Capítulo 1.
01 maio/2022
📌 Recreio dos bandeirantes|RJ
— Não Júlia, tem como você parar de ser chata?! — Brunna exclamou irritada, enquanto trocava a fralda de Elisa.
— Bru, vamo, por favorzinho, prometi pra Luane que iria te levar — Júlia juntou as duas mãos na frente do corpo e olhou pra irmã com aqueles olhos verdes vibrantes.
— Desde quando a Luane mora no Errejota mesmo? — perguntou pegando a neném no colo, que já se debatia pra ir pro chão.
Elisa estava quase fazendo 8 meses e estava cada dia mais esperta e traquina.
— Ela não mora exatamente aqui, mas está sempre na casa da irmã, ué. — Exclamou como se fosse óbvio. — Tá vendo, você não sai dessa casa há uns 5 meses e perdeu a noção de tudo. — Falou, mas depois se arrependeu de ter tocado no assunto tão recente que ainda deixava sua irmã mal.
— Ah e eu estou aqui esse tempo todo, por lazer não é?! — Levantou a sobrancelha.
— Bru, foi mal mesmo! Mas é que já se passaram 5 meses, e o Renan não ia gostar nada de te ver aqui trancada o tempo todo.
— Estou cuidando da minha filha e você sabe que logo, logo eu volto trabalhar.
— Eu sei, mas só tô pedindo pra você ir vê a Luane comigo e outra, ela não conhece a Lisa, viu? — Se tinha uma coisa que Júlia era boa, era persuasão, aquela garota não era normal.
— Tá bom, tá bom! — Brunna desistiu de lutar contra a irmã.
— já pensou se a Ludgol tiver lá? Eu vou pedir uma foto com certeza! Claro que prefiro o Joãozinho, mas a Lud serve. — Elas eram amigas de Luane há um tempinho, mas nunca tinham conhecido a irmã mais velha da morena.
— A Lud, quem? — Brunna perguntou, tentando lembrar de onde tinha ouvido aquele nome.
— Tá brincando, Brunna Gonçalves? A Ludmilla Oliveira, como você não conhece, mano, o Renan era apaixonado na Ludgol.
Claro que era, Renan era apaixonado em futebol, mas especificamente no Flamengo, como um autêntico carioca. Não que seja obrigatório ser flamenguista só por ser carioca, mas pra Renan aquilo deveria ser uma lei.
— Falou certo. O Renan era, eu não, mas acho que ele já falou dessa Ludgol ou xingou, não lembro bem.
— Ser fã da grande Ludgol era isso ou amor ou ódio, mas no final os dois sentimentos se uniam em um só.
— Ai mana, a vida de todo flamenguista é assim, amor e ódio. Ódio e amor pela Ludgol e está tudo bem! — Júlia fez drama colocando a mão no peito.
Enquanto isso, Elisa já estava em pé apoiada na estante, tentando pegar um porta-retrato onde tinha a foto dela e do pai.
— Elisa, minha filha, sai daí! — Brunna falou um pouco alto e a menininha olhou pra ela com um sorriso travesso de alguns dentinhos.
— Vou só pegar uma mochila pra Lih. Não tira o olho dessa criança Júlia, porque pra ela tocar fogo na casa é em dois tempos.
— Tá comigo, tá com Deus, maninha!
— Tá repreendido, tenho é medo de vocês duas juntas.
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