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161 - Marca

— Eu amo te ver assim — essa é a primeira coisa que digo quando coloco meus pés no quarto.

Hailee está usando uma camisa um pouco maior que ela - que inicialmente era minha mas que agora é mais dela do que qualquer outra coisa - e é a isso que me refiro. A camisa, a ela, a como ela está.

Hailee inclina cabeça de lado e então pergunta, com um sorriso no canto dos lábios: — Assim como?

— Desse jeito... — digo um pouco perdida, porque tem informação demais chamando minha atenção.

Tipo o fato de que ela não está usando nada além da minha camisa.

Nada mesmo.

E também o detalhe de que "Imprint" está tocando - agora num volume mais baixo - e isso deixa tudo mais perfeito ainda.

— Oh, claro... — ela sorri ainda mais — ...Você vai ficar aí parada?

— Definitivamente não — digo e ela morde o lábio inferior enquanto meus olhos focam nos dela. Eu me aproximo então, e Hailee envolve os braços ao redor do meu pescoço enquanto os meus vão para a cintura dela. Eu nos guio até a cama e me sento tomando espaço, e então Hailee se ajeita no meu colo. Os lábios dela encontram facilmente os meus, e minhas mãos passeiam pelas costas dela, parando um pouco mais embaixo. Hailee então começa a mexer os quadris contra os meus, e é um movimento tão calmo e lento que é praticamente inevitável não gemer com a sensação de como ela faz aquilo.

— Eu fico maluca quando você faz essa expressão — eu escuto ela dizer bem perto do meu ouvido, quase que me provocando. Então ela inclina ainda mais o rosto e deixa um beijo no meu pescoço, que me arrepia por completo. Quando suas mãos deixam meus ombros e então descem pelo meu corpo eu reviro os meus olhos sentindo a mão direta dela e os dedos alcançando a barra da minha calça de moletom — Nós vamos tirar isso aqui — ela diz e eu apenas aceno de leve. Hailee então se ajeita como consegue e me ajuda a tirar a peça de baixo, ela me encara por alguns segundos e eu vejo como o rosto dela tem esse tom avermelhado, e eu não pareço estar tão diferente. Hailee se ajoelha, se apoiando na cama e me puxa para perto, eu não penso tanto e corto nosso espaço, beijando os lábios dela e antes que ela corte o beijo eu acabo deixando essa mordida e puxo de leve o lábio inferior - não é nada forte, mas é o suficiente para deixar Hailee ainda mais animada do que inicialmente ela parecia estar.

— Eu te amo — ela diz e eu me inclino para beijar sua bochecha. Eu continuo meus beijos ao longo de seu pescoço e uma das mãos de Hailee se estende para baixo.

Até o meu centro.

Eu fecho os olhos por um ou dois segundos e me esforço muito para não revirar os olhos Ela passa os dedos da outra mão pelo meu abdômen - por debaixo da blusa que eu ainda estou usando - e então pressiona de forma provocadora a outra mão contra o meu clitóris antes de se voltar para minha entrada.

Eu me perco por alguns segundos.

E então tem esse espaço de tempo em que o quarto fica em um completo silêncio pelo que parece uma eternidade - mas na real são apenas poucos segundos.

E Hailee mergulha as pontas de dois dedos dela em mim.

E eu estou uma bagunça completa.

Ela empurra meus quadris para trás e quando eu acho que vamos intensificar o momento, ela afasta a própria mão e eu não consigo não resmungar, eu reviro os olhos e e ela diz "Eu preciso que você seja paciente" de uma maneira tão doce que eu acabo suspirando com mais calma.

E aí Hailee volta a me tocar.

É tão repentino que quando eu sinto o contato, um gemido mais arrastado deixa minha boca. Ela move os dedos de volta para minha entrada, e então insere dois lentamente, e logo eu estou - de uma maneira muito maluca - completamente ligada. Eu suspiro de maneira pesada, Hailee junta ainda mais nossos corpos e só a sensação de ter o corpo dela tão perto - e a mão dela em um lugar tão sensível - me desmonta por completa. Ela junta nossas bocas, e é realmente rápido, e então quando ela quebra o contato, a distância permanece mínima, Hailee então pergunta - com a boca ainda muito próxima da minha, e com os movimentos lá embaixo ainda intensos: — Você está bem?.

Eu não consigo pronunciar uma frase sequer com coerência, então faço o que posso e apenas balanço a cabeça de maneira positiva.

Hailee sorri e no tempo que eu consigo manter meus olhos abertos e vejo isso, eu só consigo pensar que é a melhor visão do mundo.

Ela continua o ritmo mais lento, mas de maneira gradual vai aumentando a intensidade de tudo.

Eu não estou esperando nem um pouco quando ela força um aperto no meu quadril e me deita de vez na cama, tomando o controle e se colocando por cima - ela mantém o ritmo e eu mal consigo manter meus olhos abertos e minha mente funcionando.

E então acontece.

Ela faz exatamente o que precisa e quando me vejo eu estou gritando o nome dela, sem me importar com o horário e muito menos com a possibilidade de que algum vizinho posso escutar isso.

Eu simplesmente desmorono na frente de Hailee, e ela vai parando os movimentos até quebrar de vez nosso contato. Ela gentilmente puxa meu corpo e me ajeita de maneira confortável, então eu sinto ela se deitando ao meu lado e quando vejo estamos de lado, com ela por trás, deixando alguns beijos em meus ombros e pela extensão do início das minhas costas. Uma das mãos dela descansa na minha cintura, e eu coloco a minha por cima, apertando de leve. Eu sinto a respiração mais calma de Hailee em meu pescoço e me preparo para dizer que eu só preciso de um tempo mas que vou recompensar ela, só que antes mesmo que eu consiga falar isso, ela comenta - na voz mais doce e ingênua do mundo: — Se estivéssemos em um outra situação ou momento, eu te pediria em casamento aqui e agora.

— Hailee...

— Não, eu não vou fazer isso. Eu entendo aonde estamos, eu só estou dizendo que se eu tinha 100% de certeza do que quero, agora eu tenho 1000% — ela diz e sorri suavemente com rosto em meu pescoço — Eu quero mesmo te chamar de esposa, mas tudo bem, eu consigo esperar.

— Você sabe, se você fizesse o pedido aqui e agora a chance de você receber uma resposta positiva talvez fosse realmente alta — comento, e é repentino e estranho até para mim, porque sendo bem honesta eu não tinha pensado nisso por um tempo mas então ter Hailee aqui e a situação em si... Sei lá, acho que eu estou bem menos insegura e muito mais certa do que estava há um ano e meio atrás.

A coisa toda era a velocidade com como tudo estava acontecendo, e acho que dois anos depois eu estou mais segura de que estamos indo para um lugar bom.

— Espera... — ela se afasta um pouco — Isso quer dizer que...?

— Me pede em casamento, Hailee... — digo com o tom mais baixo, nós duas ainda na mesma posição, a mão dela agora entrelaçada a minha.

— Você... Hm, você quer se casar comigo?

— Eu quero muito me casar com você — respondo.

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Do fundo do meu coração, eu não sei nem se essa cena toda fez sentido porque eu só saí escrevendo. E o pedido de casamento no final não foi planejado, sério mesmo, mas quando terminei de escrever eu achei que faria sentido porque elas estão bem em todos os sentidos e não tem mais razão para criar drama desnecessário, então um ano e meio depois do "não", dois anos de namoro (caso vocês não tenham reparado eu corri para caralho com as coisas sim e de uns dois capítulos atrás para esse teve um salto gigante - só deixando claro) e parece o tempo certo, então é isso.

Paz no coração de vocês ✌️

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