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Surpresas

— Oi para você também. — Caíque se encosta no batente da porta. — Não vai me convidar para entrar?
— E por que eu deveria?
— Questão de educação. — Ele dá de ombros.

Reviro os olhos e lhe dou passagem.

— O que você veio fazer aqui?
— Ver como você está.
— Estou bem. Viu? — Abro os braços. — Então, agora já pode ir.

Caíque ri fraco.

— Alguém está me odiando.
— Ódio é uma palavra muito forte. — Suspiro. — Estou apenas decepcionada.
— Isso é recíproco, acredite.
— Então por que você está aqui? Vá embora! — Aponto para a porta.
— Eu não posso. — Ele suspira. — Soube que você voltou para a empresa...
— Voltei. — Interrompo-o. — Eu preciso de dinheiro e para isso, preciso trabalhar.
— Eu sei. Mas você sabe que está se colocando em risco por isso, não sabe?
— E desde quando isso importa para você?

Ele ri, sem humor.

— Eu não acredito que você está me perguntando isso, Helena. Você sabe muito bem o quanto eu me importo com você. Mais até do que eu gostaria.

Engulo em seco, não sendo capaz de revidar.

— Tudo o que eu te peço é que repense sobre isso. O dinheiro que você ganha na empresa não vale sua vida.
— E você acha que se eu pedir demissão, Otávio me deixará em paz? Que eu serei magicamente excluída de sua lista negra?
— É uma hipótese. E você deve considerá-la.

Caíque me olha fixamente nos olhos e eu sou incapaz de disfarçar como isso mexe comigo.

— Então... — Desvio meu olhar. —Aproveitando que você está aqui, acho que precisamos conversar.
— Conversar, sobre o quê?
— Sobre o nosso "casamento". — Faço aspas no ar. — Como ficaremos?
— Eu não sei. — Caíque suspira. — Tenho evitado pensar sobre isso.
— Não podemos mais ficar adiando. Todos os sites de fofocas estão falando sobre isso.
— Você não é do tipo que se incomoda com o que esses sites ridículos dizem.
— Realmente, não sou. Mas seu pai é.
— Você está preocupada com meu pai? Sério?
— Ele é o motivo de estarmos casados. Esqueceu?
— É... Por um momento, sim. — Caíque encara seus sapatos. — O que você quer fazer? Quer pedir o divórcio? — Ele volta a me encarar.
— Eu nunca quis isso. E mesmo que eu quisesse, sabe que não posso.
— Quer que eu peça, então?
— Você está com outra pessoa. — Suspiro. — Não acha que é a decisão mais sensata para todos nós?

Caíque ri, sem humor.

— Bem que me alertaram.
— Te alertaram? Do que você está falando? — Pergunto, já me preparando para o que está por vir.
— Me disseram que você quer que eu peça o divórcio para poder receber o dinheiro da quebra de acordo. — Ele me olha profundamente nos olhos. — Eles estão certos?
— Você é patético, Caíque.

Me viro de costas, mas logo sou forçada a encará-lo novamente.

— Eu peço o divórcio e te pago a multa. Mas com uma condição.

Reviro os olhos.

— Eu realmente tenho que perguntar qual é a condição?
— Quero você fora da empresa. O mais rápido possível.
— Está querendo me manter à salvo ou só quer ter certeza que ficará livre de mim?
— Você sabe a resposta. Estou aqui há mais dez minutos tentando te convencer disso.

Mordo meu lábio e mudo a conversa.

— Como você soube que eu estava aqui?
— O dono da casa me contou.
— Nathan, seu traidor. — Sussurro.
— Ele também está preocupado com você.
— Sem motivo. Os dois sabem que sei me cuidar muito bem.
— Certo. — Ele enfia as mãos no bolso. — Pelo visto, você está descartando minha proposta.
— Eu não quero seu dinheiro, Caíque. Nunca quis.
— Ele faz parte do nosso acordo. E é minha oferta para a separação.
— Não nos separaremos, então. — Abro os braços, em sinal de lamento. — Dê a triste notícia para Laila.
— Por que você é tão teimosa?
— Herança da minha mãe.

Ele fita os sapatos. Depois, me encara.

— Você não vai pensar à respeito, não é?
— Não mesmo.
— Ok. — Caíque cerra os lábios. — Então, acho que serei obrigado a voltar ao trabalho também.
— Você está maluco? Sabe que não pode fazer isso!
— E por que não? Por que tenho um alvo no meio das costas? — Ele me encara. — Eu não me importo, Helena.  E não vou te deixar sozinha com aquele louco!
— Um pouco tarde para isso, não acha?

Caíque baixa os ombros, suspirando.

— Você, melhor do que qualquer um, sabe meus motivos, Helena.
— Pois então, siga com seus motivos, Caíque. — Vou até a porta, abrindo-a. — E, por favor, me deixe em paz!
— Você precisará de mim. E eu estarei por perto quando isso acontecer. — Caíque gira nos calcanhares e sai.

