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Decida

— Ok, mas e depois? Vocês terminaram a conversa com um aperto de mão e um "Nos vemos por aí"? — Alice questiona, enquanto dirige de volta ao apartamento, logo depois de me obrigar a contar exatamente tudo o que Caíque e eu conversamos.
— Foi mais ou menos assim. — Meneio a cabeça. — Caíque tem razão, nós ficamos juntos pelo motivo errado. Então, vamos dar tempo ao tempo e se for nosso destino ficarmos juntos, nos encontraremos novamente.
— Esse papo de destino é lindo, mas pouco prático.
 
Encolho os ombros.

— Você o perdoou, não é?

Suspiro e consinto com a cabeça. Alice sorri de canto.

— O que foi? — Pergunto, insegura. — Acha que eu não deveria?
— Pelo contrário. Acho que você estaria cometendo um grande erro se não o perdoasse.
— Por que?
— Você já negou o perdão uma vez. E carrega isso consigo até hoje.
— Aquilo foi diferente. — Desvio meu olhar para a janela.
— Talvez "aquilo" não fosse tão intenso quanto é agora.
— É, — suspiro — talvez não.
— Fico feliz por te ver seguindo seu coração, Lena.
— Seguir o coração é um pouco estúpido, não é?
— Na verdade, — ela ri, fazendo uma pausa — é. Mas o que seria da vida sem uma boa dose de estupidez?

— Sala destrancada? — Avisto pelo corredor, a porta da sala de Jorge entreaberta.

— Olá Helena. — Ele se levanta sorrindo, logo que adentro a sala.
— Jorge! Que bom vê-lo! — Abraço-o. — O que houve com você?
— Intoxicação alimentar. — Ele faz uma careta. — É o que se ganha quando se come porcarias pela cidade.
— Você está melhor?
— Estou sim. Não tanto quanto estaria se isso fosse há dez anos atrás, — sorri — mas estou me recuperando bem.
— É muito bom tê-lo de volta, Jorge. — Apoio minha mão em seu ombro e sorrio.
— É bom estar de volta. Agora, me coloque a par de tudo o que houve aqui durante minha ausência.
— Com certeza, mas antes vou buscar um café para nós.
— Acho justo.

Saio para buscar os cafés e encontro Caíque no caminho de volta.

— Bom dia. — Ele sorri, com as mãos no bolso.
— Bom dia. Como você está?
— Já estive melhor. — Ele cerra os lábios. — E você?

Suspiro, dando de ombros.

— Você está linda.

Sorrio, desviando o olhar.

— Café para dois? — Ele aponta com os olhos.
— Pois é, Jorge voltou. Você não soube?
— Não. Pensei que ele voltaria só na próxima semana.
— Estou tão aliviada por ele estar aqui. — Suspiro. — Parece que um peso enorme foi tirado de minhas costas.
— Eu sinto o mesmo.

Sorrio.

— Bom, é melhor eu ir, antes que o café esfrie.
— Ok. — Caíque sorri fraco. — Bom trabalho.
— Para você também. — Retribuo seu sorriso e saio a passos rápidos. 

— Para ser sincero, eu já esperava por isso. — Jorge comenta, após eu contar que Otávio me fez de secretária pessoal durante sua ausência. — Otávio sempre demonstrou um grande interesse por você.
— Isso soou um tanto quanto... — Faço uma careta. — Assustador.
— Realmente. Mas saiba de uma coisa, Helena: Otávio nunca faz nada por acaso. Ele a queria perto por algum motivo.
— E que motivo seria esse?
— Eis a questão.

Fico repassando o comentário de Jorge por um bom tempo em minha cabeça e, ao final do expediente, ligo com urgência para Leonardo.

Leo, onde você está?
— Em casa, por quê?
— Preciso falar com você. Urgente!
— O que houve?
— Otávio queria que descobríssemos seu passado. Todas as pistas foram deixadas de propósito.
— Você está na Exxon?
— Estou.
— Me espere , então. Já estou chegando.
Ok.

