Capítulo III
Havia sinais de destruição e saque por todo lado, ainda assim eles conseguiram encontrar lanternas, equipamento para camping e um espaço limpo para o que precisavam fazer. Sakura havia assumido a frente, depois de trocar um olhar com Kakashi que apenas balançara a cabeça. Ela não parecia feliz com o que estava fazendo, mas agia com eficácia, como parecia ser do seu feitio.
-Eu vou explicar rapidamente. – Kakashi avisou o ajudando sentar Shisui em um dos sacos de dormir que haviam encontrado. Izumi estava ajudando Sakura a organizar as coisas, o rosto pálido, mas determinado. Gaara continuava agarrado na mão de Naruto, os olhos verdes ansiosos e ariscos na movimentação, Sasuke ao lado deles olhando tudo com uma expressão em branco que partia seu coração.
Ele conhecia bem o seu irmão para saber que ele não achava que o que quer que fossem fazer salvaria Shisui. Aos doze anos ele já havia visto mortes demais para acreditar, mesmo com Naruto tentando o assegurar.
- Tempo é fundamental, então serei breve. Os pais de Naruto eram cabeças na pesquisa sobre a infecção quando ela surgiu anos atrás. Infelizmente, um tempo depois Kushina se tornou uma das vítimas. Ela foi infectada durante a gravidez. – Izumi pausou com isso, os olhos arregalados, fitando entre ele e Naruto. Kakashi assentiu. – Não se sabe se foi algo na genética dela, se o vírus era mais fraco no início, ou a pura teimosia, mas ela resistiu o tempo que faltava para fazerem uma cesárea.
-Quanto tempo?
-Um mês inteiro.
Um mês. O máximo que eles já haviam visto havia sido três dias, com Kagami.
-Isso é...
-Incrível. – Kakashi concordou. – A criança nasceu, ela... – Ele baixou o tom, os olhos em Naruto que ajudava Sakura - Não puderam fazer nada para ajudá-la. Minato não sabia como a criança nasceria, mas para seu alivio ele não tinha a infecção. Ele parecia um bebê normal. Por um tempo.
-Notamos... – Shisui comentou, a voz parecendo trêmula. – Algumas coisas. Nos dois.
Kakashi assentiu, como se fosse esperado.
-Gaara é uma situação parecida, mas ao mesmo tempo diferente. A mãe foi infectada perto do fim da gravidez, o choque a fez entrar em trabalho de parto. Mas no fim, eles têm coisas em comum. Imunidade a infecção uma das principais. Assim como os infectados eles tem força incomum, alguns sentidos mais aguçados. O odor sendo um deles, e por isso eles conseguem sentir quando os outros estão por perto. Naruto diz que eles têm um odor bem particular. Eles os reconhecem como um deles, e por isso se sentem confusos e não atacam, mas já tentaram levar eles mais de uma vez.
- Naruto parece ter um avanço maior que Gaara nisso. – Itachi observou. Era algo que notando já há um tempo.
-Ele é. – Kakashi concordou. – Mais forte, mais ágil. E recentemente descobrimos que o sangue dele pode parar a infecção no estágio inicial, não sabemos se os outros podem fazer isso.
-Outros?
Kakashi pausou, trocando um olhar com Sakura antes de responder.
-Mais sete. Estão todos na base do Alaska.
-Por isso vocês estavam indo para lá?
-Eles estão tentando fazer uma vacina. Naruto é essencial para isso, e também devem entender que é importante que ninguém saiba disso, ou ele vai correr perigo.
-Eles vão usá-lo como experimento? – a voz de Shisui tinha um tom de proteção que conhecia bem, os olhos estreitando no outro homem.
-A avó dele é chefe da pesquisa, o pai dele estava envolvido e acredite em mim, se eles o machucarem eu vou tirá-lo de lá. Naruto é minha família. – Kakashi pausou e deu um suspiro. – Minha única família no momento.
