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009. Almoço pós festa

Levantei a fim de procurar a minha calça jeans escura e o meu tênis rosa. Eles estavam espalhados pelo chão, assim como as roupas que o Bento havia usado no dia anterior. Eu saí catando os meus pertences para depois terminar de me vestir. Assim que me vi pronta, fui em direção à porta do quarto do meu namorado para sair do cômodo, no entanto, ela estava trancada. Trancar a gente lá dentro com certeza era coisa da Ayumi. Retirei os olhos ao pensar nisso antes de começar a remexer na cômoda e criado mudo do Bento a fim de tentar encontrar uma cópia da chave. Mesmo que não fosse a minha intenção, eu acabei o acordando com o barulho que fiz.

— Princesa? — Bem, meio que tinha virado lei ele me chamar de princesa. No momento em que acordou, essa foi a primeira coisa que balbuciou antes de se espreguiçar e sentar na própria cama. E foi só se sentar que ele levou as duas mãos à própria testa. — Que dor de cabeça do caralho!

A ressaca definitivamente não pegou pesado apenas comigo. Se ele tivesse um organismo parecido com o meu, também não demoraria a ficar enjoado, como eu estava me sentindo naquele momento. Eu sentia a necessidade de vazar o mais rápido possível daquele quarto porque o meu corpo estava me mandando sinais de que, provavelmente, eu iria vomitar logo, logo.

— Nós estamos presos — assim que eu murmurei, ele caiu pra trás, de novo, na sua  cama. 

— E você quer sair?

— Eu necessito sair.

Alberto entendeu o meu recado. Leitores meninos, eu espero que vocês guardem o seguinte para a vida de vocês: quando uma mulher diz que necessita fazer alguma coisa, pode ter certeza que essa coisa é de extrema urgência. A gente nunca fala isso sem precisão. E o meu namorado já tinha sacado esse fato desde quando completamos alguns dias de namoro. Por este motivo, assim que ouviu a minha frase, ele se pôs de pé o mais rápido possível para tentar abrir a porta. Sem obter sucesso, ele apelou por bater nela e gritar para que alguém lá de fora viesse nos ajudar. Lembra que eu disse que esse negócio de trancar a gente no quarto dele só podia ser coisa da Ayumi? Pois eu acertei em cheio. Diante da atitude do Bento, ela não demorou a destrancar a entrada do cômodo e botar a cabeça para dentro.

— Ai, que visão do inferno! — No instante em que viu o meu namorado só de cueca, ela fechou a porta e a trancou de novo. Sacanagem, né? — As suas fãs gostam de te ver pelado, eu não. Vista-se ou vocês vão continuar presos aí!

Diante de uma ameaça de ser mantido em cárcere privado, quem não se assustaria e tentaria resolver o problema na hora? Pois bem, o meu namorado tratou de vestir as primeiras peças que encontrou espalhadas pelo seu quarto enquanto eu tratei de ir bater na porta mais uma vez para chamar a Ayumi. Quando fomos libertos, eu corri para o banheiro para fazer as minhas necessidades básicas e retirar o resto da maquiagem que ficou grudada na minha pele no dia anterior. Alberto e a minha irmã optaram por não esperar por mim e foram direto para a sala almoçar. Eu me juntei a eles na mesa depois.

— Essa casa tá silenciosa — e ainda cheguei falando, o que foi o suficiente para atrair os olhares dos dois para mim.

— É porque só tem nós três aqui. A senhora Hinoto confiou em mim para cuidar de vocês enquanto ela trabalha — Ayumi disse, aparentemente orgulhando-se de si mesma e fazendo o Bento revirar os seus olhos.

— A minha mãe gosta e confia mais em você do que em mim.

— É claro — ela tentou o provocar e parece que deu certo. O Bento abaixou a cabeça ao ouvir a minha irmã. — Você é um bebê no corpo de um adulto. Já eu sou uma adulta no corpo de um bebê.

