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8

A casa estava estranhamente mais nítida, mas eu não conseguia dizer com toda a certeza, já que as cores me cegavam um pouco. Meus braços doíam de uma maneira chata, mas devia ser porque eu havia acabado de chegar ali. Tentei não prestar atenção no quanto aqueles detalhes me prendiam a atenção e me levantei, indo procurar Jace. Não precisei procurar muito, só precisei abrir a porta da frente e andar alguns passos.

- Você conversou com ele - ele falou, deslizando seus dedos em seu rosto, fazendo uma careta.

- Sim - sussurrei. - Você está bem? - Perguntei quando o vi fazer outra careta..

Ele fechou os olhos e baixou a mão do rosto, revelando uma tatuagem pequena e preta.

- É linda!

Ele se limitou a bufar e começar a andar.

- Pensei que você fosse preferir passar alguns dias acordada. - Murmurou quando estávamos entrando na floresta.

- Eu estou acordada.

- Ainda acha isso?

- Sim, foi o que o sr. Sem Nome disse. - Fiz uma pausa. - Por que você achou que eu fosse preferir ficar "acordada"?

- Bem , essa é a decisão mais esperta a se tomar.

- Por que?

Seus olhos se reviraram, mas ele não falou mais nada.

Continuamos andando, até parar na frente do lado das " sereias ". Ele tinha uma enorme iluminação um tanto suave no meio, que ficava ainda mais evidente agora que o céu estava escuro.

Me sentei na beira do lago, com os olhos atentos, esperando que pelo menos uma das criaturas aparecesse para me saudar. Quando a sereia surgiu, sorriu de um jeito exuberante para mim. A luz do lago se refletia em seu tronco, fazendo alguns arco-íris se destacarem em suas curvas suaves e androgenas.

- Você é tão linda - estendi minha mão a ela, que a pegou de bom grado e sorriu, envergonhada e com a expressão chocada. - Tão.. tão...

Seus olhos eram tão escuros. Escuros como um abismo. Escuros como os olhos de Jace. Mas a escuridão deles era um tanto opressiva, como se carregassem uma tristeza interna e escondida em seu interior.

Ela parecia estar tão maravilhada quanto eu, pois botou minha mão em seu seio esquerdo, para que eu sentisse seu coração pulsar agitado.

Em um piscar de olhos, ela me puxou para a água, onde tentou me levar para o fundo.

Fiquei desesperada, enquanto a água entrava em meus pulmões, mas não ousei me separar dela.

A criatura pareceu ter notado que eu não respirava debaixo d'água, pois parou bruscamente e me aproximou dela lentamente, sorrindo, até que nossos lábios se encontrassem de maneira tímida, me fazendo ficar paralisada e um tanto confusa. Logo, senti meus pulmões funcionando e a água saindo e voltando, como se fosse ar.

Apesar de conseguir respirar, eu não conseguia falar, o que me decepcionou um pouco, pois eu queria muito agradecê-la.

Continuamos nadando até chegarmos à entrada de uma caverna. Lá, além de ter outras sereias, havia alguns objetos de terra firme e roupas, o que fez com que eu me perguntar quem iria jogar roupas de grife em perfeito estado no lago.

Me sentei ao lado da sereia que me levara ali e as observei dançar e " cantar " ( elas faziam sons que me lembrava o canto das baleias, só que mais ritmados e humanos ).

Elas eram tão bonitas, mas ao mesmo tempo pareciam estar tão tristes...

Depois de algumas músicas, elas me levaram para cima, onde Jace me esperava na beirada. Permaneci na água, brincando com elas, me sentindo até um tanto mais leve.

- Tchau - murmurei para ela, a sereia que havia me levado para baixo, encostando minha testa na dela. Ela apenas sorriu, um tanto tristonha, tocou meu rosto com as mãos de um jeito demorado e murmurou algo em sua linguagem.

- Elas gostaram de você - ele falou, pensativo, sem olhar para mim.

- É. Uma pena você não ter ido ver como era lá em baixo...

Ele sorriu.

- Venha se secar, antes que acabe pegando um resfriado.

Concordei, sorridente, olhando mais uma vez para as sereias do lago.

*

- Não acha melhor ir para a sua casa? - Ele perguntou, me dando uma de suas blusas e uma cueca.

- Não, na minha casa não poderei te fazer perguntas.

Ele me olhou, surpreso, e acabou engolindo em seco.

- Tem coisas que eu realmente não tenho permissão para dizer.

- Ah, qual é! Estamos só nós dois aqui. Pra que seguir as regras agora?

Seus olhos baixaram e sua sobrancelha franziu.

- Vá trocar de roupa - ele disse, fechando a porta.

Tirei as roupas ensopadas e tentei me secar o máximo possível, depois vesti as roupas que ele me deu. Me deixou levemente incomodada o fato de não ter recebido uma calça também, mas quando vesti a blusa dele percebi que não seria realmente necessário, já que o blusão chegava nos meus joelhos.

- Então, o que você quer saber? - Ele perguntou quando me sentei em seu enorme sofá.

Me aproximei, deixando o tom de voz baixo, quase inaudível.

- Ele estava me vigiando antes de me dar as pílulas?

Ele apenas concordou com a cabeça, com os lábios rígidos.