Me jogo no sofá e suspiro, passando a mão por meu rosto.

Algum tempo depois, Nathan abre a porta.

— Le... Que cara é essa?

Semicerro os olhos e lhe atiro uma almofada com toda minha força.

— Estou com vontade de matar você!
— E o que foi que eu fiz?
— Sério, Nathan? — Ergo uma sobrancelha.
— Deu errado, não é? — Ele lamenta, pousando as sacolas sobre a mesa. — Droga, pensei que vocês se entenderiam.
— Nunca mais faça isso, ouviu? Nunca mais! — Me ajoelho no sofá e ergo o dedo indicador em sua direção.
— Abaixa esse dedo, garota. —Nathan segura meu dedo e o abaixa. — Eu só pensei que você o ouviria. Que talvez ele te convencesse que é loucura o que você está fazendo.
— Você poderia ter me convencido.
— Eu já tentei. E falhei, lembra? — Ele segura minha mão. — Eu também pensei que vocês fariam as pazes, que ficariam bem novamente.
— Acho que nunca voltaremos a ser como antes.
— Talvez não. Mas vocês podem ser melhores do que antes.
— Duvido. Ele até me acusou de estar armando para ficar com seu dinheiro.
— Caíque é um riquinho babaca, metido à besta. Acha que o mundo gira em torno de seu umbigo. E é por isso que ele precisa de você.
— Para quê? Ter a quem acusar?
— Não. Para colocá-lo em seu devido lugar. Convenhamos, você o tornou uma pessoa muito melhor.
— Tenho minhas dúvidas. Você não viu como ele tem agido.
— Ele está com seu coração e ego feridos. Como esperava que ele reagisse? Eu disse que você o tornou melhor, mas Caíque ainda tem muito a aprender.

Sorrio.

— Você daria um ótimo psicólogo, sabia?
— Já ouvi isso. — Nathan pisca. — Então, vê se me escuta: não leve à mal tudo o que Caíque diz. O que ele fez hoje foi uma verdadeira prova de amor.
— Prova de amor?
— Não sei como, mas ele soube que você voltou à empresa. E assim que soube, voltou correndo para cá, disposto a te fazer desistir dessa ideia.
— Não foi você quem contou a ele?
— Não.
— Mas foi você que pediu para ele vir até aqui, não foi?

Nathan nega.

— Ele me ligou, um pouco mais cedo, perguntando por você. Eu apenas disse que você estava bem e hospedada aqui em minha casa. Então, ele me pediu para vê-la. — Explica. — E eu concordei.

Fico em silêncio, ainda digerindo as informações.

— Ele realmente se importa com você. — Nathan beija o topo de minha cabeça. — Agora, vem comer. Estou morto de fome.

Após nosso jantar, Nathan vai para o chuveiro, enquanto eu procuro por um canal interessante na TV. Nem percebo quando ele sai do banheiro e se joga ao meu lado, vestindo apenas uma calça de moletom preta.

— Aprendendo novas receitas?
— Puta que pariu, Nathan! — Xingo, com a mão sobre o peito. — Você ainda vai me matar de susto!

Ele ri e passa seu braço em volta de meus ombros.

— Já está tarde. Você não vai dormir?
— Daqui a pouco. — Bocejo.
— Hoje o dia foi movimentado, não é?
— Você quem o diga. — Sorrio, maliciosamente.
— Não faço ideia do que você está falando. — Ele se faz de desentendido, olhando a TV.
— Rolou beijo que eu vi. — Cutuco-o, sorrindo.
— Idiota. — Ele ri , corando. — Presta atenção no programa.

Me ajeito em seu abraço e juntos, seguimos assistindo a um programa de culinária.

Algum tempo depois apago, ali mesmo, no sofá.

— Bom dia. — Caíque me cumprimenta, quando nos cruzamos no corredor da empresa.
— Você só pode estar brincando. O que está fazendo aqui? — Diminuo meu tom de voz.
— Eu te avisei. Enquanto você estiver aqui, eu também estarei.
— Você é inacreditável. — Reviro os olhos.
— Inacreditável é o que eu acabei de saber. Que história é essa de que você está trabalhando com o Otávio?
— Manda quem pode, obedece quem tem juízo. — Encolho os ombros. — Por falar nisso, é melhor eu ir andando. Até logo, Caíque.

Saio a passos firmes, deixando-o falando sozinho às minhas costas, inconformado.

Passo pela sala de Jorge, que permanece trancada e, entendendo o recado, caminho até a sala de Otávio.

— Bom dia, Helena. — Otávio me cumprimenta, sentado em sua mesa, incrivelmente elegante. O cretino é um psicopata, mas é bonito para caramba.
— Bom dia, Otávio. — Sorrio, cordial.
— Mais uma vez, serei obrigado a lhe deixar sozinha. Tenho um compromisso inadiável agora, pela manhã. — Ele fecha seu notebook e procura por algo em sua pasta. — Enquanto isso, você poderia me fazer um favor?
— É claro.
— Reserve uma mesa para dois no Le Jazz para o almoço, por favor. — Ele sorri. — Hoje é uma data importante.
— Reservarei.
— Você age sempre com muita discrição, Helena. É adorável. — Otávio, aponta, sorrindo. — Bom, deixe-me ir. Até breve.
— Até.

