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Como ele

— Isso é tão estranho, não é? — Caíque pergunta, olhando para fora da janela do carro, enquanto seguimos para a festa.
— Se você está se referindo a estarmos com uma aliança no dedo e vestidos assim... Sim. Isso é muito estranho.

Ele sorri.

— Sabe Helena, por mais que nosso casamento não tenha sido real, pelo menos para nós, eu me emocionei.

Ergo uma sobrancelha.

— Não me olha com essa cara, estou falando sério.

Sorrio fraco e foco meu olhar para fora. Caíque, por sua vez, segura minha mão, me forçando a encará-lo.

— Quando vi você entrando por aquela porta meu coração disparou, minhas pernas bambearam. — Ele retoma. — Você é a noiva mais linda que eu já vi na vida.
— Espero que você já tenha ido a muitos casamentos. — Brinco.
— Você realmente sabe como estragar um momento. — Ele ri, com uma ponta de desapontamento na voz. — Helena... Posso te perguntar uma coisa?
— Claro.
— Você pensou em desistir, não pensou?
— Eu?
— Não estou vendo outra Helena por aqui.

Suspiro.

— Ok, confesso... Eu travei. E por um minuto pensei em sair correndo sem rumo por aí, o mais longe possível daquela chuva de olhares e opiniões sobre mim.
— Ia ser curioso... "Uma noiva em fuga pelas ruas de São Paulo." — Caíque estampa no ar. — Daria uma ótima primeira capa.
— Para de ser chato. — Dou um leve tapa em seu ombro, rindo. Ele me acompanha. — Eu fiquei apavorada.
— Eu também fiquei. Tive medo de você dizer "não".
— Teria sido seu primeiro?
— Isso não vem ao caso. — Ele desvia o olhar. — Mas, o que te fez mudar de ideia?
— Simas. — Sorrio. — Tivemos uma conversa aqui, dentro do carro. Ele me encorajou e fez a gentileza de me acompanhar até o altar. Acho que eu não teria conseguido ir até lá sozinha.
— Simas é uma ótima pessoa.
— É sim. — Olho Simas, que dirige tranquilamente, e sussurro: — Acho até que ele merece um aumento.

— Palmas para os noivos! — Vasco nos recepciona calorosamente assim que adentramos o salão, que, por sinal, está impecavelmente bem decorado.
— Seu pai está tão feliz. — Comento, enquanto sorrio para os convidados, que brindam conosco.
— E pela primeira vez, eu sou o motivo. — Caíque sorri amargamente. — Seria cômico, se não fosse trágico.

Fico em silêncio.

— Mas na verdade, ele está feliz mesmo por manter a honra dos Gama, agradar os acionistas e a alta cúpula da cidade. Eu sou apenas um detalhe.

Suas palavras me fazem sentir pena, muita pena. Caíque por um momento me parece apenas um menino desamparado, que implora por carinho.

Talvez o dinheiro e o poder não sejam realmente tudo nessa vida.

Muitos flashs, sorrisos e agradecimentos.

Preciso me acostumar com isso, toda essa coisa de ser esposa do ex-solteiro mais cobiçado de São Paulo.

Enquanto divago, alguém anuncia ao fundo a valsa dos noivos. Porém, só quando Caíque estende sua mão para mim, me lembro que se trata de nós.

— Essa é minha música favorita! — Heart by Heart, de Demi Lovato, começa a tocar, enquanto Caíque me envolve pela cintura, me convidando a dançar.
— Eu sei.
— Como? — Reflito por alguns segundos, enquanto ele me olha sorrindo. — Alice.
— Eu quis te fazer uma surpresa. Alice disse que você iria gostar.
— Obrigada. — Sorrio e apoio meu rosto em seu peito, acompanhando-o no ritmo da música.

Seu corpo quente está colado ao meu, sua respiração está sintonizada à minha. Tudo ao redor parece ter sumido. Somos só nós dois e a música.

Por alguns minutos, me esqueço completamente da farsa e me entrego ao momento. Somente quando a música acaba, é que volto à realidade.

— Você dança muito bem. — Caíque elogia, ao término de nossa dança.
— Você também. Não pisou no meu pé nenhuma vez. — Sorrio.
— Sou um pé de valsa. — Ele pisca. — Vou pegar uma bebida para nós.
— Tudo bem.

Observo Caíque se afastar, até que uma voz feminina me chama a atenção.

— Que cena patética!
— Como é? — Me viro e dou de cara com uma ruiva com cara de desdém, me olhando de cima a baixo.
— Vocês, essa dança, esse casamento. Me dão nojo.
— Certo... — Respondo no mesmo tom. — E quem é você?
— Laila Albuquerque. Ex namorada do Caíque e filha de um dos maiores acionistas da Exxon.
— Hum... Encantada. — Sorrio forçado.
— Escuta aqui... Helena, não é? Eu não caio nesse teatrinho ridículo de vocês. Sei muito bem que o Caíque só está fazendo isso para me atingir. Ele não superou nosso término até hoje.
— Será mesmo? Porque para mim, parece ser exatamente o contrário.

Ela ri, sarcástica.

— Basta eu estalar meus dedos, que ele larga você à míngua e volta correndo para mim.
— Ah, é? — Encaro-a. — Estala então.

Saio majestosamente e vou ao encontro de Caíque, deixando a "filha de um dos maiores acionistas da Exxon" rosnando às minhas costas.

— Por que você não me avisou que convidou sua ex para o casamento?
— Que ex?
— Laila Albuquerque. — Reviro os olhos.
— Laila está aqui? — Ele procura rapidamente com os olhos. — Ah, está. Mas ela não é minha ex. Saímos algumas vezes, mas foi só.
— Não foi o que ela disse.
— Ciúmes? — Ele sorri de canto.
— Não mesmo, Caíque. — Retribuo seu sorriso e, pegando o copo de bebida de sua mão, dou um generoso gole.
— Esquece ela. Vamos curtir nossa festa, vem.

Caíque me leva de volta à pista de dança e logo Alice e Israel juntam-se a nós.

— Cadê o Than? — Pergunto, próxima ao ouvido de Alice.
— Foi embora logo depois da cerimônia, Lena.
— Será que um dia voltaremos a ser como antes?

Alice cerra os lábios, como quem diz não saber.

— Eu tenho que te pegar no colo agora. — Caíque para à porta do quarto do luxuoso hotel onde passaremos a "lua de mel", com sua gravata desfeita e jogada sobre o ombro.
— Por que? — Pergunto, enquanto tiro meus sapatos.
— Faz parte do ritual.
— Faz?

Ele afirma com a cabeça.

— E você está em condições disso?
— Claro.
— Tudo bem, então. — Dou de ombros.

Caíque abre a porta e me pega no colo em seguida.

— Pesadinha, heim?
— Há há. — Semicerro meus olhos em sua direção.

Ele sorri.

— Não me olha assim, não.
— Ou o quê? — Desafio.

Caíque me deita na cama.

— Vai me fazer uma massagem nos pés? — Sorrio.
— Não. Cócegas! — Ele me prende entre suas pernas e começa.

Intercalo minhas risadas com pedidos de "Pare".

— Chega! Por favor! Eu me rendo. — Peço, quando consigo retomar o fôlego.
— Se rende? — Ele afasta meus cabelos do rosto e fixa seus olhos nos meus.

Faço que "sim" com a cabeça.

— Já disse o quanto você é linda?
— Não. — Retribuo seu olhar e, em um impulso, beijo-o.

Sua boca tem o encaixe perfeito para a minha e posso sentir seu coração batendo no mesmo ritmo que o meu.

— Uau. — Caíque me olha em um misto de surpresa e desejo.
— Caíque... Droga. Me desculpe. — Me  sento na cama, levemente zonza por conta das taças de champanhe que tomei.
— Te desculpar pelo o quê? Por ser linda e ter o melhor beijo que eu já provei? Não se desculpe. Faça isso mais vezes. — Ele sorri, acariciando minha nuca e costas.
— Não era para isso acontecer. Não de novo. — Penso alto, olhando para o chão.
— De novo? — Caíque questiona, intrigado. — Do que você está falando?

Suspiro.

— Você é exatamente como meu ex. Bonito, desejado, encantador. Tem a mulher que quiser a seus pés. E eu estou indo pelo mesmo caminho outra vez, me deixando levar... — Gesticulo.
— Helena...
— Eu não posso repetir o mesmo erro. E isso entre nós nem mesmo é real.

Droga, o que você está fazendo, Helena?

— Ei, olha aqui. — Caíque ergue meu rosto até o seu. — Esse cara não deve ter sido legal com você, a julgar por seus olhos. Eu não quero ser como ele.

Desvio meu olhar.

— Você precisa descansar. — Ele se levanta. — Tire esse vestido, que é lindo, mas não deve ser nada confortável, e tome um banho. Vou pedir algo para comermos, enquanto isso. Vi que você não comeu nada durante a festa, deve estar faminta, assim como eu.

Consinto.

— Sabe... Até que você é um cara legal.
— Obrigado... — Ele sorri, postando as mãos na cintura. — Eu acho.
— De nada. — Sorrio. — Você... Ahn... Pode abrir para mim? — Me refiro aos botões do vestido.
— Claro.

Me viro e assim que ele os abre, sigo para o banheiro.

— Toma banho direitinho, ouviu?
— Pode deixar. — Sorrio da porta, antes de fechá-la.

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