Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

art inside you.

sinopse.

Scout sentia falta de pintar as cercas com Shawn. sentia falta do seu amigo, nunca mais o vira andar pelo bairro com sua bola em baixo do braço e nunca entendera o motivo. nove anos se passaram e todas as noites ela apreciava sua linda voz com um violão tocarem músicas sobre seu triste coração.

desenvolvimento.

deixarei os dois capítulos que eu fiz mais embaixo, explicarei a partir deles então quem estiver interessado leia-o para entender o contexto.

Scout cresceu ainda mais feliz do que era quando criança, mas agora tinha tatuagens, estava na faculdade de design e desenhava como uma artista. amava qualquer tipo de arte.

Shawn passou sua infância estudando em casa pois seu pai, traumatizado pela guerra, tinha medo do mundo lá fora, então manteve o garoto na segurança do lar. Pela internet, Shawn aprendeu a tocar vários instrumentos e se expressava a partir deles. não era muito de falar pois percebeu que quanto menos falava menos sua mãe gritava com ele, não queria atrapalhar a vida de ninguém. a música preenchia seu vazio e acalmava sua alma.

Scout deitava em sua cama todas as noites e apreciava as músicas do garoto. era baixo mas ela prestava toda a atenção do mundo para não perder nenhuma nota. as músicas eram tão tristes, evidenciavam como o garoto se sentia e a cada dia o coração da garota se apertava mais. como podia ser tão solitário e triste?

um dia a música simplesmente parou e, depois de uma semana sem ter seu mecanismo para dormir, Scout resolve puxar conversa com o garoto pela janela, coisa que nunca fez pois ele não parecia querer falar com ela. descobre que o pai de Shawn quebrou seu pulso pois chegou em casa bêbado e estava irritado com a música. ela sentiu muito por ele, muito mesmo. contou como amava sua música e a partir dali as conversas se tornaram mais frequentes e profundas, estavam se abrindo um pro outro e ouvindo com atenção.

Shawn tinha medo de uma relação, sempre se sentiu estranho e insuficiente para ela, mas Scout mostrara a ele um mundo novo repleto de músicas felizes, arte e amor.

observações.

ideias para o título: songs about a sad heart (músicas sobre um coração triste), art inside you (arte dentro de você) ou sad heart (coração triste).

playlist.

gone, gone, gone → phillip phillips

"quando os inimigos estiverem na sua porta eu carregarei você para longe da guerra.
se você precisar de ajuda, se você precisar de ajuda.
sua esperança pendurada por um fio, eu vou compartilhar seu sofrimento para te deixar bem, para te deixar bem"

paralyzed → nf

"estou no fundo e não sei qual é o problema.
estou numa caixa, mas eu sou aquele que me trancou lá, sufocando e ficando sem oxigênio.
estou paralisado, onde estão meus sentimentos? (...)
estou perdido e isso me mata por dentro"

i'm a mess → ed sheeran

"veja as chamas em meus olhos, brilham tanto, quero sentir o seu amor.
acalme-se, amor, talvez eu seja um mentiroso mas por esta noite eu quero me apaixonar e fazê-la confiar em mim"

help! → the beatles

"eu nunca precisei da ajuda de ninguém em nenhum sentido e agora estes dias se foram, eu não sou uma pessoa assim tão segura (...)
eu aprecio você estar por perto, ajude-me, coloque meus pés de volta no chão.
você não vai, por favor, me ajudar?"

cast.

dayane sarkis as
SCOUT FOSTER

capítulos prontos.

só o primeiro capítulo está completo e os dois se passam há nove anos atrás.

você não precisa necessariamente usá-los, mas quem tiver interesse no plot acho que os caps podem ajudar na criatividade.

CAPÍTULO UM

all the kids are depressed → jeremy zucker

"todas as crianças estão deprimidas, nada faz sentido.
eu não estou me sentindo bem, permanecer até o nascer do sol e esperando que essa merda esteja bem.
fingindo que sabemos coisas, eu não sei o que aconteceu.
minha reação natural é que estamos assustados"

Toronto, Canada   •   august 2011
nine years before, narrator pov

— Mamãe, eu vou ir brincar lá fora! — Scout grita da sala e prepara sua desgastada e inseparável mochila de borboletas com todos seus gizes de cera, cada caixa havia apenas uma cor, mas com várias tonalidades diferentes. Alguns achavam muito mimo uma criança de apenas oito anos ter tantas caixas, o que ela faria com aquilo? Para a pequena morena, os adultos não à compreendiam, ela tinha um universo dentro da própria mente, imagens e inspirações vinham e iam na mesma intensidade, ela precisava colocar os sentimentos para fora e viu uma oportunidade na arte, nos seus simples desenhos com giz de cera.

