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Meu coração é seu

Desperto com os raios de sol que entram pela janela e procuro por Caíque na cama. Não o encontro.

Me lembro de ter adormecido em seu colo, no deck, e me lembro também de sua declaração tímida: "Acho que te amo". Só não me lembro como cheguei até o quarto. 

Será que tudo não passou de um sonho?

Por que meu coração dói ao pensar nessa possibilidade?

Me levanto e vou para o banheiro. Depois, já vestida, desço para a cozinha.

— Bom dia, Lúcia.
— Bom dia, Helena. — Ela se vira sorrindo, enquanto lava a louça. — Está faltando algo na mesa?
— Ah, não. Não... Está tudo perfeito. — Sorrio brevemente. — Por acaso você sabe onde o Caíque está?
— Ele saiu bem cedo, disse que poderia demorar um pouco. Mas não disse onde iria.
— Ah... Entendi. Obrigada.
— Por nada, querida.

Vou até a mesa, pego uma salada de frutas para comer e me sento no sofá, em frente à TV. Pouco depois, meu celular toca. É Alice.

Oi irmã.
Bom dia, flor do dia.
Bom dia. — Dou uma risada.
Programinha entre irmãs hoje. Topa?
— Que tipo de programinha?
Sei ... Vamos caminhar no parque. Depois a gente faz um almocinho delícia aqui em casa.
Ok, eu topo. Estou morrendo de saudades de vocês!
— Ai, que maravilha. Achei que precisaria insistir mais. — Ela ri. — Daqui uma hora passo aí para te buscar.
Ok. Beijos.
Beijo!

Ligo para avisar Caíque e ele parece ficar extremamente aliviado em saber que ficarei fora por quase todo o dia. Isso me deixa intrigada e até um pouco triste, mas não deixo transparecer.

Subo até o closet e troco minhas sapatilhas por tênis e por precaução, pego um casaco. O clima de São Paulo é tão instável quanto o humor de Alice pela manhã.

Pontualmente uma hora mais tarde, Alice buzina à porta de casa.

— Oi gatinha. — Ela pisca, logo que entro no carro.
— Oi. — Sorrio. — Outra crise de bom humor matinal?
— Acontece, às vezes. — Ela dá de ombros, sorrindo. — Que foi? Não gostou da minha linda companhia no seu domingo?
— Eu adorei, sua convecida!
— Ah, bom. Caso contrário, eu te jogaria para fora do carro agora mesmo.
— Nossa, que cruel!
— Cuidado comigo. — Ela sorri torto, dando partida no carro.

Seguimos para o parque cantando todas as músicas da rádio.
Somos exímias cantoras, diga-se de passagem.

Ao chegarmos, colocamos o papo em dia enquanto caminhamos e depois paramos para ver alguns garotos fazendo manobras em seus skates. Um deles nota nosso interesse e nos convida para uma volta.

— Ah, obrigada, mas é melhor não. Eu não sei andar.
— É fácil, moça. Só precisa ter um pouquinho de equilíbrio.
— Esse é o problema. — Cerro meus dentes. — Sou um verdadeiro desastre quando o assunto é equilíbrio.
— Vai irmã, não custa nada tentar. — Alice me encoraja. — Juro que não vou rir se você cair.
— Ah, que incentivo maravilhoso. — Ironizo, franzindo o cenho.
— Vai, sobe aí logo!
— Ok, eu tento. — Me dou por vencida. — Mas você vem também.
— Ah, não. Eu não!
— Pimenta no olho dos outros é refresco, não é? Vem logo! — Puxo-a.

O skatista, Pedro, me ajuda a ficar em pé no skate e segurando minha mão, vai explicando o que tenho que fazer. Quando me dou conta, estou andando sozinha.

— Lena, você está mandando muito bem! — Alice comemora lá atrás.

Sorrio e viro minha cabeça para olhá-la, o que me faz desequilibrar e ir direto para o chão.

Pedro e Alice vêm correndo me acudir.

— Helena, você se machucou? — Ele se abaixa ao meu lado.
— Estou bem, só me ralei um pouquinho. — Me sento, limpando as mãos. Sinto meu rosto queimar pela vergonha. — Avisei que eu era um desastre.
— Você foi muito bem. Tombos fazem parte do aprendizado. — Pedro sorri, estendendo a mão. Eu retribuo o sorriso e com sua ajuda, me levanto.
— Me desculpa Lena, acho que te desconcentrei.
— Só porque eu estava indo muito melhor do que você, né? — Dou uma risada.
— Exatamente. — Alice sorri torto.

Pedro indica um banco próximo para nos sentarmos, enquanto agachado à minha frente, avalia meus machucados.

— Isso deve estar doendo.

Pedro tem cabelos muito pretos e lisos, que aparecem discretamente por baixo de seu boné verde escuro. Seus olhos são de um azul céu e seu sorriso é branco e muito alinhado.

— Que nada, eu estou bem.

Tenho ralados no cotovelo e nos dois joelhos. E sim, eles doem. Mas me faço de durona.
 
