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Capitulo 1

 Uma música monótona tocava no rádio. Karina já estava ficando irritada com a melodia do som, se segurava para não desligar o rádio, não queria incomodar o motorista. A cada minuto o carro avançava mais em direção ao centro da cidade, seu novo apartamento ficava a dez minutos a pé da faculdade e isso realmente era maravilhoso na concepção da garota.


   Dentro de si habitava uma enorme confusão, a euforia de uma "nova" vida e o medo de viver com Ariane batiam de frente. Esses sentimentos faziam questão de não se entender entre si e como consequência, o estômago de Karina se enchia de borboletas. Espera, ela não podia ficar com medo de algo tão ridículo, era treinada para matar e se ficasse com medo na hora H com certeza seu pai lhe arrancava a cabeça com as próprias mãos. Olhou pelo espelho retrovisor e arrumou a pequena franja preta que teimava em querer entrar nos olhos castanhos. Se orgulhava dos cabelos lisos e presos, pois era um dos únicos atributos físicos puxados da mãe.

    O carro parou de súbito, tirando-a de seus devaneios. O motorista olhou para trás e seu óculo escuro escorregou um pouco pelo nariz revelando suas sobrancelha levantadas. Sua expressão era de ironia, como se a mandasse cair fora de uma vez por todas. Contragosto, Karina abriu a porta do carro e desceu quase tropeçando no meio fio. Ela mal fechou a porta do carro e o motorista saiu em disparada. Karina achou aquilo muito estranho mas não se importou tanto com esse fato, talvez seu pai havia mandado o motorista não ser tão bonzinho com ela, era um dos métodos de treinamento.

  Andou calmamente até o portão e colocou seu dedo no lugar da digital. O portão abriu com um clique e  ela não se espantou com isso, não tinha dúvida que as famílias da Irmandade iriam comprar um apartamento a altura de assassinas de aluguel.

  O lugar era extremamente deslumbrante, ela nunca tinha imaginado que moraria em um apartamento. Seu pai quase nunca a deixava sair de casa. Subiu pelo elevador até o 17° andar e quando percebeu, já estava na porta do apartamento 17011.

  Por mais que estivesse um pouco eufórica, não se permitia ter medo de encarar Ariane Riverside ou sonhar ter uma vida diferente do que tinha. Sonhos são para pessoas fracas e isso sempre as deixavam vulneráveis e esperançosas. Outra palavra que não se encaixava no dicionário pessoal de Karina: esperança. Ela acreditava fielmente que esperança era uma palavra inventada para que as pessoas se iludissem com coisas que jamais iriam acontecer. Era uma assassina e deveria agir como tal.

  Bateu na porta duas vezes e esperou até que a mesma se abrisse. Por um momento se fez silêncio, mas logo se pode ouvir passos vindo de dentro do apartamento. Alguém destrancou a porta e abriu, se revelando. Era uma garota negra de cabelos castanhos com curtos dreads. No começo Sakura pensou que a garota não estava feliz com ela ali, mas logo a situação se mostrou outra. Ela se jogou em Karina, a abraçando bem forte.

 –Aaah, você deve ser Karina Evans. Me chamo Maya Russel. – disse ainda a abraçando. –  Vem, venha conhecer Ariane. Seu quarto fica a esquerda no final do corredor.

 Karina estava estática em seu lugar. Ninguém nunca a abraçava, muito menos uma pessoa que acabara de conhecer. Ainda sem conseguir acreditar no que tinha acabado de acontecer, Karina se deixou ser conduzida por Maya. Mal passaram pela porta e uma faca voou em direção a Karina, atingindo a parede. Por pouco a faca não havia cravado em seu braço.

 E bem ali na frente estava a assassina mais temida pela Irmandade. Os cabelos longos, loiros e ondulados e os olhos claros lhe passavam um ar de inocência, atributo usado na hora de matar. Ariane Riverside estava sentada em uma poltrona, uma de suas pernas estava em um dos braços da poltrona e apoiava um dos braços no outro braço da poltrona. Ariane estava sentada de uma maneira pouco formal e em suas mãos haviam uma faca em que ela analisava atentamente, como se fosse possível analisar todos os átomos do ferro que compunha a faca.

 –Calma Ariane, assim você assusta a menina. – reprendeu sentada na poltrona.

  –Ora, quem temos aqui? Karina Evans, a garota solitária. – Ariane zombou ainda olhando para a faca. – Uma pena ter sido treinada sozinha, ou não ter tido nenhum amigo. Pobre menina, tão sozinha e indefesa.

