Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Traição? Armação!

Ouço barulho de carros passando pela rua, mas, por mais que eu tente, não consigo ficar de pé. Me sinto zonza, enjoada e minhas mãos estão trêmulas.

O que está acontecendo comigo?

Olho em volta, sem reconhecer o local.
Esta não é minha cama, tampouco meu quarto. E por que diabos estou só de lingerie?

Ouço um barulho de água próximo, provavelmente de um chuveiro. Isso significa que há mais alguém comigo.

Sorrio aliviada, com a certeza de que é Caíque, mas meu sorriso logo desaparece quando a porta do quarto é abruptamente escancarada.

— Helena? — Caíque me encara, em um misto de surpresa e decepção.
— Caíque? Mas você não...? — Paro subitamente de falar quando um cara loiro sai do banheiro apenas de toalha, parecendo tão surpreso quanto eu.
Opa! Você não disse que teríamos visita, morena.
— O quê? — Encaro-o inconformada, cobrindo meu corpo com o fino lençol branco. — Do que é que você está falando? Aliás, quem é você? Eu nem te conheço!

O cara me olha, ofendido.

— Como assim, não me conhece, Helena? Está louca? — Ele gesticula. — E esse cara, quem é?

Caíque solta um riso sem humor.

— Eu? Eu sou só o marido dela.
— Marido? — O cara corre os olhos de Caíque para mim. — Você nunca me disse que era casada.

Dou uma risada, um pouco por nervosismo, um pouco por desespero.

— Isso não pode estar acontecendo. — Posto as mãos na cabeça, com meus olhos marejados. — Não pode.
— Quer saber? Para mim chega. Eu vou embora! — O cara recolhe suas roupas do chão com pressa. — Se entendam aí. — Sai do quarto, batendo a porta.

Caíque segue me olhando fixamente.

— Ca... Você não está acreditando nisso, está? — Ajoelho-me na cama, tentando alcançá-lo. Ele porém, se afasta.
— Não me toca, Helena. — As lágrimas correm por seu rosto.
— Caíque, pelo amor de Deus! Eu nunca vi aquele cara na minha vida! — Minha cabeça parece estar prestes a explodir, mas me mantenho firme.
— É, eu percebi mesmo. — Ele ri sem humor, olhando para meu corpo.
— Caíque... — Peço entre soluços. — Por favor, acredita em mim!
— Acreditar em quê, Helena? Olhe só para você. — Ele me fita com repulsa.
— Ca... Eu não faço ideia de como vim parar aqui! — Choro. — Eu só sei que estava com Lívia no Coffee Lab...
Coffee Lab? — Ele me interrompe. — Você não disse que estaria com Alice no shopping?
— Eu... Eu menti para você sobre isso, mas...
— Você mentiu sobre muitas coisas, pelo visto. — Caíque seca com violência as lágrimas que insistem em escorrer de seus olhos.
— Eu não fiz nada! — Meus joelhos cedem. — Por favor...
— Vista suas roupas, vou pedir um táxi para você. — Ele se vira para a porta, prestes a sair.
— Caíque!

Ele se volta para mim.

— Não faz isso comigo. Não me deixa, por favor. — Imploro, entre lágrimas.
— Olhe só como a vida é engraçada. — Ele sorri amargamente. — Eu sempre tive uma má reputação. Todos achavam que eu partiria seu coração. Mas, na verdade, foi você quem partiu o meu.
— Não! Eu não fiz isso, eu não te traí! Por favor, olha para mim! — Me aproximo, segurando seu rosto. — Eu te amo, Caíque. Te amo muito!
— Um pouco tarde para me dizer isso, não acha? — Ele segura o choro. — Eu perdi a conta de quantas vezes desejei ouvir isso de você, Helena. Um simples "eu te amo". Me pegava pensando em como eu me sentiria ao ouvir isso. E agora... — Respira fundo. — Essas palavras só me causam dor.

Choro compulsivamente, vendo-o sair sem ao menos olhar para trás.

Tento me acalmar e colocar os pensamentos em ordem, mas as palavras de Caíque doem no fundo de minha alma.

Não tenho forças sequer para ficar de pé.

Deito em posição fetal e choro feito criança.

Por quanto tempo? Realmente não sei.

Alguém bate à porta, tempos depois.

Eu ignoro.

— Helena, abra a porta! Sou eu, Nathan!

Me levanto rapidamente ao ouvir sua voz e corro até a porta, abrindo-a.

— Than... — Me jogo em seus braços, ainda chorando muito.
— O que houve? Caíque me pediu para vir aqui e... — Nathan corre os olhos rapidamente por meu corpo. — Por que você está sem roupas?
— Eu não sei. — Soluço, tentando controlar meu choro. — Eu não faço ideia do que está acontecendo, Than.

Ele segura meu rosto, secando as lágrimas com carinho.

