinha, se surpreendendo ao ver que Teddy estava ali, preparando o café da manhã, usando um conjunto velho de moletom que ele normalmente usava como pijama. A cena o deixou em choque, porque até onde ele se lembrava, Teddy estava ignorando todas as suas tentativas de entrar em contato.

— Vai ficar aí parado ou vai se sentar para tomar café?

A fala de Teddy foi o suficiente para o tirar do choque, lentamente James se aproximou, se escorando no balcão ao lado do mais velho.

— O que você está fazendo aqui?

Teddy suspirou, ele parecia muito mais velho do que realmente era, fazendo James se perguntar se ele tinha se afundado em serviço de novo.

— Albus me convenceu a ir no jogo para conversar com você, eu estava no camarote quando o acidente aconteceu — ele murmurou, parecendo focado demais nas panquecas que estava fazendo — Acompanhei você na ala hospitalar e depois te trouxe para casa, daí fiquei a noite inteira aqui para garantir que você não tivesse nenhuma sequela ou passasse mal.

James concordou lentamente, aquilo ainda parecia meio surreal para ele.

— Então vamos fingir que nada aconteceu e voltarmos a ser como éramos antes?

A esperança em sua voz não passou despercebida por Teddy, que suspirou baixinho e desligou o fogão, então se virou para James.

— Não estamos esquecendo nada... Mas eu gostaria que você falasse de novo sobre o que sente, mas dessa vez sem aquela poção da verdade no seu corpo.

O mais novo franziu a testa.

— Você quer que eu me declare de novo?

— Quero que você escolha se declarar para mim, sim.

James desviou o olhar, sentindo seu rosto esquentar sob o olhar intenso do mais velho.

— Eu sou apaixonado por você desde que tinha quinze anos, eu te amo e sou totalmente incapaz de superar esse sentimento. Quero você comigo, para o resto da minha vida.

Um sorriso surgiu no rosto de Teddy.

— É bom ouvir isso sem você parecer prestes a entrar em pânico — ele disse, feliz — James Sirius Potter, eu estou apaixonado por você há mais tempo do que quero admitir. Eu te amo, serei o homem mais sortudo do mundo se puder passar o resto da minha vida ao seu lado.

Teddy sorriu ainda mais ao ver o olhar surpreso no rosto de James.

— Você está falando sério?

— Nunca falei tão sério na minha vida.

James ofegou, aquilo era muito melhor do que todas as vezes que ele imaginou aquele momento.

— E Vic?

Teddy suspirou.

— Nós terminamos há meses atrás, só não falamos para ninguém — ele explicou, dando de ombros — Eu quero ficar com você, Jamye.

Sem esperar mais, James colocou as mãos na nuca de Teddy, o puxando para um beijo desesperado. Aquele era o melhor momento da vida dele, melhor até de quando ele foi chamado para fazer parte do time dos seus sonhos.

Ele nunca imaginou que havia uma chance real de ficar com Teddy, mas agora os dois estavam ali, se beijando.

— Eu te amo tanto — Teddy sussurrou, acariciando o rosto dele — Você não faz nem ideia, Jamye.

Uma risadinha feliz escapou dos lábios de James.

— Se isso for um sonho, por favor, não me acorda.

— Não se preocupe, não é um sonho.

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