  O sague de Karina ferveu, não conseguiu conter a irritação. Quem aquela garota achava que era? Ela sentia que Ariane estava zombando dela. Seu pai não a deixava sair de casa, rara as vezes em que isso era possível e sempre a treinara sozinha enquanto as outras treinavam juntas. Karina realmente nunca entendeu o porquê do pai nunca ter deixado ela se relacionar com pessoas da sua idade. Ainda com raiva, pegou a faca na parede e jogou na direção de Ariane.

 –Espera ai, quem é a indefesa mesmo? – questionou irônica.– Não mexa comigo Riverside, você tem a fama de ser cruel, mas logo pegarei uma pior que a sua. Pode apostar que sim.

  Karina então deixou o cômodo indo em direção ao seu quarto. Não sabia qual era, mas pelas instruções de Maya, não deveria ser difícil encontrar. A faca havia cravado na poltrona entre as pernas de Ariane, faltou centímetros para que ela não atingisse a loira, sua pontaria era a melhor de todas. Maya e Ariane ficaram pasmas, elas não esperavam que a outra fosse revidar, ninguém nunca revidava.

 –Essa garota é maluca. – Ariane reclamou, revirando os olhos. Em sua concepção, tinha que mostrar para a garota nova quem é que mandava ali.

  –Ariane, tenha calma com ela. Não fomos treinadas juntas então não sabemos o que ela é capaz de fazer. – advertiu séria.

 Ariane não disse mais nada, apenas se levantou e saiu pela porta. Desceu pelo elevador e logo já estava andando na calçada. Karina com certeza havia feito uma entrada teatral e ela sentia que seria problema. As ruas não estavam muito movimentadas, já eram oito horas da noite e o movimento de carros e pedestres eram baixos. Ariane praguejou mentalmente, queria ter trazido uma blusa de frio mas no ímpeto de sair de baixo do mesmo teto que a novata a fez esquecer de pegar tudo. A única coisa que tinha em mãos era um pouco de dinheiro no bolso da calça. Sem muitas opções, decidiu então comprar algo para comer.

 Logo a frente ela conseguiu avistar uma loja de conveniência em um posto de gasolina. Entrou na pequena loja e nem ao menos cumprimentou a pessoa que estava atrás do balcão, seu humor não permitia tal ato. Caminhou vagarosamente por entre as seções procurando algo para comer e resolveu pegar uma barra de chocolate. Chocolate sempre a ajudava quando estava querendo matar alguém e a situação não permitia.

 –Deu seis e cinquenta. – o rapaz disse sem tirar os olhos do celular.

  O homem devia ter dezoito anos, era rechonchudo e possuía cabelos cor de ferrugem que lhes escorria pelo rosto, e o que mais destacava era as sardas salpicadas pelas bochechas e nariz. Ariane pagou sem dizer absolutamente nada, saiu da loja, já comendo o chocolate. Estava saindo do posto quando foi barrada por alguém saído das sombras.

  Era um rapaz ruivo composto por vários piercings. A loira tentou lembrar da onde conhecia o rapaz mas nada veio a memória. Sua mente a alertava, o conhecia mas não sabia da onde

  – Oi Ariane, lembra de mim?

  – Não. – respondeu seca, não queria prolongar a conversa com o desconhecido.

 –Nos conhecemos na festa da Amy. Me chamo Raphael. Fiquei sabendo que você faz uns trabalhinhos sujos. – insinuou com um sorrisinho provocativo.

 Tão rápido como um trovão, Ariane o empurrou e o prensou contra a parede. Colocou um de seus braços no pescoço dele e uma perna entre as dele.

  –Quem te disse isso? – rosnou baixo.

  –Não posso contar. – respondeu ofegante, era difícil levar ar até seus pulmões com Ariane o enforcando. – Preciso matar alguém.

  Ariane pensou por um minuto se deveria ou não aceitar mas acabou cedendo. Soltou o garoto que logo levou a mão até o pescoço, tentando conter a ardência.

  –Tudo bem, quem e que você quer matar? – perguntou.

 –Quero matar meu chefe.

  Ela apenas abriu um sorriso e concordou com a cabeça. Ariane não perguntou o motivo de Raphael querer matar o chefe, realmente não se importava, a única coisa que valia naquele momento era o ódio em que ele desferiu aquelas palavras. Ele passou todas as informações para ela e logo ela estava indo em direção ao seu prédio. Seria uma ótima oportunidade para mostrar a Karina como é realmente matar na prática, não era isso que os chefes queriam? Que Ariane levasse Karina em alguns trabalhos para lhe ensinar técnicas? Então ela levaria, mas tudo seria a sua maneira. Estava na hora de Ariane mostrar para a novata onde ela estava se metendo.

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