Ele podia até não gostar dessa afirmação, mas ninguém podia dizer que ela não era verídica. Mesmo que eu não tivesse visto as horas, pelo sol quente que entrava pela janela da cozinha eu podia muito bem estimar que eu e o meu namorado havíamos acordado cerca de onze da manhã. A gente estava almoçando naquele momento! A dona Toshiko Hinoto tinha deixado a Ayumi dentro da sua casa com a gente. E, pelo tempero da comida, a minha irmã havia feito o almoço, que era kimchi e estava delicioso, enquanto nós dois estávamos apagados. Conhecendo a irmã que eu tenho, ela devia ter trancado nós dois no quarto para que não saíssemos sem ela ver. De fato, a pulguinha que eu tinha como caçula era muito responsável.

Ninguém prolongou aquele assunto mais. Pelo menos eu, Ahri Aikyo, tinha a certeza que a bonita diria coisas que nem eu e nem o Bento gostaríamos de ouvir no meio de uma refeição se alguém falasse um "a" a mais. Todo mundo simplesmente focou em comer. Eu, mesma, consegui terminar a minha em poucos minutos — reflexo do tanto que eu gostava da comida da minha irmã.

— Como viemos parar aqui? — Depois que terminei e até lambi os meus lábios, eu apoiei os meus cotovelos sobre a mesa para perguntar a dona bonita uma dúvida que surgiu repentinamente na minha cabeça.

— Como eu fui a única sóbria que sobrou no rolê, eu tive que trazer todo mundo para as suas casas, dirigindo. 

Ótimo. Foi nessa hora que o Bento tossiu tanto que quase engasgou enquanto eu não me espantei um por cento com a fala da minha caçula. Vou contar para vocês um negócio: quando ela tinha quinze anos, eu a levei em uma mostra da faculdade. A bonitona não deu um jeito de sumir da minha vista e reaparecer no pátio, acionando os motores de um helicóptero enquanto não tinha ninguém olhando? Leitores, vocês têm noção do perigo que a Ayumi se meteu nesse dia? Se ela apenas apertasse um botãozinho errado, aquela aeronave poderia simplesmente ficar desregulada ou, na pior das hipóteses, arremessar o assento dela para longe, sem paraquedas e nem nada. Principalmente pelo fato de se tratar de um helicóptero militar, ela poderia até mesmo acabar lançando um míssil. Eu realmente fiquei preocupada quando a vi fazendo aquela loucura. No entanto, a bonitinha sempre foi inteligentíssima. Assim que chegamos em casa e eu tive uma conversa séria com ela, a garota confessou que sabia o que fazer naquela aeronave porque tinha estudado sobre ela antes da mostra. E realmente. Naquela época, muitos dos meus livros estavam sumindo. Para constatar que ela não estava mentindo, eu fui remexer nas coisas dela e adivinha o que achei? Além dos livros, várias anotações sobre o modelo do helicóptero que ela conseguiu acionar.

Se ela pôde aprender sozinha como "ligar" uma aeronave super difícil apenas lendo, ela poderia muito bem aprender a dirigir uma van vendo outra pessoa o fazendo. Mas o Bento não devia pensar assim, porque o susto que ele tomou foi nítido. Ou melhor, ele nem sabia dessa história do helicóptero, então eu não tiro a razão dele se assustar, mesmo.

— Você trouxe todo mundo dirigindo aquela van grandona? — O meu namorado arregalou os seus pequenos olhinhos na direção da mais nova.

— Foi, oras!

— Por que você não ficou com a gente lá e nós voltávamos hoje de manhã? — Aqui ele ficou aparentemente indignado. Talvez estivesse pensando que o caminho tivesse sido perigoso por conta da Ayumi, uma de menor, dirigir em BR e estrada de terra.

— Porque eu não queria ficar naquele lugar cheio de ocidentais se aproximando de mim e me olhando super — e também porque, apesar de estar aproveitando mais a brecha da viagem no tempo para sair, Ayumi era muito caseira e não gostava nem um pouco da ideia de virar a noite na farra. — Isso se chama assédio.

— E tinha gente te assediando? — Diante da minha segunda pergunta, a caçula dirigiu o seu olhar à mim e confirmou com a cabeça a sua fala anterior. Aqui eu desviei a minha atenção para o meu namorado, portando uma expressão preocupada que senti pesar no meu rosto. A verdade é que eu me senti uma idiota neste momento. A Ayumi era menor de idade, e se ela havia sido assediada, era porque eu não estava por perto para cuidar dela.

