21. ᴀɴᴊᴏ
Terça feira. Dia de faxina and dia de vista da minha mãe, — Que tem o prazer de me deixar a comida da semana, está aí mais um fato sobre mim: eu não cozinho. Eu cozinho, mas é só miojo, então não vale.
Mas tem uma coisa sobre a minha mãe, ela é uma velha rica, tipo, rica de ter mais dinheiro do que o normal, mas não é milionária, queria eu que fosse.
— "éuéuéuéuéuéuéuéu, novinha o pau de selfie do Berti está com meu..." — cantarolei, passando o aspirador.
E mais uma vez, a campainha tocou. Corri na esperança que fosse o Seu Genilson com as contas, que sempre esqueço na portaria.
— Surpresa! — Não, não, não... eles pararam me olhando de cima abaixo lentamente.
— O que fazem aqui? — perguntei.
— O Yoongi falou que você estava na fossa. — falou Jungkook. — Então vimos te animar! — Jin pulou, jogando confete.
Encarei cada um, respirei fundo.
— Tá. — Cruzei os braços. — O que trouxeram para mim?
Os meninos abriram espaço para Yoongi que segurava algumas caixas.
— Pizza, baby! — o loirinho disse, e sem perceber eu estava sorrindo.
•
— Agora está explicado por que você... — Taehyung foi abaixando o tom, até que sua voz sumisse.
Entendi que eles não queriam tocar no assunto perto de mim, mas realmente, não me afetava.
Olhei para o relógio e já eram 13h, minha mãe já estava a caminho eles não podiam estar ali.
— Então, nada contra vocês, mas precisam ir. — Adiantei — minha mãe está chegando aqui, e eu não quero que ela dê de cara com um bando de bonitões na minha sala.
— Tudo bem. — Yoongi se levantou. — Para onde é o banheiro?
— Na última porta do corredor. — Voltei a olhar para eles. — Muito obrigada por virem, sério. u precisava disso.
De repente, todos nós arregalamos os olhos, ao som da porta se fechando. Perfeito, minha mãe chegou.
— Oi mãe! — tentei sorrir sem parecer suspeita, mas deve ter saído o sorriso mais bugado da vida.
Jungkook olhou para mim com os olhinhos arregalados de que não sabia o que fazer.
— Filha, quem são eles?
— Ele?... eles são... — olhei para cada um. — São da internet. Acabaram de consertar, já estavam de saída. Obrigada por virem. — Empurrei eles até a porta. — Valeu gente. Amos vocês, tchau. — Bati a porta.
— Muitos homens. Que atendimento maravilhoso!
— Mãe! — exclamei. Ela gargalhou.
— Isabella, eu ia te perguntar... — era Yoongi. E que o que ele estava fazendo ali? Ele fitou minha mãe por um momento, até conseguir falar algo. — Boa tarde?
Pensa, Isa. Pensa.
— Desculpa, mãe. Esse é o Yoongi...
— O namorado dela. — Ele completou, cumprimentando-a.
Até onde vai isso, meu deus!
— Nossa! Você é tão bonito! — os olhos da dona minha mãe, brilhavam como se visse um belo e grande troféu. — A Isabella deve ter te achado por um milagre.
— Mãe!
— Filha, cá entre nós. Você acha que homem cai do céu?
"Doeu quando você caiu do céu?" encarei ele rindo.
— Ele é mesmo um demônio.
— O quê?! — mamãe questionou, confusa.
— Anjo. Eu disse que ele é um anjo.
— Ah tá.
Ele abriu um sorriso para a velha. Um sorriso lindo, como uma atuação muito bem feita.
•
— Então, como se conheceram? — Ela perguntou, levando a comida a boca.
— Pizzaria.
— Cafeteria — Merda. Mamãe nos encarou, suspeita. — é que nos conhecemos na Pizzaria e depois nos encontramos na cafeteria, não é amor?
— Sim, amor. — Yoongi, sorriu para mim, piscando.
Bom, levei isso como uma bela confirmação que, a merda já estava feita, e que não dava mais para dizer que era tudo uma bela mentira da filha encalhada.
Talvez eu deva me preparar para ser demitida depois disso.
A véia sorriu. Ela amava saber que as coisas ocorriam pelo acaso, adora essas historinhas de romance clichê, tanto quanto eu.
— Ele é muito forte, não é, filha? Me diga, garoto. Como gostou disso? — Vou fingir que isso foi um elogio acanhado, da minha doce mãe.
— Também não sei, Senhora Seo. — Os dois gargalharam.
Ah! Senhor Min, só não te mato porque é o meu chefe.
E por mais incrível que pareça os dois conversaram um bom tempo sobre como é difícil viver na coreia sendo solteira. Yoongi sempre defendia a força e a capacidade da mulher sozinha conseguir o que quer, e até chamou os homens de burros por não valorizarem o nosso trabalho.
Dava para ver nitidamente o quão encantada a senhora Seo estava como o meu "namorado".
Até ela perguntar.
— Quanto tempo pretende continuar com ela?
Como se isso já não tivesse ocorrido. Depois de Hoseok eu tive outros três namorados, e não durarão muito por causa dessa linda pergunta. Toda vez que chegava a hora de minha mãe perguntar, eu apostava comigo mesma "dou três dias para ele terminar comigo" e nos dois primeiros namoros, eles acabaram terminando no mesmo dia.
— Mãe... — murmurei, aflita. O min não era o meu namorado de verdade, e mesmo assim, me sentia triste.
— Ué, você sabe bem que eles sempre somem, não é Isa? — ela falou com tanta naturalidade, que quem fosse de fora poderia pensar que seria uma mulher sem empatia. Não nego, as vezes penso isso dela, sendo sua própria filha.
— Senhora Seo... Sei que quer o melhor para sua filha. E mesmo não sendo o melhor cara pra ela, eu não posso dizer quando vou parar de estar com ela. — Ele respirou fundo segurando a minha mão. — A senhora realmente acha que sua filha merece tão pouco?
Em todos esses anos, nunca vi minha mãe ficar sem palavras depois de responderem.
— Acho que está na hora dele ir. Diga obrigado, querido. — Falei, e Yoongi a cumprimentou. Me acompanhando a porta.
— é assim que trata seu namorado? — ele sussurrou.
— Não. Talvez... você não é meu namorado, e outra. Esqueça isso, okay?
— O que exatamente quer que eu esqueça? A parte que "eles sempre somem" ou "quanto tempo pretende continuar com ela?"?
Revirei os olhos.
— Tudo?
— Okay. — respondeu ele. — Poderia fazer um favor pra mim?
— Não. — Fechei a porta. Ele é o seu chefe sua anta! Abri a porta — Eu estava brincando, Chefe!
Ele riu.
— Amanhã, esteja em pé às 8:30h.
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