Eles não sabiam o que dizer a isso.
-Como vocês tem certeza que o sangue dele...
Kakashi puxou a manga da camisa, mostrando as cicatrizes de mordida no próprio braço.
-Quando fomos atacados em Atlanta, tínhamos um grupo maior, incluindo Minato. Nos separamos, e não sei quantos estão vivos, ou se alguém está. Eu fui mordido. Sakura também. Naruto nos salvou. Shisui, quando eu digo que ninguém mais pode saber disso não é à toa. Naruto foi capturado antes por um grupo, eles sangraram aquele garotinho quase até a morte até Minato o resgatar de volta.
Itachi sentiu seu sangue gelar com isso, tentando colocar na sua cabeça a imagem do garoto falante que havia conhecido nos últimos dias e isso.
- Ele tem pavor de falar sobre o que o sangue dele pode fazer, e ainda assim ele não hesitou em oferecer a você. Nós podemos te salvar, mas tem que ser logo.
Shisui olhou para Itachi, e então Izumi.
-Eu...nesse ponto o que vier é lucro certo?
Itachi não sabia o que pensar, mas Shisui tinha razão. A esse ponto não tinham nada a perder. Ele sabia que a qualquer momento Shisui ia acabar dando um tiro na própria cabeça antes de ter a chance de machucar qualquer um deles.
Ele era muito parecido com o próprio pai.
-O que temos que fazer?
-Será uma pequena transfusão. Sakura tem o equipamento, não o mais salubre diante da situação, mas não temos escolha. O sangue de Naruto é 'O' negativo. Naruto, vem cá.
O garotinho correu até eles, a expressão curiosa.
-Tem certeza que quer fazer isso?
Ele assentiu rapidamente, os olhos determinados.
-Certo, ele perdeu bastante sangue mais cedo com o corte, por isso vamos ser extra cuidadosos.
-Em quanto tempo saberemos se deu certo?
-Uma hora, um pouco mais. Prontos?
Shisui e Naruto assentiram.
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Kakashi e Sakura faziam a vigília, e nenhum deles refutou, exaustos demais em todos os sentidos.
Gaara e Naruto dormiam juntos em um dos sacos de dormir. O loirinho havia apenas ficado acordado a tempo de comer algo e havia resvalado para um sono exausto. Sakura o checava a cada meia hora, mas ele parecia estar se recuperando bem.
Sasuke dormia com a cabeça em seu colo, Izumi dormia em um dos lados de Shisui no saco de dormir, Itachi estava sentado com as costas contra a parede do outro lado. O seguro seria que se afastassem dele até terem certeza que tudo estava bem, mas nenhum deles obedeceu a isso. Logo após a transfusão as dores sumiram, e acreditava que isso era um bom sinal, mesmo quando ele dormiu exausto logo depois.
Itachi estava exausto, mas não conseguia dormir. Seus dedos batiam ritmados e nervosos contra sua coxa, a outra mão ainda segurando a de Shisui mesmo durante o sono.
- Do you ever get that fear that you can't shift? The type that sticks around like something in your ...tits?
[Você já ficou com medo de não conseguir mudar? Do tipo que fica, como algo grudado nas suas...tetas?]
Uma risada o fez olhar para baixo e encontrar o rosto de Shisui.
Olhos escuros, não vermelhos.
Os olhos de Shisui.
O peso do mundo pareceu sair de suas costas nesse momento. Sentiu algo que estava até então preso em seu peito desde o momento em que ele entrara no carro sair. Era tão absurdo que sua cabeça ficou leve, e quase caiu finalmente de exaustão.
Não sabia o que ele estava vendo em sua expressão, mas o rosto divertido de Shisui ficou suave, um sorriso doce em sua direção.
-Vem cá, Itachi.
Se abaixou confuso e a mão livre dele tocou seu rosto. Seu rosto molhado.
-Eu te assustei, hum? Me desculpe. Está tudo bem agora.
