Capítulo 28.
📌 Barra da Tijuca|RJ
Tarde do dia 30 de maio/2022
⚽🏃🏽 |Ludmilla Oliveira|
Eu estava agora dentro do meu carro batucando os dedos no volante.
Tinha acabado de chegar do treino e agora estou tomando coragem pra ir em Jacarepaguá, onde os avós da Elisa moram.
Patty e Luane decidiram que vão pra Santos e ainda vão arrastar Júlia e Thalita, não sei quem é a pior.
Eu tô nervoso pra cacete e se eles não gostarem de mim?
Puta merda!
Peguei meu celular e procurei o contato da Brunna.
- Pronto?! - Ouvi a voz dela e senti um arrepio.
- Tá podendo falar? — Perguntei.
- Oi Lud, só um minutinho! - Porra, é tão bom ouvir ela me chamando de Lud. - AMIGO, traz minha mochila quando cê vim, por favor! - Ela gritou com alguém do outro lado da linha.
- Já é, Bruninha! - O cara respondeu. Bruninha, mano?!
Por que eu me incomodei com isso?
- Pronto, voltei, algum problema? - Ela perguntou e eu respirei fundo.
- Tô sem coragem de ir lá na casa dos teus sogros! - Era estranho chamar eles de sogros dela, mas querendo ou não, ainda eram.
- Sério, Lud? Cara, tio Luís falou que se cê quiser, pode morar lá, que ele muda de casa! - Eu soltei uma risada nervosa.
- Na moral?
- Na moral mermo! - O sotaque, mano, eu nunca achei tão lindo o sotaque carioca de uma pessoa, igual o dela.
- Cê falando igual carioca é fofo! - Ela deu risada.
- Coé Ludmilla, respeita a minha história, que eu sou de Nilópolis! - Eu abri a boca surpresa.
- Da onde?
- Nilópolis!
- Porra!
- Tô falando! Agora você vá logo lá, que eles devem estar te esperando com tapete vermelho! - Eu soltei outra risada.
Tá, é só chegar de boa e vai ficar tudo bem.
— Cê tá onde agora? — Perguntei.
— Estamos indo pra Santos. — Eu arregalei os olhos.
— Mentira, mano!
— Que foi?
— Meus pais moram em Santos e a trupe de doidas estão indo pra lá, até tua irmã! — Brunna soltou uma risada.
— Não brinca!
— Tô te falando, pô! Por que cê não vai lá?
— Tá doida? Conhecer teus pais?
— Minha mãe já te conhece por foto, certeza! Tem problema nenhum!
— Eu tenho vergonha, cara!
— Eu também tenho e tô indo na casa dos pais do teu ex!
— E se teus pais me esculacharem? — Eu dei uma risada sincera agora.
— Provavelmente, minha mãe vai te chamar de nora, então você finge que nem escutou!
— Ela chama todas tuas ficantes de nora?
— Cê é minha ficante? — Bem que podia...
— Não, né!
— Então pronto! Minha mãe nem conhece as mina que eu já fiquei, uma das únicas foi a Isabelly. — Ouvi um suspiro dela.
— Sei, a mina que você ainda não superou? — Patty boca de sacola!
— Quem foi que disse isso?
— Não importa! Eu vou ligar pras meninas, e vamos marcar de nos encontrarmos lá, já é?! — Ela ficou incomodada com o assunto da Isabelly?
— Já é, quando eu chegar lá, mando foto da Lilisa!
— manda mermo, já tô morrendo de saudades da minha vida!
Eu acho tão lindo o jeito que ela cuida da Elisa. Brunna sem dúvidas é uma mãe foda!
{...}
— Ludgol! — Um cara super alto falou assim que toquei a campainha.
O homem era a cara do Renan e da Juliana, que eu ainda não conheci pessoalmente.
Leonardo era adotado, certeza!
— Oi, você deve ser o Seu Luís, né?! — Eu tô quase tremendo.
— Quê isso, tira o Seu, que eu não sou tão velho! — O cara não tinha um cabelo branco!
Ele parecia ser africano ou índio, OU descendente?!
— É um prazer conhecer você! — Quase que eu falo Senhor.
— Entra aí, mané! — Qualquer dia desse eu aprendo falar "carioquês"; sei nem se isso existe.
— Rebeca, minha esposa, está tentando dar comida pra sapequinha, mas ela não colabora! — Elisa sendo Elisa.
— Ela só quer ficar brincando não é?!
— Vejo que conhece bem minha neta! — Bateu uma dor no peito aqui agora.
— É, eu acho que sim!
— Fica na paz cara, meu filho amava você pra cacete! — Agora o alívio vem.
— Eu gosto da Elisa pra caramba, sei nem explicar!
— Tô ligado, vamo lá pra cozinha.
Elisa estava tentando colocar as mãos dentro do prato, enquanto a mulher segurava ela no colo.
— Olha quem chegou! — Tio Luís (ele pediu pra chama-ló assim) falou e as duas olharam pra porta.
— Titi! — Elisa abriu os braços e fez força pra sair do colo da avó.
Nunca vou me acostumar com ela me chamando assim.
— Oi Titi, eu estava com saudades! — Falei me aproximando e ela se jogou no meu colo.
Eu vi essa garota ontem, mano!
— Olha pra isso, com a gente ela não fala! É um prazer te conhecer, Ludmilla! — A senhora, que devo chamar de Rebeca falou.
— O prazer é meu! — Sorri pra ela e voltei minha atenção pra neném.
— Brunna falou que com você ela comia rapidinho, quer tentar a sorte? — O tio falou.
— Vamo lá, né! — Eu sentei na cadeira e coloquei ela sentada em uma perna minha.
— Cadê o bocão, Titi?! — Ela sorriu pra mim e abriu a boca.
— Aguento isso não! — A mulher falou.
— Ela fica fazendo birra pra comer só com a gente?! Elisa, cara! — O avô dela cruzou os braços e eu dei risada.
Depois dela ter comido tudo e se sujado mais que outra coisa.
A tia disse que ia dar banho nela e me chamou pra ir junto.
Tô me sentindo da família já!
— Sabe trocar fralda? — Ela perguntou.
— Brunna me deu umas aulas! — Ela sorriu e me entregou a fralda.
— Eu acho que nós tivemos 4 filhos, amor! — Tio Luís exclamou.
— E esse é gêmea do Renan, certeza! — Ela falou e eu dei risada.
Eu tinha recebido uma missão, e enquanto eu não cumprir, não me sossego.
Afinal, eu sou predestinada não é?!
Eu já peguei o número deles e a tia mandou uma foto de quando eu estava dando comida pra ela.
— Ficou tão bonitinha! — Ela falou.
Eu mandei pra Brunna e ela falou que iria postar.
Aí vamos nós, Choquei!
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