Sem esperar ouvir a confirmação da mãe, ela sai de casa. O sol brilha intensamente hoje, iluminando cada canto da rua vazia. Scout desce os poucos degraus da entrada em pulinhos, sentando sobre a calçada quente e agradecendo por estar usando calça, se não queimaria toda a pele exposta em contato com o concreto. Sem nem ao menos precisar pensar no que faria, começa a colorir. Ela não gosta de como o chão aparenta ser triste com sua tonalidade cinza misturada com sujeira e alguns plásticos que jogaram ali, todos pisam nele o dia todo, em sua cabeça isso não é justo, então o colorir não é simplesmente o colorir, é o dar vida, alegria e esperança de um dia as pessoas pararem de apenas jogar lixo nele, sem se importar com seus sentimentos. Afinal, estamos falando de uma mente com oito anos, a esperança está em todo lugar.

Uma repentina sombra tampa completamente a luminosidade natural que usava para enxergar, o barulho alto de um freio a faz precisar olhar o que estava acontecendo, Scout é uma garota curiosa demais para não olhar. Um grande caminhão cinza e vermelho era o empecilho para que continuasse desenhando. Repara no homem gordinho de bigode e boné que o dirigi, ele também a olha, então a garota da um caloroso aceno, sempre gostara de ser simpática. Levanta do local que estava a quase vinte minutos e sente as pequenas pernas e pés dormentes, começa a pisar forte tentando afastar o formigamento chato do local. Se aproxima do veículo tomando cuidado para não pisar na sua, intitulada por ela, obra de arte. Ainda não tem muito domínio na leitura, mas depois de um tempo tentando entender o que significava as palavras escritas ao lado do caminhão, consegue lê-las: PITER MUDANÇAS. Ela riu pelo péssimo e engraçado nome e o associa ao homem que acenara minutos atrás.

Caixas e mais caixas passam pela sua visão e são levadas para dentro da casa vazia, vazia há horas atrás porque agora há vários homens levando coisas e mais coisas lá para dentro, estariam invadindo? pensara ela. Uma mulher de vestido marrom e cabelos curtos com uma franja e sapatilhas está assinando alguns papéis com um homem velho de terno. Scout pensa um pouco e fica desacreditada, ela terá novos vizinhos! Mesmo que sinta muita falta dos antigos amigos velhinhos moradores daquela casa, o senhor e a senhora Milles, sabe que será legal ter novas pessoas para conversar.

Cansada de tanta movimentação na casa ao lado, volta a atenção para sua obra de arte. Quase grita de pânico quando vê um garotinho bem perto dela, a centímetros de pisar e estragar todo seu trabalho.

— Você vai estragar minha obra de arte! Se afasta! — grita com o garotinho que toma um susto, dando um pulo e caindo bem em cima do desenho. A garotinha abre a boca mas nenhum som sai, todo seu trabalho jogado fora.

Ottawa, Canada    •    august 2011
nine years before, narrator pov

— Mamãe, eu não quero ir! — um pequeno e emburrado Shawn cruza os braços e se senta no sofá, mostrando que não sairia dali tão cedo assim.

— Eu já disse que nós vamos e ponto final, você não tem direito de escolha, apenas me obedeça e fique calado. — Karen diz raivosa, estava de cabelos em pé com a mudança, perdida em meio a tantas caixas e móveis acumulados em um só cômodo. O garotinho dos cabelos curtos perde a guarda e se sente impotente, ela não precisava gritar daquela maneira. Shawn realmente não queria ir, sua escola estava naquela cidade, seu único amigo morava à duas quadras daquela casa, e o mais importante, sua avó estava ali. Como o pequeno Mendes amava sua avó, era sua pessoa favorita da família, a única que o tratava bem. Diferentemente de sua mãe, que gritava e gritava no ouvido do pequeno de cinco em cinco minutos.

— Ei querido, não achou que eu iria te deixar ir sem se despedir, não é? — senhora Mendes o desperta dos pensamentos, abrindo os braços para receber um abraço caloroso e apertado do neto, que assim fez, nunca havia abraçado sua avó com tanta vontade.

— Vovó, eu não quero ir, por favor, não me deixe sozinho com a mamãe e o papai. — os olhos castanhos esverdeados do pequeno brilhavam pelas lágrimas, ele estava com medo.

— Você irá ficar bem, Shawnie. — a mulher sabia quanto o neto amava o apelido que dera a ele. Queria que sua afirmação fosse real, ela pedia a Deus todas as noites que fosse. Rezava para seu filho Manuel parar de beber tanto, rezava para ele esquecer de tudo que viu quando serviu o exército, seu filho havia voltado mudado de lá, sem sequelas físicas, mas mentalmente estava acabado. Senhora Mendes não podia imaginar seu neto ou nora sofrendo por algo que seu filho faz não estando em si.

— Eu tenho tanto medo, vovó. — ele se aconchega nos braços da mulher que tanto ama. O medo está consumindo sua alma, ele não sabia explicar, parecia que tudo daria errado a qualquer momento, que tudo desmoronaria sobre sua cabeça sem nem ao menos perceber.

— Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. Um homem muito sábio chamado Platão disse isso, e ele tem razão, não há problema em você temer algo querido, saiba que até os adultos estão sentindo a mesma coisa, mas mostre à eles como você é forte e incrível, mostre a eles como você consegue encarar tudo, mesmo que tenha medo. — a mulher com cabelos brancos segura firmemente aos mãos de Shawn, encarando o fundo dos seus olhos e deixando um longo beijo em sua testa. Ela precisava que ele absorvesse e entendesse tudo que estava dizendo, ele estaria sozinho nessa, precisava ir contra os medos antes que eles o consumam.

— Mas e se eu não tiver você para me dizer que  não devo ter medo? — Shawn pensava em todas as possibilidades, e se estivesse escuro demais, quem acenderia a luz? E se estivesse frio demais, quem o abraçaria para aquece-lo? Afinal, estamos falando de uma mente com sete anos, a insegurança e o medo estão em todo lugar.

— Eu te mandarei cartas todas as semanas, o que acha? Assim estaremos bem perto um do outro. — faz leves cosquinhas na barriga dele, arrancando um pequeno sorriso divertido.

— Eu ainda nem sei ler vovó! — o menino ri ainda mais pela sua avó ter esquecido desse detalhe.

— Quando você souber, pode ler todas e me mandar uma também. — a mulher também sorri verdadeiramente ao conseguir arrancar um pouco de alegria do neto. — Combinado? — levanta a sobrancelha esperando esperançosa por um sim.

— Sim! — a mente do menino esquece das coisas que aconteceram à minutos atrás quando estica o dedinho mindinho para a avó jurar, a mulher o encara confusa, o que ele está fazendo? — É pra você jurar vovó, assim ó. — pega a destra dela e escolhe o mindinho, entrelaçando com o dele e apertando. — Prontinho, agora você jurou que vai me mandar as cartas toda semana e eu jurei que quando aprender a ler e escrever, farei o mesmo. — Mendes ri da expressão da avó de quem acabou de aprender algo totalmente novo.

— Shawn dá pra andar logo ou vai ficar atrasando a minha vida? Eu não tenho o dia todo! — Karen volta à casa ainda mais raivosa pela demora do filho. Ele se assusta com o grito da mãe e abaixa a cabeça, assim como sua mente havia esquecido das coisas ruins que aconteceram, agora ela esqueceu dos risos que dera com sua avó, apenas para abrir lugar para um pensamento triste e impotente de novo.

Abraça novamente sua mulher favorita no mundo e deixa lágrimas escorrerem por sua bochecha vermelha.

— Vou sentir sua falta vovó. — sussurra e corre para fora, temendo demorar mais e sua mãe fazer algo com ele.

— Tá chorando por que garoto? Engole esse choro e entra logo no carro. — Manuel diz ao ver o filho caminhando pela grama da casa, não estava com paciência para drama naquele momento. Shawn abre a porta traseira do carro e entra, já colocando o cinto como sempre mandavam. Quando a família Mendes já está inteiramente no carro, Manuel arranca, seguindo o caminhão prateado e vermelho que continha todos os móveis daquela família.

— Mamãe, mamãe, eu esqueci o Bobby! — Shawn fica desesperado quando se lembra do ursinho que ficara sobre sua cama, o Bobby sempre fora o companheiro das noites dele, quando está sozinho e triste, é a única coisa que pode abraçar.