Ele encostou a testa na sua, e tocou o rosto dele também. E os lábios, suavemente. Era um beijo estranho. Cheio de lágrimas e tentando engolir um soluço, com Sasuke dormindo em seu colo e Izumi no peito dele, mas para Itachi foi o melhor beijo deles.
Porque Shisui estava vivo. E bem.
Eles ficariam bem.
-Só você para confundir dente com tetas em uma música, Itachi.
Sua risada baixa saiu mais como um soluço.
Sim, tudo ficaria bem.
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No outro dia, após um momento de choro de Izumi, e outro de Sasuke que ele nunca admitiria, os Uchihas abraçaram Naruto um por um com força assim que ele acordou. O loirinho parecia grogue e confuso, mas aceitou o carinho com um sorriso exausto.
O de Shisui foi o mais demorado.
-Sasuke, se você não casar com ele eu te deserdo.
Sasuke fez um som estrangulado e Gaara lançou um olhar mortal para Shisui.
Naruto só continuou rindo enquanto Shisui esfregava a cara na dele como um gato afetuoso.
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Quando eles partiram de manhã cedo, ainda teriam 30 horas de viagem pela frente, e mais uma parada até Anchorage.
Não houveram mais incidentes na estrada até Teslin, no território de Yukon, quando reabasteceram em mais uma savehouse da base. Sakura deu uma olhada nos ferimentos de todos, e Shisui se agarrou em Naruto mais uma vez, que não se incomodava com a atenção.
Naquele ponto Itachi sabia que ele estava fazendo isso mais para zoar com Sasuke e Gaara, que pareciam dois pequenos demônios possessos por ciúme. Itachi olhou para Izumi pedindo apoio para ele parar com isso, até ver que ela estava levando Naruto nos braços correndo dos dois garotos com uma risada um tanto maligna.
-Yep. Parece que sou o adulto agora.
O clima estava mais leve, apesar de experiência de quase morte. Shisui era bom em distrair as pessoas, por vezes esquecia disso.
Olhou curioso Naruto parar na porta, notando pela primeira vez como ele farejava o ar. Empacotado com as roupas de frio, ele parecia um animalzinho curioso. Gaara do lado dele franziu o cenho e farejou também quando o notou atento.
-Naruto? – Kakashi perguntou de onde abastecia o Impala. – Problemas?
O loirinho virou o rosto de lado e deu mais uma farejada.
-Não, mas...Cheira ao papai.
Sakura parou de onde olhava o ferimento de Shisui. Kakashi olhou para ela, sem saber o que dizer.
-Você acha que Minato...? – Ela perguntou confusa.
-Eu notei rastros de pneu recentes. Naruto? Você disse que havia sentido o cheiro dele naquela igreja?
-Eu não sei. – O loirinho voltou a virar a cabeça, confuso. Ouviu Izumi fazer um 'ownt' e quase vibrar no lugar para não saltar nele. – Tinha o cheiro dele.
-Mas você o viu lá dentro?
Ele negou rapidamente, voltando a farejar o ar.
Nenhum deles soube o que falar depois disso, mas Kakashi tinha um olhar esperançoso que não conseguia esconder no rosto.
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Eles tinham mais 15 horas de viagem de Teslin até Anchorage, e se conseguissem não parar chegariam lá no limite do anoitecer. Kakashi espalhou um mapa no capô do carro, desenhando um circulo ao redor de Anchorage e sobrepondo um mapa menor do que parecia uma muralha.
-Eu não sei o quanto isso está atualizado, esse mapa é de um ano atrás. A base fica na região do oceano. Eles têm dois blocos, um deles na entrada é a base antiga, com uma passarela de 300 metros que leva ao acesso a outra muralha. Até um ano, não havia nenhum infectado nessa região, pelo frio, mas como vimos em Alberta pode ser que não seja mais esse o caso. Nesse caso, eles teriam fechado o primeiro bloco e se isolado no segundo. Se tiverem feito isso teremos que dar a volta, o que nos faria viajar a noite.
