Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Rasteira da Vida

— O que é que a senhora está fazendo aqui a essa hora? — Alice aparece na cozinha, quase me derrubando da cadeira de susto.
— Por que você faz isso? — Coloco a mão sobre o peito.
— Para ter certeza que você não é cardíaca. — Ela sorri, pega um copo d'água e se senta ao meu lado. — E então?
— Contas.
— Não entendo como você consegue gostar disso. — Apoia o rosto nas mãos.
— Nesse caso, não é questão de gostar. São as nossas contas.
— Ah, entendi. Mas você precisa fazer isso às duas da manhã?
— Perdi o sono. — Dou de ombros.
— Ótimo jeito de recuperá-lo. — Alice ironiza, rindo em seguida. — Mas e então, como estamos?
— Com um bom dinheiro ainda. — Analiso a planilha em meu notebook.
— Precisamos depositar esse dinheiro, Lena. É loucura ficar com essa quantia em casa. Não moramos mais na nossa cidadezinha pacata.
— É, você tem razão. Vou hoje mesmo no banco.

Alice bebe toda sua água em um só gole.

— Irmã, já que estamos aqui... Tenho uma novidade para contar.
— Então, me conta.
— Andei conversando com o Israel e ele me deu ótimos conselhos.
— Sobre o quê?
— Faculdade. Já me decidi sobre o curso e vou prestar vestibular no próximo mês!
— Jura? Que ótimo! — Sorrio. — E o que você vai cursar?
— Nutrição!
— Uau! Uma nutricionista em casa? Isso é o sonho de qualquer mulher!
— Ih, ah lá... Nem comecei e já está querendo me explorar. — Alice revira os olhos, enquanto eu acabo rindo de seu tom.
— Bom... Já que estamos falando de surpresas, eu também tenho uma.
— Me conta!
— Se eu contar, deixa de ser surpresa.
— Ah, fala sério Helena! — Alice fecha a cara.
— Não faz essa cara. — Dou uma risada, enquanto ela continua a me olhar séria. — Ok, ok... Eu conto.
— Então, desembucha!
— Quer ir comigo na concessionária?
— Mentira? — Ela boquiabre-se.
— Verdade!

Sorrio, enquanto Alice pula em cima de mim, me abraçando.

— Não vai dar para ser um zero quilômetro, mas...
— Qual é, Lena? Nós não vamos mais andar a pé! Puta conquista!
— Tem razão. — Sorrio. — Então acho melhor irmos dormir. Teremos muita coisa para fazer mais tarde. — Fecho o notebook.
— É verdade. Bons sonhos, irmã. — Alice deposita um beijo em minha bochecha.
— Bons sonhos, meu amor.
— Chega de andar de busão. — Alice faz uma dança comemorativa, indo para o quarto.

Quinta-feira, 10:00 A.M.
Concessionária

— O que achou?
— É maravilhoso! — Alice sorri grandemente, diante da nossa mais nova aquisição.

Após fecharmos negócio, pagando nosso carro à vista, saímos já motorizadas em direção ao banco.

— Me fala que isso não é um sonho? — Alice acaricia o painel do carro.
— Não é um sonho.
— Me belisca? — Ela estica seu braço, olhando pela janela.

Faço o que ela pede.

— Ai! Helena, doeu!
— Foi você que pediu. — Dou de ombros.
— Mas não precisava obedecer, né? — Alice cruza os braços, fazendo um bico. — Quanto ainda nos sobrou, Lena?
— Trinta mil. Deixei um pouco em casa, para o caso de alguma emergência. Camélinha não é muito adepta aos cartões.
— E nem à memória. — Alice ri. — Ela os bloquearia toda hora.

— Chegamos. — Estaciono o carro em frente ao banco.
— Cuidado com essa bolsa. — Alice previne.

Confirmo com a cabeça e desço do carro.

Já no interior do banco, enquanto esperamos sermos atendidas, uma movimentação estranha me chama a atenção.