— Melhor irmos para casa cuidar desses machucados. — Alice posta as mãos na cintura.
— É. Chega de aventuras por hoje. — Me levanto e Pedro me acompanha.
— Estou me sentindo culpado. — Ele ajeita o boné na cabeça. — Que péssimo jeito fazer amizade.
— Relaxa, você não teve culpa de nada. Obrigada pela aula. — Sorrio.
— Você é uma ótima aluna. Apareça aqui mais vezes.
— Aparecerei. Vou ficar boa nisso ainda, você vai ver.
— Olha, botei fé! — Ele sorri.
— Até logo, Pedro.
— Até.
— Tchau, skatista.
— Tchau, Alice.

Vou mancando ao lado de Alice até o carro.

— Ele é maravilhoso. — Ela comenta.
— Pena que deve ter, no máximo, uns dezenove anos.
"Os novinhos são sensacionais". — Alice cantarola.

— Filha, o que houve? — Camélia vem ao nosso encontro secando as mãos no avental, assim que vê o estado deplorável em que me encontro.
— Ah, levei um tombo tentando andar de skate. — Faço uma careta.
—Tem que lavar esses machucados para não infeccionar e fazer um curativo.
— Ah, será? — Avalio meu cotovelo. — Nem está tão feio assim.
— Ah, imagina. Só está em carne viva, tranquilo! — Alice ironiza. — Vem, vou cuidar de você.
— Ah, que fofa. — Abraço-a de lado.

Já com os curativos, ajudo Camélia a terminar o almoço e para a sobremesa, Alice faz um pudim de comer rezando, de tão bom.

Passamos o resto da tarde conversando e jogando Uno. No meio de uma partida, Alice recebe uma ligação e toda misteriosa, me olha e sorri.

— Quem era?
— Ninguém. — Desconversa. — Foca no jogo.

Após mais algumas partidas incentivadas por Alice, decido que é hora de ir embora, já que começa a anoitecer.

Me despeço de Camélia e sigo com Alice para casa.

— Por que você está com essa cara? — Franzo o cenho.
— Que cara?
— De quem está aprontando.
— Eu nunca apronto!
— Claro que não, anjo. — Ironizo.

Alice sorri e segue dirigindo, fazendo o caminho mais longo.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ela estaciona à porta de casa.

Lúcia vem da cozinha, sorrindo, logo que entramos.

— Vocês chegaram bem na hora!
— Hora? — Encaro Lúcia, sem entender. — Hora de quê?
— De... — Ela troca olhares com Alice. — Levar um suco para os rapazes. Estou super atarefada lá na cozinha. Vocês poderiam fazer esse favor para mim?
— Suco... Ok. — Meus olhos vão de Alice para Lúcia. — É claro. Onde eles estão?
— Os sucos?
— E os meninos.
— Ah, sim... Claro. — Ela sorri. — Eles estão lá em cima, na cobertura. Vou pegar os sucos.
— Está todo mundo doido hoje? — Observo Lúcia se afastar.

Alice apenas sorri.

Ela volta pouco depois com a jarra de suco e Alice sobe comigo até a cobertura.

— Quem seriam "os meninos"? — Pergunto, subindo as escadas.
— Provavelmente, Caíque e Paulo. — Alice dá de ombros.

Quase não acredito no que meus olhos vêem quando chegamos. Há uma estufa rústica montada no meio da cobertura com todas as cores de rosas que se possa imaginar.

Caíque sorri ao fundo, encostado a um pilar.

— São dessas que você gosta?

Paulo e Alice assistem a tudo em um canto, sorrindo.

— Você fez tudo isso? — Olho encantada por toda minha volta.
— Tive uma grande ajuda. — Caíque sorri e aponta para Paulo, que faz uma reverência. — E então... Gostou?

Eu sorrio, observando um lindo vaso branco repleto de rosas coloridas.

— Fala que sim, por favor. — Ele faz uma careta, mostrando as mãos repletas de bandagens.
— Eu amei! — Sorrio. — Você, como sempre, me surpreendendo.
— Pretendo não parar nunca. — Sussurra, sorrindo de canto.
— Você sabia de tudo, não é? — Me viro para Alice.
— O que você acha? — Ela sorri, com os braços cruzados.
— E você também. — Olho Paulo, que confirma. — Obrigada, de verdade. Ficou incrível!
— Eu só dei uma mãozinha. Quem projetou tudo foi ele. — Paulo aponta para Caíque.
— Você é maluco.
— Sou mesmo. Por você.

Alice e Paulo se olham e saem de fininho.

Caíque se aproxima lentamente, me envolvendo pela cintura.

— Agora você pode admirá-las a hora que quiser.
— Por que fez isso por mim?
— Por dois motivos.
— E quais são?
— Para ver esses olhinhos lindos brilhando... — Ele acaricia meu rosto. — E por você ser a primeira.
— A primeira a quê?
— A quem eu disse: "Eu te amo."

Sorrio.

— Não foi sonho?
— Não foi sonho.

Me rendo aos pedidos desesperados de meu coração e o beijo.

— Eu me rendo. — Sussurro, com os lábios ainda colados aos seus. — Meu coração é seu.

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