Otávio deixa a sala, elegantemente.

— Vai almoçar com a Lívia. Que belo casal. — Ironizo. — Certo, agora é minha chance.

Abro o notebook de Otávio e agradeço por ele não ser bloqueado. Rapidamente, pego meu pen drive na bolsa e salvo a lista e o documento. Em seguida, resolvo procurar por algo que possa nos ajudar.

Minutos de busca mais tarde, encontro uma pasta criptografada, salva dentro de outra pasta.

— Só pode ter algo importante aqui.

Respiro fundo e começo uma quase interminável tentativa de descriptografá-la. Nome da filha, da esposa, da amante, números misturados e até mesmo palavras ao contrário e nada.

Olho em volta, em busca de algo que me ajude, até que uma sugestão surge em minha cabeça.

— Vamos ver se você é tão obcecado quanto aparenta. — Digito o nome VascoGamaExxon e a pasta se abre. — Isso! — Comemoro, dando um pequeno soco na mesa. — Mais óbvio do que eu imaginava.

Na pasta, há registros antigos digitalizados de um funcionário chamado Aluísio Frizzo. Após uma breve análise, salvo todos os documentos em meu pen drive. Em seguida, com o sentimento de dever cumprido, ligo para o restaurante, como Otávio havia pedido.

As horas parecem se arrastar, ou pelo menos, é o que minha ansiedade faz parecer. Finalmente, após "séculos" de espera, o meio dia finalmente chega. Saio a passos apressados da empresa e logo avisto, estacionado do outro lado da rua, o carro de Leonardo.

— Você é realmente pontual. — Checo as horas em meu relógio.
— Eu nunca te deixaria esperando. — Ele sorri.

Retribuo seu sorriso e, agradecendo com um aceno de cabeça seu gentil ato de abrir a porta do carro para mim, sento-me no carona. Enquanto Leonardo dá a volta no carro, olho para a entrada da empresa, onde Caíque nos observa com cara de poucos amigos.

— Como vai, Gama? — Ouço Leonardo cumprimentar Caíque, que acena sem muito entusiasmo.
— Ei, seu louco! — Advirto-o, logo que ele entra no carro. — Quer que todos saibam de sua presença aqui?
— Otávio está longe, fique tranquila. — Leo dá um meio sorriso. — Está com fome?
— Surpreendentemente, não.
— Como assim, "não"? — Leonardo tira seus óculos escuros e me encara.
— Foi mal. — Rio de seu tom. — Fiquei tão envolvida com o que encontrei que até me esqueci de ter fome.
— Como se esquece de ter fome? — Ele indaga.
— Foca na informação: tenho aqui a lista e também alguns documentos que podem nos ser muito úteis. — Mostro-lhe o pen drive.
— Que tipo de documentos? — Ele o pega de minha mão.
— Arquivos antigos de um funcionário de uma empresa. Estava em uma pasta criptografada no notebook de Otávio. Deve ser importante.
— Você descriptografou a pasta?
— Sim. — Me ajeito no banco, orgulhosa.

Leonardo sorri, dando partida no carro.

— Mulher dos meus sonhos. — Ouço-o sussurrar.

— Sei que você não está com fome, mas eu lhe prometi um almoço, então... — Leonardo estaciona o carro em um restaurante bem conceituado, no centro da cidade.
— Leo, esse restaurante é incrível! — Boquiabro-me. — Já sinto até minha fome chegando.

Leonardo ri, descendo do carro e abrindo a porta para mim.

— Obrigada. — Sorrio, aceitando sua ajuda para descer.

Entramos no restaurante e logo o maître nos conduz até uma mesa.

— Obrigado por aceitar meu convite, Helena.
— Confesso que ainda estou tentando entender o motivo dele.
— Não sei se tenho um motivo plausível. Só pensei em aliviar um pouco essa atmosfera pesada em que você está vivendo nos últimos dias.
— Muito gentil, Leo. — Sorrio. —Obrigada.
— De nada. — Ele sorri torto e olha diretamente em meus olhos. Me sinto corar quando isso acontece.

Desvio meu olhar para o cardápio e logo ele me imita.

— Certo... O que pediremos para beber? Um vinho, talvez?
— É meio dia e eu estou em horário de trabalho, então... — Encolho os ombros.
— Você nunca quebra as regras, Helena?
— Quase nunca.
— Ok. — Ele sorri torto.

Por sorte, ou não, Leo decide fazer o pedido. Enquanto ele o faz, fico observando-o.

Ele está mais sorridente do que nunca e isso também me faz sorrir.

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