Capítulo 8
Minha respiração estava presa e meus pulmões quase explodindo.
Em três segundos intensos perdi todos os meus sentidos, tentando me manter firme enquanto vinha e ia.
Eu realmente estava vendo todos eles em minha frente? Quem eram?
Segurei firme a arma em minha mão e a baixei apontando nas pontas de meus pés, fechei os olhos respirando fundo enquanto soltava a respiração.
— Tyler? — Abri os olhos.
Eram questão de segundos. Observei a camiseta cinza dele, social, e o vi bem vestido. Parecia mais uma reunião.
— Sua filha é a única pessoa em que deve confiar! — A voz de minha mãe eram facas em meu coração.
Suas palavras doíam toda vez que eram ditas. Fortes e com significados obscuros. Pobre Sofia.
Meus ombros estavam baixos, Tyler se virou rapidamente para mim. Como flash. Minha voz o assustou e eu vi isso em seus olhos confusos.
Era como se estivesse vendo um fantasma.
— Meu amor! — Intensificou sua voz grossa para uma calma e totalmente normal de seu dia a dia.
Olhando profundamente em meus olhos, seu sorriso sem graça se aproximou de mim.
Dando-me um beijo rápido em meus lábios e segurando minhas duas mãos, pegando minha arma e guardando por trás de sua calça. Se afastou rindo me puxando junto a ele.
— O que faz aqui? — Sua voz foi baixa e calma. Dessa vez, para apenas eu ouvir.
Não respondi, pois ele sabia perfeitamente que ele teria que dar suas explicações exatas primeiro. Antes que eu pudesse dar as minhas.
Eu estava a flor da pele. E ele soube disso assim que olhou em meus olhos.
Tyler respirou fundo e me puxou para seu lado se virando.
— Veja... — O homem de costas se virou. — Esta é minha esposa, Megsson Courtney!
Prendo a respiração novamente. Minhas pernas estavam perdendo o equilíbrio. Desta vez, eu não iria conseguir me segurar por muito tempo.
— Linda, não é? — Tyler aumentou a voz se orgulhando de suas palavras. — Amor, esse é meu novo sócio da empresa, Douglas Barbieri!
Eu juro que ia desmaiar ali. Não estava sentindo meus pulmões funcionarem e nem meu coração bater.
Era evidente minha perca da realidade.
— Meg... — Tyler sussurrou tentando me tirar do transe. — Megsson?
Soltei a respiração e olhei nos olhos de Douglas, esperando ele dizer algo.
Diga algo..
— Muito prazer! — Disse cinicamente para mim estendendo sua mão direita.
Demorei pegar na sua, mas fiz. Okay, iremos fingir que não nos conhecemos então. Porque?
— O prazer é meu! — Respondi quase sem voz.
— E então, oque a trouxe aqui hoje? — Abriu um sorriso de orelha a orelha.
— Trabalho! — Poupei minhas palavras.
Realmente eu terei que saber o porquê dele querer descrição de que já nos conhecemos.
Tyler abriu um sorriso.
— Ele é seu sócio desde quanto? — Perguntei.
— Desde hoje, recebi uma ligação do proprietário da empresa e vim até ele. Já para conhecê-lo! — Explicou.
— Oque houve com Mikael? — Perguntei descaradamente sobre o outro sócio.
— Por enquanto está com a gente! — Disse.
Douglas não tirava os olhos de mim, me encarava estoicamente sobre os olhos de Tyler.
Talvez esteja me analisando. Procurando argumentos para dizer sobre sua mentira com Tyler.
Eu estava sedenta por isso...
E há algo errado com ele, e eu irei descobrir oque é.
— Você me fez mandar vários policiais irem embora, me fez de idiota! — Disse alto entrando dentro de casa.
— Oque realmente estava fazendo naquele lugar? — Perguntou fechando a porta atrás de si.
Me virei para ele.
— Eu que pergunto isso a você! — Cruzei os braços.
— Eu já disse que estava conhecido meu novo sócio..
— Em outra cidade? — Descruzei os braços.
— Sim, Megsson! Eu viajo bastante por cidades vizinhas. Oque isso te preocupa?
Douglas não mora lá, isso me preocupa.
— Como pode confiar nesse novo sócio?
— Da mesma forma que confiei nos outros! — Passou por mim andando até as escadas.
— ONDE ESTÁ ROSE MARIANA? — Gritei.
— Provavelmente acordando depois desse grito! — Disse por fim.
Eu literalmente ia subir, se não houvesse aquela ligação.
Me acalmei e peguei o celular do bolso, para atender.
— Sim?
— Ficou sabendo? — A voz de Robert me fez revirar os olhos.
Tudo oque eu queria era dormir e esquecer esse dia trágico.
— Fiquei sabendo do que? — Perguntei.
A respiração dele pausou.
Okay, sou bastante curiosa e esse silêncio está me danificando.
— Precisa vir até a delegacia, agora! — Disse.
Não hesitei e saí correndo até meu carro, sem avisar.
A delegacia não era longe, em dez minutos eu estacionei o carro na frente. Ouvindo as sirenes ligadas e a multidão ao redor.
Desci do carro, batendo a porta com força, e procurei Robert para me explicar oque estava acontecendo.
Andei de encontro a multidão, afastando quem estava em minha frente.
— Sou a Delegada Courtney, me deem espaço! — Ordenava enquanto passava.
Robert me puxa e o encaro.
— Oque houve? — Ouço alguém e vejo de costas, chorando e gritando algo no chão.
— Veja! — Pediu e fiz.
Andei para mais perto.
A moça se virou e me surpreendi com sua aparência. Cheias de hematomas e cortes faciais. Estava apenas com um vestido branco, sujo de terra e algumas gostas de sangue.
Assim que me viu, seus gritos se cessaram rapidamente e a vejo sacar uma pistola, se eu não me engano era da Taurus PT-92.
Todos os policiais sacaram as suas em sua direção quando ela apontou a arma em minha direção. Robert colocou os braços em minha frente, como proteção.
Tudo oque eu estava me perguntando, era o motivo dela estar fazendo isso.
— Oque está fazendo, Suzanne? — Perguntei assustada e confusa.
Nunca havia nada nela quando ia cuidar de minha filha, nada que a denunciasse como tal.
Havia algo errado com ela..
Deslisei devagar minha mão direita para as costas e estava lisa, foi quando percebi que minha arma tinha sido tomada por Tyler.
— Você.. eu estou tão dolorida.. — Relatou chorando, com a arma em minha direção.
— Posso te ajudar..
— NÃO PODE! — Gritou me interrompendo. — Não sabe oque eles fizeram comigo desde o dia que fui em sua casa.. — Chorou.
— Como assim? — Me assustei.
— Não percebeu meu sumisso? Eles me pegaram na frente de sua casa, apesar de ter gritado seu nome.. eles me levaram..
— Quem fez isso? Eu sinto muito por não ter ouvido, não é motivo para me matar..
— E não é.. — Destravou a arma e todos os policiais fazem o mesmo. — Eles me deixaram ir, e assim que seus miolos estivessem ao chão nunca mais iriam atrás de mim..
— Te protegeremos.— Virou o cano da arma para sua cabeca. — Não faça isso..
— Você não entende... — Olhou para os olhos de Robert que a encarava. — Eles estão por toda parte. E por mais que haja pessoas que a ama, nunca será protegida.. — Tornou a me olhar.
Do que ela está falando?
— Da mesma forma que não estarei protegida com você...
— Por favor, Suze..
— Não confie nele, Meg! — A arma disparou.
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