— Se veste, eu vou te levar para casa.
— Eu... — Soluço. — Eu não posso ir para casa.
— Não vou te levar para sua casa. Vou te levar para a minha.

Consinto e o abraço apertado, ainda chorando.

Em seguida, pego minhas roupas espalhadas pelo chão, visto-as e acompanho Nathan.

Seguimos para seu apartamento em silêncio.

Tento me lembrar do que pode ter acontecido, mas apenas alguns flashs surgem em minha mente.

A boca seca e as pontadas em minha cabeça atrapalham meu raciocínio.

Nem noto quando Nathan estaciona o carro.

— Ei, Le... Chegamos.
— Ah, certo.

Desço do carro acompanhada por Nathan e subimos pelo elevador até seu apartamento.

Meus movimentos estão tão automáticos que nem percebo quando Nathan senta no sofá e me puxa para deitar em seu colo.

Permaneço nessa posição por um bom tempo, até minha ficha finalmente cair.

Caíque acredita que eu o traí.

— Ei, Le... — Nathan acaricia meus cabelos, tirando-me de meus pensamentos. — Você está mais calma?
— Estou. — Minha voz sai falha.
— Então, vamos conversar. Me conta o que houve.
— Eu não me lembro de muita coisa... Tudo o que sei é que saí para me encontrar com Lívia, na intenção de desmascará-la...
— Espera aí. Você foi se encontrar com Lívia sozinha?
— Sim.
— E não contou isso a ninguém?
— Não.
— E por que não? — Nathan me olha, em reprovação.
— Queria provar para todos que eu estava certa.
— E sobre o que vocês conversaram?
— Alice. — Mordo o lábio, tentando me lembrar o que aconteceu. — Eu a coloquei contra a parede... E então, ela... Ela confessou.
— Confessou?
— Que armou o beijo para separá-la de Israel. — As memórias vão surgindo sem parar.
— E qual foi o motivo da armação? Ela contou?
— Sim. Israel não confiava nela e estava quase convencendo Alice a fazer o mesmo.
— Sábio Israel.

Penso por alguns instantes.

— Eu coloquei meu celular para gravar toda a conversa. — Levanto de seu colo. — Onde ele está? Tem tudo salvo nele!
— Não tinha nenhum celular no quarto. Eu liguei nele, só está dando fora de área.
— Merda! Aquela vaca deve ter pego!
— Vamos ter que continuar a apelar para sua memória. Do que mais você se lembra?

Forço a memória novamente.

— Lívia disse que se aproximou de Alice para me atingir... Falou algo sobre um acordo.
— Acordo?
— É. E algo também sobre a Exxon. — Suspiro. — É tudo o que me lembro. Depois disso, acordei naquele quarto.
— Lívia deve ter drogado você.
— Me drogado?
— Com certeza. Isso foi armação, Helena! Pense... Você disse que ela citou um acordo, certo?
— Certo.
— Logo depois, você apaga e acorda em um quarto de hotel vagabundo com um cara que nunca viu antes e é flagrada por Caíque. É óbvio que isso foi armado!
— Para nos separar. — Concluo.

Nathan concorda com a cabeça.

— Mas como ela pode ter me drogado?
— Não sei... Vamos pensar. Você bebeu algo que ela te ofereceu?
— Não. — Tento me lembrar. — Nós só pedimos um capuccino...
— Pronto! — Nathan conclui. — Ela colocou algo no seu capuccino.
— Mas como? — Reflito por alguns segundos. — Ah, merda! — Dou um tapa no sofá. — O carro!
— Que carro?
— Um carro vermelho apareceu pouco depois que Lívia chegou e começou a buzinar feito louco na porta do Coffee Lab. Eu acabei me distraindo um pouco com ele.
— Tempo suficiente para ela batizar sua bebida.
— Vaca! — Rosno entre os dentes.
— Agora, pensa: quem pode ter arquitetado tudo isso para separar você do Caíque?

Reflito por alguns instantes, até que concluo:

— Laila, é claro! Só pode ser ela!
— Laila, a ruiva maluca, ex do Caíque?
— A própria. Você a conhece?
— Uma vez, ela destruiu o carro dele durante uma D.R., saiu em várias revistas. Ela é louca, todos sabem disso. E se ela quebrou o carro dele por uma crise de ciúmes, acho que ela seria completamente capaz de armar isso para separar vocês.
— Sabe o que mais me dói nisso tudo? — Meus olhos marejam. — Caíque realmente acreditar que eu o traí.
— Ele só está magoado, Le. É muito difícil não acreditar no que se vê.
— Você acreditaria em mim.
— Por isso sou seu melhor amigo. — Nathan sorri fraco. — Eu vou te ajudar a explicar tudo a ele. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Sorrio e me ajeito em seu colo novamente.

Nathan beija o topo de minha cabeça.

— Obrigada, Than. Eu te amo.
— Eu também te amo, Le.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro