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Eu não estou apaixonado
Então não se esqueça
É só uma fase boba pela qual estou passando
E só porque eu te ligo
Não me entenda errado
Não pense que você conseguiu
Eu não estou apaixonado

I'm Not In Love, 10cc


[p l a y l i s t]

Conhecer os amigos de Kihyun — e agora que pensava bem, sua família — se parecia mais com uma enorme barreira a ser ultrapassada. Para o Im, que ele participasse ativamente do diminuto círculo social do Yoo, determinava uma intimidade muito maior do que estava preparado para lidar. Contudo, tal desespero apenas se fez presente e tornou suas pernas em gelatina quando a porta da casa do loiro foi aberta pelo mesmo. 

Seus dedos permaneciam entrelaçados aos do Yoo, e isso lhe trouxe conforto para aquela situação tão nova. A princípio congelou antes de entrar, mas o sorriso aconchegante do loiro dissipou qualquer preocupação. Os olhos do mais velho brilhando apenas para ele diziam que ele não era apenas um estranho, mas sim afirmavam que ele fazia parte daquilo... Que ele fazia parte da vida de Kihyun também.

Kihyun era amável demais, e até um tanto transparente, e para eles, que se comunicavam com poucas palavras e muita música, entender um ao outro pelos pequenos gestos era algo surreal. Tanto pelo Yoo constatar o receio no Im, ou Changkyun conseguir se sentir seguro no sorriso do mais velho.

Os pés do Im o levaram de forma ansiosa para dentro da casa. Podia sentir o coração bater nos próprios ouvidos, fazendo cover de alguma música do The Cure, provavelmente — pelo menos pensar assim o deixava mais calmo com a situação nada familiar.

— Veja quem chegou, se não é o famoso Changkyun! — uma voz aguda soou, tirando qualquer oportunidade de tentativa de roteiro mental que o Im pudesse cogitar desenvolver.

Uma cabeleira clara apareceu, conjunta de um rosto sorridente. O garoto se equilibrava no encosto do sofá, os cabelos platinados escorriam pela face, cobrindo um pouco de seus olhos, mas, pelo sorriso brilhante e aura animada, Chang concluiu que aquele era Minhyuk.

— Min, você vai cair, cuidado. — o tom preocupado e calmo veio do garoto de fios negros, que se levantou apenas para segurar o amigo. Ele era alto e esguio, e ele abraçava o corpo do platinado com cuidado, o impedindo de cair. Hyungwon, estava na cara.

— É um prazer conhecer vocês. — disse, e quase deu um saltinho surpreso ao que o polegar do Yoo desceu para brincar de desenhar círculos em sua palma.

— É um prazer, Chang! Eu sou o Hyungwon, esse ser ligado no duzentos e vinte é o Minhyuk. — o maior dá um peteleco na testa do Lee, o fazendo descer de cima do encosto do sofá.

Changkyun riu, sentindo-se acolhido, ainda que acanhado. Os amigos de Kihyun não o trataram como um extra e, por mais que se sentisse deslocado, gostou de como pareciam confortáveis na sua presença, sem toda a polidez do primeiro contato, ou aquela sensação de desimportância.

— Bem, já que se conheceram... Poderiam me explicar o motivo de terem começado o filme sem nós dois? — o Yoo puxa Chang consigo para perto do sofá da sala, onde o primeiro filme de "O Senhor dos Anéis" se encontrava pausado. 

O Im achou a expressão emburrada do loiro adorável. Estava acostumado aos sorrisos que lhe eram dirigidos, a face calma quando se encaravam sem ter nada para dizer ou aquela expressão curiosa quando o Yoo era apresentado a uma música nova. Era boa a sensação de ver mais um lado dele, aquele que ele nunca lhe mostrou. As sobrancelhas levemente arqueadas e o nariz franzido, a boca num biquinho magoado, sendo a cena mais bonitinha que Changkyun já presenciou.

— Vocês demoraram demais. — Minhyuk diz, enquanto se ajeita no sofá, batendo no mesmo para Hyungwon sentar-se ao seu lado. O Im acha engraçada a dinâmica da dupla. Ele sabe, através de Kihyun, os últimos acontecimentos envolvendo-os e esperava que, no fim, tudo se resolvesse da melhor maneira.

— Apressados! — o Yoo acusa, soltando a mão do Im.

Changkyun mentiria se dissesse que não se sentiu um pouco magoado pelo gesto, pois parecia que as mãos de Kihyun sempre estiveram envolvendo as suas, que ele podia tranquilamente sentir o batimento do mais velho através da palma e compartilhar daquela ligação única. E, agora, ficar sem aquele aperto e calor parecia uma perda grande em demasia para seu pobre coração. Para dissipar a sensação incômoda, apertou as alças da mochila em suas costas até as pontas dos dedos ganharem um tom esbranquiçado.