-O que não é nada bom. – Murmurou. As estradas ali eram cheias de neve, as chances de ficarem presos em uma nevasca no meio da noite em um território infestado não era agradável.
-Vamos torcer para não chegar a isso. A outra solução é a passarela. Teríamos que deixar os carros, então preparem uma mochila com o essencial. E armas. Não percam as crianças de vista, e que Deus proteja a todos nós.
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Anchorage um dia foi a maior e mais populosa cidade do Alaska. Com mais de 300 mil habitantes, ela tinha sozinha 40 porcento da população. Sendo uma cidade costeira, apesar do clima subártico, o ar marítimo tornava o lugar agradável e em épocas do ano havia sol 24 horas por dia. A sua arquitetura era famosa no mundo inteiro.
A cidade pela qual eles passavam agora não passava de uma cidade fantasma. Prédios abandonados, ruas tomadas por mato e animais selvagens. Pela época do ano havia neve em toda parte, tornando a paisagem ainda mais triste.
Eles conseguiam ver sinais da atividade militar em toda parte também, apesar de ser uma zona abandonada. Jeeps estavam parados nas ruas, alguns virados.
Andando na frente, viu Kakashi fazer sinal para acelerarem.
Naruto provavelmente havia detectado alguma coisa.
Ficava mais que feliz em obedecer.
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Seis dias depois de começarem a viagem eles finalmente avistaram a edificação.
Por ser branca, na neve, era difícil de a avistar apesar do tamanho imenso. Como Kakashi havia dito, eram duas, uma mais distante da outra.
Itachi não conseguia acreditar que era real.
Podia sentir a respiração dos outros presa em expectativa, na dúvida entre comemorar ou ficar com cautela. Era o primeiro fio de esperança que tinham em dois anos. A primeira chance de realmente sobreviverem àquele caos.
O sol já havia sumido quando eles chegaram a frente da primeira edificação.
Antes mesmo de Kakashi parar o carro de forma abrupta eles sabiam que havia algo de errado. O lugar parecia abandonado. Janelas destruídas, neve passando pela porta aberta. O único sinal de vida era a estrada livre de neve, deixando a passagem dos carros ininterrupta. Trocaram um olhar ansioso.
Kakashi saiu do banco do passageiro, um olhar grave por baixo da touca de frio, a M4A1 firme ao seu lado.
-O primeiro prédio foi abandonado. Sakura está tentando conseguir contato pelo rádio com a base, mas não temos muito tempo para decidir. Naruto e Gaara estão...ansiosos.
-Eles sentiram....
Ele balançou a cabeça.
-Eles disseram que não há cheiro deles, mas há algo de errado. Ou damos a volta, ou passamos por dentro da base e chegamos a passarela. Abandonando os carros.
-Quanto tempo para dar a volta?
-Com toda essa neve? Horas. Difícil dizer.
Itachi trocou um olhar com Shisui que ainda parecia cansado ao seu lado. Izumi fitava ao redor com expectativa e Sasuke...Sasuke tinha aquela cara que só uma criança sabe fazer bem. De estar com medo, mas fingir que não.
Ainda assim os três assentiram em concordância com sua decisão. Eles só queriam que aquilo acabasse logo.
-Vamos pela passarela.
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-Aqui é Sakura Haruno do grupo delta. Estamos na primeira base, precisamos de ajuda. Repito, Sakura Haruno, do grupo delta.
O chiado era agourento a todos eles. Sakura olhou para Kakashi de forma cansada.
-Leve o rádio, continue tentando. – Naruto estava praticamente grudado do lado de Kakashi, os olhos azuis olhando ao redor ansiosos. Gaara como sempre parecia bem em sintonia com ele e tinha uma mão bem segura na camisa do grisalho também, os olhos verdes fitando a base abandonada com intensidade. Kakashi tirava as armas do carro, de vez em quando passando uma mão na cabeça dos dois para os acalmar.