— O problema é seu, deveria tomar conta das suas coisas, agora vê se aprende a ser mais responsável. — a vontade de chorar o invade novamente, será que eles não percebiam o quanto as palavras o machucam? Shawn volta a se sentir sozinho e triste, desejando com toda a força estar com Bobby nos braços.

Toronto, Canada   •   august 2011
nine years before, narrator pov

Abrindo lentamente os olhos, Shawn passa as costas das mãos sobre eles, tentando se acostumar com o sol forte e brilhante no céu. "É por isso que eu gosto das noites", pensa quando precisa tapar um pouco dos raios solares que vem até seus olhos para conseguir enxergar. Retira o cinto e sai do carro, reparando o quanto não gostou da nova casa, era tão menor e velha. Homens desconhecidos por ele junto com seu pai estão carregando a mobília para dentro do lugar enquanto sua mãe assina com um velho de terno alguns papéis. Também havia uma garotinha na calçada, olhando para sua nova casa. Shawn achou ela muito linda com seus cabelos e olhos castanhos, usava calça, blusa florida e galochas brilhantes, realmente adorou as galochas. Viu algo colorido no chão e caminhou até lá para ver o que era, Shawn era curioso demais para não ir ver. Haviam muitos gizes de cera largados pelo chão, perto de uma mochila de borboletas, era tudo tão colorido que o garotinho já imaginara a dona de tudo. O desenho era diferente demais para seu entendimento, haviam árvores, pássaros, estrelas, dois sóis e montanhas com gelo, nada tinha sentido algum. Encarando as linhas coloridas e preenchidas, ainda tenta decifra-las, mais escuta um grito vindo de uma fina voz.

— Você vai estragar minha obra de arte! Se afasta! — Shawn estava tão concentrado que dá um pulo de susto e cai bem em cima do desenho. — Sai dai! — grita de novo se aproximando do desconhecido.

— Fica calma. — Shawn se assustara pela bravesa da pequena. — O desenho nem ficou tão legal assim, não precisa ficar triste. — cruza os braços e a encara, mas se sente mal após o comentário, ela não parecia ter gostado dele. "Dele" tanto em relação a ele e ao comentário.

— Você é muito mau! — a garotinha diz triste, ela estava tão orgulhosa de todo seu trabalho, agora não o encarava com os mesmos olhos. Shawn se sentira péssimo por magoa-la com as palavras, ele estava repetindo seus pais, mas não queria pedir desculpas, todos tem seu nível de orgulho, até garotos de sete anos.

Scout passa por ele e começa a guardar seus materiais, limpando as lágrimas, ela não havia gostado de seus novos vizinhos. Nem um pouquinho. Shawn queria dizer alguma coisa, mas perdeu a chance quando a garotinha, ainda sem nome para ele, entrou na casa de frente ao desenho, do lado de sua nova casa.

— Pega suas coisas no carro, Shawn! Vai ficar sendo inútil aí? — Manuel repreende o garoto que voltara a encarar o desenho, agora borrado por seus pés, ele sentia algo estranho no peito, mas sua pouca idade não o deixava saber que aquilo era culpa.

— Estou indo papai. — vai para o carro, mas não antes de ver uma janela ao lado da casa da garota, com cortinas cheias de borboletas assim como a mochila sobre a calçada à minutos atrás, ele podia sentir que aquele quarto era dela, da garotinha que não saía da sua cabeça.

CAPÍTULO DOIS

Toronto, Canada  •  august 2011
nine years before, narrator pov

Dois dias após toda a correria da mudança, todos da família Mendes ainda estavam transtornados com a adaptação no novo local, seria uma nova vida, afinal. Entre esses dois dias, Shawn ficou em seu quarto, vendo qualquer desenho animado que passasse. Ele até tentou sair para brincar com sua bola no gramado da frente da casa, mas sua mãe gritou dizendo que odiava o barulho que a bola fazia ao colidir com o chão, o obrigando a ficar sentado em sua cama, bem longe de todos, dizendo que a sala era lugar para os adultos conversarem. Naquele momento ele se sentiu excluído da família, como se ninguém suportasse as coisas que ele faz e sua simples presença.