O loiro acizentado empurra de leve os amigos no sofá, espremendo Minhyuk entre ele e o Chae propositalmente. Em meio as reclamações do platinado, os olhos do Yoo buscam os do Im — que permaneceu no mesmo lugar, após soltarem as mãos. As íris escuras fixas em si fazem o moreno se sentir nervoso, como um protagonista de uma peça que pisa no palco da estreia pela primeira vez. Kihyun parecia tão concentrado em si que, por ínfimos segundos, quis se iludir o suficiente para acreditar que estavam em sintonia, que compartilhavam muito mais do que playlists e conversas curtas.

— Ah! Vem comigo, Chang. Pode deixar suas coisas no meu quarto. — Kihyun se levanta rápido, um pouco envergonhado por não ter lembrado da mochila pesada com as coisas do Im.

Ele se apressa e Changkyun o segue escada acima. O quarto do Yoo é mais comum do que imaginava, as paredes de tons creme, com post its coloridos colados por todos os cantos, uma prateleira de bichinhos de pelúcia e livros e uma pequena escrivaninha. Era tudo tão... Kihyun.

— Pode deixar sua mochila em cima da cadeira, aqueles bagunceiros deixaram as coisas deles espalhadas na cama. — bufa, ao ver as bolsas jogadas nos lençóis azul claro.

— Certo. 

Quando deixa a mochila sobre a cadeira, o Im percebe um caderninho aberto sobre a escrivaninha. Seus olhos são atraídos para a caligrafia  miúda do mais velho.

Nomes de bandas, de músicas, pequenos trechos daquelas que se encontravam em sua playlist de "internacionais atemporais". Kihyun, de fato, se importava demasiado com cada mínima coisa que compartilhavam, e aquilo encheu Changkyun de algo que ele não sabia descrever. 

— Eu esqueci que tinha deixado aí. Você leu? — pergunta acanhado. O moreno confirma — Isso é vergonhoso... Não queria que você soubesse que não sou expert em The Cure. — solta uma risada fraca, quase um sopro.

— Não acho, é fofo. Eu gostei. Você não precisa ser expert na minha banda favorita para que a gente converse, mas eu gostei que você fez isso. É uma das coisas mais "Kihyun" que eu poderia imaginar. — Changkyun vira de frente para o mais velho, as mãos apoiadas no pequeno balcão da escrivaninha.

— Coisa mais "Kihyun"?

— Sim. O jeitinho que você se esforça pra me deixar confortável, ter algo em comum para conversar comigo... sabe, "coisinhas Kihyun". — explica, sem olhar diretamente para o loiro. Focava em qualquer outro ponto atrativo, pois se ousasse encará-lo tinha certeza de que não poderia agir normalmente. A sensação no âmago permanecia.

— Bem, nesse caso, você merece todas as "coisinhas Kihyun" que eu possa oferecer. — a voz do Yoo soa mais baixa que o de costume, como se ele contasse um importantíssimo segredo.

Eles estão frente a frente agora, o Im achando os próprios pés a coisa mais fascinante do mundo — numa tentativa de não ter um grande bi panic — enquanto o loiro apenas respira como se o oxigênio tivesse ficado rarefeito. Tímidos e temerosos demais para se encararem, para encarar aquela situação e, também, encararem os corações batendo freneticamente.

O primeiro que faz algum movimento é Changkyun. Por mais que a situação parecesse nova e lhe fizesse sentir o estômago revirando, a curiosidade para ver a expressão que Kihyun tinha no rosto era maior, por isso, ele levanta devagarinho os olhos, ajeita a postura, sentindo a respiração confusa do mais velho bater contra ele de maneira leve.

Kihyun parece surpreso, os olhos castanhos estão um pouco arregalados e ele apenas observa o moreno com atenção.

Changkyun quer correr. Ele está cercado, completamente a mercê daquele garoto de sorriso bonito, voz doce e de personalidade amável.

Droga. Changkyun está apaixonado.

Enquanto estão perdidos um no outro, atentos a cada detalhe, como se fossem engolidos por uma bolha particular confortável, a porta foi aberta, assustando ambos.

— Gente, vocês não vão vir? Vamos assistir o filme sem vocês! — a voz de Minhyuk se espalha pelo quarto.

Kihyun coça a cabeça, olhando para Chang uma última vez antes de dizer:

— Já estamos descendo.

— Ótimo. Jooheon e a Tia já chegaram com os salgadinhos, até compraram pizza pro jantar! — solta animado, enquanto parte em direção a sala.

Quando a única presença de Minhyuk é o eco de sua voz alta soando pela casa, a mão do Yoo vai de encontro a do Im mais uma vez, acompanhada de um sorriso brilhante demais para o bem do sistema cardíaco de Changkyun. Os dedos se encaixam perfeitamente e não são necessárias palavras naquele momento para que Chang entenda. Para que ele veja que, talvez, possa ter esperanças.

— Vamos, antes que eles nos arrastem daqui.


[ p l a y l i s t ]

*grita fino* 

olá pessoal, faz um tempinho! para começar o ano, cá estou eu — sem vergonha nenhuma na cara — com mais um capítulo de PLAYLIST!!!

o q dizer? escrevi ao som de Across the Great Valley, que exprime todos meus sentimentos boiolas

estamos em reta final (palmas), fé que em 2022 terminamos!

obrigada por lerem playlist

até a próxima!

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