Itachi imaginava que eles deviam saber, instintivamente, que Kakashi era o mais preparado e por isso o mais seguro para estar por perto. Ainda assim, era uma cena engraçada de se ver. Os garotos eram menores do que qualquer criança da idade deles que tivesse visto, e Kakashi era um homem muito alto, então eles mal batiam na cintura dele.
Sasuke parecia indeciso entre ficar ao lado dele fielmente ou ir para Kakashi também. O que era um pouco ofensivo, mas deixaria passar.
- Quem de vocês é o melhor de pontaria?
Itachi e Shisui apontaram de imediato para Izumi que sorriu candidamente.
- Você vem na frente comigo então. Sakura no meio com as crianças, não podemos arriscar a médica da equipe.
A mulher bufou em desagrado, mas não retorquiu.
-Vocês dois na retaguarda. – Ele apontou para Shisui e Itachi, jogando armas para eles - Fiquem atentos.
-É, geralmente quem some primeiro são os de trás.
- Não está ajudando, irmãozinho.
No fim do preparo eles estavam todos equipados e armados. Kakashi olhou para o facão na cintura de Izumi com uma sobrancelha erguida e ela deu de ombros.
-Nunca se sabe.
Eles entraram com a formação unida. Kakashi ia na frente com Izumi, armados e atentos. Sakura ia no meio com as três crianças, e os dois atrás.
O prédio parecia tão destruído por dentro quanto por fora. Havia um corredor longo e vazio como de um hospital, e podia ver salas com paredes de vidro, a maioria destruídas. Sinais claro de um ataque. O abandono havia sido as pressas, claramente, o que os deixava ainda mais atentos ao redor.
Naruto fez um som confuso no centro, e então coçou o nariz.
-Esse cheiro...?
-Naruto? – Shisui questionou, porque isso não era nunca bom.
O garotinho olhava ao redor confuso, e então apontou para uma direção. Itachi seguiu seu dedo e o que viu fez seu estomago embrulhar.
Corpos, em diversos estados de decomposição, empilhados.
-Eles são....?
-Não são corpos de infectados. – Era tão raro ouvir a voz de Gaara, naquele ponto nem sabia que o garoto falava ou não. A voz dele era bem mais adulta do que imaginara. – Eles não têm o cheiro, mas...
-...Parecem que eles que mataram. As marcas. – Izumi comentou na frente. – Alguns estão destroçados. Parem de olhar, vocês dois.
Sakura havia dito que eles apenas atacavam para deixar a marca, isso não parecia bem verdade naquele momento.
-Eles estão matando. – Itachi arregalou os olhos. – Eles estão matando por matar. E esses corpos, empilhados assim parecem...
-Sakura Haruno do grupo delta. No momento, na base. Precisamos de extração e apoio para um grupo de 8, 3 crianças. Repito, aqui é Sakura Haruno...
-...Sa..kura?
O chiado foi interrompido tão subitamente que eles quase pararam. Deviam estar em um pouco mais da metade do caminho em direção a passarela.
-Sakura. – A voz saiu mais firme do outro lado. – Sakura é você?
-Minato?
Kakashi olhou para trás com os olhos arregalados, Naruto arfou no meio do grupo, e então parou subitamente, tenso e farejando o ar.
-Vo...cês tem que sa...ir...
-Minato? Você está vivo, meu Deus.
-Vocês têm que sair daí! Corram para a passarela!
O grito súbito no rádio foi acompanhado dos gritos de Naruto e logo de Gaara.
-Eles estão aqui! Estão aqui!
Logo eles ouviram os sons guturais, vidro se quebrando.
Izumi já estava dando o primeiro tiro.
Uma armadilha. O cheiro dos corpos disfarçando o odor. Itachi não sabia como eles haviam feito, mas com um senso de terror percebeu que as bestas, supostamente irracionais, estavam os caçando.
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