Ou talvez não. E digo isso porque, logo em seguida, ela me fitou com fúria nos olhos.

— É lógico que tinha! E você era uma dessas pessoas!

Eu podia muito bem ter tentado me defender neste momento dizendo que, se eu não me lembrava, eu não tinha feito. Entretanto eu estava ciente de um pequeno detalhe: eu havia bebido logo no início da resenha e não me recordava de muita coisa que havia acontecido nela. A Ayumi poderia muito bem ter tentado me constranger naquela conversa, mentindo, porém eu não tinha como provar que ela estava equivocada, senão a hipócrita seria eu. A melhor solução para mim, naquele momento, foi abaixar a cabeça e começar a pensar que eu havia feito muita merda enquanto estava bêbada.

— O que foi que eu fiz?

— Oras, Ahri — irritante o jeito como ela enfatizou o meu nome nessa frase e ainda falou numa entonação como se eu tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo. — Eu te falei que não queria uma babá, certo? Bêbada, você me tratou literalmente como se eu fosse uma bebê me seguindo para todos os lados na festa. Quando eu tentava te afastar, você ainda me agarrava e fazia drama.

Aí, porra, quanta besteira. Não o que a minha irmã estava falando, mas o que eu imaginava que havia feito com ela. Ela deve ter morrido de vergonha de mim…

O pior não foram nem esses pensamentos, foi ter escutado um riso abafado ao fundo enquanto eu tentava não imaginar o tanto que a Ayumi havia me xingando na noite anterior se isso realmente tivesse acontecido. Pelo jeito que ela falava, transpirando raiva, deveria ser real o que aconteceu. E aquele riso escutado não me soou nada agradável naquele momento.

Era do Bento. Eu o encarei com um olhar feio, e ao me fitar momentaneamente, ele cessou o riso. Neste momento ele também foi encarado pela minha irmã. Mesmo que agora ela portasse uma face neutra, eu sabia que por dentro ela estava puta, e pude perceber que ela também estava puta com ele pelo modo sarcástico que o encarou. A minha "suspeita" foi confirmada no segundo seguinte, no qual ela o perguntou portando um tom extremamente duvidoso na voz:

— Por que você tá rindo se você também pagou mico?

— Que mico? — E imediatamente a graça que ele tirava de dentro do cu dele acabou e deu lugar à uma cara de espanto na direção da menor.

— Espero que você tenha em mente que, no momento em que a Barbie Girl te largou para vir atrás de mim babar o meu ovo, você aproveitou o momento de brecha para ir pra pista de dança — ela fez uma pequena pausa, como se estivesse pensando no que falaria em seguida. — Hm, digamos que a minha irmã precisa te vigiar com mais pulso firme e abrir esses olhos puxados de coreana que ela tem.

Eu só consegui pensar "eita" no momento em que essa história começou a ficar mais estranha do que já estava. Vigiar o Bento com mais pulso firme? O que aquilo significava? Eu ia perguntar isso, porém o meu namorado foi mais ágil com a sua fala:

— Por quê?

— Porque a pista de dança estava lotada de putas, e você não parecia nem um pouco incomodado com isso. Pode até ter sido efeito da bebida no calor do momento, mas eu espero que você saiba que eu não te perdoaria nem por um milhão de reais se você traísse a minha irmã na minha frente e na frente dela.

Eu confesso que o choque que eu tive ao ouvir isso foi muito grande. Unicamente porque eu não esperava ouvir algo do tipo, não conseguia imaginar que o Bento pudesse ter quase me traído e muito menos que a Ayumi contaria isso tão descaradamente como fez. Eu fiquei um tempo a encarando, sem saber exatamente qual reação esboçar e nem o que falar — igual o meu namorado ficou. Quando o meu olhar cruzou com o dele, pude notar a sua face entristecida, fria e distante. Imediatamente a vontade de chorar inundou o meu peito e eu não consegui evitar que os meus olhos marejassem, mesmo que fiz o possível para não derrubar uma lágrima sequer.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar, não é? Como se não bastasse o silêncio pesado que reinou ali, a sensação chata e o constrangimento, a caçula fez questão de terminar de contar a história idiota que começara a segundos atrás.