- Quem é ele? - Minha voz voltava ao tom normal, mas ele permaneceu sussurrando.

- Isso eu não sei, juro. - Alguma coisa me dizia que ele estava mentindo, mas eu preferi ignorar isso.

Me aproximei ainda mais, de modo que minhas mãos acabaram encostando em suas pernas.

- Eu estou acordada? - Sussurrei, meio assustada, olhando para ele.

Ele se aproximou mais também, encostando os lábios em meu ouvido.

- Não.

O ar me faltou levemente. O sr. Sem Nome me disse que eu estava aqui...

- Então, você não é real. - Me doía um pouco dizer isso, apesar de me parecer ridículo.

- Eu sou real - ele grunhiu, ainda sussurrando em meu ouvido - acho que este lugar seja uma espéciede sonho coletivo, que decide quem fica aqui e quem acorda a partir das pílulas, mas isso é só uma teoria. Pode ser que isso seja real mesmo, tipo uma fenda esquisita, mas eu não sei. Só sei que não confio nele.

Nisso ambos concordávamos, mas me mantive quieta, pensando no quão próximo meu " namorado " estava de mim.

- Mais alguma pergunta?

- Por que quando cheguei aqui me disseram que você era meu namorado? - A pergunta saiu rápida e descontrolada, me fazendo corar.

- Eu também não sei, só sei que esse título não me incomoda tanto quanto eu pensei que incomodaria. - Ele riu, se afastando, mas mantendo suas mãos próximas da minha.

Disviei o olhar, envergonhada.

- Como ele achou você? - Precisei mudar o foco da nossa conversa, pois aquilo estava me deixando muito envergonhada.

Seus olhos se fecharam e ele se aproximou de novo, deitando a cabeça em meu ombro.

- Eu morava com a minha mãe e o meu padrasto, em Nova Orleans antes, e as coisas não eram ruins, apesar de não serem boas. Vivíamos bem, de certa forma, até o dia em que meu padrasto começou a beber e trair a minha mãe - seu corpo ficou tenso. - Eu sabia que aquilo iria dar errado, então minha mãe e eu nos mudamos para uma casa que eu havia alugado.

" Estava tudo bem até ele aparecer e pedir para voltar para a vida da minha mãe. Ela sempre foi boa, sabe, e acabou o voltando com ele.

" Eu ia na casa deles sempre que podia, para mandar dinheiro e ajudá-la da maneira que eu pudesse, então foi assim que eu notei os hematomas - sua respiração ficou pesada, o que me fez ficar tensa. - Ela não queria que eu o machucasse, então eu apenas conversei com ele, tentei fazê-lo parar...

" Alguns dias depois, quando fui até a casa deles, vi uma ambulância parada na frente da casa, mas isso não me parou. O que me fez parar foi o corpo que eles tiravam de dentro da casa. Disseram que ela caiu da escada e quebrou o pescoço, mas eu nunca acreditei nisso, porque ele estava na casa, ele a machucava, ele... - algumas lágrimas desceram do meu rosto, e logo eu não conseguia respirar.

" Eu parei de tentar viver depois disso, e acho que foi assim que ele me achou; eu ia me matar, podia sentir isso, ia me matar depois de matá-lo, mas o sr. Sem Nome me garantiu que, aqui, aquele demônio não existiria.

- Sinto muito - murmurei, segurando sua mão, mas ele apenas a apertou, sem falar nada. - Mantive meu olhar focado nele.

- Você não parece gostar daqui.

Ele franziu os lábios.

- E não gosto.

- Você poderia tomar uma das minhas pílulas azuis e acordar.

Seu sorriso sumiu.

- Não. Quer dizer, sua ideia é tentadora, mas não.

Fiquei em silêncio, me sentindo mal por ter perguntado isso a ele, pois evidentemente havia mexido em uma ferida.

- E você, como veio parar aqui? - Ele se sentou direito, tentando deixar o clima mais leve, sem sucesso enquanto trazia nosso diálogo de volta a uma zona quase calma e sutil.

Dei de ombros.

- Eu não estava viva lá, não há ninguém lá, além de Frederick, que se importe comigo de verdade. Então, quando o sr. Sem Nome apareceu na minha porta com aquelas pílulas, eu tive que aceitá-las, até porque não havia como eu perder alguma coisa além da minha vida.

- Temos histórias estranhas, não? - Ele evitou me olhar nos olhos enquanto sorria.

Era tão bom e íntimo conhecer aquele lado dele, como se ele sempre tivesse algo bom para mostrar.

O fitei, tentando entender melhor sobre ele enquanto seus dedos passavam distraidamente pela tatuagem de estrela, enquanto seus dedos percorriam as outras, que já estavam quase sumindo.

Permaneci ali, sentada ao seu lado, fingindo não estar sentindo as borboletas que ameaçavam sair voando de dentro do meu estômago.

- Vou colocar suas roupas na secadora. - Ele disse, se afastando, mas mantendo seu sorriso estranho, que repuxava suas tatuagens próximas a boca tornando-as rabiscos opacos e esquisitos, com exceção de sua mais nova tatuagem, sua estrela mal feita, e a tatuagem escrito "acorde", que parecia ficar mais nítida a cada segundo.

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