O quarto não era tão interessante, ainda. Paredes sem graça, caixas com móveis ainda não montados e apenas uma cama para ele sentar e uma tv apoiada em uma das caixas. A janela aberta o proporcionava uma boa brisa do lado fora, a mesma brisa que balançava as cortinas coloridas de borboletas da janela da casa ao lado, cortinas que ganharam sua atenção. A garotinha ainda não havia aparecido, foram dois dias pensando em como o desenho era importante para ela, e ele estragou. Pensando um pouco, sabia que precisava fazer algo, ela foi a única pessoa que ele conheceu que parecia ser legal. Procurando dentro de algumas caixas ali presentes, encontra seu caderno, dois lápis pretos e uma borracha desgastada. Sem muitas habilidades na caligrafia, consegue escrever algo, aos olhos de muitos aquilo não era nem ao menos legível, mas para os dele estava ótimo. Dobrou como um aviãozinho de papel e deixou sua marca na asa. Jogou tentando acertar a janela e torceu para isso, mas errou, claro que ele precisava errar. Bufou triste e voltou a se sentar, pensando em como conseguiu fracassar até em algo simples. Procurou por mais folhas limpas no caderno e todos haviam desenhos aleatórios, ele não quer mandar algo feio para a garotinha, uma garotinha que ele achara tão bonita e feliz merecia algo mais bonito do que folhas feias e rabiscadas.

Ali ao lado, um pouco mais abaixo, Scout passava pela grama pulando com suas galochas brilhantes, sorrindo pelo dia ter amanhecido tão bonito. Havia acabado de colorir uma das madeiras que compunha a cerca na parte de trás da casa, passava pelo lado dela para voltar para dentro já que sentiu de longe o cheiro dos deliciosos cookies de chocolate de sua mãe. Viu um aviãozinho de papel caído no chão logo abaixo à sua janela, era um aviãozinho torto com um "S" mal feito na asa direita. Ela não tinha ideia de quem poderia ser o tal "S", então pegou o objeto e limpou a pouca terra sobre ele, havia um "SoOry" escrito na parte de dentro, ela sabia que era um "sorry" escrito errado e torto. Os olhinhos amendoados a olhando do alto da janela a fizeram sorrir para o papel, ele estava arrependido do que fez. Ela nem ao menos se lembrava do que havia acontecido, mentes de oito anos não guardam nenhum rancor sobre nada.

Os olhinhos amendoados ainda estavam ali esperando qualquer reação, mas quando viu o grande sorriso embelezar o rosto da pequena garota das galochas brilhantes, seu coração se aqueceu, ele havia conseguido o que queria e o sentimento de fracasso de segundos atrás se foram.

— Você pode vir aqui? — a pequena tenta olhar para cima com a destra na testa para proteger seus olhos dos raios solares.

— Eu acho que não. — Mendes grita de volta, decepcionado por não poder descer imediatamente. — Minha mãe não vai deixar.

— Por favooor. — a menina faz um bico com os lábios, querendo ter alguém para brincar.

— Me espera ai. — Shawn responde e tenta bolar uma boa desculpa para sair de casa.

Desce as escadas sem fazer barulho e vê sua mãe sentada no sofá vendo algum programa qualquer. Se aproxima lentamente até entrar na visão de Karen.

— Mamãe? — apertou as mãos nas costas com uma carinha fofa para conseguir o que queria. — Mamãe? — repete por ela não ter respondido na primeira vez. — Mam...

— Da pra sair da frente garoto? Está me atrapalhando. — pede brava apontando com o controle remoto e o movimentando num pedido para o garotinho ir para o lado.

— Mas eu quero saber se posso sair com a...

— Meu Deus Shawn! Faça o que quiser se isso for te fazer calar a boca. — abaixa a cabeça pelo grito e sai da casa desestabilizado, sua mãe não se importava com ele, nem o sorriso que Scout lhe deu o fez animar.

— Vem, nós vamos comer os melhores cookies de chocolate do mundo! — pega na mão do menino e puxa para dentro da casa ao lado. Shawn olhou tudo ali no interior e se sentiu maravilhado, era tudo tão colorido e alegre, cheio de quadros e plantas, era bem bonito. — Mamãe, eu trouxe meu amigo para comer cookies. — Scout senta na mesa e Shawn, ainda tímido, se senta também.

— Oi querido, seja bem-vindo. — Mary dá um sorriso caloroso para o pequeno, não é sempre que Scout traz um amigo para casa, ela sempre foi de se divertir sozinha. Deixa um prato com vários cookies sobre a mesa e um copo de leite para cada, os deixando sozinhos.

— Meu nome é Scout, e o seu? — pergunta com a boca cheia de biscoitos, o fazendo rir.

— O meu é Shawn. — bebe o leite e já pegou outro biscoito, ele havia amado, pareciam os de sua avó.

— Você escreveu "sorry" errado no aviãozinho.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro