Capítulo 41.
📌 São Conrado|RJ
08 de Julho/2022
🎤🎬 |Xamã/Geizon Carlos|
— Papai, onde tá a tia Ju? — Akasha me perguntou.
Eu tinha trazido ela e a Hanna pra ficarem comigo hoje.
— Tá na casa dela, amor! — Respondi tentando dar comida pra Hanna.
Ela tem 11 meses e apronta mais que três crianças juntas.
— E por que ela não vem ver a gente? — Cruzou os braços e eu respirei fundo.
— Ela deve está ocupada, Sereia. — Ela sorriu quando falei o apelido que coloquei antes dela nascer.
Akasha vai fazer 5 anos e eu ainda acho que foi ontem que peguei ela no colo.
— Naum, papa! — Hanna empurrou a colher, impossível dar comida pra essa criança.
Meu celular tocou e eu vi o nome da Brunna brilhando na tela.
Conheço ela há um tempão, mesmo antes dela namorar e casar com o Renan.
— Diz, baixinha! — Coloquei o celular no viva voz.
— Me erra, Geizon! — Bufou. — Vamos fazer um churrasco porque mudamos de casa, quer vim?
— Mudaram de casa por que? Tão onde? — Perguntei.
— Porque a gente quis, ué! É aqui na Barra.
— Ah tá, agora entendi, é por causa da nova namoradinha?! — Eu fico feliz pra cacete que ela reconstrua a vida dela.
Ludgol é foda, único problema é ser rival.
— Xamã, se fode! — Soltei uma risada.
— Brunna, cara!
— Vem ou não?
— Tô cuidando das minhas crias.
— E cê sabe fazer isso? — Revirei os olhos.
— Se fode! — Ela riu. — Passa o endereço que eu tô indo.
— Vamos sair, papai? — Akasha empurrou o prato de comida vazio. Só Hanna que dá trabalho mesmo.
— Vamos, princesa, ver a tia Bru e a Lisa! — Ela deu um sorriso.
— Ebaaaa!
Dei um banho na Hanna porque ela se sujou toda e arrumei a bolsa que a mãe dela mandou.
**
— ABRE A PORTA, JÚLIA! — Escutei a Brunna gritar assim que toquei a campainha.
Ela liberou minha entrada no condomínio.
Tô parecendo aqueles tios que cuida das crianças na escola.
A Hanna em um braço, duas bolsas no outro braço e a Akasha segurando minha camisa.
A vida de pai é foda!
— Ai modeuzo! — Júlia falou quando me viu na porta.
— Oi, Ju! — Ela sorriu e se agachou pra falar com a minha mais velha.
— Titia, como você cresceu! Geizon, olha o tamanho dessas crianças! — Eu sorri.
Minhas crias tavam grandonas já.
Olhei pra dentro do AP e vi uma mini cópia do Renan correndo.
Porra, eu vi essa menina nascer!
— Oi, Gei! — Brunna falou assim que me viu. Coloquei Hanna no chão e abracei minha amiga.
— Oi, baixinha! — Ela me deu um tapa.
— Meu Deus, olha o tamanho de vocês, titias! — Agachou pra falar com elas também.
Elisa voltou correndo com uma boneca da Ludgol. Coé eu ia convencer ela de virar Fluzão.
— Ei, menó, vem aqui, pô! — Ela parou e olhou pra mim com cara de deboche. O que fizeram com essa criança?
— Vem falar com o tio Gei, filha! — Ela caminhou até a gente.
— Oi, tio, gei! — Eu arregalei os olhos.
Nem fodendo que ela fala perfeitamente desse jeito.
Hanna era mais velha dois meses e não falava assim.
— Caraca, ela fala desse jeito, mermo? — Brunna assentiu.
— Alguém sabe onde eu enfiei a porra da minha mochila com a câmera? — Olhei pras escadas e vi ela.
Meu coração deu uma palpitada.
Eu tinha sido um filho da puta com a Juliana.
Eu gosto dela, na moral mermo, acho que nem gosto mais, eu amo aquela garota.
Mas fui vítima de uma mania estúpida. Tenho certeza que vou ter que me virar no avesso pra reconquistar ela agora.
— TIA JU! — Akasha gritou.
— Oi, minha atriz! — Eu sorri com aquilo.
Juliana foi uma das únicas namoradas minhas que a Akasha gostou realmente.
Elas sempre tiveram uma conexão foda.
— Eu estava com saudades! — Juliana fez carinho no rosto da minha filha.
— Eu também estava, tia! — Beijou a bochecha dela.
**
— Ju? — Cocei a garganta dando uma tossidinha.
— Oi? — Ela estava na pia da cozinha.
— A gente pode conversar? — Perguntei e ela semicerrou os olhos.
Estava aqui há algumas horas, tinha algumas pessoas que eu nem conhecia.
Ludmilla tava zuando meu time e a gente quase saiu no murro. BRINCADEIRA!
— O que cê quer? — Secou as mãos.
— Te pedir desculpas, pô! — Ela soltou uma risada debochada.
— Pelo o que?
— Coé, cê sabe!
— Eu não sei não, Xamã! — Eu odeio quando ela me chama assim.
— Por ter ficado com a Lua lá em Portugal! — Ela bufou e tentou passar por mim.
— Espera, bebê! — Segurei o braço dela.
— Você não me deve desculpas não!
— É claro que devo! Fui um babaca com você!
— Ainda bem que cê sabe! — Sussurou olhando pro chão.
— Ju, eu quero mudar por você, cara!
— Você sabe muito bem que eu só acredito em atitudes.
— Eu sei, e eu tô disposto a te mostrar isso!
— Geizon, não brinca com a porra dos meus sentimentos igual você sempre fez! — Olhou nos meus olhos.
— Eu te amo, porra! — Falei chegando mais perto dela.
— Ama? Suas atitudes não condizem com isso!
— Juliana, nós começamos errado, agora somos mais maduros, pô! — Ela riu de novo.
— Pra na primeira briga você correr atrás das suas ex? — Eu respirei fundo.
— Não vou fazer isso! Acredita em mim! — Falei alto. — Por favor. — Sussurei.
— Vamos ver se você realmente quer mudar! — Eu abri um sorriso.
Me aproximei e abracei ela. Juliana deitou a cabeça no meu ombro e respirou fundo.
— Não me machuca de novo, por favor! — Sussurou.
— Eu prometo pra você, bebê! — Apertei mais ela no abraço. — Eu te amo mais que tudo! — Falei.
— Também te amo. — Falou baixinho e eu beijei sua testa.
Eu tô prometendo pra ela e pra mim mesmo que dessa vez é pra valer!
Cansei da cachorrada, como diz o Filipe "Namorar é mais gostosin" pena que ele tá solteiro agora!
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