— Mas você, Barbie falsificada — agora ela se dirigia à mim especificamente, mas falava alto o suficiente para que o meu namorado também escutasse nitidamente —, também não foi santa. Quase devolveu o quase chifre ao subir em cima de uma mesinha e começar a fazer striptease, tirando as suas roupas.

Puta que pariu, agora, no momento em que escrevo este parágrafo, que estou me lembrando de que eu só conseguia pensar em como eu havia sido burra ao fazer isso.

— Mas, apesar de tudo, a história tem um final feliz — a caçula fez mais uma pausa, desta vez para terminar de comer, e quando limpou o prato, o colocou sobre a mesa e cruzou os próprios braços diante do peito antes de lançar um olhar severo para mim e para o Bento. — Bom, o Bento ficou puto quando percebeu você seminua, saiu cambaleando e foi te tirar de cima da mesa para te tampar. Mas como nenhum dos dois estava dando conta de dar um tapa num biscoito de tão bêbados, é de se esperar que alguma merda tenha saído disso aí, não? — A garota nem sequer esperou por uma resposta antes de continuar falando. — Acontece que o Bento tentou procurar as roupas da Ahri, mas como não as achou, tirou as suas próprias para tampa-la.

Neste ponto da conversa eu já não conseguia saber o que era mais vergonhoso: imaginar a cena ou escutar a Ayumi contando o caso. A vontade de chorar aumentou e junto dela uma crise de ansiedade ameaçou a se apossar do meu corpo. Olhando de relance para o meu namorado, notei que ele batia com força as pontas das suas unhas contra a sua tigela de porcelana. Com tanta força que parecia até querer quebrar a louça. E enquanto isso, fitava a minha irmã com certa raiva no olhar.

— Você está mentindo! — O seu modo defensivo foi ativado ao pronunciar tal frase para tentar revidar a minha irmã. Sei lá, eu sentia que se ela respondesse ele "na altura", uma briga se originaria entre aqueles dois.

Sorte, nessas horas, que a Ayumi é daquelas que pouco se fode para terceiros. Ela deu de ombros e ficou neutra para responder:

— Você que pensa. Eu gravei tudo!

Mesmo que eu quisesse acreditar que aquela história mirabolante que ela contou fosse mentira, eu deveria ter imaginado antes que ela teria uma carta na manga para caso fosse confrontada, como estava sendo naquele momento. As benditas gravadoras de fita dos anos noventa que a minha tia emprestou para a minha irmã assim que se conheceram eram perfeitas para registrar momentos catastróficos como esses. De uma coisa eu tive certeza: eu não precisava ver aquele vídeo e muito menos queria o ver. A minha sanidade mental já havia entrado em jogo neste ponto da conversa.

O Alberto com certeza ficou irritado em ficar sem argumentos. Diante da fala da minha irmã, ele demorou um tempo para processar o que ela havia lhe dito, mas quando se deu conta de que havia perdido a discussão, se levantou da mesa sem nem ao menos terminar a sua refeição e saiu da sala em direção aos fundos da casa, com passos largos e batendo os pés. O meu olhar o seguiu até ele desaparecer de vista antes de voltar a recair na Ayumi. Esta, por sua vez, deu de ombros de novo e se levantou dali também, indo em direção à cozinha e levando a sua louça para lavar.

Que raiva que eu fiquei daquela garota! Ela conseguiu, além de me fazer passar vergonha na frente do meu namorado, nos fazer ficar chateados um com o outro!

Aquilo definitivamente não poderia ficar assim. Mesmo que a Ayumi tivesse ganhado uma discussão sozinha, eu e o Bento éramos as vítimas dela, havíamos caído de paraquedas naquela conversa sem nem ao menos nos lembrarmos de nada, então com certeza tínhamos muito o que conversar sobre. Mesmo que a "poeira" permanecesse em pé e todos estivermos com os nervos à flor da pele, eu me levantei da mesa e saí da sala para a direção em que o meu namorado havia ido anteriormente, determinada a não deixar aquele assunto para depois.

2844 palavras.

Ei pessoinhas! Estão bem? Sentiram a minha falta? Rsrsrs.

E então, no capítulo de hoje teve climão, hein? O que vocês acharam? Quais as suas apostas para a conversa que a Ahri vai ter com o namorado?

É isso, beijinhos, se cuidem e até o próximo capítulo!

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