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Capítulo 7

—  Temos que colocar policiais atrás dele Megsson! —  Robert andava de lá para cá dentro daquela sala.

—  Já fizemos isso muitas vezes, nunca o encontramos! — Minha cabeça estava baixa.

      Eu estava ali, literalmente derrotada depois daquela ligação.

— Telefone!! — Quase gritou. —  Qualquer telefone vindo até a delegacia tem uma rede, a seguimos e o pegamos! — Disse batendo suas mãos uma nas outras.

— Acha mesmo que ele usaria um telefone simples sem está criptografado? E que o levaria ao calabouço? Por favor Rob, pensa com a cabeça. Peter ligou hoje para nos mostrar que pode matar quem ele quiser.. — Olhei para meu amigo.

— Eu sei!

— Então sabe também que não posso por a vida de mais ninguém em risco!

— Eu sei! — Baixou a cabeça irritado, pensando em algo. — Mas temos uma chance.

— Sim. Temos uma chance da mesma forma que tivemos quando encontramos Douglas e Victor. Agora um deles está morto..

— Um deles! — Disse. — Douglas está vivo, porque ele não o matou quando o encontramos?

      Isso era verdade. Porque não o matou?

— Vamos até ele!

— Depois de nossa última visita, só entramos com um mandato! — Me levantei.

— Isso duraria dias, ou até mesmo semanas até que o Juíz libere! —Pronunciou.

— Porque não se acalma? — Perguntei. — Eu deveria estar assim, não você..

— Há outra coisa..

— O que?

— Victor mora na cidade vizinha, Peter está perto!

      Peter..

      Como esse cara está me fazendo perder a cabeça? É errado odiá-lo sem conhecê-lo?

       Só de pensar que minha mãe passou por era fúria, essa apreensão. O coração falta pular pela boca. O sangue ferve sobre o corpo, o calor simplesmente aumenta a essa altura.

       Não sei oque seria de mim no lugar de Sofia.

       Sofreu tanto, e morreu. Não posso deixar que isso termine assim.

— Chamem os outros policiais, temos uma visita a fazer! — Disse me levantando e caminhando rápido para fora da sala.


       Três horas de carro, era mais próxima que pensei.

        Assim que desci do carro, preparada, observei a casa em minha frente. Era simples, porém bem arrumada e limpa.

        O gramado verde me chamou atenção, a entrada nos bons cuidados e uma mesa com três copos vazios sob.

        Okay, três pessoas dentro desta casa. Pensei antes de pôr meus policiais para agirem.



       Queria que estivesse aqui agora, ainda não entendo o porquê de ter escondido tanto de mim. Suas palavras eram lindas, mas sabia que faltava algo quando eram ditas. Sei que não me contou toda a história. Queria que estivesse aqui, mãe..




       Peter pode ter fugido, três horas era um tempo ótimo para uma fuga rápida e precisa.

— Estão prontos? — Segurei minha arma firme sobre meus dedos trêmulos.

        Admito estar com medo, digo com maior orgulho que tenho medo do homem que certamente mandou matar minha mãe. Ou que a matou com as próprias mãos.

        O culpado de meus pesadelos constantes e meus surtos psicóticos com a imagem de minha mãe morta.

        Este cara arruinou minha vida sem ter participado dela de frente.

        Lidou com esse tipo de gente o tempo todo, ele mesmo pode ter me espionado a vida inteira e não duvido disso. Ele é doente, obsessivo, e é de seu hábito não deixar que nada escape de suas mãos. Sei bem como esse tipo de Psicopatas pensam.

        Respirei fundo antes de dar a primeira ordem.

— Três vão para trás da casa, o resto fica do meu lado.

       Assentiram os três e foram para seus postos ordenados.

       Era uma tarefa simples, nada podia dar errado.

       Todos estavam confiando em mim, todos estavam pondo suas vidas em minhas não e era minha responsabilidade guiá-los para o caminho certo.

Não erre Megsson..

— E eu? — Ouço a voz de Rob.

— Você fica aqui para me esperar sair da casa viva! — Dei um passo a frente e sou parada com um puxão de braço de meu amigo.

— Não vou te deixar entrar aí sozinha, preciso ir com você!

— Eu dou as ordens aqui. Se mandei ficar, você obedece! — Fui rude e continuei andando de frente até a porta.

       Era tarde, o sol já havia sido substituído pela lua escura.

       Tudo oque deveria me preocupar no momento era como agir ao vê-lo pela primeira vez.

       Meus sentindos estavam alinhados e meus joelhos firmes, eu me dirigia séria. Completamente ao rumo do calabouço. Pela porta da frente.

       Eu fui na frente, pondo minha coragem em primeiro lugar e o perigo em meus braços.

       Então, assim que fiquei de frente a porta me esquirvei para o lado. Como proteção.

       Respirei fundo, pois sabia oque poderia vir depois. Peter, o famoso pesadelo vivo de minha mãe.

Maldito Peter!

       Já fiz coisas piores. Já cárcerei homens perigosos. Fiz justiça com minhas próprias mãos dezenas de vezes e nunca perdi um caso. E esse não seria o primeiro.

— Esse acordo é ridículo! — Ouço a voz em que a mais de quatro anos vem me dando conforto.

       A bela voz grossa, sensível, perfeitamente rouca, vagarosamente arrogante... De meu marido.

       Meus ombros se encolheram descaradamente. Meus olhos estavam sólidos, eu estava em estado de choque.

— Oque houve? — Maison, um dos meus oficiais confiáveis, me perguntou assustado.

— Tyler está lá dentro! — Respondi convicta de que aquilo era a verdade.

       Maison franziu a testa, quase tendo a mesma reação que a minha.

— Não podemos nos dirigir a esse ponto.. — Tyler tornou a gritar forte. — Nossos clientes estão se afastando, e tenho a mim para proteger dessa loucura!

Isso era demais, preciso entrar e saber oque ele faz aqui.

       Ergui a cabeça e meus ombros, soltei a respiração presa e fui até a porta.

      

       Meison assentiu e descaradamente abri a porta adentrando no local.

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