Desligo e olho em volta, me certificando de que ninguém tenha ouvido minha conversa. Enquanto espero Leonardo, tento entender o motivo de tal ato de Otávio.

— Finalmente. — Reclamo, entrando no carro de Leonardo, quase uma hora mais tarde.
— Vim o mais rápido que pude. Devo ter sido pego em, pelo menos, três radares. É assim que você me agradece?
— Desculpa. É culpa da cafeína.

Leo sorri.

— Ok, agora me conte. Que história é essa de que Otávio queria que descobríssemos tudo?
— Faz todo o sentido. Olha, pensa comigo: o computador esquecido, os documentos salvos, a gaveta destrancada. — Enumero nos dedos. — Tudo praticamente entregue em nossas mãos.
— É, pensando assim...
— Eu só não entendi ainda o que ele ganha com isso.
— Compaixão, talvez? — Leo dá de ombros. — Otávio teve uma adolescência traumática, isso não podemos negar.
— Você está com pena dele? — Encaro-o.
— Não... — Leo desvia o olhar. — Claro que não. É só que...
— Você está. — Sorrio. — Realmente bate um coração aí dentro.

Leo revira os olhos.

— Precisamos ficar mais atentos do que nunca. Se Otávio realmente quis revelar seu passado, é porque está tramando algo grande ou está muito perto de alcançar seu objetivo.

Consinto com a cabeça, mordendo meu lábio.

— O que vamos fazer agora?
— Investigar.

Leo segue por um longo caminho desconhecido por mim, até chegarmos em uma simplória casa. Pela janela, vemos uma senhora assistindo a uma pequena televisão, serenamente.

— Por que estamos aqui? — Pergunto, ainda no carro.
— Aquela é Maria Antônia, antiga vizinha da mãe de Otávio. Talvez ela possa nos dar algumas informações.
— Certo. Vamos lá, então.

Descemos do carro e vamos de encontro com a senhora.

Leo bate palmas, chamando sua atenção. A senhora tira os olhos da TV e nos olha com entusiasmo.

— Boa noite. Eu sou o Leonardo e esta é Helena...
— Vocês são da prefeitura? — A senhora se debruça sobre o pequeno muro da varanda. — Finalmente mandaram alguém para resolver meu problema. Vivo ligando lá para reclamar. Aqueles entulhos estão ali há meses.
— Ah, não... Não somos da prefeitura. — Respondo.
— Ora, o que estão fazendo aqui então, além de atrapalhar minha novela? — Ela questiona, irritada.
— Queríamos fazer algumas perguntas para a senhora sobre uma pessoa. 
— Vocês são da polícia? Porque se for sobre meu sobrinho, já disse tudo o que sei. Aquele menino nunca teve juízo.
— Não, também não é sobre seu sobrinho... — Leo responde. — Na verdade, é sobre uma família. Eles foram seus vizinhos por alguns anos. Os Frizzo. A senhora se lembra deles?
— Ah, aquela pobre família. — Dona Maria alisa os cabelos presos em um coque. — Sofreram tanto. Mas, por que vocês querem saber deles?
— Somos amigos de um membro dessa família.
— Impossível. — Ela nos olha com desconfiança. — Exceto pelo menino. Mas vocês são muito novos para serem amigos dele, de toda forma.
— Otávio é atormentado até hoje por essa terrível fase. Nós gostaríamos de saber mais para podermos fazer algo para ajudá-lo. — Interfiro.
— É totalmente compreensível que ele seja atormentado. Coitadinho. — Ela suspira. — Certo. O que vocês querem saber?
— O que houve com eles depois que Aluísio foi demitido? — Leo pergunta.
— A família se quebrou. — Ela lamenta. — Na época, um jornal publicou a tragédia, mas de um modo muito tortuoso. Vou lhes contar o que realmente aconteceu. Entrem. — Ela faz um gesto com a mão.

Subo a pequena escada da varanda e Leo me acompanha. Dona Maria Antônia nos guia até o sofá de sua sala.

— A filha caçula do casal, Laura, tinha a saúde muito frágil, necessitava de remédios e cuidados diários. Quando Aluísio perdeu o trabalho sem direito a nada, Laura foi a mais atingida. Eles não tinham dinheiro para comprar seus remédios e Wilma não podia deixá-la aos cuidados de outra pessoa para trabalhar, pois a menina sofria crises terríveis. Nós, vizinhos, até arrecadamos algum dinheiro, mas não foi o suficiente. Aluísio implorou várias vezes para seu antigo patrão reconsiderar seu trabalho, mas foram tentativas em vão. O homem se mostrou inflexível. Disse que não tinha mais condições de manter a empresa e que, infelizmente, Aluísio lhes custou mais do que lhes deu lucro. Uma grande mentira! 
— Mas Aluísio não foi vítima de uma demissão em massa, resultado de uma crise econômica? — Pergunto.
— Que nada. Aquele "almofadinhas" era um tremendo sem vergonha! Explorou seus funcionários até a última gota e depois os descartou, alegando falência. Meses depois, levantou um império.

Neste momento, Leo troca um breve olhar comigo.

— Aluísio saía todos os dias à procura de trabalho, mas não conseguia nada, coitado. O que lhe restava era pequenos serviços como servente de pedreiro. Bicos, como chamamos. Vi aquele homem definhar, dia após dia, exausto. Wilma, sua esposa, tentava a todo custo manter a vida de sua filha, a lucidez de seu marido e a esperança de seu filho mais velho. Um fardo pesado demais para aquela pobre mulher carregar. — Suspira. — Infelizmente, a menina não resistiu. Foi aí que a ruína começou. Aluísio não suportou perder sua menina e cometeu aquele terrível ato. Wilma perdeu as forças e a lucidez. Quem cuidou dela até o fim de seus dias foi seu menino, que era muito mais forte do que aparentava ser. Depois que Wilma faleceu, o menino sumiu. A partir de então, não sei de mais nada.
— Meu Deus. — Sussurro para Leo, muito tocada.
— Obrigado por nos contar, dona Maria.
— Espero que vocês consigam o ajudar. Ele já sofreu muito nessa vida.

Nos despedimos de Maria Antônia e voltamos para o carro.

— E agora, Leo?
— Precisamos pará-lo. Agora tenho certeza que a Exxon é só um detalhe.

Nesse mesmo segundo, meu celular toca. É Alice.

Oi Li.
Lena, não faça nada do que ele disser! — Ela chora.

Em seguida, ouço ruídos que me deixam apavorada.

Alice! O que está acontecendo?
Olá, Helena. Receio que sua irmã esteja um pouco ocupada agora. Mas, fique tranquila, eu darei o recado por ela. — Reconheço a voz de Otávio.
Otávio! Pelo amor de Deus, não faça nada com ela!

— Otávio? — Leo me olha.

Isso dependerá de você, bela Helena. — Otávio faz uma pausa. — A essa hora creio que você tenha descoberto sobre meu passado, sobre minha família. Sobre como nós fomos quebrados por aqueles que você tem tanta admiração. Façamos um acordo, Helena. Você me ajuda e eu liberto sua irmã, sã e salva.
Te ajudar em quê?
A destruir o reinado Gama.
Eu não posso fazer isso. Otávio, por favor...
Ah, que pena. Ele suspira. — Eu pensava que você fosse diferente daqueles monstros. Parece que me enganei. Infelizmente, sua linda irmã sofrerá as consequências de sua decisão.
Não, Otávio! Por favor, não faça mal à ela! Eu te imploro, por favor!

— O que está havendo? — Leo pergunta.

fiz minha proposta, Helena. É a sua família ou a deles. Quem você escolhe?

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