— Alice. — Sussurro. — Olha aqueles caras.
— O que tem? — Ela se vira para trás, procurando com os olhos.
— Não sei. Mas tem alguma coisa estranha...

— Todo mundo para o chão! — Um cara logo atrás de nós se levanta e ordena. — Isso é um assalto!
—Merda! — Me deito e puxo Alice junto, olhando-a desesperada.

O guarda que estava na parte externa da agência passa pela porta rendido por dois assaltantes, que apontam as armas para sua cabeça.

Mais assaltantes invadem a agência e rendem o outro guarda, e o que anunciou o assalto, começa a pegar todo o dinheiro dos caixas.

Alice chora em silêncio, segurando firme minha mão, enquanto eu rezo para nada de mau nos acontecer.

— Todo mundo passando os pertences pra cá. Vai, vai. Rápido! — O mais forte dos seis assaltantes grita e vem com um saco preto, pegando celulares, relógios e carteiras de todos os clientes.
— A bolsa, gatinha. Passa para cá. — Ele me olha e arreganha os dentes, na intenção de dar um sorriso, eu acho.

Alice aperta ainda mais forte minha mão e eu a olho, na intenção de dizer que não tem outro jeito.

— Toma. — Entrego-lhe a bolsa, com todo nosso dinheiro dentro.
— Boa garota. — Ele se ajoelha à minha frente, acariciando meu rosto. — Você é muito linda, sabia?

Meus olhos se enchem de lágrimas e o pavor toma conta de mim.

— E você também, gracinha. — Ele se vira para Alice.
— Não encosta nela! — Abro os braços a sua frente, protegendo-a.
Bravinha você. — O assaltante me lança um olhar demoníaco. — Adoro mulher brava!

Ele me pega pelo pescoço.

Sinto o ar faltar em meus pulmões, enquanto luto para me livrar de sua mão. Alice grita para ele me soltar e também tenta, sem sucesso, afastar o forte aperto do homem. Ele não cede e parece se divertir com meu desespero.

— Não parece tão brava agora. O que houve? — Ele gargalha.

Alice desfere vários socos nele. Irritado, o bandido a acerta com um tapa.

Minha vista escurece, sinto que estou prestes a perder a consciência.

— Larga a mina. Vam'bora, os homem tão vindo!

O bandido finalmente solta meu pescoço, seguindo os outros.

— Lena, você está bem? — Alice me aninha em seus braços.

Consinto com a cabeça, sem conseguir emitir som algum.

Alice me puxa para baixo de uma mesa, enquanto eu esfrego meu pescoço machucado. Nesse momento, vejo minha bolsa, com todo o nosso dinheiro, ir embora nas mãos do bandido.

— Foi horrível, Camélia. — Choro ao terminar de contar tudo o que aconteceu.
— Meu Deus! — Dona Camélia nos abraça. — Minhas meninas, eu nem sei o que faria se tivesse acontecido algo a vocês.
— Eu não sei o que vamos fazer agora. Todo nosso dinheiro se foi.
— Não há dinheiro no mundo que pague por suas vidas, Helena. Dê graças a Deus por estarem vivas.
— Você está certa. — Suspiro. — Mas o que nós faremos agora?
— Você não disse que deixou um pouco aqui? — Alice pergunta.
— Coisa de quatro mil reais. Isso não dura muito.
— Então vamos todas à luta. Já fizemos isso antes e não é agora que vamos abaixar nossas cabeças e desistir. — Dona Camélia levanta meu rosto.
— É isso aí! Falou bonito, Camélinha! — Alice concorda. — Levamos uma rasteira da vida? Levamos. Mas não ficaremos no chão!

Reflito por alguns segundos.

— Vocês têm razão. Nós perdemos uma batalha, mas não vamos perder a guerra.

Nos abraçamos e nesse momento, posso sentir o quanto nossa ligação é forte.

O quanto eu sou forte com e por elas.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro