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De volta para casa

Acordo com gritos de "Não, ele não!" ecoando pelo quarto.

Olho assustada em volta, até avistar Leonardo deitado desajeitado em uma poltrona. Os gritos vêm dele.
Vou ao seu encontro, e, me ajoelhando ao seu lado, tento despertá-lo.

— Leo... Ei Leo, acorda!
— André... André! — Ele grita e finalmente desperta, ofegante.
— Calma, Leo. Está tudo bem. Foi só um pesadelo.
— Onde eu estou? — Ele se ajeita na poltrona, ainda confuso.
— No Hotel Unique... Lembra?

Leonardo olha em volta por alguns instantes, depois passa as mãos pelo rosto.

— Nossa... Fazia tempo que eu não tinha esses pesadelos.
— Falar sobre isso deve ter reavivado sua memória.
— É. — Ele suspira. — Já amanheceu?
— Boa pergunta. — Olho em volta procurando, sem sucesso, por um relógio.
— 05:50. — Leonardo analisa a tela do celular. — É melhor irmos. — Ele se levanta, me deixando ajoelhada ao lado da poltrona, com cara de boba.
— Eu vou poder ir para casa? — Me levanto.
— Vai.

Abro a boca para fazer outra pergunta, mas desisto. Ele não parece muito disposto a respondê-la.

Pego minha roupa e, em silêncio, vou para o banheiro me trocar.

— Está frio lá fora. — Leonardo avisa ao sair do banheiro, dessa vez completamente vestido.
— E o que tem isso?
— Vai pegar um resfriado, com esses cabelos pingando assim. — Ele se aproxima, pegando uma mecha de meu cabelo recém lavado e brincando com ela entre seus dedos.
— Eu tenho uma imunidade muito boa.
— Ok. — Ele sorri de lado. — Vamos, então.

Caminhamos em silêncio até a porta e quando ele a abre para mim, faço uma leve reverência, tirando um sorriso de seus lábios.

— O que foi mesmo que você disse para o Caíque? — Pergunto, no táxi, a caminho de casa.
— Ah, é verdade. — Leonardo faz uma pausa dramática. — Catarina estava no hospital, muito abalada. Por esse motivo, ela pediu que você fizesse companhia à ela. Você, como ótima pessoa que é, cedeu ao seu pedido. No meio disso, eu acabei perdendo meu celular. Novamente você, em um ato de caridade, me emprestou o seu e me pediu para avisá-lo que estava bem e que voltaria para casa pela manhã.
— Uau. — Ironizo. — Ele realmente acreditou nisso?
— Provavelmente. — Dá de ombros, finalmente entregando meu celular. — Não te ligou nenhuma vez.

Passo os olhos pelas chamadas recebidas e realmente, não há nenhuma de Caíque. Mas há uma de Nathan, perdida.

— Por que você não atendeu o Nathan?
— Preciso explicar? — Ele revira os olhos.
— E se fosse algo importante?
— Ele ligaria novamente. — Dá de ombros. — Não ligou, não era importante.
— Às vezes tenho vontade de te enforcar, sabia?

Leonardo sorri.

— Já estamos chegando na sua casa. Relaxe, ok?
 
Me encosto na janela e sigo em silêncio.

Algum tempo depois, o táxi estaciona na porta de minha casa e dali mesmo, visualizo Caíque sentado na varanda, com cara de poucos amigos, à minha espera.

Leonardo me olha e suspira.

— Hora de enfrentar o leão.
— Se ele brigar comigo, vou matar você. Já estou avisando. — Ameaço e desço do táxi a passos firmes.

Ouço um riso abafado atrás de mim.

— Você sabe que não mete medo em ninguém, não sabe? — Sussurra, com um sorriso malicioso nos lábios.

Semicerro os olhos em sua direção.

— Bom dia, Gama. — Leonardo cumprimenta.
— Só se for para você, Chang. — Caíque se levanta.
— Ei. — Leo sorri, constrangido. — O que houve?
— O que houve é que Helena não ficou fazendo companhia para Catarina porra nenhuma! Isso sem falar no seu carro completamente destruído!

Leonardo fita seus sapatos.

— Minha história não convenceu, não é?
— Você é um péssimo mentiroso, Chang. Agora será que vocês podem me contar o que realmente aconteceu?

Leonardo suspira.

— Sim.
— Então vamos entrar. 

Caminhamos os três em silêncio até a sala.

— Estou ouvindo. — Caíque enfia as mãos nos bolsos e nos encara.
— Como você sabe, pedi à Helena para me ajudar a ver Marina. — Leonardo começa. — Ela não me reconheceria e poderia não reagir bem ao ver um cara desconhecido invadindo o seu quarto à noite. Então, pensei que com Helena por perto, essa cena não seria tão assustadora. Só que as coisas não saíram bem como o planejado... — Leonardo cerra os lábios. — Otávio, eu não sei como, sabia que eu apareceria por lá.

Caíque apenas nos ouve, com o maxilar travado.

— Nós conseguimos deixar o prédio com facilidade, mas quando chegamos ao meu carro... — Leonardo retoma.
— Ele estava, literalmente, com os quatro pneus rasgados. — Completo.
— Então, a única saída foi fugir de táxi. — Leonardo continua. — Eu não podia trazer Helena para cá, pois tinha certeza que estávamos sendo seguidos. Há grandes chances de Otávio não saber que era ela quem estava comigo e trazê-la para casa aquela hora a denunciaria. Fomos então, para o hotel de um velho amigo meu, onde eu sabia que Helena ficaria segura.
— E por que você não me contou isso?
— Porque eu tinha certeza que você ficaria desesperado para vê-la e se colocaria em perigo.
— Você precisa parar de querer me proteger, cara! — Caíque explode.
— Esse é o meu trabalho, Gama.

Caíque ri, sem humor.

— Você tem noção de que arriscou a vida da Helena por um capricho seu? — Caíque vocifera. — E se ela tivesse se machucado?

Lembro do tiro errando minha cabeça por centímetros.

— Eu errei, admito. Já pedi mil desculpas para Helena e agora estou aqui pedindo para você. Eu prometo que isso nunca mais vai se repetir.

Caíque posta as mãos na cintura, respirando profundamente.

— Qual é, Gama? — Leonardo o encara, esperando por uma resposta.

Caíque, em um movimento muito rápido, acerta um soco no maxilar de Leonardo, que cambaleia.

— Está se sentindo melhor agora? — Leonardo pousa a mão no local acertado, pouco depois de se recuperar.
— Estou. — Caíque respira, aliviado.
— Certo. — Ele mexe a boca algumas vezes, como que tentando colocar a mandíbula de volta ao seu lugar. — Espero que isso tenha sido um "desculpas aceitas".
— Talvez tenha.
— Ok. Então já vou indo, tenho alguns assuntos pendentes para resolver. Até logo. E obrigado, Helena.

Leonardo gira nos calcanhares e deixa nossa casa, caminhando até o táxi que o espera do lado de fora.

Encaro Caíque perplexa, ainda assimilando o que acabou de acontecer.

— Precisava extravasar a raiva. — Ele se defende. Em seguida, me puxa para um abraço apertado. — Eu não sei o que faria se algo tivesse acontecido a você.
— Ei, está tudo bem. Eu estou bem. — Acaricio seu rosto. — Você não está bravo comigo?
— É claro que não. Só me prometa que nunca mais mentirá para mim.
— Eu prometo. — Selo seus lábios. —Mas eu não menti, só omiti. E não foi por minha vontade.
— Eu sei, pequena. — Ele acaricia meu rosto. — E de agora em diante, só por via das dúvidas, vou aonde você for.
— Vai bancar o marido controlador? — Posto as mãos na cintura.
— É, eu vou.

Sorrio.

Caíque me pega no colo e sobe as escadas até nosso quarto.

— Uau.
— Tratamento VIP para a mulher da minha vida. — Ele pisca.

Beijo-o com desejo.

Caíque entra em nosso quarto, ainda sem parar nosso beijo, e me deita na cama.

— Passar a noite longe de você foi uma tortura.
— Foi?

Ele consente.

Sorrio e acaricio seu rosto.

— Você está mesmo com uma carinha abatida.
— Vou me recuperar agora.

Sorrio e me deito em seu colo.

— Como você soube do carro?
— Plantão policial. — Aponta para a TV. — O carro do Leonardo não é muito difícil de ser reconhecido, mesmo estando completamente destruído.
— Desde quando você assiste o plantão policial?
— Desde que você saiu dizendo que voltava logo e passou a noite toda fora.

Faço um bico.

— E que eu não estava no hospital com Catarina, como você soube? Plantão policial também? 
— Não. — Ele ri. — Nathan. Ele conversou com Catarina e soube da verdade. Eu pensei tanta coisa, Helena... Tanta coisa ruim. Mas, por sorte, também tenho velhos amigos no Hotel Unique.
— Então você sabia que estávamos lá?
— Sim. Eu rastreei seu celular. Leonardo esqueceu de desligar o GPS. — Caíque explica, enquanto brinca com uma mecha de meu cabelo entre os dedos. — E só não fui quebrar a cara dele lá mesmo, porque Nathan me impediu.
— Aproximar vocês dois foi um dos meus maiores feitos.

Caíque sorri.

— O Leonardo não tentou nenhuma gracinha com você não, certo?
Não, ciumentinho. — Beijo a ponta de seu nariz. — Ele foi super bacana. E dormiu todo torto em uma poltrona.
— Hum... Bom mesmo.
 
Dou uma risada.

— Ca... Eu pedi ajuda a ele. — Mordo o lábio.
— Ajuda para o quê?
— Investigar a Lívia.
— Você ainda não desistiu disso?
— É claro que não! E mais tarde vamos passar lá no apartamento.
— Você é quem manda. — Ele boceja.
— Está com sono?

Caíque faz que "não" com a cabeça.

Sorrio e me apóio sobre os cotovelos, mexendo em seu cabelo. Suas pálpebras vão ficando cada vez mais pesadas, até que finalmente ele fecha os olhos, se rendendo ao sono.

— Dorminhoco. — Sussurro, em tom de brincadeira.
— Eu fiquei a noite toda acordado por você, ingrata. — Resmunga.

Dou uma risada.

— Coisa linda. — Beijo sua bochecha e me encaixando em seu peito, observo-o dormir.

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